terça-feira, 31 de agosto de 2010

O BRILHO DAS ESTRELAS

A ESTRELA PRECISA BRILHAR


Por Beto Ramos


Abriram-se as cortinas do espetáculo.

Como num filme dos anos sessenta, nossa cultura beiradeira entrou no palco.

Como se fosse farinha d'água com peixe, aquela apresentação iluminada pela antes escura Praça Getúlio Vargas, levou o público para um banquete nesta nossa Porto Velho tão querida.

Cantando o Mocambo, Baixa da União e tantos outros bairros de nossa cidade, A Fina Flor do Samba deixou o centro histórico bem mais iluminado.

O Índio Iaripuna se mostrou como os nossos olhos sempre desejaram ver, valorizando a estrela vermelha que ilumina o nosso município.

O povo observa e sabe do crescimento do espetáculo.

Já não estamos passando a toa no bar do Zizi.

O Mercado Cultural transformou-se no coração do nosso centro histórico.

O som é da terra e a música do céu.

Cantando a alma do nosso povo, voltamos neste tempo que muitas vezes é implacável com as marcas do nosso rosto.

Mas, como é bom ver a nossa velha guarda sorrindo.

Ver nossos filhos ilustres cantando junto com nosso poeta maior.

Ali esquecemos nossas tristezas.

Fazemos amigos.

São rostos que ficam em nossas retinas.

Pessoas conhecidas, gente de outros pedaços deste grande terreiro chamado Brasil.

Assim reúnem-se beiradeiros, nordestinos, gaúchos, Capixabas.

Obrigado a você que veio para Porto Velho.

Veio e ficou.

Obrigado por ajudar no tempero deste caldeirão cultural de nossa cidade.

O importante é estarmos felizes.

A felicidade possui um preço.

O preço da felicidade são investimentos no que está dando certo.

Os felizes precisam sorrir.

O sorriso dos felizes transforma o nosso povo.

E o importante é o nosso povo feliz.

Uma das finalidades desta nossa viagem pela Porto Velho dos anos sessenta, é trazer a felicidade ao nosso povo.

Chegamos lá.

Onde chegamos ?

Pergunte ao povo !

Vamos cuidar com todo o carinho da nossa farinha d'água com peixe.

O Índio Iaripuna com certeza também come do nosso banquete.

Voltando a sorrir podemos gritar obrigado Porto Velho.

Obrigado Porto do velho Pimentel.

Obrigado Porto Velho do Manga Rosa.

Obrigado Porto Velho do Bacu, Remédio.

Obrigado Porto Velho do Bainha e Sílvio Santos.

Obrigado Porto Velho dos sambistas de Porto.

Abriram-se as cortinas do espetáculo e este é o teatro da vida.

Um teatro a céu aberto.

E toda a Porto velho e o Brasil sabem onde fica.

Fica ali no Mercado Cultural.

No meu de uma Rua dentro do nosso coração.

Diz a Lenda.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Histórias do Porto

O QUASE SEQUESTRO DO ZEZECA

Por: Beto Ramos

O futebol de Porto Velho já desfilou com uma coroa bem mais dourada em outros tempos.
Existiu um tempo onde nossos atletas eram realmente craques aos nossos olhos.

Uma época onde nossos craques eram Gervásio – Ferro – Parruda – Gainete – Serrão – Edson santos - Walter Santos – Pirralho – Meu pai “Buchudo” - Meireles – Edu – Nazaré – Mundoca – Faz-tudo – Reis - Zezeca e tantos outros que fizeram história no palco principal do nosso esporte o Estádio Aluízio Ferreira.

Dos nossos clubes queridos, muitos ficaram apenas na lembrança e em fotografias em algum lugar.

Desde a época do União Esportiva fundado em 11 de junho de 1916, o primeiro clube de futebol de Porto Velho, que treinava na Baixa da União, lugar que revelou tantos craques, muitos foram os times de futebol que disputaram campeonatos em Porto Velho.
Que saudade do Ypiranga Esporte Clube, o segundo clube filiado a Federação do Desporto do Guaporé, fundado em 13/04/1919.

Que saudades do Ferroviário Atlético Clube e do Clube de Regatas Flamengo.
Saudades daquele Moto Clube, São Domingos, Botafogo, Rondônia, Vasco da Gama, Cruzeiro e tantos outros.

O que foi feito do nosso futebol ?
O Campeonato de futebol da década de 60 na Baixa da União era bem mais animado que este tal de profissional que existe por ai!

Que Saudades do Fera, José Camacho, Mitoso, Chico Santos, Mourão, César Zoghbi, Albino Lopes,Sebastião Lapa, até o Loló não é mais o mesmo.

As histórias e estórias do nosso futebol estão indo pro andar de cima com os que partiram.

O nosso futebol também é cultura.

Uma cultura popular que está sendo riscada do mapa se alguma coisa não for feita para mudar o resultado deste triste campeonato.
O nosso futebol é cheio de lendas ou como dizia meu velho, presepadas para todo o gosto.

São muitas as “presepadas”.
Diz a lenda que nos meados dos anos 60, o campeonato era disputadíssimo.
Eram realizadas mandingas.

Forças ocultas extra campo também eram usadas para melar os resultados.
Existia até a pimenta do seu Camacho, assunto para outras linhas.
Zezeca era o goleiro do Moto Clube nesta época de ouro.
Amazonense, veio para Porto Velho junto com seu irmão Joanildo Ramos “Buchudo”.
Aqui chegando foram morar na Rua Salgado Filho junto com o Osvaldo Reis, numa estância com o nome de trem de palha, trem de palha pois era coberta de capim sapé.
Dizem que no verão aquele capim estralava.

Conversando com Zezeca, ele me disse que certa vez a dona da estância que gostava de fumar um cachimbo, cochilou perto do mosquiteiro. O Cachimbo caiu e aconteceu um incêndio no trem de palha. Todos correram para ajudar e a dona da estância estava preocupada era com a roupa do seu velho, e gritava: a roupa do Nonato o paletó do meu velho Gama! Ajudem a salvar a roupa do Nonato o paletó do meu velho Gama.

O dirigente principal do Flamengo, dono do Flamengo, o tudo do Flamengo era o Velho César Zoghbi. E o velho César estava disposto a tudo por um bom resultado do seu clube. O clássico de certo domingo da década de 60 seria Moto Clube X Flamengo. Times recheados de super craques. No domingo pela manhã o Moacir Borracha, folclórico morador de Porto Velho, sabendo que o Zezeca fazia manutenção de bombas , motores de todo o tipo, convido-o para ir num sítio no KM 12 da BR 364, explicou que uma bomba havia dado problema e coisa e tal. Como o Zezeca era funcionário do Moacir, aceitou o pedido, mas foi logo dizendo que haveria jogo no Aluizão e que não poderia demorar no sítio.

O Moacir acalmou o Zezeca e disse que seria rápido e que se preciso fosse o Jipe até voaria na volta.

O que o Zezeca não sabia era que tudo estava combinado com o Velho César Zoghbi. Chegando ao sítio o Moacir já foi convidando o Zezeca para tomar um Drinque com água-de-coco. Aquela era uma época em que a rapaziada não dispensava uma bebidinha.
O Zezeca tomou uma e já foi perguntando a hora.

O Moacir foi logo dizendo que ainda era cedo.
O tempo foi passando, o serviço foi terminado e o relógio não andava, não passava das 13:00 hs.
E o Moacir empurrando Wisky no goleirão do Moto.
Vamos embora que este relógio tá doido.
O sol tá baixando e já passam das duas.
Então o Moacir junto com o Zezeca pegaram o Jipe e azularam rumo ao Aluizão.
No KM 8 resolveram dar uma parada.
O Moacir sempre segurando o tempo ao máximo.
Nisso o Zezeca resolveu perguntar ao Cândido pela hora.
Para sua surpresa o velho Cândido perguntou o que aconteceu para ele não agarrar no gol do Moto Clube.
Prontamente o Zezeca disse que estava indo para lá.
Como indo para o jogo ?
Pera ai que vou ligar o rádio.
Justo na hora em que o rádio foi ligado o narrador gritava gol do Flamengo.
Era o primeiro.

O Zezeca possesso obrigou o Moacir Borracha a entrar no Jipe e partir rumo ao estádio Aluízio Ferreira.
E perguntava que presepada era aquela.
E o Moacir calado com um riso no canto da boca.
A verdade e que esculhambaram a bomba de propósito, e levaram o Zezeca para que ele não participasse do jogão contra o Flamengo.

Chegando ao Estádio o Goleirão tentou entrar e foi barrado pelos porteiros do estádio, tudo a pedido do velho César Zoghbi.
Confusão formada chamaram a polícia para retirar o goleiro aparentemente embriagado pelo driques com água-de-coco. Tudo armação e o resultado do jogo já estava 2 x 0 pro Flamengo.

Desesperado o Zezeca livrando-se da polícia, pulou o muro lateral do estádio, ralando todo o peito.
Meio sem rumo, ao pular caiu dentro de uma caixa de água, fato que salvou-o de quebrar alguns ossos do corpo.

Logo chegou o velho César Zoghbi sorrindo e disse para os policias levarem o goleirão de novo para fora do estádio pois estava embriagado.
A gozação com o goleirão foi muita e por muito tempo.
Anos mais tarde o Zezeca foi ser o goleiro do Flamengo.
O contrato: Um emprego na Prefeitura de Porto Velho na Fábrica de Asfalto.

Foi ai que surgiu o bloco de sujo ASFALTÃO.
O Zezeca é um dos fundadores do que é hoje uma grande escola de samba.
Ele era a nega maluca que abria o carnaval do asfaltão.
Tem gente que não lembra nem com Makumba.
Mas, isto também é assunto para outras linhas.


Zezeca hoje trabalha no Hospital de Base Ary Pinheiro de Porto Velho, está com 67 anos e guarda boas lembranças de um tempo que não volta mais.
Esta é uma das muitas histórias ou estórias da nossa gente.




DIZ A LENDA.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Martinho Além da Vila

Quem é do samba não enjoa de Martinho
Documentário revela a personalidade do sambista, para além da Vila Isabel

Dueto. Com Ana Carolina, especialmente para o DVD, Martinho gravou Filosofia de Vida

"Eu nasci numa fazenda/ E fui criado na favela/ Namorei mulher casada/ Fui homem de moça donzela/ Treze anos de caserna/ Me deram boa lição/ Fui formado na Vila Isabel/ Fiz do samba profissão." Os versos autobiográficos abrem o documentário Filosofia de Vida - O Pequeno Burguês, que retrata uma das figuras centrais do samba carioca, hoje com 72 anos. Logo se ouve a voz mansa de Martinho da Vila. Ele começa contando que nunca planejou ser artista, e que em vários momentos pensou em parar. O sucesso não permitiu.

Rodado nos últimos dois anos, o filme, que está saindo em DVD pela MZA Music e o Canal Brasil e conta com interessantes imagens de arquivo (de shows, de velhos carnavais), emocionou Martinho demais. Não só pela homenagem, mas pelo fato de todos os seus oito filhos (cinco dos seis adultos envolvidos com música) terem aparecido na tela, assim como as fotografias de sua mãe, dona Teresa, falecida. Além dos relatos da família, o documentário traz também depoimentos de admiradores, como o pagodeiro Dudu Nobre e o poeta Ferreira Gullar, e registros de viagens com sua banda.


Mais do que qualquer imagem, o que arrebata é o espírito de Martinho, traduzido na fala macia, nas músicas. Nas cenas no rio, pescando (e depois devolvendo o peixe à água, para que siga seu caminho), nas passagens em Duas Barras, sua cidadezinha, no interior do Rio (onde tem sua fazenda e o Instituto Cultural Martinho da Vila, na casa em que nasceu, e que desenvolve ações sociais e culturais com a comunidade).


"O que eu mais gosto mesmo é o caminho até Duas Barras", ele diz, na estrada. "A vida nossa é tão corrida que a gente passa pelas coisas sem ver. Eu sou aquele que procura ter olhos de ver."


Esse é o Martinho da Vila Isabel, a escola de samba da zona norte do Rio da qual é símbolo desde 1965, e à qual tanto se doou, artística e administrativamente, sem nada pedir em troca; da fama com Canta Canta, Minha Gente, Madalena do Jucu, O Pequeno Burguês, Devagar, Devagarinho, Mulheres e Disritmia; da incursão africana, que vem dos anos 80; da literatura (publicou dez livros e chegou a concorrer a uma vaga na Academia Brasileira de Letras este ano).


Ele é o artista-síntese do boa-praça, como também o é Zeca Pagodinho, com seu jeitão "deixa a vida me levar". No texto de apresentação do DVD, mereceu as seguintes palavras do pesquisador Sérgio Cabral: "Se eu tivesse de reduzir o Brasil que dá certo a um único ser humano, este seria Martinho da Vila." Para Marco Mazzola, seu produtor e idealizador do filme, "ele parece um monge sambista".


Devagar. O percurso percorrido por Martinho José Ferreira de Duas Barras até aqui é riquíssimo e movimentado, e contradiz a pecha de "lento" do autor dos versos "Sempre me deram a fama/ De ser muito devagar/ E desse jeito/ Vou driblando os espinhos/ Vou seguindo o meu caminho/ Sei aonde vou chegar/ É devagar..." "Todo mundo acha que sou devagar. Mas quem faz as coisas com pressa geralmente não faz bem", brinca Martinho, falando sobre o DVD. "Às vezes, vejo que preciso desacelerar a vida. Vou para Duas Barras, não leio e-mail, não tenho blog, Facebook... Lá nem telefone pega direito."


Mart"nália fala da associação direta entre a figura do pai e a certeza da felicidade, do sujeito pacato, para quem tudo sempre está bom. Martinho, da satisfação que tem quando vê que basta sorrir para alguém que o estado de ânimo da pessoa se altera. "Mas isso às vezes cansa um pouco. Todo mundo quer e pede meu sorriso o tempo todo!" Como resistir?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DOIS EM UM!

AGOSTO CINZENTO

Eu só queria enxergar

Por: Altair santos (Tatá)*

Choram os olhos, lágrimas a rolar

Os floridos ipês mal dá pra avistar

É agosto cinzento, é fumaça no ar.

Fulo da vida, eu só queria enxergar.

O céu e o sol, bem se sabe estão lá

Que saudade do azul, do astro rei a brilhar

E do outro lado da rua, quem vem? quem vai lá?

É agosto cinzento, é fumaça no ar

Fulo da vida, eu só queria enxergar.

Lá do alto mirante, nem o rio, nem o barco, nem gaivota a voar

E eu enfumaçado, tonto a procurar

É agosto cinzento é fumaça no ar

Fulo da vida, eu só queria enxergar.

Passou bela moça, com o seu requebrar,

Da calçada ali perto, sem poder contemplar

Fico eu pelejando, só querendo espiar

Lá se foi flor menina, será que aqui vai voltar?

Arde o lho da gente, semáforo a chorar

Piscando pro motorista que não pode passar

Onde tem um ar puro pra gente respirar?

Lê pra mim essa placa, já nem sei soletrar

É agosto cinzento, não dá pra enxergar.

Roda, roda avião, tu não pode pousar

Lá de cima parece que pista não há,

Pra chegar só de ônibus via Ji-Paraná

Se a fumaça da estrada, por acaso deixar

É agosto cinzento, não da pra enxergar.


Cachorro louco do mês, deve ter ido passear

Botar colírios nas vistas pra depois vadiar

E eu aqui nesta mesa, sem poder enxergar.

Manda uma Zizi, pra’eu poder relaxar

É agosto cinzento e não dá pra enxergar.


Apagaram as estrelas sem nem avisar

Meia fase na lua só pra enganar

Black out em São Jorge, pro dragão escapar

É agosto cinzento é fumaça no ar

Fulo da vida eu só queria enxergar.


Antes de tu meter fogo

Um recado vou dar

Faz um drinque de isqueiro

Com palito a queimar

Engole junto ao cigarro

Pra te saciar, incendiário da peste

Que não me deixa enxergar.

(*) O auto é músico e presidente da Fundação Cultural Iaripuna.

tatadeportovelho@gmail.com



CESTA MUSICAL

Silvinho apresenta

Entre Linhas no Sesc

O projeto Cesta Musical trás como atração no mês de agosto Silvio José Santos

O cantor e compositor Silvio José Santos, também conhecido no meio artístico como Silvinho será a atração do mês de agosto do Projeto Cesta Musical do Sesc com o espetáculo musical “Entre Linhas”, que será apresentado na próxima sexta feira dia 27 no Teatro Um José Saleh Morebh no Sesc Esplanada em Porto Velho. O show “Entre Linhas” tem como objetivo mostrar uma linguagem musical moderna, porém, sem perder a essência de suas origens, tratando de temas que vagueiam desde protestos, passando pelo romantismo e desembocando no regional.

O show também propõe uma forma de mostrar ao público como “nasce” cada composição, daí o nome entre Linhas. Com pretensão de que se entenda que entre uma linha e outra de cada letra musical existe uma história ou um motivo pelo qual determinada canção foi concebida. Com uma característica “Pop Regional” o show entre Linhas vem com a proposta de saciar curiosidades e envolver espectadores ecléticos que detêm um bom gosto musical.

Nascido em Porto Velho, Silvinho como é popularmente conhecido, compôs sua primeira canção, um samba, aos seis anos de idade. Não demorou muito e passou a fazer parte de fato do cenário artístico da cidade. Com trabalhos musicais expressivos passou a integrar o circuito musical dos festivais de musicas promovidos por instituições de peso como Sesc e Sesi, chegando a representar o estado de Rondônia obtendo posições de destaque no Distrito Federal, quando foi avaliado por grandes nomes da MPB como Francis Raimi e Tetê Spíndola.

Silvinho um artista do Norte como ele mesmo se identifica, que tem o maior orgulho de suas origens e faz questão de mostrar ao público sua herança musical sem hesitar em mostrar um repertório temperado para todas as idades. É assim que podemos definir esse artista. Um amazônida, compositor, cantor, um autêntico cidadão que vem do Norte para mostrar sua cultura e suas origens sem deixar de lado a boa poesia moderna.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

COM CERVEJA!!!

ESSA É PARA A VIDA TODA!


Um professor de filosofia, parou na frente da classe e sem dizer uma palavra, pegou um vidro de maionese vazio e o encheu com pedras de uns 2 cm de diâmetro.
Olhou para os alunos, e perguntou se o vidro estava cheio.

Todos disseram que sim.

Ele então, pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-os dentro do vidro agitando-o levemente, os pedregulhos rolaram para os espaços entre as pedras.
Tornou a perguntar se o vidro estava cheio.

Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!

Dessa vez, pegou uma caixa com areia e despejou dentro do vidro preenchendo o restante.
Olhando calmamente para as crianças o professor disse:

- Quero que entendam, que isto, simboliza a vida de cada um de vocês!

As pedras, são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde, seus filhos, coisas que preenchem a vida.

Os pedregulhos, são as outras coisas que importam: como o emprego, a casa, um carro...

A areia, representa o resto: as coisas pequenas...

Experimentem colocar, a areia primeiro no vidro e verão que não caberá as pedras e os pedregulhos...
O mesmo vale para suas vidas.

Priorizem, cuidar das pedras, do que realmente importa. Estabeleçam suas prioridades. O resto é só areia!

Após ouvirem a mensagem tão profunda, um aluno perguntou ao professor se poderia pegar o vidro, que todos acreditavam estar cheio, e fez novamente a pergunta:
- Vocês concordam que o vidro esta realmente cheio?

Onde responderam, inclusive o professor: - Sim está!

Então, ele derramou uma lata de CERVEJA dentro do vidro.
A areia ficou ensopada, pois a cerveja foi preenchendo todos os espaços restantes, e fazendo com que ele, desta vez ficasse realmente cheio.

Todos ficaram surpresos e pensativos com a atitude do aluno, incluindo o professor.

ENTÃO ELE EXPLICOU:

NÃO IMPORTA O QUANTO SUA VIDA ESTEJA CHEIA DE COISAS E PROBLEMAS...

SEMPRE SOBRA ESPAÇO PARA UMA CERVEJINHA!!!!!!!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A COISA AQUI TÁ CINZA

Rondônia pode entrar em colapso devido às queimadas


Previsão indica forte agravamento da poluição no sul da Amazônia nos próximos dias, com espessa camada de fumaça sobre Rondônia. A situação que já é de emergência pode virar calamidade pública uma vez que em ano de eleição há pouca autuação.

Daniel Panobianco - A fumaça fica a cada dia que passa mais intensa em Rondônia. Fruto das queimadas que já fugiram do controle há muito tempo e que só agora as autoridades locais chegam a um consenso de que algo de imediato precisa ser feito para frear a quantidade estupenda que a população respira de monóxido de carbono e outros gases poluentes.

O mais engraçado é que todas as autoridades engajadas no então ‘combate’ ao fogo em Rondônia sabem muito bem que climatologicamente existem duas estações muito bem definidas; Uma seca e outra chuvosa, ambas com 6 meses de duração cada uma. Na seca, não chove, a umidade despenca para patamares críticos e o fogo se alastra. Não é de hoje que as queimadas incomodam e muito em Rondônia; Também não é de hoje que a política do meio ambiente local se faz de cega, surda e muda. Até a imprensa, o terceiro maior poder nesse país, se enjoa ao ditar que ações estão sendo tomadas, que políticos, os de cabresto, por via de regras, fazem sua parte e que todo se resolverá. Mentira! Hipocrisia de quem ainda acredita nisso.

Chega a ser demagogo que uma política desse gabarito se prostra com tamanha insatisfação por meio de atitudes impensadas e que no ‘frigir dos ovos’, a população tem sua forma de pensamento como a mais humilde de todas.

Não há política, ação ou união de autoridades que acabará com as queimadas em Rondônia; Isso nunca aconteceu e jamais acontecerá.

Os dados do passado comprovam que a cada 4 anos e, diga-se de passagem, por coincidência ou não, anos políticos, de eleições, a quantidade de queimadas no Brasil surta, do extremo ao vergonhoso, lastimável. E isso não é diferente em Rondônia. Os números estão ai à mostra para qualquer cidadão de que campanhas, metas públicas de reeducação ambiental de nada valem a pena se no mais alto poder hierárquico de comando existe uma administração frouxa, incapaz de autuar, multar ou ditar que nesta terra também existem leis a serem respeitadas.

A prova maior de que as queimadas estão sem controle em Rondônia é vista, respirada e suportada por cada individuo que ainda sobrevive debaixo de uma poluição sufocante.

Há dias Porto Velho está tomada por muita fumaça, o que restringe os meios de tráfego aéreo, rodoviário e fluvial. O número de acidentes nas estradas em decorrência da falta de visibilidade explodiu nos últimos 3 dias, todos, segundo as autoridades, por conta da fumaça das queimadas.

A quantidade de pessoas com problemas respiratórios nas policlínicas é imensa. A maioria dos casos verificados está relacionada às doenças respiratórias em decorrência da intensa fumaça.

Nesta terça-feira (18), Porto Velho amanheceu coberta por uma intensa camada de fumaça. Dados de METAR do aeroporto "Governador Jorge Teixeira de Oliveira" registraram desde as 3 horas (local), visibilidade inferior a 700 metros na cabeceira da pista, o que restringe parcialmente pousos e decolagens de aeronaves. Segundo a INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), pistas com visibilidade inferior a 1600 metros já oferecem riscos e passam a ser monitoradas por instrumentos, quando não fechadas completamente.

A quantidade de queimadas verificadas em áreas que deveriam ser de proteção ambiental, como UCs (Unidades de Conservação) é lastimável. O fogo se alastra de fazenda em fazenda e atinge rapidamente áreas de florestas ainda virgens, antes então intocadas pelo homem.

Satélites operados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desmentem o que autoridades ditam em emissoras de rádio e televisão ou nos mais diversos meios de comunicação online hoje disponíveis. Rondônia está em emergência não tão somente por conta da fumaça das queimadas e sim por uma cultura retrógrada que ano após ano se deteriora com os extremos climáticos, cada vez mais comuns. Cultura esta que faz referência aos palanques agora em comícios a que aprofundar questões tão sérias quanto à saúde de uma massa populacional, por exemplo.

Mapa de poluição em Rondônia. A quantidade de poluentes no norte do Estado, região de Porto Velho, é 5 vezes maior que a verificada na Região Metropolitana de São Paulo. No final de semana, todo o Estado estará coberto por uma densa camada de poluentes.

Os dados ainda dão conta de que o ar vai piorar em Rondônia até o final de semana. A quantidade de gases poluentes presentes na atmosfera já está elevada, mas a situação pode ficar insuportável com a predominância dos ventos fracos em altitude e em sentidos que dificultam a dispersão dos poluentes na média troposfera. Todos os 52 municípios rondonienses experimentarão ‘dias negros’, literalmente, com fumaça irreal aos olhos do governo, mas bem nítida às vistas da população local.

Já dizia uma velha frase de um ex-governador de Rondônia que "a queimada faz parte do desenvolvimento de Rondônia; Se há queimada há terra aberta e com isso, há desenvolvimento". E assim sempre será!

Dados: REDEMET - NASA - CPTEC/INPE
(Fonte: De olho no tempo)

DIA DO FOLCLORE/ 22 DE AGOSTO

Mitos e Lendas do Brasil, mitologia, contos e lendas populares, lendas e mitos da cultura popular brasileira, saci-pererê, curupira, boitatá, lobisomem e mula-sem-cabeça, festas populares, Dia do Folclore, festividades e comemorações, contos folclóricos do nordeste

O que é Folclore

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.

- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.

- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FEIJOADA CÍVICA

Feijosamba da independência


DATA: 05 de Setembro 2010: (Domingo).

LOCAL: Ass. Polícia Militar Ambiental (bairro Calama).

HORA: 12 hs ás 16 hs.

ANIMAÇÃO: Grupo Tá Na Área.

Coordenação: Maracanã.

Equipe: Wilson Nicola/Neuza Meireles/Sônia Maria/Uilian Cristian/ Antônia/Cristina/Mônica/Izabel/Oscar.


Apoio Cultural: Prefeitura de Porto Velho, Fundação Iaripuna, Card./PREV-Dom Bosco, Mano Maestro, TEC RON (comércio e serviços),


FEIJOADA: R$ 15,00. (quinze reais).

LIMITADA. (100 ingressos).



9971- 5084 (Maracanã)


...O samba agoniza, mas não morre!

Porto Velho – Rondônia –Amazônia- Brasil.

A RESISTENTE CULTURA POPULAR

Cultura popular, cultura de massa ou cultura pop é a cultura vernacular - isto é, do povo - que existe numa sociedade moderna. O conteúdo da cultura popular é determinado em grande parte pelas indústrias que disseminam o material cultural, como por exemplo as indústrias do cinema, televisão, música e editorais, bem como os veículos de divulgação de notícias. No entanto, a cultura popular não pode ser descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o resultado de uma interação contínua entre aquelas e as pessoas pertencentes à sociedade que consome os seus produtos.

Características

A cultura popular está constantemente mudando e é específica quanto ao local e ao tempo. Dentro da cultura popular, formam-se correntes, na medida em que um pequeno grupo de indivíduos terá maior interesse numa área da qual a cultura popular mais generalizada se percebe apenas parcialmente a existencia.

Os ícones da cultura popular tipicamente atraem uma maior quantidade e variedade de público; ocasionalmente, têm um cunho esotérico, como no caso da maçonaria. Existem duas razões porque os itens que atraem as massas dominam a cultura popular. Por um lado, as companhias que produzem e vendem os seus itens de cultura popular tentam maximizar os seus lucros, enfatizando itens que agradem a todos. Por outro lado, aparentemente, a cultura popular é governada pelo efeito meme de Richard Dawkins, o qual é uma forma de selecção natural - os itens da cultura popular com maior probabilidade de sobreviver são aqueles que atraem maior quantidade e variedade de público, propagando-se mais eficazmente.

Uma opinião amplamente sustentada é a de que a cultura popular tende a ser superficial. Os itens culturais que requerem grande experiência, treino ou reflexão para serem apreciados, dificilmente se tornam itens da cultura popular. Cultura Popular ou Cultura Pop é a cultura vernacular - isto é, do povo - que existe numa sociedade moderna. O conteúdo da cultura popular é determinado em grande parte pelas indústrias que disseminam o material cultural, como por exemplo as indústrias do cinema, televisão e editorais, bem como os meios de comunicação. No entanto, a cultura popular não pode ser descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o resultado de uma interacção contínua entre aquelas e as pessoas pertencentes à sociedade que consome os seus produtos.

A cultura de massa tem múltiplas origens. É alimentada principalmente à custa das indústrias que têm lucros a inventar e promover material cultural. Entre elas, encontram-se a indústria da música popular, cinema, televisão, rádio, bem como editoras de livros e jogos de computador.

Uma segunda fonte da Cultura Popular, muito diferente da primeira, é o elemento folclórico. Inclusivamente, no mundo pré-industrial, a cultura de massa como hoje é entendida não existia, existindo, no entanto, uma cultura folclórica. Esta camada anterior de cultura ainda persiste na nossa sociedade, seja, por exemplo, em forma de anedotas ou de calão, as quais se espalham pela população de boca em boca, tal como sempre aconteceu.

Apesar de ser repetidamente mortificado pelos abastecedores de cultura comercial, o público tem os seus próprios gostos e nem sempre são previsíveis quais os itens culturais a ele vendidos que obterão sucesso. Este ponto forma outro ingrediente da cultura de massa. Por outro lado, as crenças e opiniões acerca dos produtos da cultura comercial são espalhados de boca em boca, sendo modificadas no processo, tal e qual como o folclore.

Uma fonte diferente de cultura popular são as comunidades profissionais que providenciam fatos ao público, frequentemente acompanhados por interpretação. Estas incluem os media de notícias, bem como as comunidades científicas e académicas. O trabalho de cientistas e académicos é usualmente minado pelos media de notícias e é transmitido ao público com ênfase em pseudo-factos com poder para impressionar ou outros itens com atração inerente.

Tanto os factos académicos como as histórias das notícias são modificadas por transmissão folclórica, sendo por vezes transformadas em perfeitas falsidades, conhecidas por mitos urbanos. Por outro lado, muitos dos mitos urbanos não têm nenhuma origem factual e foram simplesmente inventados por diversão. o tenis do odilon é legal


Os trabalhadores criativos na música, cinema e televisão comercial - por exemplo, escritores de guiões - são, obviamente, eles próprios membros de uma sociedade cultural; na realidade, são, usualmente, membros totalmente inseridos naquela. Esse facto gera frequentemente um feedback, na medida em que a porção folclórica da cultura popular serve como uma alimentação da porção comercial. Por exemplo, os estereotipos sobre os homossexuais presentes na cultura popular podem ter uma influência importante nos filmes com personagens homossexuais. Por sua vez, isto pode originar um feedback, propagando os estereotipos, eventualmente de forma exagerada. Um exemplo mais inocente será o dos escritores dos guiões da série de desenhos animados Os Simpsons terem tido conhecimento da banda de música Kraftwerk pela boca de amigos e conhecidos - leia-se, folcloricamente - e ao mencionar a banda num dos episódios da série propagaram a fama deste grupo para milhões de outros indivíduos.

Estudos

Embora a cultura popular não seja particularmente prestigiosa, levanta uma série de questões importantes e interessantes, tais como o modo como se dissemina ou que características são necessárias para que um item em particular se torne parte da cultura popular.

Os estudos de cultura popular são uma disciplina académica que estuda a cultura popular. É geralmente considerada como uma combinação de estudos de comunicação com estudos culturais. As discussões académicas sobre a cultura popular iniciaram-se mal se formou a sociedade de massas contemporânea e os trabalhos inicialmente desenvolvidos sobre cultura popular ainda influenciam os contemporâneos.

A sociedade de massas

A sociedade de massas formou-se durante o processo da industrialização do século XIX, através da especialização em tarefas, a organização industrial em larga escala, a concentração de populações urbanas, a centralização crescente do poder de decisão, o desenvolvimento de um complexo sistema de comunicação internacional e o crescimento dos movimentos políticos das massas.

Alan Swingewood escreveu em O Mito da Cultura de Massa (1977) que a teoria aristocrática da sociedade de massas está ligada à crise moral causada pelo enfraquecimento dos centros tradicionais de autoridade, como a família e a religião. A sociedade prevista por Ortega y Gasset, T. S. Eliot e outros autores é uma dominada por massas filistinas, sem centros ou hierarquias de autoridade moral ou cultural. Nesse tipo de sociedade, a arte só consegue sobreviver se conseguir cortar as suas ligações com as massas, refugiando-se nos valores ameaçados. Ao longo do século XX, este tipo de teoria foi utilizada para distinguir a arte autónoma, pura e desinteressada da cultura de massa comercializada.

A indústria da cultura

À primeira vista, diametralmente oposta à teoria aristocrática, a teoria da indústria da cultura foi desenvolvida pelos teóricos da Escola de Frankfurt, tais como Theodor W. Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse. Segundo estes autores, as massas são dominadas por uma indústria de cultura que obedece somente à lógica do capitalismo.

A evolução progressiva

Uma terceira teoria acerca da cultura popular, influenciada pela ideologia liberal pluralista, é denominada frequentemente por evolucionismo progressivo e é mais optismista. Encara a economia capitalista como a criação de oportunidades para que qualquer indivíduo possa participar numa cultura completamente democratizada pela educação em massa, expansão do tempo de lazer e álbuns de música e livros baratos. Nesta visão, a cultura popular não ameaça a alta cultura, sendo uma expressão autêntica das necessidades do povo. Como escreve Swingewood (1977), neste caso não existe a questão da dominação da cultura.

Vestígios da teoria da indústria da cultura

Surge com a chegada da burguesia ao poder em alguns países capitalistas, como foi o caso dos EUA e Inglaterra. O modelo capitalista de cultura procurou meios para lucrar com uma cultura que ultrapassasse as fronteiras e atingisse o mundo, isso com a ajuda da tecnologia em franco desenvolvimento (imprensa, rádio, televisão, cinema), impondo assim uma cultura massificada para diversos povos com culturas distintas.

LIÇÒES DA VIDA

TORRADAS QUEIMADAS!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

" - Amor, eu adorei a torrada queimada... só porque veio de suas mãos"

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.

Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro.

Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando, ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante este tempinho, com sua mãe você chorava, pelo shampoo, pelo pentiar, etc.

A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai, novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.

sábado, 14 de agosto de 2010

JONGO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Apresentação de Jongo do Grupo de Caxambu Michel Tannus de Porciúncula-RJ

Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo.

Inserindo-se no âmbito das chamadas 'danças de umbigada' (sendo portanto aparentada com o 'Semba' ou 'Masemba' de Angola), o Jongo foi trazido para o Brasil por negros bantu, sequestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, na região compreendida hoje por boa parte do território da República de Angola.

Composto por música e dança características, animadas por poetas que se desafiam por meio da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos ('amarrados') , o Jongo tem, provavelmente, como uma de suas origens mais remotas (pelo menos no que diz respeito á estrutura dos pontos cantados) o tradicional jogo de adivinhas angolano, denominado Jinongonongo.

Uma característica essencial da linguagem do Jongo é a utilização de símbolos que, além de manter o sentido cifrado, possuem função supostamente mágica, provocando, supostamente, fenômenos paranormais. Dentre os mais evidentes pode-se citar o fogo, com o qual são afinados os instrumentos; os tambores, que são consagrados e considerados como ancestrais da comunidade; a dança em círculos com um casal ao centro, que remete à fertilidade; sem esquecer, é claro, as ricas metáforas utilizadas pelos jongueiros para compor seus "pontos" e cujo sentido é inacessível para os não-iniciados.

Hoje em dia podem participar do Jongo homens e mulheres, mas esta participação, em sua forma original era rigorosamente restrita aos iniciados ou mais experientes da comunidade. Este fator relaciona-se a normas éticas e sociais bastante comuns em diversas outras sociedades tradicionais - como as indígenas americanas - baseadas no respeito e obediência a um conselho de indivíduos 'mais velhos' e no 'culto aos ancestrais'.

Pesquisas históricas indicam que o Jongo possui, na sua origem, relações com o hábito recorrente das culturas africanas de expressão bantu, durante o período colonial, de criar diversas comunidades, semelhantes a sociedades secretas e seitas político-religiosas especializadas, dentre as quais podemos citar até mesmo irmandades católicas, como a Congada. Estas fraternidades tiveram importante papel na resistência à escravidão, como modo de comunicação e organização, e até mesmo comprando e alforriando escravos.

Dançado e cantado outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical bantu, que originou o atual berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores consagrados, utilizados até os nossos dias, chamados de Tambu ou 'Caxambu', o maior - que dá nome a manifestação em algumas regiões - 'Candongueiro', o menor e o tambor de fricção 'Ngoma-puíta' (uma espécie de cuíca muito grande), o Jongo é ainda hoje bastante praticado em diversas cidades de sua região original: o Vale do Paraíba na Região Sudeste do Brasil, ao sul do estado do Rio de Janeiro e ao norte do estado de São Paulo. Entre as diversas comunidades que mantêm (ou, até recentemente, mantiveram) a prática desta manifestação, pode-se citar, como exemplo, as localizadas na periferia das cidades de Valença, Vassouras , Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Rio de Janeiro) além de Guaratinguetá e Lagoinha (São Paulo), com reflexos na região dos rios Tietê, Pirapora e Piracicaba, também em São Paulo (onde ocorre uma manifestação muito semelhante ao Jongo conhecida pelo nome de 'Batuque') e até em certas localidades no sul de Minas Gerais.

Na cidade do Rio de Janeiro, a região compreendida pelos bairros de Madureira e Oswaldo Cruz, já nos anos imediatamente posteriores à abolição da escravatura, centralizou durante muito tempo a prática desta manifestação na zona rural da antiga Corte Imperial, atraindo um grande número de migrantes ex-escravos, oriundos das fazendas de café do Vale do Paraíba. Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex-escrava Maria Teresa dos Santos muitos de seus parentes ou aparentados além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália, todos eles intimamente ligados a fundação da Escola de Samba Império Serrano, sediada no Morro da Serrinha.

A partir de meados da década 70, no mesmo Morro da Serrinha, o músico percussionista Darcy Monteiro 'do Império' (mais tarde conhecido como Mestre Darcy), a partir dos conhecimentos assimilados com sua mãe, a rezadeira Maria Joana Monteiro (discípula de Vó Teresa), passando a se dedicar á difusão e a recriação da dança em palcos, centros culturais e universidades, estimulando por meio de oficinas e workshops, a formação de grupos de admiradores do Jongo que, embora praticando apenas aqueles aspectos mais superficiais da dança, deslocando-a de seu âmbito social e seu contexto tradicional original, dão hoje a ela alguma projeção nacional.

Ainda no âmbito da cidade do Rio de Janeiro, é digno de nota também o 'Caxambu do Salgueiro', grupo de Jongo tradicional que, comandado por Mestre Geraldo, animou, pelo menos até o início da década de 1980, o Morro do Salgueiro, no bairro da Tijuca e era composto por figuras históricas daquela comunidade, entre as quais Tia Neném e Tia Zezé, famosas integrantes da ala das baianas da Escola de Samba G.R.E.S Acadêmicos do Salgueiro.

Em 1996 aconteceu no município de Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, o I Encontro de Jongueiros, resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense/UFF, desenvolvido pelo campus avançado que a universidade possui neste município. Deste encontro participaram dois grupos de jongueiros da cidade e mais um de Miracema, município vizinho. A partir daí, o encontro passou a ser anual. Hoje, cerca de treze comunidades jongueiras participam deste Encontro. O mais recente, o XII Encontro de Jongueiros, foi realizado nos dias 25 e 26 de abril de 2008 em Piquete / SP e teve a participação de 1000 jongueiros das cidades de Valença-Quilombo São José, Barra do Pirai, Pinheiral, Angra dos Reis, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Serrinha, Porciúncula, Quissamã, Campos, São Mateus, Carangola, São José dos Campos, Guaratinguetá, Campinas e Piquete.

Em 2000, durante a realização do V Encontro de Jongueiros, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, foi criada a Rede de Memória do Jongo e do Caxambu cujo objetivo é organizar as comunidades jongueiras e fortalecer suas lutas por terras, direitos e justiça social.

DIVERSIDADAE MUSICAL

Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional, erudita, popular ou experimental). Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.

Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma "antropologia musical", que tende a provar que, mesmo se alguém tem um certo prazer ao ouvir uma determinada obra, não pode vivê-la da mesma forma que os membros das etnias aos quais elas se destinam. Nos círculos acadêmicos, o termo original para estudos da música genérica foi "musicologia comparativa", que foi renomeada em meados do século XX para "etnomusicologia", que apresentou-se, ainda assim, como uma definição insatisfatória.

Para ilustrar esse problema cultural da representação das obras musicais pelo ouvinte, o musicólogo Jean-Jacques Nattiez (Fondements d’une sémiologie de la musique 1976) cita uma história relatada por Roman Jakobson em uma conferência de G. Becking, linguista e musicólogo, pronunciada em 1932 no Círculo Línguístico de Praga:
Cquote1.svg Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas o indigena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em música funciona como elemento de um sistema. As realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná-las exatamente, mas o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica.

NOVOS RUMOS LITERÁRIOS

Sérgio Ramos.

Academia de Letras debate novo estatuto

ACLER

A Academia de Letras de Rondônia deve decidir nos próximos dias sobre a proposta de reformulação do seu estatuto social, cujo texto já foi apresentado pela comissão responsável e se encontra, atualmente, em fase de receber sugestões dos membros, para sua redação final ir à discussão em plenário.

Segundo o acadêmico Antonio Serafim, presidente da comissão encarregada de apresentar a nova proposta, o texto que será levado à discussão e votação será bem mais enxuto do que o atual. "Muita coisa, conforme a nossa proposta, deverá ser tratada a seguir, pelo Regimento Interno, reduzindo assim para menos de 25 artigos o nosso documento principal", explicou o presidente. Além dele, a comissão contou ainda com os acadêmicos Abnael Machado de Lima, Antonio Cândido e Matias Mendes.

ATIVIDADES

A Academia de Letras de Rondônia já tem definido todo seu calendário de atividades neste segundo semestre, constando para setembro um evento especial em que serão lembrados os 67 anos de criação do Território Federal do Guaporé e o centenário de nascimento do médico e fundador da ACLER Ary Tupinambá Pena Pinheiro.
A proposta também prevê a realização de mais dois saraus lítero-culturais que, como o anterior, deverá ser aberto à participação de membros da comunidade que queiram se apresentar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MAIS UMA?

A CHINA DO FUTURO.


COMO FICARÁ A CHINA DO FUTURO???


Um determinado produto que o ocidente fabrica um milhão de unidades, uma
só fábrica chinesa produz quarenta milhões.

A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reacção é impressionante.

Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas.

Com preços que são uma fracção dos praticados aqui.

Um operário ganha 700 euros (no Brasil 300 dólares) quando comparados com os 100 dólares dos chineses,
que recebem praticamente
zero benefícios.... estamos perante uma escravatura amarela...
alimentando-a.

Horas extraordinárias?!... Na China?!... Esqueça!!! O pessoal por lá é
tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras, sabendo
que nada vai receber por isso...

Essa é a grande armadilha chinesa.

Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de poder.

Os chineses estão tirando proveito, da atitude dos PROMOTORES DE MARCAS
ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficando apenas com o que
ela "agrega de valor": A marca.

Dificilmente você adquire nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da
América um produto "made in Estados Unidos".

É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.

As Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e
vendendo por centenas de dólares...

Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.

Mesmo a custo do encerramento das suas fábricas. É o que se chama de
"estratégia preçonhenta".

Enquanto os ocidentais terceirizam as tácticas e ganham a curto prazo, a
China assimila essas tácticas para dominar no longo prazo.

Enquanto as grandes potências de mercado ficam com as marcas, com o
design... Os chineses estão ficando com a produção, assistindo e
contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais
ocidentais.
....
Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de ténis ou de
calçado pelo mundo ocidental...

Só as haverá na China !!!!!

Num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços,
produzindo um "choque da manufactura", como aconteceu com o choque
petrolífero nos anos setenta.

Então já será tarde de mais...
E o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e
irá render-se.

Perceberá que alimentou um enorme dragão e que dele ficou refém...

Dragão que aumentará ainda mais os preços, já que será ele, quem ditará as
"novas leis de mercado" pois quem manda é ele.

É ele e apenas ele, quem possui as fábricas, inventários e empregos. É ele
quem vai regular os mercados e não os executivos (da "mão-de-obra
barata/lucro fácil") os "preçonhentos".

Iremos, nós e os nossos filhos, assistir a uma inversão das regras do
jogo que terão impacto de uma bomba atómica... chinesa!!!!!!!!!!

Nessa altura é que o mundo ocidental irá acordar... mas já será tarde!!!!!!!.

Nesse dia, os executivos os "preçonhentos"...
.
olharão tristemente, para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os
técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas dos
seus parques fabris desmontados,... etc.

E lembrarão, com muitas saudades, o tempo em que ganharam dinheiro
comprando baratinho dos "escravos" chineses, vendendo caro aos seus
conterrâneos.

E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas
que já deixaram de ser moda e, por isso, poderosas...

PEDE-SE A TODOS QUE REFLICTAM E COMEÇEM A COMPRAR - JÁ - PRODUTOS DE FABRICO
NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO DO SEU SEMELHANTE, DO SEU AMIGO, DO SEU
VIZINHO E ATÉ MESMO O SEU...


--
Geraldo Cruz
30 anos de arte

terça-feira, 10 de agosto de 2010

CABELO NA VILA IZABEL

Vila: Martinho não vai fazer samba sobre o cabelo
TUDO DE SAMBA - Por Simone Fernandes

Henrique Matos/Divulgação

Vencedor da disputa de samba no ano passado e único autor da obra que a Vila Isabel levou para a Sapucaí no desfile sobre Noel Rosa este ano, Martinho da Vila disse que não vai participar do concurso que vai escolher a composição que será cantada pelos componentes da azul e branco no próximo Carnaval.

Em entrevista ao repórter Valmir Moratelli para o IG, o artista, que é presidente de honra da agremiação, disse que enredos criados com o objetivo de conseguir patrocínio não o agradam.

- Isso me entristece como sambista. Dá para fazer um desfile só com o dinheiro que vem da prefeitura e dos ensaios de quadra. Com três milhões e pouco, sem patrocínio, se faz um carnaval. Não tem a menor chance de eu compor um samba sobre cabelo (risos). Não tem assunto, né? - declarou o cantor e compositor.

O título do enredo da Vila para 2011 é "Mitos e histórias entrelaçadas pelos fios de cabelo". O desfile marcará a estreia da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães na escola de Martinho. A escola espera obter patrocínio com o tema e, embora a diretoria não confirme, comenta-se que a agremiação estaria em negociações com a Pantene.

MUDANÇAS no Carnaval

A NOVA FESEC

* Por: Altair Santos (Tatá)

Em meio ao frisson da hora, o pleito eleitoral do dia 3 de outubro, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas – FESEC fez a sua eleição no último sábado e elegeu o professor e artista plástico Ariel Argobe, o novo Presidente. Para fechar consenso sobre o nome do eleito, as escolas tiveram que sentar à mesa e promover um debate sobre a instituição, a sua realidade e os seus rumos. O Ariel também é do ramo. É carnavalesco e traz na sua linha de conduta o forte interesse em promover o trabalho das escolas para além da simples apresentação na passarela do samba. Entendemos também que assim deve ser. Entretanto, para cumprir metas e objetivos à frente da instituição, a nova diretoria precisa mergulhar nas águas da re-engenharia e discutir, repensar, projetar e atualizar a FESEC. Escola de samba deve e merece espraiar o seu raio de atuação para horizontes além do asfalto da avenida ao som da bateria e sob o brilho das fantasias para exibir o seu lume noutros campos, contextualizando melhor a sua existência. É a vida e seu dinamismo. Ela (a escola de samba) deve trabalhar a sua inserção no contexto comunitário e lá, no seu espaço, promover ações que animem crianças, jovens e adultos, conquistando-os à participação. Faz-se o ponto, criar-se a identidade. Isso é interatividade. Não mais cabe no processo cotidiano da efervescente e acelerada Porto Velho de hoje, Escolas de Samba nômades de si mesmas, ou seja: desfilam na avenida e residem onde mesmo? Um exemplo disso é a atual bicampeã do carnaval local, a Diplomatas do Samba que, do alto dos seus 50 anos de existência, muitos títulos e glórias, ainda não têm residência fixa. Talvez nenhuma das nossas agremiações de carnaval tenha concorrido no Edital dos Pontos de Cultura do Governo Federal que recentemente contemplou grupos folclóricos e de teatro, dentre outros, em todo o estado. Nada pejorativo mas, algumas escolas, ainda estão sediadas na residência ou nas pastas dos seus próprios presidentes e diretores. Os novos enunciados culturais nacionais que advém dos órgãos de cultura (MINC e seus tentáculos), associam a linha da produção cultural ao campo da inclusão social, da valorização das comunidades e da mão-de-obra lá existente, fortalecendo a economia da cultura, re-paginando e qualificando a produção artística e versando em favor do dueto cidadão/cidadania. Escola de samba antes de ser braço social é berço. De lá, convém, entoar novos cânticos de enredo para a remodelação da FESEC e suas afiliadas pelas vias de novos e audazes projetos. As escolas de samba têm história e seus currículos lhes credenciam a alçar novos vôos. O inquieto Ariel que conhecemos haverá sim de discutir com seus pares de diretoria, os novos traços fisionômicos e jurídicos para o carnaval local primando pelos contidos da autogestão, encampando uma política de ação onde, o repasse de recuso público para as agremiações seja apenas um, dentre os tantos itens de interesse e o velho livro de ouro uma peça a contar o passado cadenciado pelo rufar do surdo e colagem da lantejoula no estandarte. Parabéns e força Ariel.

(*) o autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna
tatadeportovelho@gmail.com

AINDA EM MADUREIRA!

Fina Flor do Samba Revela Ênio Melo Cantando Paulinho da Viola

Por Antônio Serpa do Amaral Filho

Cantando na calçada do Bar do Zizi, Ênio de Oliveira Bento de Melo revelou-se um dos melhores porta-vozes da música de Paulinho da Viola em Rondônia e passou em revista a obra do compositor, inundando de magia e malemolência o centro histórico guaporé. Ele não nasceu pro samba. Nasceu pra jogar basquete. A exemplo do revolucionário Tchê Guevara, sofreu e lutou contra a asma por um bom tempo. Cantava miúdo e para dentro, hoje canta pra fora em bem dosada vocalização: nem tão sustenido que pareça boçal e agressivo ao bom ouvido da platéia, nem tão descaído em profundo bemol que lhe deixe aquém do tom ideal. Em perfeito diapasão com a performance de um gentleman falando musicalmente em nome de um lorde da Portela, Ênio Melo mostrou-se um eloqüente intérprete que não abre mão da decência e fidalguia na hora de servir à mesa do ouvinte o gênero inventado por Donga, Ismael Silva e Sinhô. Sua apresentação na sexta-feira passada, dia 06, no projeto Fina Flor do Samba, defronte ao Mercado Cultural, atraiu uma enorme quantidade de gente e bambas da mais nobre estirpe musical e fez o centro histórico de Porto Velho respirar os bons ares da poesia do autor de Pecado Capital, Foi um Rio Que Passou em Minha Vida e tantas outras pérolas negras da música popular brasileira. Babá, Dadá do Cavaco e Neguinho Meneses olharam bem fundo nos olhos do intérprete e copiosamente choraram, lembrando o que disse Vinícius: fazer samba não é contar piada/quem faz samba assim não é de nada/um bom samba é uma forma de oração!

A missão honrosa de fazer a abertura do show coube ao Presidente da Fundação Cultural Iaripuna, Altair dos Santos, o Tatá, que, mesmo sem a bendita iluminação artística no palco que mais vende a imagem do Mercado Cultural, não se fez de rogado e apresentou ao público a atração da noite, narrando em síntese um pouco da trajetória de vida do filho de Dona Tereza e do seu Esmite Bento de Melo, o Príncipe do Real Segredo Maçônico de Rondônia e um dos poucos a ter, in memorian, cadeira cativa no tradicional Bar do Zizi. Quanto ao despojamento, nota dez para o Tatá. Quanto à atitude administrativa de providenciar luzes para o show, a nota crítica não poderia ser outra: ZERO.

Sabendo que cantar Paulinho da Viola não é fazer um pagode qualquer em boteco de pé de esquina, Ênio se cercou de todos os cuidados musicais possíveis na produção do seu show e conseguiu o melhor dos resultados: interpretar com maestria a obra do grande compositor, sem pagar tributo nem ao culto exagerado à imagem do artista nem ao romantismo intenso que flui das construções poéticas de suas letras. Ninguém precisa empurrar o rio Madeira abaixo, pois ele corre pachorrentamente sozinho - é sabido. Na gestalt musical de Ênio Melo deu-se a mesma coisa: Paulinho da Viola jorrou naturalmente no leito cadencial dos acordes bem articulados do sargento Ney, com o auxílio luxuoso do pandeiro de Válber, do apurado tamborim de Edmilson Night, do tantã bem colocado de Neguinho, o ganzá e o reco-reco dos serenos Sérgio e Beto Ramos e o surdo hiperbólico de Álvaro, ex-integrante do Kizomba. Jogando no meio de campo desse time de bambas, via-se Oscar Night batucando em síncopes seu requintado repique de mão.

Ênio Melo, a grande atração musical da última exibição do Fina Flor do Samba, é um intuitivo. Irmão de Ernesto Melo e marido de Dona Rosa, ele ingressou de forma transversa no domínio do violão, pois antes de saber ele já sabia que sabia. Hoje, com 5.0 de idade, reconhece, para o deleite do folclore popular, que seu caso de amor com a música e com a viola nasceu mesmo num ataque de birra provocado pelo amigo Ademir Romano, o Bacuri, que, medíocre e monocórdio, passava horas e horas encafifado num dó maior e não conseguia finalizar a música iniciada. Indignado, Ênio passou a estudar harmonia e execução, venceu a asma e soltou a voz. Por isso é hoje belo e inspirador, empunhando com altivez a viola e cantando o samba como ele deve ser cantado: com paixão e encantamento, como se todas as canções fossem dedicadas à mulher amada e o mundo fosse se acabar um minuto depois do último acorde dissonante.

No dia em que Ênio Melo se arvorou a mostrar a arte e o talento de Paulinho da Viola no centro histórico de Porto Velho, a noite só poderia mesmo terminar com uma bela homenagem a um monstro sagrado da musicalidade tupiniquim – e assim foi feito, diz a lenda. No plano espiritual, saiba Adoniran Barbosa que sua passagem na terra não foi em vão: a Saudosa Maloca, o Samba do Arnesto e o Trem das Onze continuam semeando, em todos os quadrantes, sentimentos os mais sublimes no coração da gente brasileira. E assim, com Ernesto Melo e Hudson no vocal, entoando o sambista da garoa, teve fim mais um capítulo da maior novela musical de todos os tempos em Rondônia: a Fina Flor do Samba. Salve o Bar do Zizi!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

AH! MINHA PORTELA!

RIO, AZUL DA COR DO MAR
Carta de Navegação

A bravura e o destemor dos navegantes foram determinantes para que o homem criasse rotas marítimas e, através delas, promovesse o comércio e o intercâmbio entre os povos mais distantes e de diferentes culturas. Este aprendizado foi essencial para a evolução da humanidade; e a consolidação do que convencionamos chamar de “globalização”.
Desde os primórdios, o homem entendeu a importância do mar para alcançar os seus objetivos de interação, comunicação, comércio, conquistas e, em sentido mais amplo, de sobrevivência.
Nas civilizações mais remotas – e entre elas destacamos os egípcios, chineses e gregos – o homem se valeu de embarcações rudimentares para enfrentar o maior de seus desafios: o mar. Para se orientar na imensidão e no desconhecido, aprendeu a decifrar a configuração das constelações.
Estrelas foram companheiras em missões de comércio e conquista, transformando aventuras em expedições com metas pré-estabelecidas. Mesmo assim, esses homens foram obrigados a enfrentar o medo espalhado pelos sete mares.
Para encontrar um caminho que os levassem às terras das especiarias – condimentos usados para tempero e conservação dos alimentos – tiveram que cruzar regiões supostamente habitadas por monstros e terríveis criaturas das profundezas, acostumados a devorar quem ousasse cruzar os seus domínios.
Tratava-se de uma estratégia usada pelos mercadores árabes para atemorizar os concorrentes europeus, protegendo - com a criação dessas lendas e mitos - o monopólio de mercadorias que tinham, na época, a mesma importância que o petróleo possui atualmente para a economia mundial. Nesse Mar Tenebroso, a ambição dos colonizadores inaugurou também a rota do tráfico negreiro.
Essas linhas de comércio e conquista ultrapassaram os limites do Mediterrâneo, ganharam o Atlântico e o Pacífico, traçando novas etapas na História da Humanidade. Consolidaram “estradas” que até hoje são essenciais para o transporte dos mais diversos tipos de mercadorias e equipamentos, bem como de viajantes que se locomovem por todos os quadrantes. São vitais para a nossa sobrevivência.
Dentro desse contexto, a Portela dedicará um momento especial de sua apresentação para homenagear os 100 anos do Porto do Rio – historicamente, a porta de entrada de nosso país, por onde também exportamos produtos gerados pela mão-de-obra e tecnologia brasileiras. É lá que a Cidade Maravilhosa ganha um novo impulso, sendo referência do comércio exterior.
Manancial inesgotável de inspiração, consolidado em todos os gêneros de arte, o mar conduzirá a Portela a uma nova missão: mais do que um Rio, ela se propõe a ser um Mar que passará em nossas vidas. E, certamente, nossos corações se deixarão levar.
Venha, navegue conosco!
Autores: Marta Queiroz, Cláudio Vieira e Roberto Szaniecki
Desenvolvimento: Roberto Szaniecki
RIO, AZUL DA COR DO MAR
Sinopse
Porto de Sapucahy , verão de 2011
Soltem as amarras e deixem as velas enfunarem ao sabor do vento. Vejam o cais se distanciar e, com ele, as lembranças que ficaram. Na bagagem, trazemos sonhos e esperança. Nossos olhos já não conseguem divisar o que é mar, o que é céu, e tentam traçar uma linha de equilíbrio no horizonte. Singramos no azul!
Subamos à gávea para conversar com as estrelas, companheiras de saudades e solidão. Ora, direis, ouvir estrelas… Por que não?
Estrelas são quase tudo o que temos. Além delas, trazemos instrumentos que nos ajudarão a decifrá-las. Elas se espalham pelo céu formando desenhos e um deles nos chama a atenção. É uma águia! Sim, uma águia em forma de constelação. E será esta que escolheremos para nos guiar pela imensidão.
Dizem que o destino está traçado nas estrelas. Ensinam que precisaremos de muita coragem para enfrentar os perigos e, sobretudo, determinação. E, com fé em Deus, navegaremos pelos sete mares que abrirão os portais do coração.
No Reino de Poseidon, tempestade e bonança
Estamos a muitas braças do continente, nessa noite tenebrosa. A fúria do vento força a resistência dos cabos que sustentam o mastro principal. O tecido das velas parece que não conseguirá resistir. Ondas se agigantam, cobrindo o casco. Raios, relâmpagos e trovões abrem fendas no firmamento.
Começamos a enfrentar o desafio do desconhecido. E, sem que tenhamos tempo de raciocinar, nos deparamos com o medo escondido em nossos porões.
Das profundezas surgem criaturas fantásticas! São polvos, serpentes e dragões abrindo uma estrada na espuma, levando-nos por um turbilhão sem fim.
Ao abrirmos os olhos, porém, tudo se transforma. Cavalos marinhos conduzidos por guerreiros transportam o cortejo de reis e rainhas que governavam a crença de civilizações que desapareceram no mar abissal.
O que tenta nos dizer a tempestade, afinal?
Respeitar o que é do mar, mas nunca temer. Acima de toda maldade, o bem sempre há de vencer.
Mare Nostrum, sob a luz de Alexandria
Estas galés que cruzam o nosso caminho transportam toras de cedro, tapetes, tecidos, cerâmicas, corantes, jóias, peças de metal e outros produtos que as mãos do homem foram capazes de moldar.
Do Oriente partem gigantescas embarcações. São os chineses oferecendo novas trocas, ampliando suas rotas, construindo relações.
São mercadorias que remontam aos tempos dos primeiros navegantes, que se lançaram ao mar. Para trocá-las em outros portos, fenícios e egípcios não imaginavam que também deixariam vestígios de sua cultura milenar.
Gregos e romanos inauguraram um tempo de conquistas, ampliando as frentes de comércio e os limites de seus territórios.
Da distante Alexandria, brilha uma chama, transformando a noite em dia.
A caminho de Calicut
Debruçados sobre mapas, lendas e antigos relatos tentamos encontrar o caminho que nos levará às misteriosas terras das especiarias. É para lá que apontam nossos olhos, mergulhados em fascínio.
Para proteger este comércio, mercadores árabes semearam lendas de monstros e gigantes que devoravam quem ousasse cruzar os seus domínios.
Tudo mentira. O pesadelo agora é um sonho. As águas ganham novos matizes e como atrizes representam cada uma de nossas expectativas: cravo, canela, açafrão, flor de lótus e também porcelanas, tapetes, sedas e joias que não se cansam de brilhar.
As mais variadas fragrâncias se misturam no ar. Conseguimos, estamos em Calicut! Mas não devemos nos demorar.
Atlântico, em direção ao Pacífico
O Velho Mundo despertou para um novo século sabendo que não estava mais só. Por trás do horizonte, entre o nascente e o poente, existiam outras terras e riquezas a se alcançar.
Eram terras primitivas, que ficavam muito além da calmaria e daqui podemos vê-las. Ao dia, parece uma deslumbrante miragem, ocupada por nativos, adornadas pelas praias e a plumagem dos pássaros mais bonitos que já se viu. Eis a visão do paraiso tropical.
São tantas terras que nossos olhos se perdem ao tentar abraçá-las. Elas se escondem sob florestas, percorrem montanhas e flutuam nas nuvens, onde guardam segredos e mistérios de antigos impérios, que se curvavam diante do Sol.
Quantas riquezas brotam de suas nascentes! Ouro, prata, pedras preciosas e uma madeira estranha, que tinge de sangue o tecido mais nobre. Dizem que o futuro a perpetuará na força de um gigante chamado Brasil.
Mare Liberum, numa ilha do Caribe
Quantas estradas se abrem neste azul sem fim! O Atlântico é cortado em todas as direções. Embarcações de diversas bandeiras transportam cana-de-açúcar, café, tabaco e algodão.
Já não existem fronteiras para o comércio, nem medidas para a ambição. Outras galés rumam para a África, inaugurando a rota do tráfico negreiro. Trazem milhões de escravos, despejando-os em solo americano. Aceleram a produção, deixando uma dor que não se apaga e uma chaga que ainda marca o sentimento humano.
Negros vão, corsários vem. O mar já não pertence nem à Armada do Rei. Agora, é terra de ninguém.

Brasil, entre riquezas e belezas
Abençoada natureza, que sempre encantará os olhos de quem veleja no aconchego dessa Baía. A mesma brisa que traz lembranças do passado, sopra na direção do futuro, ensinando que o mar foi, é e será a principal via de comunicação entre os povos mais distantes.
Salve, Porto centenário, e esse intenso vai-e-vem do comércio exterior. Foi aqui que começaram e depois se intensificaram nossas relações com o estrangeiro.
Esse marulhar fustiga a todo instante, recordando investidas e o leva-e-traz . As ondas não se cansam de contar todos os tesouros que ficaram para trás; mas ainda guardam nas profundezas a mais preciosa das riquezas, que, por muito tempo, nos impulsionará.
Rio de Janeiro, ponto de encontro de brasileiros de Norte a Sul, de Leste a Oeste; que recebe de braços abertos o jangadeiro e outros irmãos do Nordeste. Rio das praias, das raias, cruzeiros, pescadores da noite e da vida marinha. Terra de São Sebastião, paraíso dos golfinhos.
Porto dos Amores, Fonte da Inspiração
Aqui da proa, quando olhamos para trás, não conseguimos dar conta do tempo que passou. Orientados pelas estrelas, desafiamos tempestades, enfrentamos inimigos e aprendemos que navegar é preciso – mas na mesma direção!
Foi assim que descobrimos novos continentes, inauguramos a rota do Oriente e encontramos em pleno mar a Fonte da Inspiração.
Traduzimos os sentimentos em música, transportamos a emoção para a ópera e o teatro, recriamos aventuras em romances, no cinema eternizamos sagas e amores em paginas de clássicos memoráveis. Quando pintamos uma marina, tentando retratar a fascinação que existe em tanto mar, deixamos o azul brincar na tela.
Descobrimos que o mar não é apenas um tema: ele tem início, meio e fim, é um enredo. E toda essa experiência começou quando vencemos o medo, desfraldando as velas no Carnaval.
Pois, o amor é azul. O céu é azul. O mar é azul.
E entre eles, navega a nossa querida Portela!

GRES PORTELA
Presidente: Nilo Figueiredo
Coordenadora de Projetos Sociais: Val Carvalho
Carnavalesco: Roberto Szaniecki
Harmonia: Alex Fab e Marcelo Jacob
Assessoria de Imprensa: Enildo do Rosário (Viola)
(Texto divulgado à Imprensa)

domingo, 8 de agosto de 2010

DO LADO ESQUERDO DO PEITO

Existem 5 estágios em uma carreira :

O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá,
porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.

No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa
e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por
exemplo, Heitor de contas a pagar.

No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o
nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do banco tal.

No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele:
Heitor, diretor do banco tal.

Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal
conhecem o Heitor passam a se referir a ele como 'o meu amigo Heitor,
diretor do banco tal'.. Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo
contra sua vontade, em 'amigo profissional'.

Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo, e um amigo
profissional.
Amigos que são amigos trocam sentimentos.
Amigos profissionais trocam cartões de visita.

Uma Amizade dura para sempre.
Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto
um estiver sendo útil ao outro.

Amigos de verdade perguntam se podem ajudar.
Amigos profissionais solicitam favores.
Amigos de verdade estão no coração.
Amigos profissionais estão em uma planilha.

É bom ter uma penca de amigos profissionais. É isso que, hoje, chamamos
"networking", um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom
não confundir uma coisa com a outra.

Amigos profissionais são necessários.
Amigos de verdade, indispensáveis.

Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos amigos com quem poderemos
contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade era coisa de
amadores.

(Max Gehringer)

sábado, 7 de agosto de 2010

POLÍTICA E CULTURA

MANTENDO A PALAVRA


Estamos de novo em campanha eleitoral, por acaso me lembro de outras por que já passamos, e ainda por acaso recordo de alguns fatos que, espero não se repitam por acaso.

Vamos ser convidados a participar de uma reunião da classe artística com um determinado candidato, levados por alguém que já está engajado na campanha, mas não tem nada a oferecer ao seu candidato.

Então ele marca um encontro para deixar o seu candidato por dentro das necessidades da classe artística, que por sua vez, não vota em companheiros de classe.

Na reunião todos levantam suas lebres, falta isso, não temos aquilo, esse outro já tivemos e por aí vai, o candidato só ouve e balança a cabeça, ora positivamente, ora negativamente.

O encaminhador da dita reunião, sempre de olho no candidato levado por ele, faz cara de insatisfação, ora de satisfação, sempre em direção ao seu candidato, dando a entender que está por dentro do assunto.

No final, cada um fez a defesa de sua área, (não da classe), e aí sim o levador do candidato pede a palavra e diz: bem agora o nosso (dele) candidato fará uso da palavra.

Bem, diz o candidato, estou pasmo com a falta de apoio a cultura de nosso Estado, ou Cidade, me comprometo e defender a nossa (dele?) cultura, junto a Administração, vou lutar para o desenvolvimento dela.

Isso posto o levador de candidato, sai da reunião, com ar de sabedor das causas culturais, a classe de sente ouvida, o candidato aliviado, por participar de uma reunião onde de nada sabe e nem ouviu falar.

No fritar dos ovos de codorna do bar, fica tudo do jeito que está ou não deveria ficar, passada essa eleição daqui a dois anos vem outra e quem levou, levou, quem não levou, espera o próximo levador, da próxima reunião da classe.


Carlinhos maracanã
Agitador cultural, com propostas de classe.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

AFRO-BRASILEIRO

EXPRESSIVIDADE E SIMBOLOGIA.


Custou para que a cultura afro-brasileira fosse percebida como algo importante, profundo e próprio.

Durante muito tempo ela foi perseguida, malvista e incompreendida: proibiram-se os atabaques, os batuques, o candomblé, a capoeira e ata os sambas, por isso, muitos nunca chegaram a conhecer de fato essas tradições, confundindo expressões de fé, de profunda sabedoria e de alegria com superstição ou, mais tarde, nomeando-as como folclore.

Para entender a expressividade e a simbologia dessas tradições, histórias e musicas certamente é preciso ouvi-las, vê-las e senti-las, também é necessário atenção para compreender trajetórias e memórias de indivíduos e comunidades e suas ancestralidade ainda pouco conhecidas.

Elas nos mostram outras percepções de mundo, evidenciam formas próprias de ser exigem respostas que talvez ainda não tenham sido dadas.

Apesar do evidente processo de reconhecimento da importância das tradições afro-brasileiras e de sua inclusão na sociedade moderna, mesmo que a passos lentos, há ainda muitas pessoas que não as igualam a outras mais conhecidas e difundidas, isso acontece, em geral, por desconhecimento ou por preconceitos criados e transmitidos por séculos, e que, infelizmente, perduram até os dias de hoje.

Fonte: Ângela Luhning.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

QUE BOM

A Volta da Esperança

Amir Haddad (*)

Estive em Porto Velho para o “Amazônia Encena na Rua”. Saí de lá com a sensação exata, de que em apenas um dia e duas noites de permanência, eu tinha participado de um evento que, de tão grande, que poderia ser, fazia com que ele então parecesse pequeno, diante do que ainda poderá ser.

Nos tempos em que vivemos raramente a esperança tem nos visitado. Na imensidão da Amazônia, em um novo mundo em formação, os caminhos ainda estão abertos, mais abertos que nos grandes centro e aglomerados urbanos.

Que ninguém mais se vanglorie do progresso acelerado. Já sabemos onde isto nos leva. Porto Velho pode construir uma corrente de Desenvolvimento Cultural e Cidadania, que a ajudará escapar da encruzilhada e dos perigos deste “progresso acelerado”

Por suas características urbanas e geográficas, é uma cidade apta a acolher em seus braços e praças a manifestação livre e espontânea da cidadania, através de seus ritos e celebrações culturais. Os moradores, e advindos de outras regiões também, trazem consigo manifestações, em algum lugar, de sua etnia e Identidade Cultural. E a cidade ainda não soterrou a todos embaixo da poeira cinza esbranquiçada do desenvolvimento econômico, voraz e destruidor, apesar de algumas boas intenções...

Em Porto Velho ainda há possibilidade de um vislumbre de esperança, se a Vida Cultural não for descuidada. Alem do que já está feito, sente-se que ainda há muito o que fazer, e muito o que crescer. Por isto ainda tão pequeno. Por isto tão grande.

Por isso também o “Amazônia em Cena na Rua” me pareceu tão promissor, jovem, vibrante, transformador. O evento tem as características necessárias para promover o desenvolvimento de uma política cultural de ocupação dos espaços públicos urbanos e devolve-los para o convívio e valorização da cidadania e da cidade.

Dentro de cada apresentação naquela pequena grande praça iluminada, havia uma luz maior que a de fora: a luz do prazer de se apresentar em praça publica para todos, e de trazer dentro do peito o sonho ainda possível da Utopia.

Parabéns aos organizadores e boa sorte no futuro.

(*) Amir Haddad é diretor, ator e autor de textos teatrais, um dos maiores incentivadores do teatro de rua.

SERÁ QUE AGORA SAI?

MinC recomenda a instalação de conselhos de cultura nos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia.‏

POLÍTICA CULTURAL

Transcrição do Diário oficial da União de 29 de julho de 2010

Ministério da Cultura
GABINETE DO MINISTRO
RECOMENDAÇÃO No- 7, DE 23 DE JUNHO DE 2010

Recomenda a instalação de conselhos de cultura nos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia.

O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CULTURAL - CNPC, reunido em Sessão Ordinária, nos dias 22 e 23 de junho de 2010, e no uso das competências que lhe são conferidas pelo Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, alterado pelo Decreto nº 6.973/2009, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 28, de 19 de março de 2010, e: Considerando o esforço nacional efetuado no sentido de construir uma política nacional de cultura com ampla participação popular, e que a não participação dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia neste processo exclui quase 20% da população brasileira do debate sobre a implementação do Sistema Nacional de Cultura e das deliberações da II Conferência Nacional de Cultura; e Considerando que a consolidação do Fundo Nacional de Cultura exigirá, para repasse de recursos federais, a constituição dos conselhos nas esferas estaduais e municipais, além da constituição dos respectivos fundos, o que torna ainda mais grave a ausência destes três estados neste processo, excluindo suas populações do acesso a projetos financiados por recursos federais; Recomenda aos governos dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rondônia, os únicos três estados da federação brasileira a ainda não terem instituído e instalado conselhos estaduais de política cultural, que tomem providências no sentido de constituírem seus conselhos estaduais; e Recomenda que a instalação e implantação destes conselhos seja resultado de processos democráticos de participação popular, estabelecidos em conferências
que devem ser convocadas para este fim.

JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA

Presidente do Conselho Nacional de Política Cultural

GUSTAVO VIDIGAL

Secretário-Geral do Conselho Nacional de Política Cultural

Fonte: Diário Oficial da União

SAÚDE NA AMAZÔNIA

Radis leva exposição Saúde é terra, identidade e cidadania a Manaus


Os jornalistas Rogério Lannes e Adriano De Lavor, do programa Radis da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inauguram, próximo dia 10 de agosto, no saguão do aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM), a exposição “Saúde é terra, identidade e cidadania”. A exposição revela, em cerca de 50 fotografias, aspectos da paisagem natural, do cotidiano e dos hábitos de saúde das comunidades de diferentes etnias que vivem no Alto Rio Negro e Rio Xié, no Amazonas, e os momentos de organização política que marcaram a 9ª Assembléia do Povo Xukuru do Ororubá, em Pernambuco. As fotos foram produzidas originalmente para reportagens publicadas pela revista Radis (www.ensp.fiocruz.br/radis) nas edições de abril e agosto de 2009.


Alto Rio Negro

Na Amazônia, cerca de 250 agentes de saúde indígena de 23 etnias da região de São Gabriel da Cachoeira, próxima à divisa do Brasil com Colômbia e Venezuela, participaram em 2009 do Curso Técnico de Agente Comunitário Indígena de Saúde, promovido por uma dezena de instituições mobilizadas pela Fiocruz Amazonas. Os alunos receberam ao mesmo tempo formação escolar de nível médio e habilitação como técnicos de saúde indígena. A ideia é capacitá-los para que melhor integrem as equipes que cuidam da saúde de populações com alta vulnerabilidade social e sanitária em 800 assentamentos, que apresentam grandes distâncias físicas entre si, dificuldades de obtenção de alimentos, altos índices de natalidade e mortalidade infantil e elevada incidência de doenças transmissíveis.


Xukurus do Ororubá

No município de Pesqueira, Agreste pernambucano, o assassinato de Xicão — lendário cacique que uniu o povo Xukuru nos anos 1980 e 90, para resgatar a identidade cultural e demarcar e retomar suas terras conforme a Constituição — lembra o de tantos líderes de trabalhadores rurais. A luta dos xukurus continua. Anualmente, em uma assembléia política, eles reafirmam sua caminhada de reconstrução identitária através da defesa do uso produtivo da terra, da educação inclusiva e das tradições indígenas, e reconstroem o último caminho percorrido pelo cacique, assassinado por fazendeiros da região.


Sobre o Radis

Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informações sobre Saúde) é um programa nacional de jornalismo em saúde pública, ligado à Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão Ministério da Saúde. Criado em 1982, o programa publica, desde 2002, a revista Radis, enviada gratuitamente para leitores em todo o país. Seu cadastro inclui todas as secretarias de saúde do Brasil, municipais e estaduais, organizações governamentais e não governamentais ligadas à saúde, associações sindicais e de moradores, escolas e profissionais de todos os níveis das áreas da saúde e afins. A assinatura é gratuita, fundada no princípio constitucional de que "saúde é direito de todos e dever do Estado". O Radis entende que tal princípio inclui como dever do Estado e direito de todo brasileiro o acesso a informações claras, precisas e qualificadas sobre saúde.

Créditos e contatos:
SAÚDE É TERRA, IDENTIDADE E CIDADANIA

Local - saguão do aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM)

Data – de 10 a 31 de agosto de 2010
Fotos: Rogério Lannes (21) 8810.8633 – rogério@ensp.fiocruz.br / Adriano De Lavor (21) 8107.0705 – delavor@ensp.fiocruz.br
Tratamento de imagens: Marian Starosta e Aristides Dutra
Produção: Justa Helena Franco
Instituição: Programa Radis/Ensp/Fiocruz

A LUZ DO ARTISTA

Show de Sílvio Santos brilha na escuridão

Por Antônio Serpa do Amaral Filho


Apesar da Fundação Iaripuna tem deixado o palco às escura, por falta de iluminação artística, o show de Sílvio Santos brilhou no escuro da noite como um diamante fosforescente desafiando as trevas da falta de sensibilidade operacional dos nossos gerentes administrativos. A apresentação do incandescente compositor e folclorista Sílvio Santos aconteceu no último circuito do projeto “Ernesto Melo e a Fina do Samba”, apresentado dia 30 de julho, na sexta-feira passada, no Mercado Cultura, no centro histórico de Porto Velho.

Em que pese o projeto Fina Flor do Samba ser hoje o maior ponto de encontro de sambistas da capital e ser também a produção cultural que mais divulga uma das maiores obras do prefeito Roberto Sobrinho, o Mercado Cultural, a administração petista insiste em tratar o projeto com a miopia digna dos que têm olhos sãos e não querem enxergar um elefante branco trotando à luz do dia. Sílvio, que não dá bom dia a cavalo, foi providencialmente irônico e, na abertura do seu espetáculo musical, cumprimentou e agradeceu ao Tátá, presidente da Fundação Iaripuna, “o patrocínio da iluminação do show”. A platéia compareceu em massa, curtiu, cantou e dançou, prestigiando a performance do compositor.

Trajando um blazer estiloso, Sílvio inaugurou seu leque repertorial com “Amor de Quatro Dias’, relembrando nostalgicamente, ainda que de passagem, o caso de amor da dupla mais romântica dos velhos carnavais: os clássicos Pierrot e Colombina. E a partir daí seguiu desfiando seu novelo de composições, surpreendendo a quem só o conhecia como amo de boi e jornalista do Diário da Amazônia e maravilhando quem já sabia desse seu potencial. O samba do Cara de Paca, como também é chamado, tem a marca da heterogeneidade, tanto temática quanto estilística. Daí ele ser capaz de encerrar um belíssimo samba-canção e ingressar frenético em meia dúzia de sambas-enredos, depois de ter passeado de sapatinho branco na passarela do samba de breque.

Em “Porto, Velho Porto” sua veia memorialista deságua na ilharga de uma suburbana cidadela temperada pelo papo sadio, pequenos senões e uma beleza sem par numa Porto Velho de João Barril que ninguém imaginava que fosse se transformar no que é hoje. Acelerando o andamento e colocando no arranjo um acorde perfeito maior, Zé Katraca, como também é conhecido o compositor, apresentou ao público seu pout porri de marcantes e vitoriosos sambas-enredos, construídos a partir de profundo mergulho na literatura nacional, na lembrança dos personagens históricos da cidade e do nosso carnaval, como Camões, o poeta genial, e Afonso Henriques, fundador da primeira dinastia (de Borgonha), Marize Castiel, o bairro Caiari, a feira e outros.

A canção “Odoiá Bahia”, feita em parceria com Valdemir Pinheiro da Silva, o Bainha, merece registro especial por ter sido a grande vencedora do primeiro Festival de Música Popular Brasileira de Rondônia – o FEMPOBRO. Uma outra pétala clássica do buquê de notas musicais de Sílvio, a lendária “Ceará, Lendas, Rendas e Crenças”, escrita em parceria com Babá e Haroldo, fez o público relembrar e cantar junto uma das mais bonitas páginas da composição regional no gênero samba-enredo. Nesse momento de absoluto êxtase musical, depois de ter reverenciado o também compositor Ernesto Melo, cantando Veriana, de 1984, todos os espíritos que perfazem a história e a memória da cidade desceram no centro histórico, como se estivessem sendo abduzidos por seus cavalos no chão de terra batida de Santa Bárbara e Samburucu.

Para fechar em grande estilo sua apresentação e mostrar o potencial criativo da gente Guaporé só faltava mesmo Sílvio Santos convidar o povo a cantar as marchinhas do maior bloco carnavalesco da amazônia ocidental, a Banda do Vai Quem Quer. O que foi feito. A lua brilhando no céu e a fluorescente poesia do samba reluzindo em frente ao Palácio Presidente Vargas deixaram uma só certeza: nada substitui o talento e a espiritualidade da gente desta terra, em meio ao violento processo de transformação por que estamos passando. Apesar dos pesares, o show de Sílvio Santos brilhou na escuridão cênica do Bar do Zizi. Salve o compositor popular!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DISCRIMINAÇÃO POR DESCONHECIMENTO

MANIFESTO SOBRE A INTOLERANCIA RELIGIOSA SOFRIDA PELO GRUPO MANSU NAGENTU

Comitê Inter-religioso do Pará se manifesta sobre abuso de autoridade da Guarda Municipal de Belém
Nós do Comitê Interreligioso manifestamos nossa indignação ao fato ocorrido, no dia 21 de julho de 2010, no Ver-o-Rio, com o Grupo Mansu Nangetu diante da intolerância sofrida ao realizar a cerimônia de oferenda do Urupim – parte dos ritos de Candomblé de Angola, com ofença aos ritos sagrados ao compará-los ao lixo, mesmo diante da argumentação dos sacerdotes de que “a oferenda era composta de material orgânico e biodegradável e que tudo o que havia na oferenda poderia servir de alimento a fauna do estuário que forma o bioma local.”
A ignorância dos guardas municipais acerca das leis aplicadas à liberdade religiosa e à compreensão aos cuidados ambientais pelos sacerdotes foi tanta que não houve diálogo gerando impedimento da prática religiosa e a geração de ocorrência na Delegacia do bairro da Pedreira.
Diante de tais fatos, reforçamos e nos unimos às reivindicações antigas e novas que os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira vêm manifestando nos diversos encontro do Comitê, como por exemplo, o que ocorreu na Assembléia Legislativa durante o encontro com a secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH, ainda este ano.
Em concreto, o Comitê Interreligioso manifesta-se publicamente, e apoia todas as reivindicações dos sacerdotes afro-religiosos, principalmente em reunir com os comandos da guarda e polícia a fim de garantia aos direitos e implementação de uma política séria, incluindo formação de guardas e policiais acerca da legislação aplicada ás questões religiosas.
COORD. DO COMITE INTERRELIGIOSO DO PARÁ
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MÚSICA E POESIA

Mãe Esperança abençoou

Por Beto Ramos

Quando as estrelas dançam no céu com certeza a lua ilumina muito mais todos os nossos sonhos e os nossos sons.

E os nossos sonhos tornam-se realidade, quando os nossos sons são ouvidos em Santa Bárbara, Alto do Bode, Baixa da União, Morro do Querosene, Triângulo, Areal, Caiari, Centro Histórico e ali na esquina.

Quem assistiu a destruição da baixa da união pelos Generais sabe o que quer dizer o moleque atrevido pior que bandido, que se criou no areal.

O Dadá também vai cantar.

O Bubu nunca havia cantado num teatro, mas cantou na sexta com um som meia boca.

O Bainha cantou e nem se preocupou.

O Babá ouviu toda a nossa cantoria.

O velho Esmite falou, vamos acabar com esse barulho lindo de ouvir!

E o Esmite andou no nosso terreiro.

O Babá já queria cantar.

Lindo o nosso som.

Poesia do Sílvio Santos.

Porto Velho Porto...

Só sucesso como diria o Oscar.

E o som estava tão bom que foi ouvido em Tutóia.

Em Cururupu chegaram a ouvir até o apito do trem.

Na linha férrea ao lado da Candelária ouviram-se burburinhos.

O som estava tão bom, que nem o escurinho da Praça Getúlio Vargas chegou a incomodar.

Bom mesmo foi ver o sorriso no rosto do poeta.

E nossa viajem das sextas feira foi sem nenhuma turbulência.

E todos nós ganhamos.

Pois o crescimento de nossa cultura, traz ao pensamento plural, uma satisfação e o incentivo necessário para continuarmos a missão de cantar.

O índio Iaripuna até dançou.

Um pouquinho no escuro, mais dançou.

Como é lindo ver todas as pessoas contentes.

Todos nós cheios de energia, buscando fazer o melhor.

E fazer o melhor é uma forma de agradecimento pelo reconhecimento.

Cantor e músico desejam mais o reconhecimento do que a fama.

Tão pouco para a nossa felicidade.

Mas, este pouco ficou imenso com a presença do Edimar.

O poeta Mado estava lá na praça observando.

Até o senhor professor!

Quando é para reconhecer nós reconhecemos.

E não queremos brigar com ninguém.

Nosso carro musical anda devagar, não andamos em quinta marcha.

O som é da terra.

A música do céu.

Este é o crescimento que todos nós queremos.

Porto Velho meu dengo.

Quando o Nosso céu se faz moldura podemos ouvir as lindas melodias das sextas feira.

Diz a lenda.
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