segunda-feira, 20 de julho de 2009

manelão

Somente eu registrei!!!!









Momento ternura...Cristina.







A CRIAÇÃO DO CONEGRO.

A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo este produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana.
Esse contato favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela imprevisibilidade.
Apesar do intercurso cultural descrito acima, esse contato desencadeou alguns desencontros, as diferenças se acentuaram, levando à formação de uma hierarquia de classes que deixava evidente à distância e o prestígio social entre colonizadores e colonos.
Os índios e, em especial, os negros permaneceram em situação de desigualdade situando-se na marginalidade e exclusão social, sendo esta última compreendida por uma relação assimétrica em dimensões Múltiplas – econômica, política e cultural.
Sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, os sujeitos tornam-se alheios ao exercício da cidadania.
O preconceito afeta não apenas o destino externo das vítimas, mas a sua própria consciência, já que o sujeito passa a se ver refletido na imagem preconceituosa apresentada, muitos negros são induzidos a acreditar que sua condição inferior é decorrente de suas características pessoais, deixando de perceber que fatores externos, isto é, assumem a discriminação exercida pelo grupo dominante.
Nesse momento, surge a idealização do mundo branco e a desvalorização do negro, construindo-se a seguinte associação: o que é branco pé bonito e certo, o que é negro é feio e errado.
A criação do Conselho Municipal do Negro, pode não resolver todos os problemas da comunidade negra em Porto Velho, mas abre uma enorme janela para as discussões embasadas em processos e experiências vividas por muitos dos negros brasileiros que vivem e militam em nossa cidade.

Carlinhos maracanã
Cine zumbi.
Fonte: Waléria Menezes.
(O preconceito racial e suas repercussões na Escola).

A Relevância de um Enredo.

Algumas pessoas, me criticando, costumam dizer que eu não deveria fazer temas de enredo para mais de uma Escola de Samba, isso acontece, primeiro, porque gostam dos temas que pesquiso, segundo, são amigas que confiam no meu compromisso com o carnaval e terceiro, por que sabem que dou a maior relevância ao mesmo.
Enredo em uma Escola de Samba é a criação de um tema ou conceito que será desenvolvido pela Escola, é ele que determina o desfile na avenida, para se confeccionar as fantasias, os adereços, as alegorias e o samba de enredo, (daí o nome).
Argumento, tema, ou seja, a idéia básica do que está sendo apresentado ao público e principalmente aos jurados, é a associação de tudo.
Só para se ter uma idéia da importância do enredo, se um carro alegórico quebrar ou deixar de entrar na avenida por qualquer outro motivo, quem pune a Escola é o jurado de enredo, o julgador de alegorias dará a nota baseado apenas no que viu passar á sua frente.
Por isso a minha preocupação com o dito, quando me pedem para escrever um. Na maioria das vezes (dependendo da história a ser contada), é preciso ler mais de um livro.
E por incrível que pareça, o autor do enredo, nunca recebe pelo seu trabalho, aqui no nosso carnaval.


Como dizia o velho Henfil:

“Se não houver frutos, valeu a intenção das flores,
Se não houver flores, valeu a sombra das folhas,
Se não houver folhas, Valeu a intenção da Semente”.




Carlinhos Maracanã
Agitador Cultural.

Quem foi Zumbi e realizações






Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.









FLOR DO MARACUJÁ, FORMA E FORMATO.

Foi realmente uma grande festa, a última edição no espaço da Esplanada, a disputa pelo título de campeão foi acirrada, antes mesmo do início das apresentações, o Onça estava solta.

Conversando com o diretor da quadrilha junina Rosa divina, o produtor Roberto Matias dizia que iria colocar dentro do curral a antiga flor a que acontecia ao lado do Ginásio, segundo Roberto um arraial dentro do outro e isso foi feito com maestria.
Por outro lado o amo do Boi Corre Campo dizia que os outros iam ter que ralar, pois o Boi do areal já mugia de vitória, fez uma bela apresentação.

O Triângulo para mim foi a grande surpresa, pois há tempos não via-mos tanta alegria daqueles brincantes de um dos bairros com mais história nos festejos juninos, parabéns ao grande batalhador Alexandre.

Um ponto que ficou marcado neste ano foi à falta das Máscaras dos Mascarados do Boi Diamante Negro, acontece que dos mascarados (pai Francisco, cazumbá, catirina e mãe Maria), apenas um estava de máscara durante a apresentação do Boi, segundo o professor e diretor do Boi Aluísio Guedes, os componentes entraram de máscaras, acontece que durante a apresentação eles retiraram, descaracterizando assim os personagens, nós vimos e também estranhamos.

Em conversa ao vivo na Record News, o Aluísio nos informou que os jurados já teriam dado a nota aos personagens, acontece que o jurado pode dar a nota no ínicio ou no fim da apresentação, portanto se eles passaram um bom tempo sem as máscaras, o jurado poderia e deveria tirar pontos.

O quesito não foi vencedor na pontuação dos jurados, ganhando o Boi contrário, mas mesmo assim a polêmica foi levantada e ainda esta em discussão.

No frigir dos ovos, foi maravilhoso, pois pela primeira vez tivemos a oportunidade de mostrarmos nossa cultura para todo o país e para o mundo, através da Record News, durante dez dias mostramos a festa para a nossa região, desses dez dias, quatro foram mostrados para o mundo.

Precisamos nos preparar para o próximo ano a partir de já, deve-se rever alguns conceitos de espetáculos, Para que no próximo ano, tenhamos até mais emissoras querendo investir na festa, para isso precisamos rever todo o espetáculo, um todo, de luz, som, organização, espaço e fundamentalmente apresentação dos grupos, e, é lógico os recursos, repassados em tempo hábil e de forma a garantir o espetáculo.

E com relação transformação (para alguns) das apresentações das quadrilhas que se reclama de descaracterizadas, que se faça a mudança, cria-se a Mostra de Quadrilhas tradicionais, sem disputa regulamentada e faz-se a disputa de Quadrilhas chamadas de modernas, descaracterizadas para alguns.

Aí quem sabe essa preocupação toda termina, o que não se pode é ficar reclamando do que se considera errado e não propor nada para modificar o chamado erro e esperar a mostra e aí ser contra.

Respeito e muito a posição dos que brincaram Quadrilhas e Bois antigamente, mas não se pode podar o desenvolvimento, o que precisamos é manter o espetáculo e com novas propostas trazermos de volta a manifestação cultural em sua originalidade, repito, regulamento a forma de se apresentar, como antigamente, sem concurso, mas com apoio.



Carlinhos Maracanã
Agitador cultural.

Painelculturalmaraca.blogspot.com
maracapvh@gmail.com
9971-5084 / 8472-2366.