Escola Som na Leste anuncia apresentação musical e inscrições para novos alunos
A direção da Escola Municipal de Música Som na Leste está convidando a população para participar da Mostra de Música que vai reunir alunos que completaram o módulo de quatro semestres que compõe os cursos oferecidos pela instituição. Trata-se da primeira turma formada na unidade. A apresentação será realizada nos dias 1º e 2 de julho na Igreja dos Mórmons, que ofereceu o auditório do templo para a apresentação dos alunos. “Como a igreja conta com um auditório espaçoso, que fica dentro da comunidade, optamos por este local para a apresentação que marca um momento importante da nossa escola”, explica o diretor Remis Ferreira.
Com cerca de 400 alunos e 20 professores, a Escola Som na Leste oferece cursos de musicalização infantil violão, contrabaixo, teclado, flauta, sax, trompete e trombone. No período diurno são atendidos alunos de 8 a 15 anos e à noite participam dos cursos pessoas com mais de 16 anos. As inscrições para novas turmas serão feitas de 5 a 9 de julho. As vagas estão abertas para os interessados, gratuitamente. Para se inscrever, a criança deve ter no mínimo oito anos e estar alfabetizada. São aceitas, ainda, crianças com sete anos, desde que já saibam ler e escrever. Adultos com mais de 16 anos também podem se inscrever. As vagas são distribuídas por meio de sorteio.
De acordo com Remis Ferreira, além dos cursos, a Escola Som na Leste conta com atividades que propiciam uma maior integração entre os alunos e a comunidade. É o caso das bandas de música dos professores e dos alunos, corais infanto-juvenil e adulto, orquestra de violão e conjunto de flauta. “A Escola Som na Leste vem cumprindo o seu papel junto à comunidade, propiciando cidadania e inclusão social por meio da música”, considera Remis Ferreira. Ele ressalta a importância do estabelecimento para os jovens, que têm uma opção de aprendizado gratuito, o que afasta muita gente dos perigos das ruas, principalmente do envolvimento com drogas, que muitas vezes levam os jovens para a criminalidade.
Datas importantes:
Dias 01 a 02 de julho – Mostra de Música na Igreja Mórmon
Rua Guaporé, entre a Amazonas e a Cahula.
Dias 05 a 09 de julho – Rematrícula e inscrição para novos alunos
Dia 09 de julho – Sorteio de vagas
Dia 15 de julho – Teste vocal para coro adulto
Dias 12 a 15 de julho – Matrículas para novos alunos
Fonte: Ana Aranda
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Somos Suicídas?
OPINIÃO
Por Rud Prado
Tragédias como esta enchente que levou de água abaixo as vidas e sonhos dos irmãos alagoanos e pernambucanos deixam alguma lição? Começo a refletir sobre as palavras encharcadas de angústia da prefeita de Branquinhas, no Alagoas. Ao ver que sua cidade foi varrida do mapa, Ana Renata disse que é melhor esquecer a cidade e construir outra longe do rio e dos escombros que a todos impressionam. Imagina ela que esquecida a dor e enterrados os mortos, esta será uma solução para a nova cidade não viver sob o medo da eminência de uma outra tragédia. Mas a sucessão de tragédias que assistimos me leva a retomar a pergunta lá de cima. Estamos aprendendo alguma coisa com tudo isso? Ou continuaremos apenas contando mortos e depois os esquecendo em covas, cavadas às pressas, tão rasas quanto nossas consciências? Logo teremos outra tragédia, e, de olho na bola da vez, ficaremos cegos para as lições que a natureza nos dá. E são lições que custam caro. Custam patrimônios, histórias de vidas, e a própria vida. Todos sabem que construir em cima do chorume é uma loucura, mas o poder público do Rio de Janeiro incentivou a ocupação dos lixões e ofereceu “infraestrutura” para a indignidade se edificar. Quem é que não sabe que desmatar as encostas é burrice pura? Quem é que não sabe que o desmatamento das matas ciliares e que o avanço da cidade sobre rios e igarapés é um convite a tragédias desse tipo? Mas vai-se se fazendo vista grossa. Melhor isso do que um programa realmente sério de moradia popular, isso custa caro. Acontece que poucos, muito poucos estão realmente preocupados com a natureza. Até ela bater em nossa porta com a força de uma enchente. Com a fúria de um deslizamento de terra. Até ela entregar a fatura do descaso com o meio ambiente.
Pensamos quadrado. Não aprendemos ainda que a terra é redonda. Que nela uma ação é conseqüência de outra . Que tudo é continuidade. Causa e efeito. E continuamos a repetir os mesmos erros. Cultivando as mesmas práticas ancestrais. Esquecendo que hoje não temos meia dúzia de gatos pingados nômades passeando por um planeta onde nada parecia ter fim. Éramos livres para não pensar no amanhã, no outro, no planeta. Nossa inconseqüência não nos atingia. Agora isso mudou. Mas não mudamos. Ainda não. A reciclagem de lixo é pífia. Continuamos a desperdiçar recursos naturais e a pressionar cada vez mais a natureza. Coleta seletiva é programa sério de algum prefeito desse Brasil? Vamos além: quantos governantes por esse mundo, presidentes, governadores, prefeitos estão pensando, não na futura eleição, mas num modelo de gestão que respeite a vida? Por aqui usamos a justificativa de que os gringos já desmataram tudo, mas nós ainda não atingimos a nossa cota. Cota de quê meu Deus! De burrice? E vamos queimando a floresta, desmatando as encostas, a mata ciliar . Vamos ocupando as margens do rio, como os nômades faziam. Mas não somos nômades.
O que somos então? Suícidas?
Por Rud Prado
Tragédias como esta enchente que levou de água abaixo as vidas e sonhos dos irmãos alagoanos e pernambucanos deixam alguma lição? Começo a refletir sobre as palavras encharcadas de angústia da prefeita de Branquinhas, no Alagoas. Ao ver que sua cidade foi varrida do mapa, Ana Renata disse que é melhor esquecer a cidade e construir outra longe do rio e dos escombros que a todos impressionam. Imagina ela que esquecida a dor e enterrados os mortos, esta será uma solução para a nova cidade não viver sob o medo da eminência de uma outra tragédia. Mas a sucessão de tragédias que assistimos me leva a retomar a pergunta lá de cima. Estamos aprendendo alguma coisa com tudo isso? Ou continuaremos apenas contando mortos e depois os esquecendo em covas, cavadas às pressas, tão rasas quanto nossas consciências? Logo teremos outra tragédia, e, de olho na bola da vez, ficaremos cegos para as lições que a natureza nos dá. E são lições que custam caro. Custam patrimônios, histórias de vidas, e a própria vida. Todos sabem que construir em cima do chorume é uma loucura, mas o poder público do Rio de Janeiro incentivou a ocupação dos lixões e ofereceu “infraestrutura” para a indignidade se edificar. Quem é que não sabe que desmatar as encostas é burrice pura? Quem é que não sabe que o desmatamento das matas ciliares e que o avanço da cidade sobre rios e igarapés é um convite a tragédias desse tipo? Mas vai-se se fazendo vista grossa. Melhor isso do que um programa realmente sério de moradia popular, isso custa caro. Acontece que poucos, muito poucos estão realmente preocupados com a natureza. Até ela bater em nossa porta com a força de uma enchente. Com a fúria de um deslizamento de terra. Até ela entregar a fatura do descaso com o meio ambiente.
Pensamos quadrado. Não aprendemos ainda que a terra é redonda. Que nela uma ação é conseqüência de outra . Que tudo é continuidade. Causa e efeito. E continuamos a repetir os mesmos erros. Cultivando as mesmas práticas ancestrais. Esquecendo que hoje não temos meia dúzia de gatos pingados nômades passeando por um planeta onde nada parecia ter fim. Éramos livres para não pensar no amanhã, no outro, no planeta. Nossa inconseqüência não nos atingia. Agora isso mudou. Mas não mudamos. Ainda não. A reciclagem de lixo é pífia. Continuamos a desperdiçar recursos naturais e a pressionar cada vez mais a natureza. Coleta seletiva é programa sério de algum prefeito desse Brasil? Vamos além: quantos governantes por esse mundo, presidentes, governadores, prefeitos estão pensando, não na futura eleição, mas num modelo de gestão que respeite a vida? Por aqui usamos a justificativa de que os gringos já desmataram tudo, mas nós ainda não atingimos a nossa cota. Cota de quê meu Deus! De burrice? E vamos queimando a floresta, desmatando as encostas, a mata ciliar . Vamos ocupando as margens do rio, como os nômades faziam. Mas não somos nômades.
O que somos então? Suícidas?
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