quinta-feira, 8 de julho de 2010

TEATRO DE RUA

Grupos de teatro de todo

Brasil no Encena na Rua


Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances

O grupo de teatro O Imaginário dirigido pelo ator Chicão Santos, promove entre os dias 19 a 25, deste mês em Porto Velho , a 3ª edição do Festival de Teatro de Rua “Amazônia Encena na Rua”. O evento vai oferecer à população uma programação variada e gratuita de espetáculos, performances e oficinas de capacitação artística. Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances, que acontecerão na Praça das Caixas D’água.



As Oficinas de Teatro oferecidas gratuitamente durante o Festival acontecerão nos dias 21 a 24 de julho, no período das 9h00 às 12h00, na Casa da Cultura Ivan Marrocos. São cinco opções: “Produção cultural”, ministrada por Leo Carnevale (RJ); “Pedagogia do ator”, ministrada por Ana Carneiro (MG); “Performances urbanas”, com Mara Leal (MG); “Desenvolvimento do teatro cubano”, com Victor Pietro (Cuba) e “Viewpoints e espaço urbano”, com o Coletivo Teatro da Margem (MG). Para se inscrever basta enviar um e-mail para oimaginarioro@yahoo.com.brcom os dados (nome, telefone e oficina escolhida).



O Festival Amazônia Encena na Rua é patrocinado pela CAIXA e tem o apoio da FUNARTE, da Prefeitura de Porto Velho/Fundação Iaripuna, SESC-RO e SECEL/Casa da Cultura Ivan Marrocos.



Além do Festival Amazônia Encena na Rua, O Imaginário apresenta também, nos dias 16, 17 e 18 de julho, o Seminário Amazônico de Teatro de Rua, que vai discutir a relação do teatro, do público e da cidade, políticas públicas, o ensino e a estética do teatro de rua; e o Festival de Dança, que reunirá 20 grupos e companhias de dança de Rondônia, Acre e Amazonas, com os espetáculos acontecendo na Praça Aluízio Ferreira, de 21 a 25 de julho. Também serão oferecidas Oficinas de Dança gratuitas: “Corpo sem limite”, com Regina Cláudia (AC) e “Dança Vertical”, com Diego Batista (AM).



O Seminário Amazônico de Teatro de Rua foi selecionado pelo Prêmio Funarte Myrian Muniz de Fomento ao Teatro e o Festival de Dança foi selecionado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Fomento à Dança de 2009.



Para mais informações sobre a programação, acesse o site do O Imaginário: www.oimaginarioro.com.br ou através dos telefones 3043-1419 e 9979-0048.



Fonte: assessoria/O Imaginário.

Acesse o site www.oimaginarioro.com.br

FIM DE FESTA

Flor do Maracujá é Arte para o Mundo

Ariel Argobe (*)

Encerrou neste último domingo, dia 04 julho, o maior e mais esperado espetáculo de cultura produzido em Rondônia, o popularíssimo Arraial Flor do Maracujá. No período de sua realização, paralelamente, também aconteceu a XXIX edição da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, vitrine reluzente por onde circulam as mais frondosas expressões culturais do plano imaterial, produzido por artistas anônimos das terras habitadas por karipunas, karitianas, caboclos, beiradeiros, guaporeanos e migrantes de todas as levas e das mais variadas regiões do país.


A Mostra do Flor do Maracujá abarca e expõe ao grande público, numa perfeita

compreensão de democracia cultural, a nossa mais refinada e popular produção cultural intangível, materializada na forma plástica de exuberantes agrupamentos de quadrilhas juninas e bois-bumbás.

O conceito de patrimônio cultural imaterial compreende um conjunto de bens intangíveis, contendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva, em respeito ao seu passado, garantindo assim, a posteridade de sua ancestralidade.

Os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, as lendas, as músicas, os costumes e tantas outras tradições são os exemplos mais comuns de patrimônio cultural imaterial (ou intangível).

Quem foi ao Arraial Flor do Maracujá não frequentou apenas mais um evento de cultura popular. O grande público circulou, na verdade, por salões imaginários de uma grande galeria de arte. Passeou por ambientes de um grande e importantíssimo museu de arte e cultura popular e contemporânea, onde foram expostas, para o deleite de todos, nossas mais relevantes obras primas, assinadas por desconhecidos artistas beradeiros, detentores de um talento nato e de uma imensurável criatividade, comparáveis ao valor e calibre de grandes mestres da arte universal, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Caravaggio, Van Gogh, Manuel da Costa Ataíde, Alfredo Volpi ou mesmo, o nosso expoente maior do academicismo caboclo, mestre Afonso Licório.

O Arraial Flor do Maracujá é o nosso Museu do Louvre, pois, assim como o Louvre, o Flor é o guardião de nossos grandiosos objetos artísticos imateriais, patrimônio cultural intangível da região, do Brasil e também da humanidade.

Os grêmios culturais de quadrilhas juninas e bois-bumbás que se apresentaram no espaço cênico da Mostra do Arraial Flor do Maracujá, realizada há 29 anos, se colocam em nosso imaginário coletivo de caboclos e beradeiros, em mesmo grau de importância, magnitude e plano, como está posto para humanidade o quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci. Nossos folguedos, no viés estético de produção popular, e o quadro da Monalisa, na moldura da produção erudita, são exemplos da genial ancestralidade artística do homem, daí a necessidade de institucionalização das políticas continuadas para preservação e perpetuação do bem cultural.

(*) O autor é artista plástico