quarta-feira, 30 de junho de 2010

SOM

Escola Som na Leste anuncia apresentação musical e inscrições para novos alunos

A direção da Escola Municipal de Música Som na Leste está convidando a população para participar da Mostra de Música que vai reunir alunos que completaram o módulo de quatro semestres que compõe os cursos oferecidos pela instituição. Trata-se da primeira turma formada na unidade. A apresentação será realizada nos dias 1º e 2 de julho na Igreja dos Mórmons, que ofereceu o auditório do templo para a apresentação dos alunos. “Como a igreja conta com um auditório espaçoso, que fica dentro da comunidade, optamos por este local para a apresentação que marca um momento importante da nossa escola”, explica o diretor Remis Ferreira.

Com cerca de 400 alunos e 20 professores, a Escola Som na Leste oferece cursos de musicalização infantil violão, contrabaixo, teclado, flauta, sax, trompete e trombone. No período diurno são atendidos alunos de 8 a 15 anos e à noite participam dos cursos pessoas com mais de 16 anos. As inscrições para novas turmas serão feitas de 5 a 9 de julho. As vagas estão abertas para os interessados, gratuitamente. Para se inscrever, a criança deve ter no mínimo oito anos e estar alfabetizada. São aceitas, ainda, crianças com sete anos, desde que já saibam ler e escrever. Adultos com mais de 16 anos também podem se inscrever. As vagas são distribuídas por meio de sorteio.

De acordo com Remis Ferreira, além dos cursos, a Escola Som na Leste conta com atividades que propiciam uma maior integração entre os alunos e a comunidade. É o caso das bandas de música dos professores e dos alunos, corais infanto-juvenil e adulto, orquestra de violão e conjunto de flauta. “A Escola Som na Leste vem cumprindo o seu papel junto à comunidade, propiciando cidadania e inclusão social por meio da música”, considera Remis Ferreira. Ele ressalta a importância do estabelecimento para os jovens, que têm uma opção de aprendizado gratuito, o que afasta muita gente dos perigos das ruas, principalmente do envolvimento com drogas, que muitas vezes levam os jovens para a criminalidade.
Datas importantes:

Dias 01 a 02 de julho – Mostra de Música na Igreja Mórmon
Rua Guaporé, entre a Amazonas e a Cahula.

Dias 05 a 09 de julho – Rematrícula e inscrição para novos alunos
Dia 09 de julho – Sorteio de vagas

Dia 15 de julho – Teste vocal para coro adulto

Dias 12 a 15 de julho – Matrículas para novos alunos

Fonte: Ana Aranda

Somos Suicídas?

OPINIÃO

Por Rud Prado

Tragédias como esta enchente que levou de água abaixo as vidas e sonhos dos irmãos alagoanos e pernambucanos deixam alguma lição? Começo a refletir sobre as palavras encharcadas de angústia da prefeita de Branquinhas, no Alagoas. Ao ver que sua cidade foi varrida do mapa, Ana Renata disse que é melhor esquecer a cidade e construir outra longe do rio e dos escombros que a todos impressionam. Imagina ela que esquecida a dor e enterrados os mortos, esta será uma solução para a nova cidade não viver sob o medo da eminência de uma outra tragédia. Mas a sucessão de tragédias que assistimos me leva a retomar a pergunta lá de cima. Estamos aprendendo alguma coisa com tudo isso? Ou continuaremos apenas contando mortos e depois os esquecendo em covas, cavadas às pressas, tão rasas quanto nossas consciências? Logo teremos outra tragédia, e, de olho na bola da vez, ficaremos cegos para as lições que a natureza nos dá. E são lições que custam caro. Custam patrimônios, histórias de vidas, e a própria vida. Todos sabem que construir em cima do chorume é uma loucura, mas o poder público do Rio de Janeiro incentivou a ocupação dos lixões e ofereceu “infraestrutura” para a indignidade se edificar. Quem é que não sabe que desmatar as encostas é burrice pura? Quem é que não sabe que o desmatamento das matas ciliares e que o avanço da cidade sobre rios e igarapés é um convite a tragédias desse tipo? Mas vai-se se fazendo vista grossa. Melhor isso do que um programa realmente sério de moradia popular, isso custa caro. Acontece que poucos, muito poucos estão realmente preocupados com a natureza. Até ela bater em nossa porta com a força de uma enchente. Com a fúria de um deslizamento de terra. Até ela entregar a fatura do descaso com o meio ambiente.

Pensamos quadrado. Não aprendemos ainda que a terra é redonda. Que nela uma ação é conseqüência de outra . Que tudo é continuidade. Causa e efeito. E continuamos a repetir os mesmos erros. Cultivando as mesmas práticas ancestrais. Esquecendo que hoje não temos meia dúzia de gatos pingados nômades passeando por um planeta onde nada parecia ter fim. Éramos livres para não pensar no amanhã, no outro, no planeta. Nossa inconseqüência não nos atingia. Agora isso mudou. Mas não mudamos. Ainda não. A reciclagem de lixo é pífia. Continuamos a desperdiçar recursos naturais e a pressionar cada vez mais a natureza. Coleta seletiva é programa sério de algum prefeito desse Brasil? Vamos além: quantos governantes por esse mundo, presidentes, governadores, prefeitos estão pensando, não na futura eleição, mas num modelo de gestão que respeite a vida? Por aqui usamos a justificativa de que os gringos já desmataram tudo, mas nós ainda não atingimos a nossa cota. Cota de quê meu Deus! De burrice? E vamos queimando a floresta, desmatando as encostas, a mata ciliar . Vamos ocupando as margens do rio, como os nômades faziam. Mas não somos nômades.

O que somos então? Suícidas?

sábado, 26 de junho de 2010

MÚSICA DE QUALIDADAE

Escola de Musica Jorge Andrade terá Recital em julho

MÚSICA

A Escola Municipal de Música Jorge Andrade realiza no próximo dia 9 de julho um Recital com apresentações de alunos e professores para marcar o encerramento das atividades do primeiro semestre. Segundo informação do diretor da escola professor Ricardo Castro, haverá apresentação de coral, violão, guitarra, sax, teclado, flauta, piano, contrabaixo, pandeiro, bateria, entre outros. “A escola tem uma atuação muito importante na formação de músicos desde a sua fundação. Este é um dos motivos para incentivarmos cada vez mais a participação do público em geral nas nossas atividades. Pela primeira vez vamos realizar um recital ao lado da Escola, aqui na Elias Gorayeb”,disse o diretor.

A mostra terá apresentação de alunos que estão fazendo sucesso em diversos concursos que participam. Entre eles a direção da escola destaca Valdemir Reis Fernandes, conhecido no meio musical como Mil, Rudnei, o Rudi da banda “Os Caba”, e o professor Guilherme Freitas Barros, vencedores da Mostra do Sesc.

O Coral Experimental Escola de Musica Jorge Andrade e o Coro dos Correios farão uma apresentação conjunta, regidos pelo maestro Remis Michel. Os professores garantem um show especial. Além deles a Orquestra de Violões Professor Valdemar Matos fará uma apresentação, segundo Castro, uma homenagem especial aos presentes.

Fonte: Assessoria

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Feliz Aniversário

24 de junho, dia do meu aniversário.

dia de São joão, o Santo Festeiro, como eu.

MARACANÃ

Festas Juninas

Origem da fogueira.

Grandes fogueiras são tradição do São João brasileiro e europeu
Balão de São João em Portugal, cidade do Porto

De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

O uso de balões

O uso de balões e fogos de artifício durante o São João no Brasil, está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no balão com desejos e pedidos.

Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em muitos locais, devido ao risco de incêndio.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como traque, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo.

O mastro de São João

O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês — o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton". O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro.

Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.
A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)

A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

* "Quadrilha Caipira" (São Paulo)
* "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
* "Baile Sifilítico" (Bahia)
* "Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
* "Quadrilha" (Sergipe)
* "Quadrilha Matuta"

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.
[editar] Outras danças e canções

No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado, o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.

Festa junina caipira.

As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.

No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.

No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plástico e alho-porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.

O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:

Confessei-me a Santo Antônio,
confessei que estava amando.
Ele deu-me por penitência
que fosse continuando.

Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:

Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. E elas pedem:

Meu Santo Antônio

Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.

No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.

Em Lisboa, é tradicional a cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200 a 300 casais ao mesmo tempo.

As festas juninas, são na sua essência multicurais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e São Pedro principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e emigrantes dos país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Ásia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.

No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

As grandes mudanças no conceito artistico contemporâneo, acarretam na "adequação e atalização" destas festas, onde rítimos e bandas não tradicionais aos tipicamente vivenciados são acrescentadas as grades e programações de festas regionais, incentivando o maior interesse de novos públicos. Essa tem sido a aposta de vários festejos para agradar a todos, não deixando de lado os costumes juninos, têm-se como exemplo as festas do interior da Bahia, como a de Santo Antônio de Jesus, que apesar da inclusão de novas programações não deixa de lado a cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de serra" nos dias de comemoração junina.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Locais

Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Ásia, Macau, Índia, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição dos santos populares bem marcada.

Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Santo Antônio de Jesus, Amargosa, Cruz das Almas, Piritiba e Senhor do Bonfim na Bahia, na Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Recife em Pernambuco; Aracaju em Sergipe; Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre. Além disso, Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte disputam o terceiro lugar de maior são joão do mundo.


Em Portugal, estas festividades, genericamente conhecidas pelo nome de Festas dos santos populares, correspondem a diferentes feriados municipais: São Gonçalo em Amarante; Santo António em Aljustrel, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Lisboa, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real e Vila Verde; São João em Aguiar da Beira, Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Braga, Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lajes das Flores, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, Sertã, Tabuaço, Tavira,Terras de Bouro, Torres Vedras, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Gaia, Vila do Porto e Vizela; São Pedro em Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Castro Verde, Celorico de Basto, Évora, Felgueiras, Lajes do Pico, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra.

Nas cidades do Porto e de Braga em Portugal, o São João é festejado com uma intensidade inigualável, sendo que a festa é, à semelhança do que acontece no Nordeste do Brasil, entregue às pessoas que passam o dia e a noite nas ruas das cidades que são autênticos arraiais urbanos.

Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos (França, Irlanda, os países nórdicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina e na tradição portuguesa) são costumes ainda hoje praticados em festas de São João europeias.

França

A "Fête de Saint-Jean" (Festa de São João), tal como no Brasil e em Portugal, é comemorada no dia 24 de junho e tem como maior característica a fogueira. Em certos municípios franceses, uma alta fogueira é erigida pelos habitantes em honra a São João Batista. Trata-se de uma festa católica, embora ainda sejam mantidas tradições pagãs que originaram a festa. Na região de Vosges, a fogueira é chamada "chavande".

Polônia

As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente com as regiões da Pomerânia e da Casúbia, e a festa é comemorada dia 23 de junho, chamada localmente 'Noc Świętojańska" (Noite de São João). A festa dura todo o dia, começando às 8h da manhã e varando a madrugada. De maneira análoga à festa brasileira, uma das características mais marcantes é o uso de fantasias, no entanto não de trajes camponeses como no Brasil, mas de vestimentas de piratas. Fogueiras são acesas para marcar a celebração. Em algumas das grandes cidades polonesas como Varsóvia e Cracóvia esta festa faz parte do calendário oficial da cidade.

Ucrania.

A festa de Ivana Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas ucranianas de origem pagã, e vai desde [[23 de junho]] até 6 de julho. É um rito de celebração pelo verão, que foi absorvido pela Igreja Ortodoxa. Muitos dos rituais das festas juninas ucranianas estão relacionados com o fogo, a água, fertilidade e auto-purificação. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para dar sorte. É bastante comum também pular as chamas das fogueiras. As festas juninas eslavas inspiraram o compositor Modest Mussorgsky para sua famosa obra "Noite no Monte Calvo"...


As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. É considerada a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais que o Natal. Ocorre entre os dias 20 e 26 de junho, sendo a sexta-feira o dia mais tradicional. Uma das características mais tradicionais são as danças em círculo ao redor do majstången, um mastro colocado no centro da aldeia. Quando o mastro é erigido, são atiradas flores e folhas. Tanto o majstången sueco (mastro de maio) como o mastro de São João brasileiro têm as suas origens no "mastro de maio" dos povos germânicos.

Durante a festa, são cantados vários cânticos tradicionais da época e as pessoas se vestem de maneira rural, tal como no Brasil. Por acontecer no início do verão, são comuns as mesas cheias de alimentos típicos da época, como o morangos e as batatas. Também são tradicionais as simpatias, sendo a mais famosa a das moças que constroem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e colocam sob o travesseiro, na esperança de sonhar com o futuro marido. No passado, acreditava-se que as ervas colhidas durante esta festa seriam altamente poderosas, e a água das fontes dariam boa saúde. Também nesta época, decoram-se as casas com arranjos de folhas e flores, segundo a superstição, para trazer boa sorte.

Durante este feriado, as grandes cidades suecas, como Estocolmo e Gotemburgo tornam-se desertas, pois as pessoas viajam para suas casas de veraneio para comemorar a festa.

CULTURA

PROGRAMA

Petrobras Cultural 2010

abre inscrições

As 16 áreas completam o pacote da Edição 2010, que tem verba total de R$ 61,2 milhões


A Petrobras lança mais 16 áreas de Seleção Pública da Edição 2010. A segunda fase do programa, com verba de R$ 52,2 milhões, é destinada à escolha de projetos dentro das três linhas de atuação do PPC: Formação; Preservação e Memória; e Produção e Difusão.

Os incentivos incluem desde projetos de pesquisa artística até projetos de distribuição de bens culturais. Podem inscrever-se projetos destinados à recuperação e digitalização de acervos, à manutenção de grupos e companhias de artes cênicas, à produção de filmes, a eventos de artes eletrônicas, à gravação de CDs, a turnês de shows/concertos, entre outros.

As 16 áreas completam o pacote da Edição 2010, que tem verba total de R$ 61,2 milhões e 19 áreas de seleção pública. A Petrobras espera receber projetos de todas as regiões do país para a realização dos patrocínios a partir de 2011.

Em dezembro de 2009, a Petrobras abriu inscrições para as áreas de Festivais de Música, Festivais de Cinema e Difusão de Filmes de Longa-Metragem em Salas de Cinema. Estas áreas são lançadas no final do ano e tem seus resultados anunciados no primeiro trimestre do ano seguinte, pois precisam ser realizadas ao longo do ano corrente.

SARAMAGO

José Saramago, o Boca do Inferno


Por Antônio Serpa do Amaral Filho (*)

Se Friedrich Nietzsche estiver certo, Deus está morto e José Saramago também. O duelo de titãs acabou. Calaram-se as cordas vocais do provocador de conflito entre Criador e criatura. Partiu o pregador solitário, cuja voz, embora contida e já carcomida pelo tempo, reverberava em todos os quadrantes do planeta, como se fosse uma praga enviada pelo anti-cristo. Se a transcendentalidade da alma de fato existe, uma hora dessa ambos já estão se entendendo, traçando prosa amena em algum lugar do além. A cena é relicária, nos conta Raul Seixas: lá vem Deus deslizando no céu entre plumas de mil megatons, marchando ao encontro do espírito de um certo zé escrivinhador que viveu na Terra e que ousou negar a existência do Divino.

Agora, se a transcendentalidade é conversa pra boi dormir, então Deus é só um delírio e sua ideologia não serve apenas de ópio ao povo, mas traveste-se de verdadeiro tratado que provoca cegueira nos olhos da humanidade, carente, perplexa e infeliz. O homem não é imagem e semelhança de Deus; Deus é que é a imagem e semelhança dos anseios do homem.

Quase imortal, José Saramago foi-se embora enfrentando a paradoxal radicalidade da vida: a morte – angústia de quem vive, fim de quem ama, diria Vinícius de Morais. A pena do falecido escriba lusitano arvorava-se ferina e viçosa, combativa e denunciadora, e com ela Saramago desafiou a Santa Madre Igreja, o Papa e todos os santos da terra. De porte de sua arma quase letal, comportava-se como verdadeiro espadachim em guerra nada santa¸ digladiando com os anjos de Deus e ideólogos do Vaticano no deserto do ceticismo exacerbado, por onde trafegam pouquíssimos ou quase nenhum peregrino. Estão todos percorrendo o caminho de São Tiago de Compostela, curtindo aventura, arte e misticismo. É preciso ter inabalável fé nas suas convicções para ser um ateu de verdade. Mas em que pese a grandeza de seu espírito em negar a existência de Deus, o ateísmo não era a única característica palpitante e polêmica do Prêmio Nobel em literatura, na seara da língua portuguesa. O idioma de Camões ganhou as manchetes e traduções em todas as línguas do mundo, graças à perene inquietude alojada no coração do escritor.

Em suas veias corria muito pouco sangue e seu olhar revelava-se como vitrais estilhaçados, pontiagudos e cortantes, oferecendo perspectivas obtusas, anômalas e inusitadas aos seus leitores. O autor de o Evangelho Segundo Jesus fez do cristianismo seu pano de fundo predileto, na elaboração de seus textos, por entender que a literatura antes de ser ato de criação é principalmente atitude de destruição, decretação de falência de parâmetros conceituais e palpitação tresloucada de espírito de porco que insiste em chafurdar na lama da sociedade dos homens. O criado de Jangada de Pedra assumiu, por fé na descrença das entidades metafísicas, sua fidelidade aos ideais humanistas. Não de forma mecanicista, porém de maneira criativa e machadianamente bem humorada, negou Deus para afirmar o Homem como senhor da vida. Sua palavra literária tinha raízes profundas na terra em que pisava. Por isso não precisava ser panfletário para mostrar que o Rei está vestido, e rico, e que passa bem, obrigado; nu mesmo estão o séquito e a multidão que observam sua majestade, o sistema político-econômico que controla a idiotice e a vassalagem na República Socialista do Guaporé e em todo o mundo. No Brasil, não chegou a tomar posse como Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras. Morreu como qualquer mortal, reafirmando com seu gesto ser a finitude o grande bem da vida. O não-sentido é o sentido da existência. Ou se faz justiça social aqui e agora ou ela nunca será realizada, porque não existe nem Deus nem projeto divino para o homem. O homem não tem pai, só tem mãe: a História. Deus é utopia, promessa de ungüento para curar ferida de desesperados e peneira com a qual se tenta tapar o sol dessa dura realidade.

É uma das sínteses a que se pode chegar, captando nas entrelinhas o que escreveu o Boca do Inferno da contemporaneidade, o crítico dos críticos, José Saramago. E já que o autor de Caim se foi, e ficamos nós a matutar sobre o imbróglio ontológico da existência, por via das dúvidas: que Deus o tenha!!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

CASA DA CULTURA IVAN MARROCOS

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA



SECRETARIA DE ESTADO DOS ESPORTES, DA CULTURA E DO LAZER

Casa da Cultura Ivan Marrocos



PROGROGRAMAÇÃO DE EVENTOS – 2010



JUNHO

EVENTO


ESPAÇO


DATA


HORÁRIO


RESPONSÁVEL


CONTATO

Curso Livre de Xilogravura

2ª Edição


PIONEIROS


01, 04, 08, 11, 15, 18, 22, 23, 25 e 29


14 às 18h


Ângela


9265-6560

Exposição da artista Ariana Boaventura

EBÓS


GALERIA AFONSO LIGÓRIO


04 a 28


20;30h


Ariana


9217-1705




Exposição

SELEÇÃO BRASILEIRA NAS COPAS DO MUNDO


FPB


07/06 a 11/07




Abertura

09;30h


Vicente Kleber



3228-5100

9959-5819

3901-1282

Exposição do Curso Livre de Xilogravura

2ª Edição


PIONEIROS

MEZANINO


01 a 15/07


20h


Ângela


9265-6560

Exposição Monocromática do artista Assis Shathobriand


GALERIA AFONSO LIGÓRIO


02 a 20/07


Abertura

às 20;30h


Assis Shathobriand


9963-9202

3223-4224


Geraldo Cruz

30 anos de arte

PRÊMIO

Concurso cultura Hip Hop


O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez valorizará iniciativas que incorporem, associem e incentivem o intercâmbio de outras formas artísticas com a cultura Hip Hop. Os interessados em participar do concurso, cujas inscrições estarão abertas até o dia 12 de julho de 2010, e que desenvolvam projetos culturais do Hip Hop com estas características, poderão se inscrever na categoria Conexões do Edital.

A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) criou um sistema de Dúvidas mais Freqüentes para esclarecer as principais dúvidas dos interessados, que também poderão conferir no site da SID (www.cultura.gov.br/sid) uma série de matérias sobre as categorias a serem premiadas.

O concurso distribuirá R$ 1,7 milhão em prêmios e serão contempladas 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento) e Conexões.

Nesta edição, será abordada a categoria Conexões que tem como objetivo premiar iniciativas que promovam o intercâmbio de outras formas artísticas com a cultura Hip Hop. Serão 35 premiados nesta categoria, sendo sete para cada macrorregião do país.

Conexão

No caso dessa categoria, a associação mais comum da cultura Hip Hop no Brasil se dá com as expressões culturais afrodescendentes. Como exemplo de iniciativas culturais da categoria Conexões, temos grupos musicais como o Z’África Brasil, que tem como característica o forte apelo da cultura afro em suas letras; grafiteiros como Speto, que mistura o graffiti com a xilogravura; crews de dançarinos como o grupo Discípulos do Ritmo que mistura novos conceitos com as danças do Hip Hop; e DJs como KL Jay que, além de tocar, organiza festas e campeonatos.

O Hip Hop surgiu no Brasil nas décadas de 70/80 reunindo os quatro segmentos centrais da arte: o Breaking (dança de rua), o Graffiti (artes plásticas), o MC (mestre de cerimônias, ou, rapper), e o DJ (Disck Joquei). Mas outras expressões como o Beat Box (músico que faz o som dos instrumentos com a boca) e até os esportes como o skate e, principalmente o basquete de rua, se incorporaram nessa cultura de rua.

O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) do Ministério da Cultura, em parceria com o instituto Empreender e com a Ação Educativa.

Participe!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

DIZ A LENDA

MEIO DA LADEIRA

Por Beto Ramos

Gostamos de ficar no meio da ladeira esperando a chuva cair, molhando nossas palavras jogadas ao vento, que chegam a incomodar o centro histórico.

O que molha é o que pode saciar a sede do medo de alguns de se expor, por simples vaidades, por medo de perder pequenos espaços que ficam ladeira acima ou ladeira abaixo.

O que molha traz novidades. E ficar na chuva é para se molhar.

Nascem lendas todos os dias nesta cultura que não pode ficar restrita a um grupo que se intitula o dono da voz. Cultura não possui cor, partido político, e nem deve ficar entre quatro paredes sendo resolvida no intervalo de dois mundos que não resolve se é real ou irreal.

Cultura precisa de técnicos capacitados para o engrandecimento de todos. O resolver depois precisa ser esquecido e deixado dentro de alguma gaveta, onde ficam guardados os anseios de realizações de quem deseja fazer cultura. O pouco que é feito nada mais é que a obrigação de realizar dentro do calendário o que não fica nem ladeira acima e nem ladeira abaixo. E ficamos no meio da ladeira vendo as escolas de samba, quadrilhas, bois, grupos folclóricos que vão descendo ladeira abaixo, sem saber se serão vistos com bons olhos, ou maus olhos.

Somos presenteados todos os dias com lendas de ingerência, de falsas promessas, de um silêncio profundo que pode abrir as portas do fundo da história para os que possuem o medo de se molhar. Nossas palavras não são gritos. Os que gritam demonstram as suas faltas de argumentos.

Diz a Lenda que conhecemos as suas histórias.

Coisas de bastidores onde o barulho é imperceptível.

No meio da ladeira vamos ficando com o que molha.

E podemos assassinar a gramática e a fonética enfiando poesia em tudo.

O que importa é incomodar o silêncio de alguns para que possam despertar e abrir suas portas entrando nesta chuva onde o que vale é o crescimento e a valorização de nossa cultura.

O real é o Rei. Mas quem é o Rei?

Diz a lenda.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Beija flor e o Rei

Beija-Flor apresentou a sinopse do enredo para o Rei
TUDO DE SAMBA - Por Simone Fernandes

Irapuã Jeferson



A quadra da escola já está decorada com painéis alusivos ao enredo
O cantor e compositor Roberto Carlos conheceu na tarde desta quarta-feira, 16, a sinopse do enredo "A simplicidade de um rei", que servirá de inspiração aos compositores da Beija-Flor na criação das obras que participarão do concurso que vai escolher a trilha sonora do desfile de 2011, em que ele será homenageado. O Rei recebeu, em seu estúdio, no bairro da Urca, Zona Sul do Rio, a direção da azul-e-branco, o intérprete Neguinho da Beija-Flor, o diretor de carnaval Laíla, e os carnavalescos Alexandre Louzada, Fran Sérgio, Victor Santos e Ubiratan Silva.

O texto criado pelos carnavalescos, e que foi entregue horas mais tarde, na quadra da escola, aos poetas da agremiação, foi lido para o Rei por Alexandre Louzada.

- No início da leitura, ele disse que ficou preocupado porque a sinopse é toda na primeira pessoa, e ele achou que, em algum momento, poderia se auto-homenagear. Depois, com o decorrer da leitura, quando viu que tivemos esse cuidado, ele ficou mais relaxado, e disse que gostou. Foi o segundo encontro da comissão de carnaval com ele, e, ao que tudo indica, a cada encontro, sairemos mais convictos de que ele merece todas as homenagens - afirmou Louzada.

Na conversa com o Rei, ficou acertado que haverá um show na quadra da escola, ainda sem data definida, para que ele possa ter contato com a comunidade.

- Houve quem sugerisse que ele fizesse um show num lugar mais amplo, tipo Maracanã, mas ele disse que quer que seja na quadra mesmo, porque quer ter um contato mais próximo com a escola - completou o carnavalesco.

Mas o show que ainda não tem data marcada, mas deve acontecer entre dezembro e janeiro, não deverá ser o único contato do artista com a comunidade da Beija-Flor antes do desfile. Segundo Laíla, Roberto Carlos sinalizou com a possibilidade de estar em Nilópolis.

- Ele disse que pode ir à quadra no dia de uma das eliminatórias do concurso de samba-enredo - informou o diretor de carnaval.

Arte cênica

Crítica de Teatro

por Jória Lima (*)

Já Passam das Oito, comédia que estreou no último sábado, 12 de junho, com a Cia de Teatro Fiasco, merece ser vista não só para prestigiarmos um autor local (caso raro que devemos relevar sempre, dada a difícil arte de escrever para teatro), mas para conferir a ousadia e a coragem que Fabiano Barros teve de trazer a público um texto baseado em fatos reais evidentemente elevados a enésima potência humorística e de aparente banalidade.

Duas tias velhas e ciumentas de seu sobrinho, o qual impedem a todo custo que se case, o que a princípio parece banal é tornado cômico em virtude das hipérboles textuais e da excelente performance do elenco (Alexandre Lemos como Tia Nalda, Juraci Júnior como Tia Alda, William Bezerra como Valdinho e Andressa Romão como Maria Louisa) e a direção justa do próprio Fabiano. Devemos ressaltar também a elegância do figurino e cenário de Einstein Berguerand e a maquiagem precisa de Alexandre Braga, que aliás dá um show de interpretação de tal modo que chegamos a crer em vários momentos que se trata mesmo de uma de nossas tias velhas, atuação na medida justa, o que é difícil de encontrar no gênero besteirol.

Aliás, essa é outra discussão: o gênero. Li uma crônica há algum tempo intitulada “Quem tem medo do besteirol?” de Andréa Trompczynski que nos chama atenção exatamente para o fato de que rir é algo de que todo mundo gosta e precisa mas, que alguns têm vergonha de assumir que riem do Tiririca, do Tom, das videocassetadas, do Caco Antibes, etc.

E, caros colegas e leitores, eu devo confessar que durante muito tempo pertenci a este mesmo grupo de pessoas avessas ao riso fácil, felizmente a maturidade nos põe às avessas novamente, vemos o mundo com outros olhos, já distantes da necessidade de provar algo à alguém. Assim, definir o espetáculo como pertencente ao gênero besteirol pode ser um tanto perigoso porque pode afastar a intelligentsia local que preferirá continuar carregando seu Zaratustra de bolso sem nunca terminar de ler ou retomar a Montanha Mágica de Thomas Mann pela décima vez no capítulo um, enfim...para os quais rir é algo pecaminoso, privado, que só se faz escondido, quando ninguém mais está diante da tv.

Felizmente nos libertamos desses e outros tabus para podermos sair de casa e rir sem culpa numa alegria compartilhada que o espetáculo teatral nos proporciona, nesta confraternização popular onde nos reconhecemos e degustamos a sensação apaziguadora de pertencimento de grupo. Então, vá ao teatro Banzeiros, sábados e domingos até o dia 04 de julho. Horário: 20h30. Informações: (69) 8421-0414 ou 3227-9155.



(*) - autora teatral

Samba bom


Roda de Samba no aniversário do amigo Dalmo.
Ernesto, Enio, Beto, Karatê, Cabeça, Fernando, e as Esposas.

Aniversário do Dalmo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL (02)

O ex-ministro Edson Santos e o atual titular da Secretaria de Políticas para a Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, acompanham reunião da CCJ do Senado que aprovou relatório sobre o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial - Agência Brasil

BRASÍLIA - O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado nesta quarta-feira, em votação simbólica, pelo plenário do Senado. O texto, que segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, exclui dispositivos que definiam as cotas étnicas para o ingresso no ensino superior. Também foi retirado do projeto o artigo que estabelecia políticas nacionais de saúde específicas para os negros.

A votação aconteceu no mesmo dia em que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa aprovou o relatório do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) sobre o projeto que criava o estatuto.

O texto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), prevê garantias e o estabelecimento de políticas públicas de valorização aos negros brasileiros. Na área educacional, por exemplo, incorpora no currículo de formação de professores temas que incluam valores de respeito à pluralidade etnorracial e cultural da sociedade

O senador disse, em entrevista à Agência Senado, que concorda com a posição da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República (Sepir-PR), segundo a qual o estatuto representa um avanço, embora não contemple a política de cotas raciais.

- Ele [o estatuto] tem um valor simbólico que ilumina o caminho dos que lutam pela igualdade de direitos e por ações afirmativas - afirmou o senador, acrescentando que o estatuto dará "conforto legal" para que se avance na busca da regulamentação das cotas raciais.

Paulo Paim lamentou a decisão do relator que, além das cotas para entrar no ensino superior, retirou do estatuto o artigo que dizia respeito à criação de incentivos fiscais como forma de estimular a contratação de negros tanto no setor público quanto no privado. Já o relator argumentou que essa medida criaria uma preferência para a contratação de trabalhadores negros.

- Assim, o estatuto prega a discriminação reversa em relação aos brancos pobres e cria clara situação de acirramento dos conflitos relacionados à cor da pele - afirmou Demóstenes Torres.

O senador Paulo Paim manifestou sua expectativa na aprovação de projeto sobre cotas raciais da deputada Nice Lobão (DEM-MA), que se encontra na CCJ. De acordo com o parlamentar, o projeto já foi bastante modificado, tanto na Câmara, onde tramitou por onze anos, quanto no Senado, onde gerou polêmica e teve sua votação adiada diversas vezes.

Porém, o senador considera como pontos positivos do estatuto o reconhecimento ao livre exercício de cultos religiosos e o direito dos remanescentes de quilombos às suas terras.

Por outro lado, o deputado Edson Santos (PT-RJ), que foi ministro da Igualdade Racial e acompanhou a votação da matéria na CCJ nesta quarta-feira junto com o atual ministro da pasta, Elói Ferreira de Araújo, disse que a garantia do acesso à educação e a instituição de uma política de ação afirmativa, propostas pelo Estatuto, atendem a anos de luta da comunidade negra.

O projeto determina a obrigatoriedade, nas escolas de ensino fundamental e médio, do estudo de história geral da África e da população negra no Brasil. Neste último caso, os conteúdos serão ministrados como parte do currículo escolar com o objetivo de resgatar a contribuição negra para o "desenvolvimento social, econômico, político e cultural do país".

Objeto de várias modificações, o texto vinha sendo discutido há dez anos na Câmara e no Senado.

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

Após sete anos, Senado aprova Estatuto da Igualdade Racial
Previsão de cotas para negros foi retirada do projeto, que entra em vigor após sanção presidencial
16 de junho de 2010 | 19h 54

Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo / BRASÍLIA

Alvo de discussões acirradas nos sete anos de tramitação, o projeto de lei que institui no País o Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado nesta quarta-feira, 16, no Senado, em votação simbólica, e entrará em vigor logo que for sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O substitutivo final negociado pelo governo e pelo relator Demóstenes Torres (DEM-GO) suprimiu do texto a previsão de cotas para negros na educação, serviço público e privado e nos partidos políticos. Deixou, ainda, de fora o ponto que previa a adoção de política pública de saúde exclusiva para população negra.

Representantes da comunidade negra, chegaram a ensaiar um protesto pela manhã, quando da aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O tom contrário deu lugar à receptividade, quando ouviram as explicações do autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), do ex e do atual ministro da Igualdade Racial, respectivamente deputado Edson Santos (PT-RJ) e Elói Ferreira de Araujo. Segundo eles, embora não seja o ideal, o estatuto retrata 90% dos anseios dos movimentos negros do País.

O ministro e o deputado asseguram que, ao definir como política pública a implementação de programas de ações afirmativas, o estatuto dará condições ao governo de regulamentar por decreto a adoção de cotas ou outro tipo de bonificação em favor da população negra.

"Fazer um cavalo de batalha em cima das cotas, quando a ação afirmativa está assegurada, é pouco inteligente", afirmou o deputado. "A proposta foi negociada com todo o governo, até porque não teria sentido adotar medidas sem esse tipo de apoio", destaca ele.

O ministro da Igualdade Racial avalia que a aprovação do estatuto "foi uma vitória da Nação brasileira" porque reflete "o melhor entendimento possível em torno do assunto". O senador Paulo Paim disse que "não vai jogar a toalha com a aprovação do estatuto" e que continuará defendendo os direitos dos negros.

Conflitos

Durante a negociação do projeto, o relator Demóstenes Torres manteve a posição de não acatar medidas que, na sua opinião, resultaria no acirramento dos conflitos relacionados à cor da pele.

O senador citou como exemplo a adoção de cotas no serviço público ou privado, mediante a oferta de incentivos fiscais para empresas, o que - na sua opinião - resultaria na demissão de trabalhadores brancos pobres para contratação de negros.

Nos casos não previstos na Constituição, ele trocou a menção de "raça" pela de etnia, "para combater a falsa ideia de que existe outra raça, além da raça humana". Foi ainda contrário ao uso da expressão "fortalecer a identidade negra", por entender que não existe uma identidade paralela à identidade branca.

"O que existe é uma identidade brasileira", defende. "Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no País não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada, na qual os valores nacionais são vivenciados pelos negros e pelos brancos".

A mulher e a Educação

Antonieta de Barros: mulher, educadora e política

"Toda ação requer instrumento. E o instrumento máximo da vida é a instrução... E só vive, no sentido humano da palavra, o que pensa. Os outros se movem, tão somente".
( Antonieta de Barros-1933)

Filha de Rodolfo e Catarina de Barros, Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, Santa Catarina em 11 de julho de 1901.De família humilde muito cedo se tornou órfã de pai. Antonieta, filha de lavadeira, foi alfabetizada com cinco anos e, ao sete foi matriculada na Escola Lauro Muller para cursar o primário. Ingressou com 17 anos no curso normal com ajuda de um influente amigo da família. Sua vocação para o magistério mobilizou-a pela criação , em sua residência, de um curso para alfabetizar crianças carentes. Denominado "Curso Particular Antonieta de Barros" funcionou de 1922 à 1964 na rua Fernando Machado, número 32, no centro de Florianópolis.

No ano de 1933, com notável conhecimento da literatura e língua portuguesa, foi nomeada professora da Escola Complementar Lauro Muller. Em 1934 foi efetivada como professora da Escola Normal Catarinense. Lecionou no Colégio Coração de Jesus e no Instituto Estadual de Educação, este último dirigiu de 1944 à 1951 quando de sua aposentadoria.

Sua atuação como jornalista inicia-se em 1922 com a fundação do jornal "A Semana". Escreveu para vários jornais e, no ano de 1937, com o pseudônimo de Maria da Ilha publicou "Farrapos de idéias" onde reúne suas crônicas.

Influente, e com idéias firmes em defesa do magistério e do direito à educação para os menos favorecidos, em 1934 apresenta seu nome para a Constituinte Estadual concorrendo pelo Partido Liberal. Foi a primeira mulher a participar do processo constituinte no estado de Santa Catarina e foi eleita deputada estadual com 35.484 votos. Atuou como parlamentar até o ano de 1937 quando o então presidente Vargas determinou o fechamento do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas.

Retornou à política em 1948, como primeira suplente convocada à Assembléia Legislativa, atuando pelo Partido Social Democrático. Defendeu os professores e a implantação de concursos públicos para a categoria; apresentou projetos para a escolha de diretores de escolas e que propõe bolsas escolares para os cursos superiores.

Antonieta de Barros faleceu no dia 18 de março de 1952, aos 51 anos. E assim como sua irmã, a professora Leonor de Barros, empresta seu nome para Escolas e logradouros públicos. Chama-se também Antonieta de Barros, o túnel de Florianópolis e a medalha concedida anualmente pela Assembléia Legislativa a mulheres com relevantes serviços prestados em defesa dos diretos da mulher catarinense.

Por Oscar Henrique Cardoso, Especial para o Portal Palmares

RESISTÊNCIA NEGRA

Ubirajara Fidalgo - ator e dramaturgo -
foi precursor em levar o debate racial para dentro dos palcos

- Ubirajara Fidalgo, criador do TEPRON - Teatro Profissional do Negro - nasceu no Maranhão, e já aos 17 anos, despertou para o fato de que era um "negro falso", como ele mesmo dizia: era necessário ter uma conscientização de sua origem e de sua própria raça.

Em 1968, ainda em São Luis, ingressou no curso de iniciação teatral de Jesus Chediak e daí não parou mais.

Já em 69, realizou o curso de Formação de Atores na Universidade do Maranhão, dando continuidade do curso na Universidade do Rio de Janeiro, e em 1970, participou do Seminário Permanente com o Professor Ronaldo Carijó, onde participou do Ballet Descobrimento do Brasil, com música do maestro Heitor Villa-Lobos.

No ano seguinte, em 71, inicia o curso de preparação de Artes Cênicas com o professor N. de Paiva, promovido pelo Serviço Nacional de Teatro - SNT. Neste mesmo ano, é premiado como melhor ator pela sua expressão corporal no infantil de Pedro Porfírio, dirigido por Procópio Mariano: Faça Alguma Coisa Pelo Coelho, Bicho!

Em 72 passa a ser presença constante em mesas de debates sobre a problemática da raça negra, sendo também convidado para entrevistas em rádio e tv. No ano seguinte, monta o infantil Os Gazeteiros, com um elenco todo formado por atores negros realizava então o seu grande ideal: "Queria ver negros interpretando papéis de cidadãos!"

Seu casamento em 28 de Janeiro de 74 com Alzira Fidalgo, vem solidificar sua brilhante trajetória. O grupo de teatro TEPRON foi a maneira encontrada por Ubirajara para chamar a atenção das pessoas para a falta de espaço para um ator negro. Durante 3 anos, cerca de 300 alunos de teatro passaram pela escola de Fidalgo. Este escritor e autor maranhense sempre teve a preocupação em fazer um trabalho que refletisse também sua condição de negro.

Logo após ter escrito Tuti, em 73, procurou negros famosos para avaliar seu trabalho e para juntos, criarem um espaço alternativo como opção profissional: "Todos, a princípio, ficaram fascinados com a idéia, mas desistiram ante a dificuldade em conseguir verbas", afirmava.

Fidalgo continuou apostando na possibilidade de comercialização da dramaturgia negra e conseguiu provar que estava certo! Na estréia do monólogo Desfuga, em 82 (em cartaz durante 3 anos), sob os aplausos do público, confirmou que é possível um teatro comercial com uma temática envolvente e estimulante como a da consciência racial.

Por Aida Josefina de Honório, Especial para o Portal Palmares

AMOR AO SAMBA

Paulo da Portela, amor e poesia para o samba carioca

- Paulo Benjamin de Oliveira tem sua história confundida com o surgimento e a fixação do próprio samba na cidade do Rio de Janeiro. De origem negra e proletária, vivendo no subúrbio carioca de Oswaldo Cruz, logo percebeu a importância desse gênero musical e a possibilidade de organização e valorização de sua gente a partir do samba. Nascido em 17 de junho de 1901 (comemoramos seu centenário em 2001), na Santa Casa de Misericórdia, era filho de Joana Baptista da Conceição e Mário Benjamin de Oliveira, que mais tarde abandonaria a mulher e os três filhos, tornando-se uma figura nebulosa na vida de Paulo. Paulo só teve a instrução primária e trabalhou desde cedo para ajudar a família que mudou-se para Oswaldo Cruz no início dos anos 20. O subúrbio de então era comparado a uma roça, sem estrutura apropriada para abrigar a população de baixa renda. Porém, os pobres se divertiam em fandangos e em animados pagodes. Como muitos moradores vinham do Estado do Rio ou de Minas Gerais, cultivava-se o Jongo e o Caxambu.

Aos 20 anos de idade, Paulo já era conhecido por suas boas maneiras e jeito elegante em se vestir, apesar dos poucos recursos. Freqüentador assíduo de festas, ajudava em suas organizações tendo fundado o primeiro bloco (e pretenso rancho como o costume da época) de Oswaldo Cruz: o Ouro Sobre Azul. Os pais de Natal, que viria a ser, muito mais tarde, presidente da G.R.E.S. Portela, relacionavam-se com alguns sambistas do bairro do Estácio, entre eles os jovens bambas Ismael, Aurélio, Baiaco e Brancura, que passaram a travar relacionamento com Paulo.

Em 1922, ao lado dos companheiros Antônio Rufino dos Reis e Antônio da Silva Caetano, Paulo fundou o bloco Baianinhas de Oswaldo Cruz. Vem dessa época o nome artístico Paulo da Portela (referência à Estrada do Portela), que servia para diferenciá-lo de outro Paulo, também sambista, de Bento Ribeiro. O nome Portela ficou conhecido inicialmente a partir do próprio Paulo. A escola veio depois. Os três companheiros passaram a se reunir sob uma mangueira no número 461 da estrada do Portela, visando uma atividade sócio-cultural que reunisse os amigos. Foi um sucesso e virou uma referência de samba no bairro.

No dia 11 de abril do ano de 1926, fundou-se o Conjunto Carnavalesco Escola de Samba de Oswaldo Cruz. Antes de estabelecer-se na Estrada do Portela, a futura agremiação teve muitas sedes provisórias. A mais curiosa foi um vagão do trem que partia da Central do Brasil às 6:04h em direção ao subúrbio, onde os sambistas se reuniam diariamente para passar o samba. Um grupo saía de Oswaldo Cruz para encontrá-los pontualmente na Central do Brasil e dar início à atividade. Aos domingos, todos conheciam os sambas ensaiados durante a semana. Conta-se que Paulo advertia quem se comportava mal e dava bom exemplo usando terno, gravata e chapéu, sendo seguido por alguns companheiros. "Seu" Paulo, como fazia questão de ser chamado, gostava de ver todos com "pés e pescoços ocupados". Paulo da Portela tinha consciência de que a atividade artística que produziam era rica e poderia tornar-se profissional, daí a preocupação em diferenciar a imagem do sambista do malandro vadio perseguido pela polícia. Paulo era conhecido por "professor" e é assim que muitos sambistas, ainda hoje, se referem a ele.

A Portela apresentou-se pela primeira vez com o nome "Quem Nos Faz É O Capricho", no carnaval de 1930. A partir de 1931, desfilou com o nome de "Vai Como Pode". A partir do dia 1 de março de 1935, a escola assumiu o nome G.R.E.S. Portela, a pedido de um delegado de polícia que não gostava do antigo nome.

Inúmeros depoimentos dão testemunho da criatividade, inteligência e liderança de Paulo da Portela, de fato um verdadeiro professor que, apesar do baixo nível de escolaridade, lia muito e expressava-se muito bem, capaz de memoráveis discursos improvisados. Seus sambas cantam o próprio samba e o jeito simples da vida suburbana, cantam o amor da forma mais singela e terna, exaltam a mulher e a cidade que o conheceu e o aplaudiu. Paulo da Portela foi um sambista, mas também um cronista de sua gente simples que tanto soube valorizar.

Paulo afastou-se de sua escola querida em 1941 após desentendimento em pleno desfile, saindo magoado como revelam os versos de O Meu Nome Já Caiu No Esquecimento: O meu nome já caiu no esquecimento/ O meu nome não interessa a mais ninguém/ E o tempo foi passando/ E a velhice vem chegando/ Já me olham com desdém/ Ai quantas saudades/ De um passado que se vai no além/ Chora, cavaquinho, chora/ Chora, violão, também/ O Paulo no esquecimento/ Não interessa a mais ninguém/ Chora, Portela/ Minha Portela querida/ Eu que te fundei/ Serás minha toda vida.

Paulo saiu da Portela e levou seu carisma para a Lira do Amor, pequena escola que o recebeu de braços abertos. Poderia ter ido para o Estácio ou a Mangueira, onde tinha companheiros como o compositor Cartola, mas já era muito conhecido e foi emprestar seu nome e sua imagem a Lira do Amor, escola de Bento Ribeiro.

Paulo faleceu em 31 de janeiro de 1949, vítima de um ataque cardíaco. Seu cortejo fúnebre foi acompanhado por cerca de 15.000 pessoas. O comércio de Madureira fechou na véspera de mais um carnaval para chorar de saudade por seu poeta e professor.

Nas inúmeras rodas de samba que alegram a cidade, Paulo da Portela é lembrado pelos versos de O Quitandeiro (samba cuja segunda parte é assinada por Monarco, compositor e integrante da Velha Guarda da Portela). Cocorocó é outro divertido samba, para sempre registrado na voz de Clementina de Jesus.

No ano de seu centenário de nascimento, esperava-se uma homenagem maior da agremiação que ajudou a fundar. Mas a Portela não correspondeu aos desejos dos admiradores da obra de Paulo da Portela. No carnaval de 2001, o professor foi homenageado pelo bloco Mis a Mis com o enredo "De Pés e Pescoços Ocupados".

Edição: Oscar Henrique Cardoso, ACS/FCP/MinC

sexta-feira, 11 de junho de 2010

MUDA PORTO VELHO

Por Sílvio Persivo

Ora direis, eis um sonhador! Que seja! Assumo que sou, porém, houve um tempo, muito tempo atrás, mais de cinco anos, ou seja, na pré-história, em que nós, jovens técnicos de Rondônia, como Luiz Cesar Auvray Guedes, Jorge Elage, Marcelino Pontes Moreira, William Cury, Lucindo Quintans, Antônio da Rocha Guedes, Aldenor Neves e tantos, tantos outros que já esqueci, sonhamos em criar um Estado mais justo, com crescimento equilibrado e pensávamos que seria possível criar também uma capital muito melhor. Nós, pensávamos, era um tempo antigo, ainda se pensava, que seria possível fazer habitações adaptadas à região, não permitir que na época o BNH, o Minha Casa, Minha Vida daquela época, enchesse nossa cidade de pombais, casinhas pequenas, casinhas abjetas na imensidão geográfica da Amazônia. Foi uma batalha que perdemos, mas, perdemos honrosamente, perdemos, porém, ainda assim, graças mais a um Capitão Silvio, a um Assis Canuto, a um Lindoso, a um Modesto, que implantaram no campo pequenas propriedades, fazendo uma sociedade menos injusta, embora, é verdade, sem memória. Mas, perder, para mim, jamais significou perder a guerra; sempre foi só perder uma batalha.

E continuo pensando que é possível fazer de Porto Velho uma bela cidade. Para mim, aliás, apesar de tudo é sua predestinação. É claro que sei que para se ter uma bela cidade se deve começar pela limpeza das ruas, pela educação do povo e depois passar para a forma como são acolhidos os visitantes, como se cuida das belezas da arquitetura, do verde, das praças e, ó dor, também do trânsito. Sem falar de que meus ouvidos, criados com João Gilberto e Tom Jobim, se queixam, com toda razão, da poluição sonora. O silêncio, meus bárbaros e queridos amigos de veículos tonitroantes, é indispensável em certas horas e lugares. Não, não me estenderei sobre as calçadas mal cuidadas, nem falarei de flanelinhas, camelôs e pedintes que infestam nossas ruas. Coisas de pobreza e do nível de economia de nosso povo.

Com todos os pecados e problemas ainda assim, podem dizer o quanto sou crédulo, ainda creio que já existe uma Porto Velho, adolescente ainda, mal ajambrada ainda, mas, já "quase bela". Sei que ainda sem vestes, ainda meio sem graça, ainda padecendo de doenças sem cura rápida, como a falta de uma boa educação, apesar da proliferação das escolas e universidades. Não, não estou fazendo vista grossa aos celulares empunhados em qualquer lugar, inclusive no caótico transito. Nem que, usualmente, fala-se muito alto, como se o assunto fosse de interesse geral. Não esqueço da poeira no verão, nem dos esgotos pestilentos, nem que se a chuva chega as ruas viram igarapés, largos rios e a sujeira jogada se amontoa de forma que a má educação se revela na sujeira boiando como que gritando contra a educação do povo.

Nem vou falar de orelhões quebrados, de montes de lixos jogados em calçadas, de mato ou até mesmo de estátuas, cadeiras quebradas e sujeira nas salas de aulas de escolas e universidades. Dos banheiros que são públicos, meu Deus, livrai-nos deles! Por falar em Deus até mesmo em templos e igrejas se perde a noção de que o Senhor gosta das coisas limpas e daí é melhor esquecer a política. E mesmo assim continuo otimista? Sim. Somos homens não anjos. E a solução é tratar o homem na medida do que precisa. Não respeita cruzamentos, pára em paradas de ônibus, na faixa ou em fila dupla? Eleva o nível do alto-falante e passeia com música estridente? Bem, o jeito é multar. Assim como se deve educar para o trânsito também se deve utilizar a autoridade para educar. E se em propaganda o PT é bom que se use sua formula de repetição, no rádio e na televisão, para tratar destes temas, dizer que o que se anda fazendo é muito errado, ilegal e representa má educação. Não digo de quem a idéia, mas, um querido amigo meu já pensou em filmar as barbaridades que se faz em nosso trânsito e passar para que as pessoas caiam na real sobre o absurdo de seu comportamento. Sei que não deveria ser preciso dizer, porém, é imperativo que se diga para as pessoas: - Seja gentil, seja educado, não suje a rua, trate bem as pessoas, dê a preferência, ajude a manter a cidade limpa, não pense que todo mundo é obrigado a ter seu gosto musical, não buzine. Já é um repertório inicial muito bom, que pode modificar muitas coisas. É preciso educar Porto Velho. È preciso que se recupere o velho hábito dos religiosos de dizer para as pessoas o que devem fazer para serem mais gentis e, por conseqüência, mais felizes. È preciso repetir nas escolas, no trabalho, nas igrejas, nos bares, nas faculdades, com os amigos, nas festas, e em casa também, que Porto Velho precisa ser melhor e, para isto, é preciso tratar melhor os outros e a cidade. Mas, meu amigo que me lê, isto começa por você. Ajude a educar Porto Velho. Só se mudarmos a indiferença que nos cerca Porto Velho será, realmente, bela. Só precisa de você. O por do sol está aí toda hora caindo docemente nos mostrando que quem perturba a natureza é o homem. E a delicadeza como cozinhar bem ou jogar futebol precisa de prática, no fundo, é uma tecnologia dos bons modos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

RUA DA COPA

Lenha na Fogueira
zekatraca.


A partir de hoje 11 de junho, até o dia 11 de julho vamos viver por conta da Copa do Mundo da África o Sul.


Um mês de bom futebol.

Na esperança de festejarmos no dia 11 de julho mais um título mundial com a seleção brasileira de futebol.

Com certeza a maioria dos brasileiros já esqueceu a polêmica da não convocação dos meninos de ouro do Santos.

Queiram ou não, nossa seleção ou a seleção do Dunga como muitos dizem, é uma das melhores entre as consideradas de ponta que estão na África do Sul.

Só não seremos hexa se Deus não quiser.


Mas, como o ditado diz que “Deus é Brasileiro” com certeza, não será agora que ele não vai querer que sejamos hexas campões do mundo.

Vamos torcer a partir de terça feira quando mo Brasil estréia contra a Coréia do Norte a partir das 14h30 (horário local).

Neste final de semana a Comissão da Iaripuna coordenadora do concurso “Rua da Copa” deve escolher a campeã. Espero que seja a rua onde moro, ou seja, a rua Bolívia entre a Joaquim Nabuco e a Brasília.

Por falar em Rua da Copa!

Você sabia que o idealizador desse concurso é o amigo agitador cultural e apresentador do programa “Butequim do Samba”, Carlinhos Maracanã.

Para lembrar o fato, Carlinhos nos enviou o seguinte e-mail.


Rua da Copa 16 anos.

O Concurso A Rua da Copa, foi criado em junho de 1994, na gestão do Prefeito José Guedes.

Coordenado pelo então Chefe de Esportes e Recreação Carlinhos Maracanã, da extinta SEMCE, (Secretaria Municipal de Cultura Esportes e Turismo).

Na época 52 ruas se inscreveram para participar da primeira edição da rua da copa, o apoio e o acompanhamento da imprensa foi fundamental para o sucesso do evento.

O patrocínio ficou com a SKOL, premiando com caixas de cerveja (em garrafa). Alguns fornecedores colaboraram com troféus e medalhas.


O corpo de jurados foi formado por três personalidades:

A artista plástica Rita Queiroz, o urbanista Luiz Leite, e o desportista Valter Santos, a rua vencedora foi a Rua Duque de Caxias, entre a Brasília e a Joaquim Nabuco, foi emocionante.

A equipe começou a fazer a avaliação ás 07 horas de manhã e encerrou ás 19 horas, em frente à Dismar, (SKOL), com a entrega dos prêmios.


Alguns podem achar que não representa nada, mas, na verdade, a cidade fica mais bonita, e traz de volta a participação de moradores e comerciantes, vizinhos se conhecem ou se reconhecem, é muito interessante, traz a cidadania e a brasilidade, tão pouco exercida ultimamente.


Parabenizamos a iniciativa da Prefeitura e da SEMES, e esperamos faturar o prêmio de melhor decoração, inclusive convidamos o líder maior e responsável direto pela copa no continente africano, (Madhiba), ou simplesmente Nelson Mandela.

Estamos realmente em clima de Copa do Mundo!

4 anos de leitura

Perguntas e respostas sobre o Leitura no Ônibus

1) O que é?
Leitura no Ônibus é um informativo cultural distribuído gratuitamente à população.

2) O que apresenta?
Apresenta temas variados: Contos; Crônicas; Gramática; História e Geografia Regional e Geral; Humor; Medicina e Saúde; Dicas; Curiosidades; Comentários; etc., além de fotos de prédios, espaços ou trabalhos de artistas de Porto Velho 3) Qual seu objetivo?
Incentivar a leitura em todos os segmentos da sociedade.

4) Como é a sua circulação?
São 10 mil exemplares a cada 15 dias (totalizando 20 mil por mês), colocados nos pontos de distribuição sempre na primeira e segunda quinzena de cada mês

5) Quais são os pontos de distribuição?
Além dos anunciantes, que recebem exemplares para seus clientes, são mais 122 pontos de distribuição entre farmácias, panificadoras, mercados, lanchonetes, entidades culturais e outros, nas seguintes localidades: Avs. 7 de Setembro e Nações Unidas (Centro); Av. Jatuarana e Campos Sales (Zona Sul); Rua José Amador dos Reis e adjacências (Zona Leste); Av. Calama (Zona Norte)

6) Qual o alcance junto ao publico?
Em média, cada exemplar é lido por 3 ou mais pessoas. Como são 2 edições quinzenais de 10 mil (20 mil mensais), o total de leitores por mês é acima de 60 mil pessoas.

7) Quantos já foram distribuídos?
O Leitura no Ônibus teve sua 1ª edição distribuída em 05 de maio de 2006. Até a edição de n° 103, que circula nesta 2º quinzena de maio/2010, foram 880 mil exemplares distribuídos (no início, as edições eram de 5 mil exemplares).

8) Quem paga os custos de criação, de edição, da impressão, da distribuição, etc.?
O Leitura no Ônibus é mantido pelo apoio cultural de empresas que, em contrapartida, têm seus anúncios publicados no mesmo 9) Informações, duvidas, anúncios, metérias, textos para publicação, etc.

Ligar para Luiz Albuquerque no fone 9205-7003, ou enviar e-mail para leituranoonibus@gmail.com

Por que foi criado o Leitura no Ônibus
É costume falar que “brasileiro não gosta de ler”. Por não acreditar nisso, o consultor comercial e escritor Luiz Albuquerque criou o Movimento Cultural “Leitura no Ônibus”, pelo qual passou a distribuir 10 mil exemplares em cada edição, à princípio semanalmente e, depois, quinzenalmente, colocando-os à disposição dos leitores em 122 pontos nas áreas comerciais das Zonas Norte, Leste, Sul e Central de Porto Velho. Com temas diversificados, que vão desde a Literatura Clássica até as Populares Piadas, o “Leitura no Ônibus”, com seus textos curtos, de linguagem simples e fáceis de ler, atraiu – e conquistou – desde leitores que já tinham a leitura como costume até aqueles que costumam dizer: “Ah!, eu não gosto de ler nada”. Hoje, baseado na experiência do “Leitura no Ônibus”, pode-se afirmar que brasileiro lê, sim. E gosta de ler! Depende só do tipo de leitura. E é comum chegar mensagens e e-mails de leitores que fazem questão de dizer que acompanham – e até colecionam – o “Leitura no Ônibus” desde o início. A cada edição aumenta o número de leitores.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MÚSICA

SESI MÚSICA

Inscrições abertas

até 25 de junho

Este ano, esperamos uma participação ainda mais expressiva dos trabalhadores

O Departamento Regional do Serviço Social da Indústria – Sesi-RO, informa para conhecimento dos trabalhadores da indústria e seus dependentes, que até o dia 25 deste mês, estarão abertas as inscrições para o Festival Sesi Música – Edição estadual/2010.

O Festival Sesi Música é um projeto destinado exclusivamente a empresários e trabalhadores da indústria. Além deste público o Festival também contempla dependentes diretos (cônjuges e filhos). As inscrições para a edição estadual do Festival continuam abertas até 25 de junho.

Para o presidente do Sistema FIERO, Denis Baú o projeto do Festival Sesi Música está contemplado dentro do Programa Indústria Saudável e corresponde ao objetivo estratégico de incentivar aos trabalhadores das indústrias e seus dependentes a adoção de estilos de vida saudáveis.

A superintendente do Sesi/RO, Soraia Vilela ressalta a importância da necessidade de investimento em atividades de música dentro das empresas. “Trabalhando essa arte como ferramenta de promoção de qualidade de vida”. Soraia lembra que “Rondônia despontou com seus talentos já na primeira edição. Neste ano, esperamos uma participação ainda mais expressiva dos trabalhadores”, disse.

Em 2008, durante a primeira edição do Festival Nacional, Rondônia foi destaque. Apenas quatro empresas do Estado se inscreveram, entre elas a Indústria Von Rondon, do município de Cacoal. A empresa conquistou o 2° lugar na categoria interpretação, com a jovem Tâmmilis Von Rondon, filha da empresária Lindalva da Silva Souza, proprietária da indústria do ramo de confecções. Sílvio de Macedo Santos (Zé Katraca), do Jornal Diário da Amazônia, ganhou troféu especial de melhor composição e interpretação inédita.

As inscrições para o Festival Sesi Música poderão ser efetuadas nas unidades do Sesi até 25 de junho. O Festival será realizado nos dias 31 de julho e 1 de agosto de 2010, no Sesi Clube, em Porto Velho.

CULTURA

PRÊMIO

Concurso Sílvio Romero

Prêmios nos valores de R$ 13 mil e R$ 10 mil serão concedidos, respectivamente, aos dois melhores classificados no Concurso Sílvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular, edição 2010, cujas inscrições estão abertas até 30 de julho. Além da premiação em dinheiro, a comissão julgadora a ser criada poderá indicar até três menções honrosas.

O prêmio foi criado em 1959 e é concedido anualmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - do Ministério da Cultura -, por meio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. O objetivo principal é fomentar a pesquisa, de modo a estimular a diversidade e a atualização dos trabalhos brasileiros desenvolvidos dentro desse campo de estudos.

Só podem concorrer ao prêmio monografias inéditas, com temas nas áreas da cultura popular e do folclore brasileiros. Dentre os critérios para a escolha dos melhores trabalhos estão a originalidade do tema e/ou abordagem, a contribuição ao aprofundamento da temática e à renovação dos estudos de folclore e cultura popular e, ainda, o domínio de bibliografia especializada. O trabalho inscrito poderá ser individual ou de equipe, e cada autor só poderá concorrer com uma única monografia.

Os trabalhos vencedores e as menções honrosas serão anunciados em dezembro deste ano, em data a ser posteriormente fixada. As monografias deverão ser entregues ao Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, - Rua do Catete, 179, Catete, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22220-000 -, até às 18h do dia 30 de julho, ou remetidas pelos Correios, sob registro, até a data indicada. O carimbo de postagem será o comprovante para a observância do prazo.

Sílvio Romero - Crítico literário, ensaísta, poeta, filósofo, professor e político brasileiro, Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero nasceu em Lagarto, no estado de Sergipe (1851-1914). Das pesquisas que realizou sobre o folclore brasileiro, resultaram os títulos O elemento popular na literatura do Brasil e Cantos populares do Brasil. Foi deputado federal pelo Partido Republicano e trabalhou na comissão de revisão do Código Civil, como relator-geral.

Mais informações: (21) 2285-0441/2285-0891, ramais 204, 214 e 215; pelo e-mail pesq.folclore@iphan.gov.br ou no site www.cnfcp.gov.br.

domingo, 6 de junho de 2010

COTAS NA UNIVERSIDADE

INFORMATIVO Nº 01 REUNIÃO DO CONSEA – 05.6.2010

Cons: Adilson Siqueira de Andrade

1. Tomei posse nessa terça-feira (02.6.2010) na plenária do Conselho Superior Acadêmico (CONSEA), depois de dois meses de espera, na ocasião, fiz o pronunciamento que segue em anexo, deixando claro que o meu mandato foi eleito pelos docentes que defendem o ensino público, gratuito e socialmente referenciado.
2. Na ordem do dia do Conselho encontravam-se 24 itens sendo 11 deles ad referendum. Dois Processos cujos temas são polêmicos – ENEN e COTAS foram incluídas como indicativo da presidência (reitoria) em caráter de urgência urgentíssima. Esses processos não passaram sequer pela discussão da Câmara de Graduação, se fossem aprovados os pedidos de urgência, urgentíssima, nenhum conselheiro poderia pedir de vistas.

O primeiro processo trata da adesão da UNIR em 100% ao processo seletivo SiSU, novo ENEN para 2011; hoje a UNIR pratica 10% desse sistema. No entanto não se tem nenhuma avaliação, sequer pelos departamentos.

O segundo processo trata de política de Ações afirmativas na UNIR, ou seja, cotas. Também nesse caso o assunto é polêmico, embora o 29º Congresso do ANDES-SN (jan/fev 2010) em Belém-Pa tenha definido a favor de cotas, a UNIR não tem discussão acumulada a esse respeito assim como em várias Universidades brasileiras. Recordo-me que em 2004, eu enquanto presidente da Câmara de Graduação com o apoio da PROGRAD realizamos um debate interno e só.

Apenas no primeiro processo (SiSU) existe uma justificativa da reitoria, sem, contudo tratar o tema como uma análise que pudesse demonstrar a sua viabilidade. No segundo processo foi anexado o indicativo da PROCEA/PROGRAD, também sem análise, mas que demonstrar apenas pressa na aprovação. Senão vejamos na proposta de Resolução estabelece: 40% das vagas destinados a candidato(a)s negros – pretos e partos; 4% para indígenas; 4% para candidato(a)s agricultores(as) familiares; 42% das vagas ofertadas nos cursos da UNIR à concorrência universal. Não trata na Resolução sobre alunos de escolas públicas. Pergunta-se de onde foram retirados esses percentuais, quais os critérios utilizados para se elaborar essa proposta, como base em que estudos realizados no estado de Rondônia tiveram como base? Não quero crer que isso se trate apenas de um casuísmo eleitoral para o governo e seus aliados, pois esse tema é antigo.

Eu juntamente com alguns conselheiros, como o professor Jorge nos posicionamos contrária ao pedido de urgência urgentíssima. Submetido a votação foi rejeitado o pedido de urgência urgentíssima. No primeiro processo que trata do SiSU novo ENEN foi concedido vistas aos conselheiros: Adilson Siqueira, Jorge Coimbra, Raitane e Maciel; no segundo processo que trata de COTAS foi concedido vistas aos conselheiros: Jorge Coimbra, Adilson Siqueira e Maciel. Cada um dos conselheiros segundo o Regimento do Conselho dispõe de 72h para dar um parecer, podendo se assim entender baixar diligência, sem, contudo contar com essas 72 horas.

Também pedi vistas do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Administração pública à distância (Departamento de Administração de Porto Velho) a fim de obter maiores informações do que realmente se trata.

Encaminhamentos

- No final da plenária ficou combinado que na próxima segunda-feira, dia 07/6/10, das 9h às 12h haverá uma reunião ampliada coordenada pelos conselheiros que solicitaram vistas com o objetivo de discutir os temas ENEN e cotas e apresentarem um parecer com maiores esclarecimentos a fim de permitir um entendimento maior pelos conselheiros. Foram convidados todos os conselheiros, Pró-reitorias a fins, lideranças dos movimentos sociais que vem defendendo a inclusão (indígenas, negros, escolas públicas) bem como foi convocada a Comissão Permanente de Processo Seletivo de Discentes (CPPSD) para se fazer presente.

- Em reunião na sexta-feira, 04/6/10 com a diretoria da ADUNIR ficou acertado que a mesma irá convocar uma reunião de urgência para 10/6/10 às 9h no auditório do Núcleo de Ciências Humanas, aberta para que oportunize a categoria docente e os chefes de departamentos a se posicionarem a respeito dos dois itens (SiSU/ENEN e Cotas). Também estará verificando a possibilidade de trazer a professora Betânia Leite Ramalho da UFRN com o objetivo de trazer a experiência daquela Universidade.

3. Foram aprovados os ad referendum do Plenário

- Mestrado Acadêmico em Estudos Africanos e Afrodiaspóricos;

- Mestrado Profissional em Saúde e Ambiente;

- Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde;

- Mestrado Profissional em Letras;

- Mestrado Profissional em Educação Escolar

Devo informar que votei abstenção em todos esses ad referendum, por entender que a UNIR deveria antes de aprovar essa modalidade de mestrado, ou seja, mestrados profissionais, definir uma política pedagógica que resgate o seu verdadeiro rumo que é garantir o ensino público, gratuito e socialmente referenciado e dar ênfase nos mestrados e doutorados acadêmicos para que possa resgatar o seu verdadeiro papel: ensino pesquisa e extensão. Alguns desses cursos aprovados permitirão a docência o que poderiam se converter em mestrados acadêmicos. Embora os mesmos garantam a gratuidade para o aluno/a, por se tratar de um edital público, essa modalidade “mestrado profissional” permite a cobrança de mensalidade. Isso pode ser um portal para aquele defendem as oportunidades que o governo oferece.

Também foram aprovados os ad referendum:

- Projeto do curso de residência multiprofissional em saúde mental;

- Criação do Centro de Estudos de Biomoléculas Aplicadas à Medicina;

- Credenciamento dos professores Abel Sidney de Souza (Departamento de Línguas Vernáculas).

5. Foram rejeitados os seguintes ad referendum

- Credenciamento dos professores: Fairuse Moreira Rodrigues, João Francisco Pinheiro de Oliveira, por entender que o processo não foi sequer apreciado pelo Conselho de Campi (Cacoal).

- Suspensão dos processos de revalidação de diploma estrangeiro de medicina, porém foi autorizada a se proceder uma nova redação.

COTAS NA UNIVERSIDADE

sábado, 5 de junho de 2010

Isso é muito sério!

REPASSO com a certeza que devemos fazer isso.

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.


As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro.. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

(Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.


Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.



Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas
japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...



Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:



'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.



A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). .. Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO..



Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal,... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim.



Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

MULHER, MULHER

Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat

Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação Correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a Natureza

Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.


Não Tolha a sua Vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.


Cérebro Feminino não é um Mito


Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.


Não faça sombra sobre ela


Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.


Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.



E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.

Só tem mulher quem pode.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

PARA REFLETIR

Lula, por que não te calas?

No último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros. A cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados ao SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência.

Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este serviço implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos. Custa caro montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte visível do negócio, mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de UTI, de pessoal de apoio bem treinado, de médicos especializados principalmente. E isto tem que funcionar 24 horas por dia, pois emergência não tem hora.

Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter outro destino, ou vão virar sucata logo.

Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de improviso, que sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas frases feitas e cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se de passagem, normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está falando, e suas gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo afora. Nesta cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente infeliz com algumas de suas colocações.

Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para os problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a classe médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito fácil ser médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.

Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em Cuba. E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde.

E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.

Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se preocupa mais em ter coerência. Deve acreditar que somos todos burros, pois quanto mais fala, mais sua popularidade “aumenta”, segundo as informações “oficiais”. Mas para os que ainda tem paciência de ouví-lo, basta acompanhá-lo por algumas semanas. A opinião ora é uma, ora é outra. Depende da platéia. Como estamos numa democracia, livre “como nunca se viu na história deste país”, também tenho o direito de opinar.

O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à imensa maioria dos médicos montar um consultório na Avenida Paulista, um dos locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço público, onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho. Aparelhos defasados, funcionários insuficientes para o apoio (enfermagem, técnicos diversos), filas para marcação de exames, falhas em tratamento de doenças básicas. Se em São Paulo , que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país? Há dezenas de crianças morrendo em pseudo-UTIs em hospitais públicos por aí. A sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de terapia intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.

Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue trabalhar no interior sozinho. A não ser que seja para distribuir “vale-saúde”, a exemplo dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio, sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele.

Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente diferente da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer outro, formado em qualquer lugar do mundo, que se submeta às avaliações necessárias e sejam aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho Federal de Medicina, autarquia federal, é o órgão definido por lei para avaliá-los. O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.

Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando sofreu seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo, senhor presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em posto de saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional médico bem preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época funcionasse. Isso se um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e não uns trocos.

Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o “SUS” não funciona de forma decente!

E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar alimentando as falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra, estou com o “saco cheio” do senhor e de seus “discursos”.

Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que lhe atendesse, cortaria-lhe a língua, e não o dedo.

E faria um bem ao país, pois cada vez que o senhor abre a boca, não causa um acidente. Causa um desastre.


Luiz Ricardo Menezes Bastos, médico,
presidente da Associação Paulista de Medicina, Regional de Limeira