quarta-feira, 13 de outubro de 2010

NOSSOS ARTISTAS

A visão dos críticos

O Crítico Paulista Sebastião Milaré, descreve Filhas da Mata assim:

Vindo de Rondônia, o Grupo “O Imaginário” banhou (literalmente) o Festival com lendas amazônicas vinculadas à água. Depois de passar por uma “lagoa”, único acesso ao espaço cênico, o espectador se vê aprisionado em sítio onde o rio domina as vidas ribeirinhas e os esconsos da mata profunda. A dramaturgia de Jória Lima parte da pesquisa histórica sobre a formação da sociedade local, que se inicia com o ciclo da borracha e a desastrosa construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Desse contexto, seu olhar particulariza a situação da mulher, à época tratada como “moeda de troca” e desde então vítima de toda a sorte de violências. O diretor Chicão Santos, com fina sensibilidade, construiu o discurso estético usando o mínimo de elementos, estabelecendo um ritual de três mulheres, Filhas da Mata, com suas memórias em que a realidade é gerada pelos mitos dos rios e da selva, banhando-se mutuamente com jatos de água lançados quase que ininterruptamente pelo espaço. Atrizes fortes, de expressão dura, que de repente ganham suavidade, ternura, toda revestida de mistérios daquele universo primitivo, habitado por incubos e súcubos em permanente relação com os humanos. Um grupo de senhoras de Porto Alegre, voluntárias, enriquece a encenação com suas roupas brancas, fazendo lavadeiras na “lagoa” da entrada, que cantam canções folclóricas do sul. Desse modo, o grupo busca o diálogo com o imaginário de outras regiões, acentuando o espírito ritualístico do trabalho e estabelecendo diálogo com as muitas culturas que compõem nossa nacionalidade.


Víctor Prieto Rodríguez é ator, professor e director de teatro em CUBA desenvolve a seguinte crítica:


La ciudad de Porto Velho se ha convertido en todo un seceso teatral al desarrolla desde el día primero y hasta el 30 de septiembre el evento “Un Palco en la Escena” que ha reunido a grupos teatrales de todo el país. Con variadas funciones la sala teatro del Sesc y diferentes lugares de la capital citadina han mostrado al público rondoniense diferentes propuestas de este milenario arte dentro de las que se encontró la desarrollada por el grupo O Imaginário y la obra Filhas da Mata, que traducido al español seria “Hijas del Monte”. Esta interesante propuesta nos relata la historia de tres mujeres que sus vidas han estado ligadas entre sí enajenadas del mundo en medio del monte, lo cual provoca, además de todo lo que han sufrido a lo largo de sus existencias, una locura que se complementan en cada una de ellas. Una bien pensada dramaturgia, la inteligente puesta en escena del director del grupo Chicão Santos las excelentes actuaciones de Jória Lima, Zaine Diniz e Val Barbosa las cuales saben resolver las situaciones que se crean en escena, hace que Hijas del Monte sea una obra para presentar en cualquier teatro del mundo. Las imágenes que utiliza Chicão para recrearnos el mundo interno en que viven estas tres mujeres funciona muy bien, aunque no se conozca el portugués, las imágenes, son entendibles para cualquier tipo de público que conozca solo un poco del lenguaje teatral. En fin, creo que “Hijas del Monte” puede representar dignamente a la ciudad de Porto Velho en cualquier lugar de Brasil, así como en los festivales de teatro de Cuba, España, Portugal, Francia, entre otros muchos y no nos asombremos si en alguno de