CD do Grupo Especial chega hoje nas lojas. Site vai sortear dois discos
Alberto João | Carnavalesco | 22/11/2010
Foto: capa do CD do Grupo Especial/DivulgaçãoBoa notícia para os sambistas. O CD do Grupo Especial para o Carnaval 2011 chega nas lojas de todo o país nesta terça-feira. Para presentear seus leitores, o SRZD-Carnavalesco, em parceria com a gravadora Universal Music, sai na frente e vai sortear dois discos. Para participar basta deixar nome completo e responder a seguinte pergunta: Qual escola é favorita para vencer o desfile de 2011 e o motivo? Use o espaço para comentários dentro desta nota para concorrer. As duas melhores respostas vão ser contempladas. O resultado sai no dia 1 de dezembro.
Repetindo a fórmula de sucesso do ano passado, o álbum foi gravado ao vivo, na Cidade do Samba, com cada uma das baterias das 12 Escolas, imprimindo sua cadência e estilo próprios, acompanhadas de um coro formado por 300 componentes das comunidades. Depois de quatro dias, a equipe se mudou para o estúdio para gravar a voz dos intérpretes, mixar e masterizar o álbum.
O resultado é fiel ao samba como será cantado na Sapucaí, e traz o clima de emoção e vibração da Avenida para o disco. A surpresa ficou por conta do intervalo entre as faixas: cada intérprete anunciará a próxima Escola usando seu bordão característico: Neguinho da Beija Flor, por exemplo, apresenta a Unidos de Vila Isabel chamando "Alô, Tinga, solta o bicho", Tinga, por sua vez, anuncia o Salgueiro com "Arrepia, Quinho"!
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Concursos de Samba de Enredo
Marquinhos de Oswaldo Cruz: 'Foi o meu último ano como compositor na Portela'
Isaac Ismar | Carnavalesco | 24/11/2010
"Deste jeito, se não mudar a fórmula, este foi o meu último ano como compositor de samba-enredo na Portela". Foi assim que Marquinhos de Oswaldo Cruz, um dos sambistas da chamada nova geração portelense, desabafou sobre o modo de escolha dos hinos não apenas na Portela como em boa parte das agremiações.
De acordo com ele, a maneira como as escolas organizam os concursos de samba-enredo privilegia, quase sempre, os compositores que têm mais dinheiro para investir nas torcidas organizadas das parcerias.
- Esse modo é muito caro. Enquanto não mudar isso, será o meu último ano como compositor de samba-enredo. Às vezes, ganha quem tem mais dinheiro. E o cara (o campeão) não é mais visto na escola depois que acaba aquele carnaval. É um processo que não é de mérito e sim de quem tem mais torcida - lamentou.
Na opinião dele, a ideia da Beija-Flor, que nos últimos anos convidou a comunidade a votar em uma das parcerias finalistas, colabora para democratizar a disputa.
- A Beija-Flor está mudando o processo. Na Portela e em outras escolas a maioria das torcidas vem de fora. Na torcida do meu samba deste ano havia pessoas de fora da Portela, mas conheço muita gente, a maioria, que é portelense e colaborou para a minha parceria - afirmou.
Uma das soluções para tal problema, segundo o sambista, seria formar um júri com portelenses renomados, como Monarco, Paulão Sete Cordas, Rildo Hora, entre outros, para analisar as obras.
- O Gilsinho (intérprete da Portela) cantaria todos os finalistas para equilibrar a final. Se houver algumas mudanças, como as que eu citei, muitos compositores antigos voltariam para a escola. Não é utopia. Pode acontecer. Antes, no fim de ano as pessoas ouviam o disco do Roberto Carlos e de samba-enredo. Atualmente não é mais assim - criticou.
Após a escolha do samba-enredo, durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, o departamento de harmonia, segundo o próprio Marquinhos, tem trabalho dobrado para incentivar a comunidade a cantar o novo samba.
- A comunidade da Portela é tão forte que mesmo o pior samba se torna o melhor - concluiu.
Vale frisar que esta entrevista com Marquinhos foi feita antes da final de samba-enredo da Portela, durante a apuração do conteúdo exibido nas transmissões em tempo real. Tanto a reportagem do SRZD-Carnavalesco como o compositor decidiram que o conteúdo desta matéria só seria divulgado após a final, já que Marquinhos era um dos finalistas.
Isaac Ismar | Carnavalesco | 24/11/2010
"Deste jeito, se não mudar a fórmula, este foi o meu último ano como compositor de samba-enredo na Portela". Foi assim que Marquinhos de Oswaldo Cruz, um dos sambistas da chamada nova geração portelense, desabafou sobre o modo de escolha dos hinos não apenas na Portela como em boa parte das agremiações.
De acordo com ele, a maneira como as escolas organizam os concursos de samba-enredo privilegia, quase sempre, os compositores que têm mais dinheiro para investir nas torcidas organizadas das parcerias.
- Esse modo é muito caro. Enquanto não mudar isso, será o meu último ano como compositor de samba-enredo. Às vezes, ganha quem tem mais dinheiro. E o cara (o campeão) não é mais visto na escola depois que acaba aquele carnaval. É um processo que não é de mérito e sim de quem tem mais torcida - lamentou.
Na opinião dele, a ideia da Beija-Flor, que nos últimos anos convidou a comunidade a votar em uma das parcerias finalistas, colabora para democratizar a disputa.
- A Beija-Flor está mudando o processo. Na Portela e em outras escolas a maioria das torcidas vem de fora. Na torcida do meu samba deste ano havia pessoas de fora da Portela, mas conheço muita gente, a maioria, que é portelense e colaborou para a minha parceria - afirmou.
Uma das soluções para tal problema, segundo o sambista, seria formar um júri com portelenses renomados, como Monarco, Paulão Sete Cordas, Rildo Hora, entre outros, para analisar as obras.
- O Gilsinho (intérprete da Portela) cantaria todos os finalistas para equilibrar a final. Se houver algumas mudanças, como as que eu citei, muitos compositores antigos voltariam para a escola. Não é utopia. Pode acontecer. Antes, no fim de ano as pessoas ouviam o disco do Roberto Carlos e de samba-enredo. Atualmente não é mais assim - criticou.
Após a escolha do samba-enredo, durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, o departamento de harmonia, segundo o próprio Marquinhos, tem trabalho dobrado para incentivar a comunidade a cantar o novo samba.
- A comunidade da Portela é tão forte que mesmo o pior samba se torna o melhor - concluiu.
Vale frisar que esta entrevista com Marquinhos foi feita antes da final de samba-enredo da Portela, durante a apuração do conteúdo exibido nas transmissões em tempo real. Tanto a reportagem do SRZD-Carnavalesco como o compositor decidiram que o conteúdo desta matéria só seria divulgado após a final, já que Marquinhos era um dos finalistas.
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