quinta-feira, 13 de maio de 2010
CINEMA
CURTAMAZÔNIA
Sangue e suor: a Saga de Manaus
Mais uma atração no 1º Festival de Cinema Curta Amazônia, está programado sua exibição para o dia 27 no Auditório do Senac a partir das 19:30 h, na Rua Tabajara, a atração será o filme de Luiz de Miranda Corrêa, 20 min, 1977, Rio de Janeiro, “Sangue e suor: a Saga de Manaus”, que irá mostrar a cidade de Manaus desde o início de sua colonização até o período de sua modernidade.
Acompanhe sua Sinopse: "Durante a conquista e a colonização portuguesa uma cultura européia é implantada no coração da Amazônia. Nasce a Vila de Manaus, mais tarde capital da Província e do Estado da Amazônia. O 'boom' da borracha no século XIX transformaria a aldeia numa metrópole à européia. Os índios tentam resistir, através de suas danças, cantos e alimentos. São, no entanto, pouco a pouco assimilados ou expulsos para a periferia da cidade. Um novo 'boom', o da Zona Franca de Manaus, atrai migrantes do país e do exterior. A cidade continua a crescer e, à custa do patrimônio do século XIX e da cultura ameríndia, se transforma numa cidade moderna. Mas, apesar dos índios terem virado folclore de um turismo avassalador, a marca da floresta impede que a cidade se transforme, pelo menos até agora, numa incolor Hong Kong brasileira." (SENM/EMPLASA)
"Uma interpretação sociológica e antropológica da capital amazonense, sob o impacto de valores alienígenas." (MA/CFCCM)
"Documentário sobre a cidade de Manaus: a implantação de uma cidade européia na floresta amazônica; as distorções de uma cultura alienígena que não respeitou a ecologia regional; a influência inglesa; os aventureiros da borracha e da Zona Franca; as transformações trazidas pelo comércio e pela indústria; a marginalização do indígena, sua massificação e transformação em objeto de turismo, a distorção de seus cantos e suas danças." (Filme e Cultura, n.29)
O BNDES apresenta o Festival de Cinema Curta Amazônia que está sendo patrocinado pela Eletrobrás - Eletrosul/Gov. Federal, FNC/SAV/MINC; e conta com os apoios culturais do CTAV/SAV/MINC, Secel/Governo de Rondônia, Fecomércio/RO, Maporé, Diário da Amazônia, SGC e Rede TV Rondônia; e apoios institucionais da ABD/RO e ABD Nacional, Iphan/RO, Site O Observador, Sinjor/RO e conta com o apoio da Imprensa Rondoniense e Nacional numa realização da Associação Curta Amazônia.
Maiores informações: festival@curtamazonia.com / www.curtamazonia.com
FONTE: Assessoria
Sangue e suor: a Saga de Manaus
Mais uma atração no 1º Festival de Cinema Curta Amazônia, está programado sua exibição para o dia 27 no Auditório do Senac a partir das 19:30 h, na Rua Tabajara, a atração será o filme de Luiz de Miranda Corrêa, 20 min, 1977, Rio de Janeiro, “Sangue e suor: a Saga de Manaus”, que irá mostrar a cidade de Manaus desde o início de sua colonização até o período de sua modernidade.
Acompanhe sua Sinopse: "Durante a conquista e a colonização portuguesa uma cultura européia é implantada no coração da Amazônia. Nasce a Vila de Manaus, mais tarde capital da Província e do Estado da Amazônia. O 'boom' da borracha no século XIX transformaria a aldeia numa metrópole à européia. Os índios tentam resistir, através de suas danças, cantos e alimentos. São, no entanto, pouco a pouco assimilados ou expulsos para a periferia da cidade. Um novo 'boom', o da Zona Franca de Manaus, atrai migrantes do país e do exterior. A cidade continua a crescer e, à custa do patrimônio do século XIX e da cultura ameríndia, se transforma numa cidade moderna. Mas, apesar dos índios terem virado folclore de um turismo avassalador, a marca da floresta impede que a cidade se transforme, pelo menos até agora, numa incolor Hong Kong brasileira." (SENM/EMPLASA)
"Uma interpretação sociológica e antropológica da capital amazonense, sob o impacto de valores alienígenas." (MA/CFCCM)
"Documentário sobre a cidade de Manaus: a implantação de uma cidade européia na floresta amazônica; as distorções de uma cultura alienígena que não respeitou a ecologia regional; a influência inglesa; os aventureiros da borracha e da Zona Franca; as transformações trazidas pelo comércio e pela indústria; a marginalização do indígena, sua massificação e transformação em objeto de turismo, a distorção de seus cantos e suas danças." (Filme e Cultura, n.29)
O BNDES apresenta o Festival de Cinema Curta Amazônia que está sendo patrocinado pela Eletrobrás - Eletrosul/Gov. Federal, FNC/SAV/MINC; e conta com os apoios culturais do CTAV/SAV/MINC, Secel/Governo de Rondônia, Fecomércio/RO, Maporé, Diário da Amazônia, SGC e Rede TV Rondônia; e apoios institucionais da ABD/RO e ABD Nacional, Iphan/RO, Site O Observador, Sinjor/RO e conta com o apoio da Imprensa Rondoniense e Nacional numa realização da Associação Curta Amazônia.
Maiores informações: festival@curtamazonia.com / www.curtamazonia.com
FONTE: Assessoria
13 de maio dia dos pretos velhos
Pretos-velhos na Umbanda, são espíritos de velhos africanos que viveram nas senzalas e majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios , ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente, apesar da rudeza do cativeiro demonstrando qualidades insuperáveis para suportar as arguras da vida, consequentemente são espiritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procura para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omulu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral suas baforadas para aniquilar os perigosos kiumbas.
São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por sí só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos.
Os Pretos Velhos
Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns encorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:
As Crianças – chamadas eres, ou ibejis, representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.
Os Caboclos – onde se incluem os Oguns, Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do indio ou soldado.
Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.
São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente, apesar da rudeza do cativeiro demonstrando qualidades insuperáveis para suportar as arguras da vida, consequentemente são espiritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procura para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omulu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral suas baforadas para aniquilar os perigosos kiumbas.
São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por sí só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos.
Os Pretos Velhos
Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns encorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:
As Crianças – chamadas eres, ou ibejis, representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.
Os Caboclos – onde se incluem os Oguns, Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do indio ou soldado.
Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.
DISCRIMINAÇÃO
MOCAMBO SUBLEVADO
*Por: Altair Santos (Tatá)
Domingo, dia das mães. O que seria a continuação de um final de semana festivo e repleto de alegria, por conta da comemoração do dia das mães, no Mocambo, teve outro desdobramento. Logo cedo, um misto de tristeza, indignação e revolta tomou conta dos moradores daquele histórico bairro, ante a manchete de capa de um matutino local que estampava até pra cego ver: “Mocambo é rei das bocas-de-fumo.” Dentro, do jornal, na ampliação da matéria, mais contundência: Mocambo “ainda” é o rei das bocas-de-fumo. O desassossego foi geral, os ânimos se exaltaram, o café da manhã com as mamães esfriou na mesa e o churrasco do almoço sequer foi pro fogo. O bicho pegou! Atravessávamos o Bairro Mocambo, do Areal em direção ao centro e optamos pela Rua Capitão Esron de Menezes que termina na Almirante Barroso para, adiante, pela General Osório, dar acessao a 7 de setembro no coração da capital. Porém a nossa trajetória fora interrompida pelo frenético movimento de moradores do Bairro Mocambo que acorriam para a aconchegante Praça São José. A praça, hoje palco das manifestações e comemorações religiosas, sociais e culturais do Mocambo, era, naquele momento, o pátio da injúria, do protesto. Diretores e brincantes do Bloco Até Que a Noite Vire Dia, católicos, evangélicos, estudantes e líderes comunitários corriam de um lado para o outro, conversando entre si e avaliando o estrago social da notícia. Pobre Mocambo e seus moradores! Geograficamente talvez o menor, dentre os menores bairros de Porto Velho fora, após décadas de luta contra a discriminação, alvejado no peito sem que ninguém – antes dos dados divulgados – lhes procurasse pra conhecer a história de transformação ali existente. Não acreditamos em força repressiva que expõe em manchete de jornal, dados ou detalhes de operação em curso. O ato da investigação nos parece que deve se dá em sigilo para não comprometer o êxito pretendido. E se assim não o for que os textos a serem divulgados sejam zelosos e respeitosos com as pessoas de bem. Os moradores do mocambo são poucos. A bonita história de trabalho, de educação, cultura, esporte e amor à cidade, é esquecida por muitos noticiosos em detrimento dos desajustes sociais de um passado distante. O bairro é parte da cidade, logo, propenso a vivenciar as coisas boas e ruins que acontecem neste mundão de meu Deus, portanto, é desnecessáriio que o jornal lhe confira o pejorativo título de “rei da droga”. Se é fato que lá tem vendedor de drogas, estes informes devem resultar de conhecimento de campo investigativo. Então onde estão? Quem são? Em que rua? Já que sabem disso vão lá e os prendam. A comunidade do Mocambo não se desinteressa ou abre mão da defesa pública. Porém exige ser tratada como comunidade que precisa da sua integridade moral para seguir adiante, criando seus filhos, realizando suas ações, somando para o contexto histórico da cidade, interagindo com os poderes e outros segmentos, sem a pedra que lhe fora atirada contra o quengo. Há anos, no Mocambo, se ouve falar de comemorações festivas, sociais e culturais como dia das mães, dia dos pais, festa de são José (padroeiro do bairro), festa da padroeira do município, dia das crianças, natal, ano novo e carnaval. Lá também os segmentos organizados da comunidade, ou seja, o bloco, os religiosos e os jovens fazem ação solidária, se preocupam com o próximo em busca de vida digna e harmônica. Ei Mourão, Márcio, Ernesto, Maracanã, Sílvio e Bainha, Misteira e Mávilo, vamos fazer um Canta Mocambo! Vamos entoar o mais fervoroso refrão dali: “amanhacer no mocambo.”
(*) o autor é músico e cidadão portovelhense.
tatadeportovelho@gmail.com
*Por: Altair Santos (Tatá)
Domingo, dia das mães. O que seria a continuação de um final de semana festivo e repleto de alegria, por conta da comemoração do dia das mães, no Mocambo, teve outro desdobramento. Logo cedo, um misto de tristeza, indignação e revolta tomou conta dos moradores daquele histórico bairro, ante a manchete de capa de um matutino local que estampava até pra cego ver: “Mocambo é rei das bocas-de-fumo.” Dentro, do jornal, na ampliação da matéria, mais contundência: Mocambo “ainda” é o rei das bocas-de-fumo. O desassossego foi geral, os ânimos se exaltaram, o café da manhã com as mamães esfriou na mesa e o churrasco do almoço sequer foi pro fogo. O bicho pegou! Atravessávamos o Bairro Mocambo, do Areal em direção ao centro e optamos pela Rua Capitão Esron de Menezes que termina na Almirante Barroso para, adiante, pela General Osório, dar acessao a 7 de setembro no coração da capital. Porém a nossa trajetória fora interrompida pelo frenético movimento de moradores do Bairro Mocambo que acorriam para a aconchegante Praça São José. A praça, hoje palco das manifestações e comemorações religiosas, sociais e culturais do Mocambo, era, naquele momento, o pátio da injúria, do protesto. Diretores e brincantes do Bloco Até Que a Noite Vire Dia, católicos, evangélicos, estudantes e líderes comunitários corriam de um lado para o outro, conversando entre si e avaliando o estrago social da notícia. Pobre Mocambo e seus moradores! Geograficamente talvez o menor, dentre os menores bairros de Porto Velho fora, após décadas de luta contra a discriminação, alvejado no peito sem que ninguém – antes dos dados divulgados – lhes procurasse pra conhecer a história de transformação ali existente. Não acreditamos em força repressiva que expõe em manchete de jornal, dados ou detalhes de operação em curso. O ato da investigação nos parece que deve se dá em sigilo para não comprometer o êxito pretendido. E se assim não o for que os textos a serem divulgados sejam zelosos e respeitosos com as pessoas de bem. Os moradores do mocambo são poucos. A bonita história de trabalho, de educação, cultura, esporte e amor à cidade, é esquecida por muitos noticiosos em detrimento dos desajustes sociais de um passado distante. O bairro é parte da cidade, logo, propenso a vivenciar as coisas boas e ruins que acontecem neste mundão de meu Deus, portanto, é desnecessáriio que o jornal lhe confira o pejorativo título de “rei da droga”. Se é fato que lá tem vendedor de drogas, estes informes devem resultar de conhecimento de campo investigativo. Então onde estão? Quem são? Em que rua? Já que sabem disso vão lá e os prendam. A comunidade do Mocambo não se desinteressa ou abre mão da defesa pública. Porém exige ser tratada como comunidade que precisa da sua integridade moral para seguir adiante, criando seus filhos, realizando suas ações, somando para o contexto histórico da cidade, interagindo com os poderes e outros segmentos, sem a pedra que lhe fora atirada contra o quengo. Há anos, no Mocambo, se ouve falar de comemorações festivas, sociais e culturais como dia das mães, dia dos pais, festa de são José (padroeiro do bairro), festa da padroeira do município, dia das crianças, natal, ano novo e carnaval. Lá também os segmentos organizados da comunidade, ou seja, o bloco, os religiosos e os jovens fazem ação solidária, se preocupam com o próximo em busca de vida digna e harmônica. Ei Mourão, Márcio, Ernesto, Maracanã, Sílvio e Bainha, Misteira e Mávilo, vamos fazer um Canta Mocambo! Vamos entoar o mais fervoroso refrão dali: “amanhacer no mocambo.”
(*) o autor é músico e cidadão portovelhense.
tatadeportovelho@gmail.com
Assinar:
Postagens (Atom)