quinta-feira, 29 de abril de 2010

Beto Ramos


E amanhã???



Diz à lenda que precisamos de ações e atividades que valorizem os artistas de Porto Velho. Vivemos em um mundo globalizado, onde as culturas industrializadas invadem a vida dos nossos jovens com uma velocidade assustadora. Precisamos desenvolver com todas as parcerias possíveis, projetos culturais que possam fazer a população, conhecer, relembrar e contar a sua história. Sair da mesmice, criar círculos de debates, oficinas em todos os bairros que possam despertar nos jovens o prazer pela cultura. Resumindo-se a poucos grupos, a cultura torna-se um circulo vicioso, onde poucos mandam e muitos ficam sem informação. Possuímos variados movimentos culturais que de sombra em sombra vão ficando na escuridão total. Precisamos de engajamento, de pessoas que façam acontecer, que tragam aos jovens o desejo de cantar, representar, dançar e acima de tudo, através de atividades culturais tornarem-se cidadãos de bem, que possam contribuir com a nossa sociedade para uma Porto Velho melhor. Precisamos fazer com que nossa população tenha o hábito de freqüentar os espaços culturais em nossa capital beradeira. Quais os espaços? Bem, podemos contar nos dedos de uma só mão, e olhe lá, e descobriremos que falta investimento para que as pessoas possam sair de casa e ter uma agenda de atividades culturais, ter onde ir, convidar familiares, levar amigos e turistas para conhecer a história de Porto Velho. Vamos ao Mercado Cultural, a Praça Marechal Rondon, Praça Getúlio Vargas, a Feira do Porto, ao Teatro Banzeiros, conhecer a Madeira Mamoré. Vamos fazer atividades culturais planejadas nestes espaços. Viva a Flor do Maracujá, Viva o carnaval. Mas, precisamos de uma agenda anual de atividades para a nossa população. Nossas quadrilhas e Bumbas são lindos, Escolas e blocos idem. Mas, alguma coisa industrializada já nos faz sentir saudades de ontem. Claro que é preciso inovar. É preciso levar para o mundo. Mas, também é preciso que se preservem alguns valores tradicionais. Diz a lenda, que são poucos os setores que defendem as nossas tradições. Precisamos aplaudir de pé o Zekatraka, O Ernesto, O poeta Mado, O Ivo Feitosa, O Anísio Gorayeb, O Maraca, O Bubu, o Oscar, o Tatá quando ele está. E tantos outros que nós sabemos que estão nesta luta de Davi contra Golias. Diz à lenda que estas pessoas fazem acontecer em suas respectivas áreas de atuação. Mas, precisamos planejar o futuro. Fazer do amanhã sementes que foram plantadas hoje. Diz à lenda que o caldeirão cultural está em ebulição dentro de Porto Velho. Precisamos ter algo para contar amanhã. Entra ano e termina ano, e as mesmas noticias, mesmas brigas, com mesmos causadores. Vamos fazer de um entardecer no Rio Madeira o cenário ideal para repensarmos o que poderemos deixar para as gerações futuras. Fechando este texto, falta a alguns, a elegância do Mestre Oscar. Elegância no modo de tratar e respeitar os nossos artistas e mesmo os que não sejam artistas, mas que lutam para o crescimento cultural da nossa capital beradeira.







Beto Ramos – Fotógrafo e Restaurador de imagens antigas

CINEMA

CURTA AMAZÔNIA

Festival traz filmes

inéditos para RO

São filmes que ainda não participaram de nenhum Festival de Cinema Nacional

Os organizadores do 1º Festival de Cinema Curta Amazônia, que vai acontecer em Porto Velho entre os dias 25 e 29 de maio, selecionou uma série de filmes “inéditos em festivais”, feito por diretores super bacanas do cinema brasileiro.

Entre os filmes que o público de Porto Velho vai apreciar destacamos: Erotikós-corpos em movimento, direção Melina Curi, SC. Água Mineral, direção Cleuberth Choi, DF. Bem Educado, direção Douglas Ribeiro, GO. Beto Lima - O intérprete das Flores, direção Cândido Alberto, MS. Carrapatos e Caatapultas, direção Almir Correia, PR. Doce Turminha-e a bola cor de chiclete, direção Eduardo Drachinski, SC. Ererua, direção Andréia Fortini, RO. Ninho dos pequenos, direção Ulisses Costa, RS. No escritório, direção Waldecir de Oliveira, RJ. Número Zero, direção Claudia Nunes, GO. Os anjos do meio da praça, direção Ale Camargo e Camila Carrossine, SP. O homem dela, direção Luiz Joaquim, PE. O mala, direção Jair Rangel, RO. O Paraíso é isso!, direção Ana Paula Teixeira, CE. Olhar de João, direção Mariley Carneiro, GO. Ore vaki are-retorno dos Juma, direção Andréia Fortini, RO. Pacaás: Entre o sonho e a realidade, direção Maria Antônia, RO. Rupestre, direção Paulo Miranda, GO. Ser digital é..., direção Ney Ricardo da Silva, AC. Vou mandar pastar, direção Otávio Pacheco, SP. 1:21, direção Adriana Câmara, PE. Um olhar sobre o progresso, direção Marivaldo Lago, Nova Mamoré/RO. Uma viagem a bandeira, direção Francisco Lago, Nova Mamoré/RO. O último suspiro, direção Evandro Mesquita, PE. Recife Cold, direção Tiago Bacelar, Camila Nascimento, Douglas Deo, Thiago Rocha e Marina Paula, PE.

São filmes que ainda não participaram de nenhum Festival de Cinema Nacional, por isso o “ineditismo” aqui em Rondônia, isso demonstra bons contatos com os realizadores independentes e alternativos de cinema desse imenso Brasil, que contribuem para o aumento da produção cinematográfica nacional.

“É de suma importância estarmos contribuindo para esse crescimento, divulgando e dando mais visibilidade aos filmes regionais e nacionais, feito por brasileiros para serem vistos por brasileiros de forma gratuita”, afirma Carlos Levy, Organizador do Festival de Cinema Curta Amazônia.

Maiores informações: festival@curtamazonia.com / www.curtamazonia.com