segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DISCRIMINAÇÃO POR DESCONHECIMENTO

MANIFESTO SOBRE A INTOLERANCIA RELIGIOSA SOFRIDA PELO GRUPO MANSU NAGENTU

Comitê Inter-religioso do Pará se manifesta sobre abuso de autoridade da Guarda Municipal de Belém
Nós do Comitê Interreligioso manifestamos nossa indignação ao fato ocorrido, no dia 21 de julho de 2010, no Ver-o-Rio, com o Grupo Mansu Nangetu diante da intolerância sofrida ao realizar a cerimônia de oferenda do Urupim – parte dos ritos de Candomblé de Angola, com ofença aos ritos sagrados ao compará-los ao lixo, mesmo diante da argumentação dos sacerdotes de que “a oferenda era composta de material orgânico e biodegradável e que tudo o que havia na oferenda poderia servir de alimento a fauna do estuário que forma o bioma local.”
A ignorância dos guardas municipais acerca das leis aplicadas à liberdade religiosa e à compreensão aos cuidados ambientais pelos sacerdotes foi tanta que não houve diálogo gerando impedimento da prática religiosa e a geração de ocorrência na Delegacia do bairro da Pedreira.
Diante de tais fatos, reforçamos e nos unimos às reivindicações antigas e novas que os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira vêm manifestando nos diversos encontro do Comitê, como por exemplo, o que ocorreu na Assembléia Legislativa durante o encontro com a secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH, ainda este ano.
Em concreto, o Comitê Interreligioso manifesta-se publicamente, e apoia todas as reivindicações dos sacerdotes afro-religiosos, principalmente em reunir com os comandos da guarda e polícia a fim de garantia aos direitos e implementação de uma política séria, incluindo formação de guardas e policiais acerca da legislação aplicada ás questões religiosas.
COORD. DO COMITE INTERRELIGIOSO DO PARÁ
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www.comiter.wordpress.com

MÚSICA E POESIA

Mãe Esperança abençoou

Por Beto Ramos

Quando as estrelas dançam no céu com certeza a lua ilumina muito mais todos os nossos sonhos e os nossos sons.

E os nossos sonhos tornam-se realidade, quando os nossos sons são ouvidos em Santa Bárbara, Alto do Bode, Baixa da União, Morro do Querosene, Triângulo, Areal, Caiari, Centro Histórico e ali na esquina.

Quem assistiu a destruição da baixa da união pelos Generais sabe o que quer dizer o moleque atrevido pior que bandido, que se criou no areal.

O Dadá também vai cantar.

O Bubu nunca havia cantado num teatro, mas cantou na sexta com um som meia boca.

O Bainha cantou e nem se preocupou.

O Babá ouviu toda a nossa cantoria.

O velho Esmite falou, vamos acabar com esse barulho lindo de ouvir!

E o Esmite andou no nosso terreiro.

O Babá já queria cantar.

Lindo o nosso som.

Poesia do Sílvio Santos.

Porto Velho Porto...

Só sucesso como diria o Oscar.

E o som estava tão bom que foi ouvido em Tutóia.

Em Cururupu chegaram a ouvir até o apito do trem.

Na linha férrea ao lado da Candelária ouviram-se burburinhos.

O som estava tão bom, que nem o escurinho da Praça Getúlio Vargas chegou a incomodar.

Bom mesmo foi ver o sorriso no rosto do poeta.

E nossa viajem das sextas feira foi sem nenhuma turbulência.

E todos nós ganhamos.

Pois o crescimento de nossa cultura, traz ao pensamento plural, uma satisfação e o incentivo necessário para continuarmos a missão de cantar.

O índio Iaripuna até dançou.

Um pouquinho no escuro, mais dançou.

Como é lindo ver todas as pessoas contentes.

Todos nós cheios de energia, buscando fazer o melhor.

E fazer o melhor é uma forma de agradecimento pelo reconhecimento.

Cantor e músico desejam mais o reconhecimento do que a fama.

Tão pouco para a nossa felicidade.

Mas, este pouco ficou imenso com a presença do Edimar.

O poeta Mado estava lá na praça observando.

Até o senhor professor!

Quando é para reconhecer nós reconhecemos.

E não queremos brigar com ninguém.

Nosso carro musical anda devagar, não andamos em quinta marcha.

O som é da terra.

A música do céu.

Este é o crescimento que todos nós queremos.

Porto Velho meu dengo.

Quando o Nosso céu se faz moldura podemos ouvir as lindas melodias das sextas feira.

Diz a lenda.
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CULTURA NA SÃO LUCAS

MOSTRA AUDIOVISUAL VÍDEO ÍNDIO BRASIL EM PORTO VELHO

Começa neste sábado dia 31 de julho, no auditório Anfiteatro 2 da Faculdade São Lucas e vai até o próximo sábado dia 07 de agosto, o Vídeo Índio Brasil, Mostra Audiovisual que ocorre simultaneamente em outras 111 cidades brasileiras, coordenada em Porto Velho pelo Cineclube ACME, em parceria com o Ponto de Cultura Acme, Kanindé-Associação Etno-Ambiental, Movimento Hip-Hop da Floresta, Ponto de Cultura Hurukunê-Wao e Faculdade São Lucas & São Mateus

A programação é composta por cerca de 20 filmes e vídeos produzidos por indígenas e não indígenas, tendo sempre a questão do índio como tema principal.

Em Porto Velho, a programação inclui uma exposição de artesanato do ponto de cultura Hurukunê-wao, uma mostra de abertura com vídeos dos diretores rondonianos Alexis Bastos e Sérgio Cunha, e a presença de lideranças indígenas do sul do Amazonas e do Estado de Rondônia

UM POUCO DE HISTÓRIA

O Vídeo Índio Brasil nasceu em 2007, no 4º Festival de Cinema de Campo Grande – Festcine Pantanal, com a realização da mostra “O Cinema e o Índio no Brasil”. foram apresentados filmes com temáticas indígenas seguidos de debates, com o intuito de discutir como o índio é apresentado no cinema brasileiro e colaborar com a reflexão de questões relacionadas aos índios.

Em 2008, foi realizada a primeira edição do Vídeo Índio Brasil em três municípios sul-mato-grossenses: na cidade sede do projeto, Campo Grande, em Corumbá e em Dourados.Em 2009 o Vídeo Índio Brasil ampliou seu circuito de exibição para sete cidades sul-mato-grossenses, e agora, em 2010, estará presente em 112 cidades brasileiras. Todas as atividades terão entrada franca.

O Vídeo Índio Brasil é uma iniciativa da Associação Amigos do Cinecultura e conta com o patrocínio nacional do Governo Federal, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável – Ministério do Meio Ambiente, Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e da Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura, propondo o fortalecimento e difusão da cultura indígena em Porto Velho no Estado de Rondônia e no Brasil, pois acredita que o recurso audiovisual constitui um instrumento cada vez mais importante para revelar a identidade e as tradições das populações indígenas.

Mostra Vídeo Índio Brasil

QUANDO:de 31/07 a 07/08

ONDE: Auditório Anfiteatro II, Faculdade São Lucas

ENDEREÇO: Av. Alexandre Guimarães nº 1927, Areal

HORÁRIO: a partir das 19:00h

ABERTURA: sábado, dia 31/07

ENTRADA FRANCA



PARA SABER MAIS:

http://www.videoindiobrasil.org.br

AINDA O SAMBA

O SAMBA NOSSO DE CADA DIA

Por Beto Ramos

Somos uma realidade neste terreiro chamado Brasil.

Buscamos sempre a valorização do nosso povo, de nossa história.

Quando falamos em cultura não falamos em uma só estrela , mas, direcionamos nossas palavras para uma constelação quando o nosso ceu se faz moldura.

Porto Velho necessita de ações sérias voltadas para nossa gente.

Não precisamos de palco para encenações políticas. Precisamos de uma valorização permanente e não a conta gotas.

Minhas palavras são simples. Mas a intenção é a de realmente cutucar a onça com vara curta.

Só não me venham com discursos com um certo ar de hipocrisia.

Assumir os louros da vitória é muito fácil.

O difícil e complicado é estar diante de nossa população e fazer acontecer muitas vezes sem a devida condição, ou estrutura básica para levar a nossa história através do samba que é a nossa bandeira.

Alguém precisa mostrar o rosto para criticas.

E nós fazemos isso muito bem, pois o artista não precisa somente de elogios.

O artista necessita de criticas construtivas para o crescimento da cultura que ajuda a construir.

Buscamos um espaço dentro do cenário cultural de Porto Velho.

A muito custo tentamos manter o lugar onde fazemos amigos.

Todos fazem amigos.

Esta é a intenção de quem faz cultura.

Precisamos unir as pessoas.

Precisamos de respeito. Pois sabemos respeitar o público que nos prestigia.

Só não precisamos é ficar na bacia das almas para fazermos algo que fazemos tão bem.

Não me venham os sabidos de plantão querer com palavras melodiosas vender algo que não desejam comprar.

Sentimos orgulho sinceramente de sermos beradeiros.

Somos beradeiros e fazemos acontecer.

A nossa CULTURA com nome de índio deveria estar mais atenta aos nossos movimentos.

O nosso samba já voa nas asas da compreensão dos nossos gestores culturais.

Crescemos e apareceram muitos pais de uma obra bonita que poucos inauguraram.

Como diria o mano velho : “não existe maior propaganda para o nosso prefeito que as nossas sextas feiras. Quase a custo zero, e ainda divulgamos o Mercado Cultural, que é uma das maiores obras de nossa prefeitura”.

Somos a Fina Flor do Samba e não estamos a Fina Flor do Samba.

DIZ A LENDA.