segunda-feira, 10 de maio de 2010

BAR DO ALÍPIO

OS ÓRFÃOS DO VILLAS BAR |(II)

Por: Altair Santos (Tatá)*

Vocês não sabem o sururu que deu a veiculação do artigo Os Órfãos do Villas Bar (o primeiro de uma trilogia que pretendemos escrever) sobre o fechamento do afamado ponto da bebericagem e da conversa solta. A coisa é mais séria do que imaginamos. Nosso telefone não parou de tocar nos últimos dias e a caixa de e-mail está repleta de recados daqueles que não foram citados e agora postulam seus créditos afinal, eles, os reclamantes, ali tomaram assento, molharam a palavra, beberam umas e outras, encheram a cara, fofocaram até secar a língua e, por tal, justo se faz serem parte desta espécie de inventário imaterial ou testemunho do aqui jaz do saudoso boteco, cuja riqueza deixada é mesmo a lembrança dos momentos ali vividos em acaloradas rodas de conversa e tilintar de copos, em sucessivos brindes. O fotógrafo Luiz Brito, morador da Rua da Divisória (hoje Presidente Dutra) – Bairro Caiari, nos enviou uma foto na qual se exibe ocupando a cabeceira da mesa de sinuca do Villas, numa pose de expert das tacadas que não combina com ele. Porém a prova é inconteste e lhe confere ser legítimo herdeiro da memória em questão. Valeu Luiz! Que o seu coração seja confortado! Outro insatisfeito é o engenheiro Orlando (diretor do Bloco Galo da Meia Noite). O moreno reivindica a sua citação em nome do grande sacrifício feito nas sagradas horas de desopilação, quando aturava o aluguel de alguns malas que por ali já chegavam etilicamente alterados vindo dos rotineiros tours pelos bares daquelas cercanias. Veredicto: o Orlando merece, também é herdeiro. Outro ressentido - que inclusive anda a passos lentos e olhar triste - é o Jorginho Bola Sete. Dele se sabe que, pelo fato de morar próximo ao ex-bar, de vez em quando vai na esquina e lança um olhar comprido e tristonho em direção ao número 1307 da Carlos Gomes, como a querer saber se algo mudou, ou melhor, se voltou a ser o que era: o bar. Vemos estar sendo difícil pro Jorginho e pros irmãos Johnson (bubu e júnior), que moram ali na biqueira do Villas e terem que, a cada anoitecer, afogar seus desassossegos e saudades noutros lambedores (bares) do centro histórico. Pronto Jorginho Bola, o seu quinhão tá garantido na farta herança da orfandade botequista da Cidade porto. Edson Andrade (o popular neném) assíduo no pedaço, não mais botou os pés naquelas proximidades e parece ter ficado fora de órbita. Procura-se o Neném! Quem o encontrar avise que ele tem fatia boa e assegurada na herança. Dizem que o rapaz, agora, se confina sabe-se lá aonde e somente aparecer tarde da noite lá na Estação Bolero, pra curtir os Anjos da Madrugada. Lúcio Albuquerque, jornalista escritor e presidente da Academia de Letras de Rondônia, leu sobre o fechamento do bar, lamentou o infausto acontecimento e disse não saber do fato por andar meio afastado nos últimos tempos. Ok, o amigo Lúcio leva também o seu merecido punhado. Tomara que nessa de fazer o inventário daquele imaterial e sua partilha, não nos apareça, em sonho, é claro, o Orlando do Estácio apresentando a fatura a esse amigo de vocês e, com suas costumeiras tiradas, mandando enfiar a mão no buraco do pano (o bolso) e, como era seu modo, dizer: “Tatá, bote um sorriso no meu rosto!” E olhe que o neguinho já andou tirando o sono de alguns por aí. No último sábado estávamos a andar no centro e achamos de parar no Bar do Ceará (Duque com Tenreiro Aranha) pro almoço. Sem que esperássemos a turma dos abandonados pelo Alípio nos encontrou e desceu aquela saraivada de reivindicações, choros, lamentos, pedidos e sugestões. Após haverem desabafado e ter os ais de sofreguidão amenizados em seus corações, se puseram numa grande roda para debaterem o primeiro artigo, seus efeitos, o futuro da confraria e outras temas mais. O principal, no entanto, era o porquê, do Alípio ter abandonado a todos, justo neste início de verão onde a coisa prometia e muito. A forte chuva daquela tarde lavou as lágrimas de alguns dos inconsoláveis que, ainda tomados de profunda tristeza, rumaram pra brandas da Taba do Cacique, Bar do Calixto e outros endereços.

(*) O autor é Presidente de Fundação Cultural Iaripuna

tatadeportovelho@gmail.com

PORTO VELHO EM FOTOS

O fotógrafo e vídeomaker Luiz Brito conseguiu através do patrocínio da Energia Sustentável/Jirau a reimpressão do livro de fotografia “Revelando Porto Velho”, publicado pela primeira vez em 2004, com patrocínio da Brasil Telecom. Luiz é um dos mais respeitados profissionais na área audiovisual e um dos mestres na arte da fotografia, já tendo participado de exposições internacionais em países como Áustria e Espanha.

Pesquisador nato, defensor do meio ambiente e do regaste histórico dos patrimônios, o livro “Revelando Porto Velho” é um compêndio de fotos históricas que retratam a capital de Rondônia em momentos de gênese além de pontos de referência histórica no aspecto social da cidade.

Fruto de uma árdua pesquisa, as fotos da obra foram adquiridas durante ao longo dos anos em contatos com a própria comunidade local que forneceu material de acervo familiar. Outra fonte importante do fotógrafo foi do acervo pessoal do historiador e jornalista Manoel Rodrigues Ferreiras – autor do livro “A Ferrovia do Diabo” – que cedeu algumas reproduções, outra fonte foi a família do sanitarista Oswaldo Cruz (1872 – 1917), que também cedeu reproduções na época em que esteve em Rondônia.

De acordo com Luiz Brito a nova edição terá algumas novidades, como o acréscimo de textos nas legendas de algumas fotos. Mas, um detalhe que deve enriquecer ainda mais a obra é a inclusão de duas orelhas (capa e contra-capa), onde cada uma apresentará uma foto histórica inédita e dois textos da época. Um deles descreve o dia da inauguração do Teatro Fênix em Porto Velho, o outro texto, de 1918, apresenta aspecto histórico do bairro Da Favela, próximo de Santa Bárbara.

A nova reimpressão seguirá o mesmo modelo da primeira edição, com os acréscimos destacados por Luiz e será impresso fora do Estado pela Gráfica Coan no final de maio, com um padrão gráfico de primeira linha e todo custeado pela Energia Sustentável, que deu aval ao projeto cultural proposto pelo fotógrafo. Luiz acredita que até o final de junho fará o lançamento da nova edição.

Luiz Brito já tem outros trabalhos fotográficos do mesmo estilo engatilhados, entre eles três temáticos, diferentes e que já serviram de mote para exposições: “As Queimadas”, “Festejo do Divino Guaporé” e “Ferrovia da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”.

Fonte: Rondoniaovivo.com - Texto: Marcos Souza -

AS MAMÃES

DIA DAS MÃES
-Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.
-Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.
-Em princípio, não há nada que as mães desejem mais para os filhos do que vê-los casados, mas nunca aprovam as mulheres que eles escolhem.
-Mães judiciosas sempre têm consciência de que são o primeiro livro lido e o último posto de lado, na biblioteca dos filhos.
-As tias, as mães e as irmãs têm uma jurisprudência particular com os seus sobrinhos, os seus filhos e os seus irmãos.
-Mãe é o amigo mais verdadeiro que temos quando a dificuldade dura e repentinamente cai sobre nós; quando a adversidade toma o lugar da prosperidade; quando os amigos que se alegram conosco nos bons momentos nos abandonam; quando os problemas complicam-se ao nosso redor, ela ainda estará junto de nós, e se esforçará através de seus doces preceitos e conselhos para dissipar as nuvens de escuridão, e fazer com que a paz volte aos nossos corações.
-O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece à lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.
-Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado por termos você.
-Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra.
-Mãe. Teus braços sempre se abrem quando preciso um abraço. Teu coração sabe compreender quando preciso uma amiga. Teus olhos sensíveis se endurecem quando preciso uma lição. Tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar.
-Mãe. Que a beleza das flores, a doçura do mel, o brilho das estrelas, envolvam você hoje e que você continue irradiando este amor e esta alegria que você sempre nos ofereceu!

Mãe, amor sincero sem exagero.
Maior que o teu amor, só o amor de Deus...
És uma árvore fecunda, que germina um novo ser.
Teus filhos, mais que frutos, são parte de você...
MAMÃE

És capaz de doar a própria vida para salva-los.
E muito não te valorizam...
Quando crescem, de te esquecem.
São poucos, os que reconhecem...

Mas, Deus nunca lhe esquecerá.
E abençoará tudo que fizerdes aos seus...
Peço ao Pai Criador que abençoe você.
Um filho precisa ver o risco que é ser mãe...
Tudo é cirurgia, mas ela aceita com alegria.
O filho que vai nascer...

Obrigado é muito pouco, presente não é tudo.
Mas, o reconhecimento, isso! Sim, é pra valer...
Meus sinceros agradecimentos por este momento.
Maio, mês referente às mães, embora é bom lembrar...
Dia das mães, que alegria é todo dia.

QUERIDA MAMÃE

Tu que nos guardaste em teu ventre aquecido e do mundo fomos protegidos...
Tu que nos trouxeste para a vida, o que mais poderiamos querer?
Nos deste um cantinho dentro de ti e já crescidinhos nascemos para te conhecer...
Em teus braços fomos acalentados com teu amor e dedicação.
Nosso coração por ti, todos os dias acariciado...
Te conhecer por fora é só uma forma de nos fortalecer para o mundo, mas o que há de mais profundo vem do teu íntimo Ser...
Oh!maravalhosa Criatura...Nascida do Amor Divino
que nos ampara a todos os momentos de nosso Viver!
O que mais poderiamos querer?
Rogar com todas as forças que Deus abençoe a todas as mães e se nem sempre ao nosso lado podemos te ter até tua lembrança nos faz reviver...que maravilha ...
você nunca estará sozinha Querida Mamãe!

Presente a mamãe


“Deus não podia estar em todas partes ao mesmo tempo, e por isso criou às mães.”

“Uma mãe não é uma pessoa na que possa se apoiar, senão uma pessoa que faz que não precise se apoiar em ninguém.”

“Quando se é mãe, nunca se está sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre dever pensar por dupla – uma vez por ela e outra por seu filho.”

“De todos os direitos de uma mulher, o maior é ser mãe.”

“Minha mãe foi a mulher mais bela que jamais conheci. Todo o que sou, lho devo a minha mãe. Atribuo todos meus sucessos nesta vida ao ensino moral, intelectual e física que recebi dela.”.




Ser Mãe

Deixei a natureza transformar-me
Com todas suas leis
Tive o prazer de sentir um bebê no meu ventre
Chorei na maternidade,
Troquei fralda,
Passei noites acordada,
Desfrutei a sensação de amamentar,
Ensinei a comer,
Ensinei a andar,
Chorei no primeiro dia de escolinha
Talvez tenha deixado algumas pessoas de lado,
Talvez não tivesse tempo para dar atenção para as amigas
Pode ser que me relaxei um pouco com minha aparência
Ou quem sabe não tive nem tempo para pensar nisso
Pode ser que deixei alguns projetos pela metade
Ou talvez porque não conciliava com meu horário familiar
Momento algum joguei nada para o alto
Na verdade segurei com as duas mãos
Tudo o que vi cair do céu
Porém permiti
A mão de Deus me tocar
Para ser uma verdadeira mãe

HOMENAGEM A TODAS AS MÃES, QUE DEUS AS ABENCÔE!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PORTO DO VELHO

O SOBRADO E O TREM.







Por: Beto Ramos







Diz à lenda que ressurgirá dos escombros da antiga Prefeitura de Porto Velho, um espaço para a cultura e história política da nossa capital beradeira. Diz à lenda que nascerá um novo capítulo da nossa história na Ladeira Comendador Centeno. Muito bom saber que projetos de tamanha grandeza estão sendo elaborados e pensados por pessoas que conhecem a nossa história. Ao passarmos pela ladeira da antiga Prefeitura, o que vemos hoje é um espetáculo de abandono e desrespeito com a nossa população. Ao revitalizarmos os nossos prédios históricos, a valorização da memória do nosso povo passa a ser bem mais respeitada. Com certeza o português Pedro Renda, o mestre de obras que construiu o sobrado, hoje se vivo fosse estaria a aplaudir tão grandioso projeto. Diz à lenda que o prédio da antiga Prefeitura foi tombado pela lei municipal nº 1099 de 26 de maio de 1993. Tombado pela lei e não pelo abandono.

Diz à lenda que no centro da nossa capital beradeira, a população na sexta feira 30/04 durante o período da tarde emocionou-se com os apitos do trem na Madeira Mamoré. Como em uma viagem no tempo sentimos o orgulho de sermos portovelhenses. Diz à lenda que a voz do Bubu ecoou nos galpões da estrada de ferro, mexendo com o nosso orgulho beradeiro. “Você precisa ver, para saber como é que andava o trem na Madeira Mamoré.” E a máquina 18 apitando e os nossos corações pulsando em cada dormente, e a nossa história sendo socorrida após um longo período na UTI do esquecimento. Diz à lenda que o poeta Mado, fez uma narrativa com suas expressões corporais, de algo que deveria ser visto por um público bem maior. Diz à lenda: silêncio! Silêncio! Silêncio! Que o Mado chegou com suas pantominias. Então aplausos para o trem, aplausos para o Bubu, aplausos para o Mado e muitos e muitos aplausos para o projeto revitalização do prédio da antiga Prefeitura. Aplausos para o Tatá quando ele está, e nessa história ele está.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PORTO DO VELHO

OS ÓRFÃOS DO VILLAS BAR (I)

Por: Altair Santos (Tatá) *

Rua Carlos Gomes (centro), nº 1307. Este é o endereço de um dos raros estabelecimentos de portas fechadas no movimentado centro da capital. A cidade de Porto Velho há poucos dias, entre o fim das chuvas e o início do verão amazônico, acordou com a notícia de um dos mais sentidos cerrar portas de sua história. Fechou o tradicional Villas Bar, reduto de boêmios, sambistas, chorões, seresteiros, poetas, atores, acadêmicos, jornalistas, professores e outras levas mais de intelectuais. O Villas, nos fins de tarde e noite adentro, acolhia e embalava uma heterogênea seleção de convivas que ali se reunia para demoradas sessões de prosas regadas a generosas rodadas de cerveja, muita cerveja! Estes encontros aconteciam - inevitavelmente - sempre motivados por boa música e papo sobre cultura, futebol, política e, às vezes, mulher, dentre outros temas da preferência nacional. Há quem diga que ali, funcionava também uma eficiente célula da fofocagem local, com afiadas sucursais linguarudas espalhadas pelas mesas. Será? Sabe-se que ninguém queria ser manchete naquela confraria. A repentina ida do atencioso Alípio, rumo aos cerrados de Goiás, foi uma pedrada no quengo da freguesia fazendo com que alguns desavisados, fiquem a todo instante dando com a cara na porta e perder o tino. Parece inclusive que as belas moças - indo e vindo pros cursinhos e colégios da região central - também se foram. Pior, sem elas a calçada amiga da Carlos Gomes ofuscou, entre as luzes e letreiros, aquele apreciável e estonteante vai e vem ornado com categóricos requebros noturnos. Agora o que se vê, é um grande elenco de órfãos do Villas Bar, feitos nômades ao entardecer, desfilando perdidos à tardinha, entrecortando as ruas do centro, alternando uns goles aqui e outros ali, buscando assento (acolhida) de boteco em boteco. Feito aquelas andorinhas do início de verão, é fácil avistá-los uns poucos aqui, outros acolá, como bem podemos discorrer sobre. Por exemplo: numa certa sexta-feira, o professor e violonista Júnior Johnson e o psicólogo Alexandre Ronald, atônitos e sem ter aonde ir, acabaram levados pelo vento e, tipo que num acaso cabralístico, tiveram que aportar suas naus na Fina Flor do Samba, no Mercado Cultural. O jornalista Antonio Alves fora visto na companhia do Vásquez encostado no balcão do bar do Bolívia (Joaquim Nabuco – entre Duque de Caxias e Carlos Gomes). O bar do Ceará na Joaquim Nabuco com a Duque de Caxias, também recebe, vez por outra, alguns desses deserdados cervejeiros. Um certo bar rodeado de árvores, no bairro São João Bosco, já fora avaliado para ser o novo point dos sem rumo. Falta sair o veredicto da ação mas parece que não deu certo. Há relatos de que o arquiteto Glauco, sempre com o seu tabuleiro de xadrez ao alcance da mão, foi surpreendido aos gritos, assim como quem joga truco, dando xeque-mate em si mesmo na sua própria varanda, já em noite alta, madrugada talvez! De nossos informantes, chegam furos de que o botafoguense Bubu Johnson ainda circula ali pela região da Carlos Gomes e, sempre que vê a porta entreaberta, age como visse um oásis. Ele corre, desafia os perigos do trânsito, atravessa a rua e, a peso de muita lábia, consegue persuadir a dona Nadir a lhe vender ao menos uma cerveja do saldo de estoque que ficou. É a raspa do tacho. Mais tarde o cantor do Show Prisma Luminoso é visto lá pelo seu Carmênio e noutros butiquins. Surpreso mesmo ficou o nosso amigo Beto Bertagña que, numa solenidade na EFMM, fez cara de tristeza ao saber que não mais suavizaria o calor e a sede, a bordo das geladas que o Alípio caprichosamente servia. Cabo Sena, que não bebe mais, porém assinava ponto toda noite no Villas Bar, agora se consola ao som e acordes do seu cavaco. Paulinho Medeiros, Donizeti, Emerson, Dudu, e outros tantos ex-habituês do espaço, por ora, chutam latas nas esquinas e calçadas da cidade porto até que um novo sopro de orientação, ou seja, um novo bar, afague os corações sofridos desses rapazes. Dizem que o poeta Mado, por lá chegava todo conversador, alegre, falante, agora se fez mudo e, como diz ele, de si mesmo, “ficou sem texto.” Quando se topam nas esquinas – o que não é difícil – os órfãos se cumprimentam com acenos ligeiros e se espantam com suas próprias presenças, parecendo visagens uns para os outros, ou almas tristes a vagar. Esta é mais uma cena do cotidiano. É a cidade em sua efervescência, levando e trazendo coisas e pessoas, fazendo girar a máquina social. Por ora, a parte deste molar da engrenagem, formada pelos freqüentadores do Villas Bar, encontra-se avariada, triste e ressentida, pelo menos até o próximo gole. Saúde Senhores!

* O autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna.

tatadeportovelho@gmail.com

terça-feira, 4 de maio de 2010

NOEL ROSA

CENTENÁRIO DE NOEL ROSA.

BUTIQUIM DO SAMBA

* 11 DE DEZEMBRO DE 1910.
+ 04 DE MAIO DE 1937

de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.[1] Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.[2][3]
Noel nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida..
Noel teve ao mesmo tempo algumas namoradas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a dama do cabaré. Passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro. Mudou-se para Belo Horizonte,[nota 1] trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado. Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.
] Bibliografia
Dentre os livros a respeito do artista, duas obras são de grande importância para se estudar Noel Rosa: "No Tempo de Noel Rosa", escrita pelo amigo Almirante, e a essencial "Noel Rosa: Uma Biografia" de João Máximo e Carlos Didier.
Outros livros
• Noel Rosa: Língua e Estilo (Castellar de Carvalho e Antonio Martins de Araujo)
• Songbook Noel Rosa 1, 2 e 3 (Almir Chediak)
• Noel Rosa: Para Ler e Ouvir (Eduardo Alcantara de Vasconcellos
• O Jovem Noel Rosa (Guca Domenico)
• O Estudante do Coração (Luis Carlos de Morais Junior)
Cinema
Filmes sobre Noel, Noel Rosa já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Chico Buarque no filme "O Mandarim" (1995) e Rafael Raposo no filme "Noel - Poeta da Vila" (2006).
O primeiro longa-metragem sobre o compositor, "Noel - Poeta da Vila", foi baseado na biografia de Máximo e Didier e dirigido por Ricardo van Steen. Teve sua estréia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2006 e na 30ª Mostra de Cinema de São Paulo. Entrou em circuito em agosto de 2007, ano que marcou os 70 anos da morte do poeta do samba.
Antes deste filme , outros filmes, de curta e média-metragem, foram realizados sobre Noel Rosa. O próprio Ricardo Van Steen, realizador de "Noel, Poeta da Vila", dirigiu um curta-metragem, "Com Que Roupa?" (1997), com Cacá Carvalho no papel de Noel Rosa.
Rogério Sganzerla (1946-2004), um dos principais nomes do chamado Cinema Marginal, era fascinado pela vida e obra de Noel Rosa, e planejava fazer o seu próprio longa-metragem. O projeto acabou não vingando, mas durante esta espera, realizou dois documentários, um de curta-metragem, "Noel Por Noel" (1978), e um de média-metragem, "Isto É Noel Rosa" (1991).
Em "O mandarim" (1995) - uma representação experimental da vida do cantor Mário Reis - Júlio Bressane (outro representante do Cinema Marginal) chama Chico Buarque para interpretar Noel Rosa.
Em 1994, Alexandre Dias da Silva descobre um filme raríssimo - o curta-metragem "Vamo Falá do Norte" (1929), de Paulo Benedetti, com a única imagem filmada de Noel Rosa, junto com o Bando de Tangarás - e, com texto de José Roberto Torero e cenas de cinejornais e filmes de 1929, realiza o curta-metragem "O Cantor de Samba".
No mesmo ano, Noel Rosa se torna personagem do curta-metragem de ficção "Bar Babel", realizado no Paraná por Antônio Augusto Freitas.
Em 1998, Antonio Paiva Filho escreve e dirige, em vídeo, uma ficção inspirada no célebre samba de Noel Rosa "Coração", presente mesmo no título: "A Paixão Faz Dor no Crânio Mas Não Ataca o Coração"
E em 1999, André Sampaio realiza uma ficção experimental, "Polêmica", a partir da famosa polêmica musical entre Noel Rosa e Wilson Batista.
Trilhas musicais para o cinema
Antes de ser tema de filmes, a música de Noel Rosa esteve presente em um sem-número de filmes brasileiros.
Mesmo enquanto o Poeta da Vila ainda era vivo: na comédia musical "Alô, Alô, Carnaval", de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia - 1936), duas marchas de carnaval de Noel Rosa estavam em sua trilha sonora: "Pierrot Apaixonado" (parceria com Heitor dos Prazeres) e "Não Resta a Menor Dúvida" (parceria com Hervé Cordovil).
No mesmo ano, compôs seis músicas, em parceria com Vadico, para o filme "Cidade-Mulher", de Humberto Mauro (produção Brasil-Vita): a música-título do filme (interpretada por Orlando Silva), "Dama do Cabaré", "Tarzan, O Filho do Alfaiate", "Morena Sereia", "Numa Noite À Beira-Mar" e "Na Bahia".
Outros filmes de destaque com músicas de Noel Rosa em sua trilha sonora foram os realizados por Carlos Alberto Prates Correia, outro grande admirador de sua música: em "Perdida" (1975), a gravação original de "Quem Dá Mais?" (1932), na voz do próprio Noel Rosa, serve de fundo para uma cena… digamos… didática, passada num bordel.
Em "Cabaret Mineiro" (1980) - grande premiado no Festival de Gramado de 1981 - "Pra Esquecer" - com Tavinho Moura e regional - e "Nunca… Jamais!" - com Tavinho Moura, Silvia Beraldo e regional - tem a mesma função de reforço da ironia em duas sequências do filme.
Teatro
Sua vida foi objeto de um excelente drama de Plínio Marcos - O Poeta da vila e seus amores - encenado no Teatro Popular do Sesi. Foram mais de dois anos ininterruptos em cartaz.
Homenagens
Em 2010, cem anos depois do seu nascimento, o GRES Unidos de Vila Isabel, escola de samba sediada na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, levou Noel Rosa como seu enredo do carnaval de 2010. Fez-se um desfile em sua homenagem, com o samba intitulado Noel: A Presença do "Poeta da Vila, de autoria do compositor Martinho da Vila.[4]
O desfile realizado pela Unidos de Vila Isabel se deu na segunda-feira de carnaval, dia 15 de Fevereiro de 2010. A escola foi a quinta escola a desfilar e o resultado oficial rendeu à escola a quarta colocação na ordem oficial de apuração dos pontos pela LIESA.[5]
Canções

Foram mais de trezentas composições criadas por Noel:
• Ingênua (com Glauco Viana), 1928/1930
• Com que roupa? 1929
• Festa no céu 1929
• Minha viola 1929
• A.B. Surdo, (com Lamartine Babo) 1930
• Bom elemento, (com Euclides Silveira, o Quidinho) 1930
• Devo esquecer (com Gilberto Martins), 1930
• Dona Aracy 1930
• Dona Emília, (com Glauco Vianna) 1930
• Eu vou pra vila 1930
• Gago apaixonado, 1930
• Lataria (com João de Barro e Almirante), 1930
• Malando medroso 1930
• Meu sofrer (com Henrique Britto), 1930
• Quem dá mais (Leilão do Brasil) 1930
• Sorriso de criança 1930
• Vou te ripar 1930
• Adeus (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
• A.E.I.O.U. (com Lamartine Babo), 1931
• Agora 1931
• Coração 1931
• Cordiais saudações 1931
• É preciso discutir 1931
• Espera mais um ano 1931
• Esquecer e perdoar (com Canuto), 1931
• Estátua da paciência (com Jerônimo Cabral), 1931
• Eu agora fiquei mal (com Antenor Gargalhada), 1931
• Fiquei sozinha (com Adauto Costa), 1931
• Gosto, mas não é muito (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
• Já não posso mais (com Pururuca, Canuto e Almirante), 1931
• Julieta (com Eratóstenes Frazão), 1931
• Mão no remo (com Ary Barroso), 1931
• Mardade de cabocla 1931
• Mentiras de mulher 1931
• Mulata fuzarqueira, 1931
• Mulato bamba (Mulato forte) 1931
• Nega, (com Lamartine Babo) 1931
• Nunca... Jamais 1931
• Palpite (com Eduardo Souto), 1931
• Pesado 13 (paródia do tango El penado, de Agustin Magaldi, Pedro Noda e Carlos Pesce), 1931
• Picilone 1931
• Por causa da hora 1931
• Por esta vez passa 1931
• O pulo da hora 1931
• Que se dane (com Jota Machado), 1931
• Rumba da meia-noite (com Henrique Vogeler), 1931
• O samba da boa vontade (com João de Barro), 1931
• Sinhá Ritinha, (com Moacir Pinto Ferreira) 1931
• Só pra contrariar (com Manoel Ferreira), 1931
• Você foi o meu azar (com Arthur Costa), 1931
• Ando cismado (com Ismael Silva), 1932
• Araruta (com Orestes Barbosa), 1932
• Assim sim (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Até amanhã 1932
• Dona do lugar (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• E não brinca não (Não brinca não) 1932
• É peso (com Ismael Silva), 1932
• Escola de malandro (com Orlando Luiz Machado e Ismael Silva), 1932
• Estamos esperando 1932
• Felicidade (com René Bittencourt), 1932
• Fita amarela 1932
• Fui louco (com Alcebíades Barcelos, o Bide), 1932
• Mas como... Outra vez? (com Francisco Alves), 1932
• Mentir (Mentira necessária) 1932
• Mulher indigesta 1932
• Não faz, amor (com Cartola), 1932
• Não há castigo (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1932
• Não me deixam comer 1932
• Nuvem que passou 1932
• Para me livrar do mal (com Ismael Silva), 1932
• Prazer em conhecê-lo (com Custódio Mesquita), 1932
• Primeiro amor (com Ernani Silva), 1932
• Qual foi o mal que eu te fiz? (com Cartola), 1932
• Quem não dança 1932
• Quero falar com você (com Lauro dos Santos, o Gradim), 1932
• A razão dá-se a quem tem (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Rir (com Cartola), 1932
• São coisas nossas (Coisas nossas) 1932
• Sem tostão 1932
• Seu Jacinto 1932
• Tenentes do diabo (com Visconde de Bicohyba e Henrique Vogeler), 1932
• Tenho um novo amor (com Cartola), 1932
• Tudo o que você diz 1932
• Uma jura que fiz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Vitória (com Romualdo Peixoto, o Nonô), 1932
• Amor de parceria 1933
• Arranjei um fraseado 1933
• Capricho de rapaz solteiro 1933
• Contraste 1933
• Cor de cinza 1933
• De qualquer maneira (com Ary Barroso), 1933
• Deus sabe o que faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Dono do meu nariz (paródia de Dona da minha vontade, de Francisco Alves e Orestes Barbosa), 1933
• Estrela da manhã (com Ary Barroso), 1933
• Esquina da vida (com Francisco de Queirós), 1933
• Eu queria um retratinho de você (com Lamartine Babo), 1933
• Feitio de oração (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1933
• Filosofia (com André Filho), 1933
• Habeas-corpus (com Orestes Barbosa), 1933
• Isso não se faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Já sei que tens um novo amor (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Meu barracão 1933
• Não digas (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Não tem tradução (Cinema falado) 1933
• Nem com uma flor (com Francisco Alves), 1933
• Nunca dei a perceber (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Onde está a honestidade? (com Francisco Alves), 1933
• O orvalho vem caindo (com Kid Pepe), 1933
• Positivismo (com Orestes Barbosa), 1933
• Pra esquecer 1933
• Prato fundo (com João de Barro, o Braguinha), 1933
• Quando o samba acabou 1933
• Quem não quer sou eu (com Ismael Silva), 1933
• Rapaz folgado 1933
• Sei que vou perder (com Romualdo Peixoto, o Nonô e Alfredo Lopes Quintas), 1933
• Seja breve 1933
• O sol nasceu pra todos (com Lamartine Babo), 1933
• Sorrindo sempre (com Lauro dos Santos, o Gradim, Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Três apitos 1933
• Vai haver barulho no chatô (com Walfrido Silva), 1933
• Vai para a casa depressa (cara ou coroa) (com Francisco Mattoso),1933
• Vejo amanhecer (com Francisco Alves), 1933
• Você, por exemplo (com Francisco Alves), 1933
• Você só... mente (com Hélio Rosa), 1933
• Boa viagem (com Ismael Silva), 1934
• Dama do cabaré 1934
• Feitiço da Vila (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
• Fiquei rachando lenha (com Hervê Cordovil), 1934
• Linda pequena (com João de Barro), 1934
• O maior castigo que te dou 1934
• Mais um samba popular (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
• Marcha da prima... Vera 1934
• A melhor do planeta (com Henrique Foreis Domingues, o Almirante), 1934
• Paga-me esta noite (paródia de Tell me tonight, de Mischa Spoliansky)1934
• As pastorinhas (com João de Barro), 1934
• Remorso 1934
• Retiro da saudade (com Antonio Nássara), 1934
• Se a sorte me ajudar (com Germano Augusto Coelho), 1934
• O século do progresso 1934
• Tenho raiva de quem sabe (com Zé Pretinho e Kid Pepe), 1934
• Tipo zero 1934
• Triste cuíca (com Hervê Cordovil), 1934
• Você é um colosso 1934
• Voltaste pro subúrbio 1934
• Vou te ripar 2 1934
• Ao meu amigo Edgard (carta de Noel) (com João Nogueira), 1935-1978
• Belo Horizonte (paródia de I'm looking over a four leaf clover, de Mort Dixon e Harry Woods), 1935
• Boas tenções (com Arnold Glückmann), 1935
• Canção do galo capão (paródia de Canção do grande galo, de Lamartine Babo e Paulo Barbosa), 1935
• Cansei de pedir 1935
• Cansei de implorar 1935
• Condeno o teu nervoso (paródia de Teus ciúmes, de Lacy Martins e Aldo Cabral), 1935
• Conversa de botequim (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Cor de leite com café (com Hamilton Sbarra), 1935-1969
• Deixa de ser convencida (com Wilson Baptista), 1935
• Disse-me disse 1935
• Envio essas mal traçadas linhas (paródia de Cordiais saudações), 1935
• Finaleto (com Arnold Glückmann), 1935
• Foi ele (paródia de Foi ela, de Ary Barroso), 1935
• Genoveva não sabe o que diz (paródia de Palpite infeliz), 1935
• João Ninguém 1935
• O Joaquim é condutor (com Arnold Glückmann), 1935
• Não foi por amor (com Zé Pretinho e Germano Augusto Coelho), 1935
• Não resta a menor dúvida (com Hervê Cordovil), 1935
• Palpite infeliz 1935
• Para o bem de todos nós (com Arnold Glückmann), 1935
• Pela décima vez 1935
• Perdoa este pecador (com Arnold Glückmann), 1935
• Pierrô apaixonado (com Heitor dos Prazeres), 1935
• Precaução inútil (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
• Quantos beijos (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Que baixo! (com Antônio Nássara), 1935
• O que é que você fazia? (com Hervê Cordovil), 1935
• Roubou, mas não leva (paródia de Pagou, mas não leva, de Benedito Lacerda e Milton Amaral), 1935
• Seu Zé (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
• Silêncio de um minuto 1935
• Só pode ser você (ilustre visita) (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Tudo nos une (com Arnold Glückmann), 1935
• Tudo pelo teu amor (com Arnold Glückmann), 1935
• Cem mil réis (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Cidade mulher 1936
• Dama do cabaré 1936
• De babado (com João Mina), 1936
• É bom parar (com Rubens Soares), 1936
• Este meio não serve (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1936
• Maria-fumaça 1936
• Menina dos meus olhos (com Lamartine Babo), 1936
• Morena-sereia (com José Maria de Abreu), 1936
• Na Bahia (com José Maria de Abreu), 1936
• Pela primeira vez (com Critóvão de Alencar), 1936
• Provei (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Quem ri melhor 1936
• São coisas nossas 1936
• Sobe balão (com Marília Baptista), 1936-1961
• Tarzan, o filho do alfaiate (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Você vai se quiser 1936
• O x do problema 1936
• Chuva de vento 1937
• Eu sei sofrer 1937
• Pra que mentir (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1937
• Último desejo 1937
• Você por exemplo 1937
• Amar com sinceridade (com Sylvio Pinto), 193?
• Baianinha 193?
• Cabrocha do Rocha (com Sílvio Caldas), 193?
• Com mulher não quero mais nada (com Sylvio Pinto), 193?
• Faz de conta que eu morri (com Henrique Gonçales), 193?
• Faz três semana (paródia de Suçuarana, de Heckel Tavares e Luís Peixoto), 193?
• João-teimoso (com Marília Baptista), 193?
• Não morre tão cedo 193?
• No baile da flor-de-lis 193?
• Para atender a pedido 193?
• Queimei teu retrato (com Henrique Britto), 193?
• Saí da tua alcova 193?
• Suspiro (com Orestes Barbosa), 193?
• Vagolino de cassino (Virgulino do cassino) (paródia de Cheek to cheek, de Irving Berlin), 193?
• Verdade duvidosa 193?

Notas
1. ↑ Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo:
Já apresento melhoras,
Pois levanto muito cedo
E deitar às nove horas
Para mim é um brinquedo.
A injeção me tortura
E muito medo me mete,
Mas minha temperatura
Não passa de trinta e sete!
Creio que fiz muito mal
Em desprezar o cigarro
Pois não há material
Para o exame de escarro!

CENTENÁRIO DE NOEL ROSA.
BUTIQUIM DO SAMBA.
TODOS OS SÁBADOS, 14 HORAS, CANAL 38, RBR-TV..

domingo, 2 de maio de 2010

programa butiquim do samba

Butiquim do Samba.

NOTA

O Programa Butiquim do Samba do último sábado dia 01 de maio foi reprisado, por motivos técnicos da emissora.

O entrevistado da semana foi o sambista e Mestre mais antigo do nosso carnaval, Cabeleira.

Problemas técnicos fizeram com que o nosso público assistisse de novo a entrevista com o compositor Beto César.

O fato será reparado e uma nova gravação está sendo agendada com o sambista mais antigo do nosso carnaval.

Toda terça, no Mercado Cultural acontece à gravação do programa e você é nosso convidado á partir das 19 horas.

Nesta terça o convidado será o grupo Kizomba, mas, no próximo sábado, dia 08 de maio a entrevista que irá para o ar é com a radialista Sônia Maria e o grupo Sem Moderasom, já gravado.


Grato a todos.




Carlinhos Maracanã
apresentador