quinta-feira, 20 de maio de 2010

48 ANOS DE ZIZI/ UM ANO DE MERCADO CULTURAL

No primeiro aniversário de inauguração do Mercado Cultural e nos festejos dos 48 anos de existência do Bar do Zizi, Porto Velho, pode dizer que realizou sua “1ª Virada Cultural”. Durante três dias a travessa Renato Medeiros abrigou dezenas de fãs da música produzida em Porto Velho. Se no sudeste do país as “Viradas” acontecem durante 24 horas, em Porto Velho durou muito mais, pois começou na quinta feira com o show da cantora Fátima Miranda, prosseguiu na sexta com a Fina Flor do Samba e continuou sábado com uma vasta programação cultural, desenvolvida dentro e fora do Mercado. Pela manhã os músicos da Escola de Música Jorge Andrade sob o comando do Telêmaco se apresentaram na Praça Getúlio Vargas com o “Som Instrumental na Praça”. Durante a tarde, o público pode apreciar exibições de vídeos que retratavam a Porto Velho antiga, produzidos pelo pesquisador João Luiz Kerd’s.

O grande momento da festa, aconteceu a noite. A Fundação Iaripuna responsável pela programação musical do evento, programou, para a partir das 19 horas, uma série de apresentações, entre elas o show musical dos integrantes do projeto Fina Flor do Samba, e do grupo de seresta, Os Anjos da Madrugada. Ainda deram canja a banda de rock “Bichos do Lodo”, o violonista e cantor Quintela e o compositor e cantor H. Montenegro. Não fora a falta de organização, poderíamos estar escrevendo que a festa de aniversário do Mercado Cultural teria sido a melhor entre todas já realizadas pela Fundação Iaripuna. Infelizmente não foi assim. O grupo Anjos da Madrugada programado para se apresentar por volta das 22h00, só começou a cantar, depois da meia noite, tudo provocado pela falta de pulso da pessoa responsável pela coordenação das apresentações. Nenhuma das atrações que se apresentaram antes dos Anjos cumpriu com o horário determinado. Cada uma queria ficar o maior espaço de tempo mostrando seu trabalho, isso fez com que os seresteiro só começassem a se apresentar após a meia noite. O pior foi quando eles iam começar a cantar uma neblina caiu e a produção resolveu transferir o show para dentro do Mercado, o que causou protesto da maioria do público presente.

O bom disso tudo, foi que podemos observar que Porto Velho tem artistas a altura de realizar e participar de qualquer evento cultural, artista de ótima qualidade. O que está faltando, é apenas mais um pouco de organização por parte de quem promove eventos desse Porte.

Ainda não foi a nossa “Virada Cultural”, mas, foi um super espetáculo musical.

Fonte: Zé Katraca

MÚSICA DE QUALIDADAE

SHOW: A música da Amazônia no Mercado Cultural

Por Silvio M. Santos

Que outros espetáculos no estilo “Gente da Mesma Floresta” sejam realizados na Aldeia Porto Velho

O Mercado Cultural de Porto Velho abrigou na noite do último sábado (8), o que podemos considerar como o maior encontro de compositores e cantores da Amazônia já realizado na capital do estado de Rondônia.
Inicialmente marcado para acontecer no lado de fora do prédio, em virtude da chuva que caiu no final da tarde, o espetáculo foi montado no palco interno do Mercado Cultural. Apesar da péssima acústica, Bado (RO), Eliakin Rufino (RR), Zé Miguel (AP), Célio Cruz (AM), Nilson Chaves (PA) e Graça Gomes (AC) os que fazem parte do show “Gente da Mesma Floresta” cujo DVD foi lançado naquela noite, se juntaram ao Zezinho Maranhão, Llitsia Moreno, Banda Leão do Norte e Ceiça Farias todos militantes musicais em Porto Velho e mostraram o que a Amazônia tem de melhor em se tratando de música.

O público literalmente lotou o ambiente e com paciência, encarou o atraso provocado pela mudança do ambiente e principalmente o calor quase insuportável dentro do Mercado. Aliás, o comentário, era que a prefeitura deveria tomar providencias no sentido de amenizar a alta temperatura no ambiente.

Nilson Chaves foi o encarregado pela abertura do espetáculo “Gente da Mesma Floresta”: “Aí você partiu pro Canadá e eu Fiquei no já vou já”. Foi a dica para a platéia dominar o espetáculo. A cada refrão o canto ecoava e era ouvia desde a Carlos Gomes até a Praça Rondon. “Põe tapioca, põe farinha d’água...”. Era o sabor açaí exalando e lembrando as "banqueiras" do velho Mercado Municipal hoje Mercado Cultural. Chega o Bado e o ambiente que já estava quente pegou “fogo” de vez, “Ô dona Arara...” invocou nosso cantor e a cada acorde do “Reggae no Ibirapuera” a vibração aumentava, E chega a Graça Gomes com sua maravilhosa voz e canta o samba da “Felicidade”. Felicidade que veio com o canto de “Pérola Azulada” do Zé Miguel “Como o povo gosta do Zé Miguel”, comentou a gerente de cultura da Secel Cândrica Madalena e o espetáculo prossegui com Célio Cruz com seu “Sentimento Cintilante” que prepara o público para a Dança “Parixara” de Eliakin Rufino o poeta da Amazônia dizendo que “Somos Todos da Mesma Aldeia – Tudo Índio”. O espetáculo está terminando e o público querendo mais.

Salve o canto da nossa floresta. Salve os cantores que cantam a Amazônia pelo mundo. Que outros espetáculos musicais no estilo “Gente da Mesma Floresta” sejam realizados na Aldeia Porto Velho.