sábado, 7 de agosto de 2010

POLÍTICA E CULTURA

MANTENDO A PALAVRA


Estamos de novo em campanha eleitoral, por acaso me lembro de outras por que já passamos, e ainda por acaso recordo de alguns fatos que, espero não se repitam por acaso.

Vamos ser convidados a participar de uma reunião da classe artística com um determinado candidato, levados por alguém que já está engajado na campanha, mas não tem nada a oferecer ao seu candidato.

Então ele marca um encontro para deixar o seu candidato por dentro das necessidades da classe artística, que por sua vez, não vota em companheiros de classe.

Na reunião todos levantam suas lebres, falta isso, não temos aquilo, esse outro já tivemos e por aí vai, o candidato só ouve e balança a cabeça, ora positivamente, ora negativamente.

O encaminhador da dita reunião, sempre de olho no candidato levado por ele, faz cara de insatisfação, ora de satisfação, sempre em direção ao seu candidato, dando a entender que está por dentro do assunto.

No final, cada um fez a defesa de sua área, (não da classe), e aí sim o levador do candidato pede a palavra e diz: bem agora o nosso (dele) candidato fará uso da palavra.

Bem, diz o candidato, estou pasmo com a falta de apoio a cultura de nosso Estado, ou Cidade, me comprometo e defender a nossa (dele?) cultura, junto a Administração, vou lutar para o desenvolvimento dela.

Isso posto o levador de candidato, sai da reunião, com ar de sabedor das causas culturais, a classe de sente ouvida, o candidato aliviado, por participar de uma reunião onde de nada sabe e nem ouviu falar.

No fritar dos ovos de codorna do bar, fica tudo do jeito que está ou não deveria ficar, passada essa eleição daqui a dois anos vem outra e quem levou, levou, quem não levou, espera o próximo levador, da próxima reunião da classe.


Carlinhos maracanã
Agitador cultural, com propostas de classe.