segunda-feira, 31 de maio de 2010

LEI ELEITORAL

A propaganda política eleitoral só é permitida após 5 de julho

Porto Velho (RO), 31.05.2010 – A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) emitiu uma recomendação aos responsáveis por cavalgadas, feiras e exposições agropecuárias e eventos regionais culturais abertos ao público na capital e no interior de Rondônia para que não promovam nem permitam propaganda eleitoral nos locais onde se realizam esses eventos. A recomendação também foi remetida ao governo estadual, Assembléia Legislativa, prefeituras e câmaras de vereadores. O descumprimento pode resultar em “medidas judiciais para assegurar a regularidade do processo eleitoral”.

Na recomendação, o procurador regional eleitoral, Heitor Soares, esclarece que considera-se propaganda eleitoral “aquela que leve ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, a ação política ou as razões das quais se infira que o beneficiário seja o mais apto para a função pública”.

Os responsáveis pelas feiras agropecuárias devem observar a proibição de promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos na publicidade visual ou sonora relativa ao apoio ou colaboração por parte do poder público ou de eventuais candidatos. A recomendação também informa sobre a proibição de distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, detentores de mandato eletivo ou pré-candidatos.

Legislação

Recomendação é um documento extrajudicial que tem por objetivo alertar para o cumprimento das leis do país e proteger os direitos da população. Na recomendação sobre as feiras agropecuárias, o procurador Heitor Soares lembra é preciso cumprir a legislação eleitoral e assegurar a igualdade de oportunidades entre candidatos nas eleições.

Os locais onde geralmente ocorrem as feiras agropecuárias e festividades regionais culturais são considerados bens de uso comum pela legislação eleitoral. Nestes lugares há proibição de realização de propaganda eleitoral de qualquer natureza. A normatização foi feita pelo Tribunal Superior Eleitoral por meio da Resolução 23.191/2010.

A Lei 9.504/97 proíbe aos agentes públicos, servidores ou não, fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo poder público em ano eleitoral.

Já a Constituição Federal determina que a “publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. Eventuais excessos podem configurar abuso de poder político ou econômico.

Como denunciar

Quem identificar possíveis práticas de propaganda eleitoral antecipada ou irregular pode comunicar os fatos pelo disque denúncia 148, com ligação gratuita, pelo e-mail denuncia@prro.mpf.gov.br ou por meio de formulário disponível no site www.prro.mpf.gov.br.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

UM NOBRE BRASILEIRO

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!


DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.




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Geraldo Cruz
30 anos de arte

segunda-feira, 24 de maio de 2010

INCENTIVO A LEITURA

Um país que não lê



O Brasil é um país em que poucos têm acesso a livros e, por isso, poucos leem. Essa verdade, que já era conhecida dos brasileiros, agora foi confirmada pelo 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, feito pela FundaçãoGetúlio Vargas (FGV) para o Ministério da Cultura (Minc), em 4.905 cidades de todas as regiões.

OS NÚMEROS SÃO desanimadores.Em pelo menos 420 municípios, a população não conta com nenhuma biblioteca pública. E nem o crescimento significativo dos investimentos feitos pelo governo federal, que aumentaram 1.500% de 2003 a 2009, de R$ 6 milhões para R$95 milhões,mudoua situação negativa.

A PRINCIPAL RAZÃO apontada é a falta de estrutura nos municípios, além da necessidade de cumprir muitas exigências burocráticas.

Mas é claro que por trás do problema há uma questão muito mais ampla, que tem raízes culturais, econômicas e políticas, e é antiga na história do Brasil.

A EDUCAÇÃO PÚBLICA,em muitos municípios, ainda é encarada por administradores mais como despesa do que processo de crescimento social. Tanto que foi necessário definir na Constituição o percentual mínimo do orçamento que deve ser investido no setor.

À questão de custo se associa a falta de tradição de leitura dos brasileiros.

POR ISSO, É PRECISO que, além de liberar verbas, o governo desenvolva projetos de distribuição de livros e incentivo à leitura. E que eles não se restrinjam a bibliotecas. É preciso criar o hábito da leitura desde os primeiros anos na escola, com aulas específicas, profissionais preparados e acervo adequado.

O PAÍS NÃO PODE CAIR na armadilha de limitar o processo educacional à transmissão de conhecimentos básicos. A educação precisa ser transformadora e formadora de cidadãos com a melhor bagagem cultural possível. Afinal, como ensinouMonteiro Lobato, um país se faz com homens e livro.
Hierarquias do Candomblé

Hierarquia no Culto de Ifá
1. Babálawó ou Iyánifá Sacerdote do Orixá Orúnmilá-Ifá do Culto de Ifá.
Após duas iniciações ("Mãos"), e sob a obediência a rígidos códigos morais, o Babálawó recebe o direito de utilizar o Opele-Ifá (ou Rosário de Ifá) e os ikins (sementes de dendezeiro - igui ope, em yorubá). O Merindilogun (Jogo de búzios) é franqueado também às Iyápetebis (Mulheres iniciadas a Ifá) e aos Awófakans (Aqueles que receberam a "primeira mão"). Alguns Babálawós recebem o título de Oluwó. Ver: Ifá


Hierarquia no Culto aos Egungun

Masculinos:
1. Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás),
2. Alagbá Sacerdote (Chefe de um terreiro),
3. Ojê (iniciado com ritos completos),
4. Ojê agbá (ojê ancião),
5. Atokun (ojê que guia de Egum),
6. Amuixan (iniciado com ritos incompletos),
7. Alagbê (tocador de atabaque).
Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos:
1. Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens),
2. Iyá egbé (lider de todas as mulheres),
3. Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá),
4. Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora),
5. Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun).

Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.
1. Assogba Supremo sacerdote do culto de Obaluaiyê
2. Babalosanyin: Responsável pela colheita das folhas.



1. Iyá / Babá: significado das palavras iyá do yoruba significa mãe, babá significa pai.
2. Iyalorixá / Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo. É o posto mais elevado na tradição afro-brasileira.
3. Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia.
4. Iyalaxé (mulher): Mãe do axé, a que distribui o axé e cuida dos objetos ritual.
5. Iyakekerê (mulher): Mãe Pequena, segunda sacerdotisa do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados.
6. Babakekerê (homem): Pai pequeno, segundo sacerdote do axé ou da comunidade. Sempre pronto a ajudar e ensinar a todos iniciados.
7. Ojubonã ou Agibonã: É a mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.
8. Iyamorô: ou BabamorôResponsável pelo Ipadê de Exú.
9. Iyaefun ou Babaefun: Responsável pela pintura branca das Iaôs.
10. Iyadagan e Ossidagã: Auxiliam a Iyamorô.
11. Iyabassê: (mulher): Responsável no preparo dos alimentos sagrados as comidas-de-santo.
12. Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando.
13. Iyatebexê ou Babatebexê: Responsável pelas cantigas nas festas públicas de candomblé.
14. Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos e obrigações de "cantar folhas.
15. Aiybá: Bate o ejé nas obrigações.
16. Ològun: Cargo masculino. Despacha os Ebós das obrigações, preferencialmente os filhos de Ogun, depois Odé e Obaluwaiyê.
17. Oloya: Cargo feminino. Despacha os Ebós das obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.
18. Iyalabaké: Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar recolhido.
19. Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.
20. Pejigan: O responsável pelos axés da casa, do terreiro. Primeiro Ogan na hirarquia.
21. Axogun: Responsável pelos sacrifícios. Trabalha em conjunto com Iyalorixá / Babalorixá, iniciados e Ogans. Não pode errar. (não entram em transe).
22. Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados. (não entram em transe). Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro Axé chegar ao terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas homenagens. No Candomblé Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.
23. Ogâ ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em transe).
24. Ebômi: Ou Egbomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: meu irmão mais velho). Ajoiê ou ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe). Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Terreiro do Gantois, de "Iyárobá" e na Angola,chamada "makota de angúzo", "ekedi" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil
25. Iaô: filho-de-santo (que já foi iniciado e entra em transe com o Orixá dono de sua cabeça), nem todo Iaô será um pai ou mãe de santo quando terminar a obrigação de sete anos. Ifá ou o jogo de búzios é que vai dizer se a pessoa tem cargo de abrir casa ou não. Caso não tenha que abrir casa o mesmo jogo poderá dizer se terá cargo na casa do pai ou mãe de santo além de ser um egbomi.
26. Abiã ou abian: Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.
27. Sarepebê ou sarapebê é responsável pela comunicação do egbe (similar a relações públicas).




Hierarquia do candomblé Jeje
No Jeje-Mahi.

1. Doté é o sacerdote, cargo ilustre do filho de Sogbô
2. Doné é a sacerdotisa, cargo feminino, esse título é usado no Terreiro do Bogum onde também são usados os títulos Gaiaku e Mejitó. similar à Iyalorixá
Os vodunsis da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviungo, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné
No Jeje-Mina Casa das Minas

1. Toivoduno
2. Noche
No Kwé Ceja Houndé
• Gaiaku, cargo exclusivamente feminino
• Ekede
Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.



Hierarquia do candomblé Bantu

Títulos Hierárquicos Bantu, Angola, Congo
1. Tata Nkisi - Zelador.
2. Mametu Nkisi - Zeladora.
3. Tata Ndenge - pai pequeno.
4. Mametu Ndenge - Mãe pequena(há quem chame de Kota Tororó, mas não há nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida).
5. Tata NGanga Lumbido - Ogã, guardião das chaves da casa.
6. Kambondos - Ogãs.
7. Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.
8. Tata Kivanda - Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).
9. Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.
10. Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida da casa de exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).
11. Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de prefer~encia ser uma senhora de idade e que não mestrue mais.
12. Mametu Ndemburo - Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).
13. Kota ou Maganga - Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).
14. Tata Nganga Muzambù - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios.
15. Kutala - Herdeiro da casa.
16. Mona Nkisi - Filho de santo.
17. Mona Muhatu Wá Nkisi - Filha de santo (mulher).
18. Mona Diala Wá Nkisi - Filho de santo(homem).
19. Tata Numbi - Não rodante que trata de babá Egun(Ojé).

Sacerdotes na África
BANTU (ANGOLA-KONGO).
• Kubama..................adivinhador de 1a categoria.
• Tabi....................adivinhador de 2a categoria.
• Nganga-a-ngombo.........adivinhador de 3a categoria.
• Kimbanda................feiticeiro ou curandeiro.
• Nganga-a-mukixi.........sacerdote do culto de possessão (Angola).
• Niganga-a-nikisi........sacerdote do culto de possessão (Kongo).
• Mukúa-umbanda...........sacerdote do culto de possessão (Angola-Kongo).

Divisão Sacerdotais no Brasil

Angola - língua quimbundo - Kongo - língua quicongo


• Mam’etu ria mukixi......sacerdotisa no Angola.
• Tat’etu ria mukixi......sacerdote no Angola.
• Nengua-a-nkisi..........sacerdotisa no Kongo.
• Nganga-a-nkisi.........sacerdote no Kongo.
• Mam’etu ndenge..........mãe pequena no Angola.
• Tat’etu ndenge..........Pai pequeno no Angola.
• Nengua ndumba...........mãe pequena no Kongo.
• Nganga ndumba...........pai pequeno no Kongo.
• Kambundo ou Kambondo....todos os homens confirmados.
• Kimbanda................Feiticeiro, curandeiro.
• Kisaba.................pai das sagradas folhas.
• Tata utala..............pai do altar.
• Kivonda.................Sacrificador de animais (Kongo).
• Kambondo poko...........sacrificador de animais (Angola).
• Kuxika ia ngombe........Tocador (kongo).
• Muxiki..................tocador( Angola).
• Njimbidi................cantador.
• Kambondo mabaia.........responsável pelo barracão.
• Kota....................todas as mulheres confirmadas.
• Kota mbakisi............responsável pelas divindades.
• Hongolo matona..........especialista nas pinturas corporais.
• Kota ambelai............toma conta e atende aos iniciados.
• Kota kididi............toma conta de tudo e mantém a paz.
• Kota rifula.............responsável em preparar as comidas sagradas.
• Mosoioio................as (os) mais antigas.
• Kota manganza............título alcançado após a obrigação de 7 anos.
• Manganza.................título dado aos iniciados.
• Uandumba................designa a pessoa durante a fase iniciatória.
• Ndumbe..................designa a pessoa não iniciada.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Soldado da Borracha/ o Filme

LOCAL: Espaço Cultural Vrena
DATA: 24 de maio de 2010
HORÁRIO: 10h

A Produtora concederá uma entrevista coletiva antes de embarcar para EUA

História dos soldados da borracha vai para Hollywood

Filha de Soldado da Borracha conta ao mundo a saga dos heróis esquecidos.


Legenda:

“Soldados da Borracha” é um filme documentário de longa-metragem em fase de conclusão que retrata o drama dos nordestinos, que sobreviveram ao inferno verde da selva Amazônica. A cineasta Eva Neide idealizadora deste brilhante trabalho autoral vai tecer o destino destes heróis anônimos, que ainda lutam obstinadamente para serem reconhecidos pelo governo brasileiro.

Esta dívida histórica, no entanto, já se arrasta desde a 2ª Guerra Mundial, na década de quarenta, (século passado). Nesta obra, os sobreviventes desta epopéia dos arigós contam em detalhes as suas histórias singulares, os seus dramas pessoais e as lembranças da terra amada.

O documentário é um retrato desta brigada esquecida, que contribuiu para povoar os rincões da Região Norte. A diretora nasceu no município de Feijó, no estado do Acre, filha do Soldado da Borracha Sr. Manoel Gomes da Silva, um cearense enviado para a região Amazônica pelo o governo brasileiro para atender o Acordo de Washington, com apenas vinte anos de idade, Eva Neide traz estas histórias à tona com muita sensibilidade por ter vivido essa experiência na pele.

Eva Neide conta que pela primeira vez, a sociedade brasileira e internacional conhecerá estes rostos carcomidos pelo tempo, os seus nomes e suas histórias, que sempre foram ignoradas pelas autoridades, que passaram pelo Governo Central. Durante as locações, a equipe de produção se surpreendeu com a coragem e a obstinação destes soldados da borracha, para superarem as adversidades da vida.

O filme “Soldados da Borracha” está com o lançamento previsto para o final deste ano. Há oito anos, a diretora luta para concretizar este sonho de infância, de levar para as telas do cinema a história destes abnegados nordestinos, que foram esquecidos nos confins da Floresta Amazônica. “Cresci escutando o meu pai falar sobre os seringais por onde ele cortou seringa, no Vale do Envira”, comenta Eva Neide em tom de resignação. “Este ainda vai ser um filme documentário, mas eu não vou sossegar enquanto eu não contar esta história de maneira ainda mais abrangente, numa grande produção.”

O material bruto, que correspondente a mais de 150 horas de gravação está sendo editado em Los Angeles. “A equipe percorreu cinco Estados da Federação, vasculhando bibliotecas à procura de acervos no Brasil e Estados Unidos em busca deste acontecimento ocorrido em plena 2ª Guerra Mundial”, enfatizou a diretora.

Eva Neide revela que começou a captação de “Soldados da Borracha”, no final do ano de 2004, depois de dois anos de pesquisa e um ano de preparação técnica. Apesar de estar ainda em fase de pós-produção, o documentário “Soldados da Borracha”, já conquistou o seu primeiro prêmio dado por uma audiência numa pequena amostra de cinco minutos, na cidade americana de Los Angeles, numa pequena competição, através da National Association of Latino Producers (Nalip).“Não imaginei que fôssemos ganhar, pois estávamos concorrendo com doze filmes de ficção que já haviam sido terminados e nossa amostra era de cinco minutos de imagens brutas”, disse Eva Neide, surpreendida com primeiro lugar.



Fonte: Geraldo Cruz
Casa da Cultura Ivan Marrocos

quinta-feira, 20 de maio de 2010

48 ANOS DE ZIZI/ UM ANO DE MERCADO CULTURAL

No primeiro aniversário de inauguração do Mercado Cultural e nos festejos dos 48 anos de existência do Bar do Zizi, Porto Velho, pode dizer que realizou sua “1ª Virada Cultural”. Durante três dias a travessa Renato Medeiros abrigou dezenas de fãs da música produzida em Porto Velho. Se no sudeste do país as “Viradas” acontecem durante 24 horas, em Porto Velho durou muito mais, pois começou na quinta feira com o show da cantora Fátima Miranda, prosseguiu na sexta com a Fina Flor do Samba e continuou sábado com uma vasta programação cultural, desenvolvida dentro e fora do Mercado. Pela manhã os músicos da Escola de Música Jorge Andrade sob o comando do Telêmaco se apresentaram na Praça Getúlio Vargas com o “Som Instrumental na Praça”. Durante a tarde, o público pode apreciar exibições de vídeos que retratavam a Porto Velho antiga, produzidos pelo pesquisador João Luiz Kerd’s.

O grande momento da festa, aconteceu a noite. A Fundação Iaripuna responsável pela programação musical do evento, programou, para a partir das 19 horas, uma série de apresentações, entre elas o show musical dos integrantes do projeto Fina Flor do Samba, e do grupo de seresta, Os Anjos da Madrugada. Ainda deram canja a banda de rock “Bichos do Lodo”, o violonista e cantor Quintela e o compositor e cantor H. Montenegro. Não fora a falta de organização, poderíamos estar escrevendo que a festa de aniversário do Mercado Cultural teria sido a melhor entre todas já realizadas pela Fundação Iaripuna. Infelizmente não foi assim. O grupo Anjos da Madrugada programado para se apresentar por volta das 22h00, só começou a cantar, depois da meia noite, tudo provocado pela falta de pulso da pessoa responsável pela coordenação das apresentações. Nenhuma das atrações que se apresentaram antes dos Anjos cumpriu com o horário determinado. Cada uma queria ficar o maior espaço de tempo mostrando seu trabalho, isso fez com que os seresteiro só começassem a se apresentar após a meia noite. O pior foi quando eles iam começar a cantar uma neblina caiu e a produção resolveu transferir o show para dentro do Mercado, o que causou protesto da maioria do público presente.

O bom disso tudo, foi que podemos observar que Porto Velho tem artistas a altura de realizar e participar de qualquer evento cultural, artista de ótima qualidade. O que está faltando, é apenas mais um pouco de organização por parte de quem promove eventos desse Porte.

Ainda não foi a nossa “Virada Cultural”, mas, foi um super espetáculo musical.

Fonte: Zé Katraca

MÚSICA DE QUALIDADAE

SHOW: A música da Amazônia no Mercado Cultural

Por Silvio M. Santos

Que outros espetáculos no estilo “Gente da Mesma Floresta” sejam realizados na Aldeia Porto Velho

O Mercado Cultural de Porto Velho abrigou na noite do último sábado (8), o que podemos considerar como o maior encontro de compositores e cantores da Amazônia já realizado na capital do estado de Rondônia.
Inicialmente marcado para acontecer no lado de fora do prédio, em virtude da chuva que caiu no final da tarde, o espetáculo foi montado no palco interno do Mercado Cultural. Apesar da péssima acústica, Bado (RO), Eliakin Rufino (RR), Zé Miguel (AP), Célio Cruz (AM), Nilson Chaves (PA) e Graça Gomes (AC) os que fazem parte do show “Gente da Mesma Floresta” cujo DVD foi lançado naquela noite, se juntaram ao Zezinho Maranhão, Llitsia Moreno, Banda Leão do Norte e Ceiça Farias todos militantes musicais em Porto Velho e mostraram o que a Amazônia tem de melhor em se tratando de música.

O público literalmente lotou o ambiente e com paciência, encarou o atraso provocado pela mudança do ambiente e principalmente o calor quase insuportável dentro do Mercado. Aliás, o comentário, era que a prefeitura deveria tomar providencias no sentido de amenizar a alta temperatura no ambiente.

Nilson Chaves foi o encarregado pela abertura do espetáculo “Gente da Mesma Floresta”: “Aí você partiu pro Canadá e eu Fiquei no já vou já”. Foi a dica para a platéia dominar o espetáculo. A cada refrão o canto ecoava e era ouvia desde a Carlos Gomes até a Praça Rondon. “Põe tapioca, põe farinha d’água...”. Era o sabor açaí exalando e lembrando as "banqueiras" do velho Mercado Municipal hoje Mercado Cultural. Chega o Bado e o ambiente que já estava quente pegou “fogo” de vez, “Ô dona Arara...” invocou nosso cantor e a cada acorde do “Reggae no Ibirapuera” a vibração aumentava, E chega a Graça Gomes com sua maravilhosa voz e canta o samba da “Felicidade”. Felicidade que veio com o canto de “Pérola Azulada” do Zé Miguel “Como o povo gosta do Zé Miguel”, comentou a gerente de cultura da Secel Cândrica Madalena e o espetáculo prossegui com Célio Cruz com seu “Sentimento Cintilante” que prepara o público para a Dança “Parixara” de Eliakin Rufino o poeta da Amazônia dizendo que “Somos Todos da Mesma Aldeia – Tudo Índio”. O espetáculo está terminando e o público querendo mais.

Salve o canto da nossa floresta. Salve os cantores que cantam a Amazônia pelo mundo. Que outros espetáculos musicais no estilo “Gente da Mesma Floresta” sejam realizados na Aldeia Porto Velho.

terça-feira, 18 de maio de 2010

BAR DO ALÍPIO

OS ÓRFÃOS DO VILLAS BAR (III)

Por: Altair Santos (Tatá)*

Pois bem amigos e amigas é o fim da tormenta após diluvianos chororôs de quarenta dias e quarenta noites. Depois da deriva, depois de afogar-se em copos estranhos e dormir pesados sonos nas mesas de outros bares, as águas da tristeza baixaram. A arca dos perdidos atracou e um novo monte Ararat, em forma de bar, haverá de acolher os sobreviventes. É hora de vida nova. Conforme prometido vamos passar a régua nessa conta e dar por encerrada a inventariação e partilha da herança imaterial decorrente do fechamento do Villas Bar. O certo é que o adiós boteco deixou inapagáveis chamas de tristeza no coração de muitos e como são muitos! Dados do último recenseamento do IEG - Instituto Ébrio Geográfico (especializado em localizar, identificar, registrar e documentar a densidade demográfica de pinguços da cidade) diz ali no Villas Bar, ter convivido a mais heterogênea sociedade freqüentadora de botecos das últimas décadas em Porto Velho. Rondonienses e gaúchos, baianos e acreanos, cariocas e mineiros, sergipanos, chilenos e peruanos, gregos, troianos e bolivianos, todos ali se achegaram e beberam livres dos requisitos do passaporte ou do visto, era trânsito livre, era free life para aquela sociedade evoluída. A grande legião de órfãos ainda recolhe-se em sofrimento, mas já se agrupa numa e noutra esquina da cidade. São os novos e bons sinais. Dores e lamentos à parte, quem quiser, a partir de então, promover seus reclames que o façam perante a autoridade do gabaritado Doutor Destino e, com ele, lá em seu escritório, em audiência, tenham sobre todos os “porquês” que o assunto ainda demanda. Ele é autoriadade máxima no assunto e confortará a todos atrasadinhos. Mesmo assim fazemos aqui alguns registros em contabilidade final, é a repescagem. Carlinhos Maracanã, por exemplo, trancou-se em casa e suportou o by by Villas calado, sozinho e triste, não reclamou. Pelo recolhimento e atitude humilde que surpreenderia até mesmo alguns eméritos da categoria de Ghandi, São Francisco, Madre Teresa de Calcutá e Monges tibetanos, o botafoguense da boina irá ao guichê da saudade buscar a sua parte. A mana Almira que, noite após noite, vindo da Faculdade Católica, fazia pit-stop no Villas pra molhar a palavra e discutir Marilena Chauí, dentre outros autores, também receberá um hollerith cheio de promessas. O Bruno Rocha (Brunão) que morou aqui mandou e-mail e lá da região da Avenida Paulista, em São Paulo, se disse muito triste e quase chorou por causa do bar. Pobre moço! Pra resolver a situação dele consultamos o saldo em caixa, fizemos as contas e vamos mandar pelo SBI - Saudade Bank International, o seu FGTVB, leia-se: Fundo de Garantia por Tempo de Villas Bar. Então senhoras e senhores sintonizem seus rádios porque vai começar a partida, a seleção está em campo e as emoções estão afloradas, preparem seus corações porque, antes mesmo de começar a copa, essa turma de órfãos do Villas Bar já estará fortemente barulhenta e inquieta, assinando ficha de filiação e sediando-se - outra vez- em algum boteco do centro da cidade. Por enquanto a confraria continua trabalhando em quase absoluto silêncio, exigente, criteriosa e seletiva, assim como a FIFA para aprovação de cidades brasileiras para a copa de 2014. Eles - os órfãos - à luz dos seus secretíssimos e invioláveis critérios avaliam vários locais para a nova sede. Onde vai ser? É pergunta que não quer calar. Por enquanto ninguém sabe, nem eles mesmos, mas, quem viver verá! Um brinde, saúde e vida longa a todos.

(*) O autor é Presidente de Fundação Cultural Iaripuna.

tatadeportovelho@gmail.com
Por Beto Ramos

Teatro do Esquecimento

Diz à lenda que ver uma estrela sem brilho no chão é como compreender a derrota por meio de palavras sem sentido. Como um céu nublado e cheio de nuvens carregadas, o artista perdeu a sua grandeza e deixou seu rosto beijando o chão, por um momento onde não mediu a conseqüência de suas palavras. É preciso ser cultura e não estar cultura. O artista precisa ser louco, mas, sua loucura precisa ser criativa e não algo que traga destruição. O palco da loucura de um artista é o respeito por seu talento, por sua obra, por suas viagens alucinantes em busca da coisa perfeita. Diz à lenda que poucas palavras podem destruir e construir a honra de um artista. O palco do nosso Mercado Cultural possui a grandeza da nossa história. As cinzas devem ficar apenas na lembrança. A época dos generais se passou e levou no seu manto negro um pouco da nossa história. Precisamos de respeito e não de grosserias, que poderiam fazer a criança que ouviu as palavras insensatas, dizer, não venho nunca mais neste tal Mercado Cultural. A falta de sentido em tal reação nos dá a sensação que no lugar certo estão pessoas erradas. A obrigação de cumprir determinada ordem de quem comanda, é básico para que as coisas não se tornem muitos dias com nuvens carregadas. Diz à lenda que o respeito é o mínimo que poderíamos pedir a quem representa nossa cultura. Diz à lenda que tal reação se tornou de domínio público. Talvez uma reação pequena, mas, que foi presenciada por um público que aprendeu a respeitar o que esta sendo construído para engrandecer a nossa história. Erros de comunicação podem acontecer. O que não pode acontecer é lavar roupa suja diante de pessoas que simplesmente apreciam a beleza da revitalização do nosso centro histórico. A mãe cultura carrega em seus braços os órfãos do Vilas Bar, e os carrega no seu seio fraterno onde existe a união pela nossa história. Nossas sextas feiras estão mais ricas com a presença do BUBU com o seu vozeirão. E o nosso Mercado Cultural é lugar de engrandecimento da nossa cultura. Diz à lenda que não precisamos de atitudes inconseqüentes, que venham a fazer o povo imaginar que estamos sem comando. Somos o nosso tempo. Somos a história. Estaremos sempre prontos a defender o que escolhemos como bandeira da luta diária, “a nossa cultura beradeira”. Diz à lenda que as pequenas atitudes impensadas podem crescer se não colocarem as peças certas nos lugares certos. Os espaços de cultura precisam ser ocupados por espetáculos de arte, e não por cenas de somente um ato de uma peça de teatro que poderia ter o nome de esquecimento.

Diz a lenda.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O PALESTRANTE

Nei Lopes
Nei Brás Lopes
9/5/1942 Rio de Janeiro, RJ.

Biografia

Compositor. Escritor. Cantor.
Nascido e criado no subúrbio carioca de Irajá. Morou no Lins, Grajaú e Tijuca. Mais tarde, em 1982, mudou-se para o bairro de Vila Isabel. Foi semi-interno da Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes, lugar onde tomou consciência de sua negritude, influenciado por Maurício Teodoro (do Salgueiro), Carlos da Rosa (da Serrinha), e Pinduca (do Catete). Freqüentou a casa de Maurício e de Tia Dina, onde cantava-se muito samba e as tradições afro-brasileiras eram mantidas.
Integrou a Ala de Compositores e a Velha-Guarda do Salgueiro.
Publicou em 1963 poemas na Antologia Novos Poetas e mais tarde publicou textos na Revista Civilização Brasileira e no Jornal do Commércio.
Em 1975 foi contemplado com o prêmio "Fernando Chinaglia", da U.B.E. (União Brasileira dos Escritores). Também foi considerado pelo crítico inglês David Brookshae como um melhores poetas da negritude no Brasil.
No ano de 1999 em uma entrevista para o Segundo Caderno do jornal O Globo, declarou: "Deixei de ser mulatinho para ser negro, embora o processo estivesse longe da conscientização".
Ingressou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil em 1962. Depois da morte de seu pai, que não era muito a favor de que o filho cantasse e freqüentasse as rodas de samba, assumiu definitivamente o seu lado sambista, desfilando pelo Salgueiro em 1963. Em 1966 formou-se em Direito, trabalhando na profissão até 1970.
Entre as experiências enriquecedoras da casa da Tia Dina, inclui a amizade com Popó, que o levou para a religião africana mais radical - o candomblé tradicional, de fundamento baiano.
Por volta de 1978, aprofundou-se no estudo da religião, fez-se praticante, embora admitisse ver nessa entrega, acima de tudo, uma forma de integração, uma união cultural dos negros. Toda essa cultura e a consciência da negritude o tornaram um dos grandes conhecedores da causa negra, fato que transparece em seus livros e em suas composições, centradas na temática afro-brasileira.
Dentre seus livros mais conhecidos estão "O samba na realidade", Editora Codecri, em 1981; "Islamismo e negritude" (co-autoria com João Batista Vargens, 1982); "Casos crioulos", contos, de 1987; "Bantos, malês e identidade negra", de 1988; "O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical" (Pallas Editora, RJ) de 1992; "Dicionário banto do Brasil", de 1996; "Incursões sobre a pele", poesias, de 1996; "171 - Lapa-Irajá. Casos e enredos do samba", contos, em 1999, Editora Folha Seca; e no ano 2000, lançou "Zé Kéti, o samba sem senhor".
Em 1989 escreveu a revista "Oh, que Delícia de Negras!" (com músicas em parceria com Cláudio Jorge), que fez longa temporada no Teatro Rival, no Rio de Janeiro.
Escreveu, com Juana Elbein dos Santos, o encarte para o LP "Egungun, Ancestralidade Africana no Brasil".
Em 1997, em comemoração aos 80 anos da primeira gravação do samba "Pelo telefone" (Donga e Mauro de Almeida) a gravadora EMI/ODEON lançou a caixa "Apoteose ao samba", na qual, além dos discos, foi também encartado um livreto com dois textos: um de sua autoria "Uma breve estória do samba" e outro de Tárik de Souza.
Entre 1999 e 2000, respectivamente, teve encenado pelos alunos de teatro do Centro Cultural José Bonifácio, da Prefeitura do Rio de Janeiro, dois musicais: "Clementina" (sobre a vida de Clementina de Jesus) e "Dona Gamboa, Saúde" (sobre a história da região portuária, um dos berços do samba).
Em 2001 publicou "Guimbaustrilho e outros mistérios suburbanos", pela Coleção Sebastião, lançada nas bancas de jornais pela Editora Dantes.
No ano de 2003 lançou o livro "Sambeabá - O samba que não se aprende na escola", com ilustrações de Cássio Loredano e apresentação de Luiz Antônio Simas (Editoras Casa da Palavra e Folha Seca). O livro foi lançado no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro.
No ano de 2004 publicou, pela Summus Editorial/Selo Negro, "Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana".
No ano de 2005 foi lançado o livro "O samba do Irajá e de outros subúrbios: um estudo da obra de Nei Lopes", de Cosme Elias, originalmente uma dissertação de mestrado do autor.
Em 2006 publicou "Partido alto, samba de bambas" (Editora Pallas) e "Kitábu: O livro do saber e do espírito negro-africanos", pela Editora Senac-SP, livro no qual fez uma análise filosófica e literária da África e sua diáspora, seus povos, suas línguas e suas religiões na visão dos próprios africanos e dos europeus.
Para teatro, compôs trilhas para as peças "O perverso sonho da igualdade" e "Auto da Indendência", ambas de Joel Rufino dos Santos.
Participou de diversas antologias poéticas.
Entre as honrarias recebidas destacamos o troféu "Golfinho de Ouro" (Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro), do Governo do Estado do Rio de Janeiro; "Prêmio Tim de Música" e a "Ordem do Mérito Cultural", conferida pelo Governo Federal na Presidência de Luíz Inácio Lula da Silva.
Em 2009 lançou o primeiro romance intitulado "Mandingas da mulata velha na Cidade Nova" (Editora Língua Geral). Neste mesmo ano foi lançada a sua biografia escrita pelo jornalista Oswaldo Faustino para a "Série Retratos do Brasil Negro", da Editora Negro Edições.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

CINEMA

CURTAMAZÔNIA

Sangue e suor: a Saga de Manaus

Mais uma atração no 1º Festival de Cinema Curta Amazônia, está programado sua exibição para o dia 27 no Auditório do Senac a partir das 19:30 h, na Rua Tabajara, a atração será o filme de Luiz de Miranda Corrêa, 20 min, 1977, Rio de Janeiro, “Sangue e suor: a Saga de Manaus”, que irá mostrar a cidade de Manaus desde o início de sua colonização até o período de sua modernidade.

Acompanhe sua Sinopse: "Durante a conquista e a colonização portuguesa uma cultura européia é implantada no coração da Amazônia. Nasce a Vila de Manaus, mais tarde capital da Província e do Estado da Amazônia. O 'boom' da borracha no século XIX transformaria a aldeia numa metrópole à européia. Os índios tentam resistir, através de suas danças, cantos e alimentos. São, no entanto, pouco a pouco assimilados ou expulsos para a periferia da cidade. Um novo 'boom', o da Zona Franca de Manaus, atrai migrantes do país e do exterior. A cidade continua a crescer e, à custa do patrimônio do século XIX e da cultura ameríndia, se transforma numa cidade moderna. Mas, apesar dos índios terem virado folclore de um turismo avassalador, a marca da floresta impede que a cidade se transforme, pelo menos até agora, numa incolor Hong Kong brasileira." (SENM/EMPLASA)

"Uma interpretação sociológica e antropológica da capital amazonense, sob o impacto de valores alienígenas." (MA/CFCCM)
"Documentário sobre a cidade de Manaus: a implantação de uma cidade européia na floresta amazônica; as distorções de uma cultura alienígena que não respeitou a ecologia regional; a influência inglesa; os aventureiros da borracha e da Zona Franca; as transformações trazidas pelo comércio e pela indústria; a marginalização do indígena, sua massificação e transformação em objeto de turismo, a distorção de seus cantos e suas danças." (Filme e Cultura, n.29)

O BNDES apresenta o Festival de Cinema Curta Amazônia que está sendo patrocinado pela Eletrobrás - Eletrosul/Gov. Federal, FNC/SAV/MINC; e conta com os apoios culturais do CTAV/SAV/MINC, Secel/Governo de Rondônia, Fecomércio/RO, Maporé, Diário da Amazônia, SGC e Rede TV Rondônia; e apoios institucionais da ABD/RO e ABD Nacional, Iphan/RO, Site O Observador, Sinjor/RO e conta com o apoio da Imprensa Rondoniense e Nacional numa realização da Associação Curta Amazônia.

Maiores informações: festival@curtamazonia.com / www.curtamazonia.com

FONTE: Assessoria

13 de maio dia dos pretos velhos

Pretos-velhos na Umbanda, são espíritos de velhos africanos que viveram nas senzalas e majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios , ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente, apesar da rudeza do cativeiro demonstrando qualidades insuperáveis para suportar as arguras da vida, consequentemente são espiritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procura para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omulu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral suas baforadas para aniquilar os perigosos kiumbas.
São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por sí só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos.





Os Pretos Velhos


Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns encorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:


As Crianças – chamadas eres, ou ibejis, representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.


Os Caboclos – onde se incluem os Oguns, Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do indio ou soldado.


Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.

DISCRIMINAÇÃO

MOCAMBO SUBLEVADO

*Por: Altair Santos (Tatá)

Domingo, dia das mães. O que seria a continuação de um final de semana festivo e repleto de alegria, por conta da comemoração do dia das mães, no Mocambo, teve outro desdobramento. Logo cedo, um misto de tristeza, indignação e revolta tomou conta dos moradores daquele histórico bairro, ante a manchete de capa de um matutino local que estampava até pra cego ver: “Mocambo é rei das bocas-de-fumo.” Dentro, do jornal, na ampliação da matéria, mais contundência: Mocambo “ainda” é o rei das bocas-de-fumo. O desassossego foi geral, os ânimos se exaltaram, o café da manhã com as mamães esfriou na mesa e o churrasco do almoço sequer foi pro fogo. O bicho pegou! Atravessávamos o Bairro Mocambo, do Areal em direção ao centro e optamos pela Rua Capitão Esron de Menezes que termina na Almirante Barroso para, adiante, pela General Osório, dar acessao a 7 de setembro no coração da capital. Porém a nossa trajetória fora interrompida pelo frenético movimento de moradores do Bairro Mocambo que acorriam para a aconchegante Praça São José. A praça, hoje palco das manifestações e comemorações religiosas, sociais e culturais do Mocambo, era, naquele momento, o pátio da injúria, do protesto. Diretores e brincantes do Bloco Até Que a Noite Vire Dia, católicos, evangélicos, estudantes e líderes comunitários corriam de um lado para o outro, conversando entre si e avaliando o estrago social da notícia. Pobre Mocambo e seus moradores! Geograficamente talvez o menor, dentre os menores bairros de Porto Velho fora, após décadas de luta contra a discriminação, alvejado no peito sem que ninguém – antes dos dados divulgados – lhes procurasse pra conhecer a história de transformação ali existente. Não acreditamos em força repressiva que expõe em manchete de jornal, dados ou detalhes de operação em curso. O ato da investigação nos parece que deve se dá em sigilo para não comprometer o êxito pretendido. E se assim não o for que os textos a serem divulgados sejam zelosos e respeitosos com as pessoas de bem. Os moradores do mocambo são poucos. A bonita história de trabalho, de educação, cultura, esporte e amor à cidade, é esquecida por muitos noticiosos em detrimento dos desajustes sociais de um passado distante. O bairro é parte da cidade, logo, propenso a vivenciar as coisas boas e ruins que acontecem neste mundão de meu Deus, portanto, é desnecessáriio que o jornal lhe confira o pejorativo título de “rei da droga”. Se é fato que lá tem vendedor de drogas, estes informes devem resultar de conhecimento de campo investigativo. Então onde estão? Quem são? Em que rua? Já que sabem disso vão lá e os prendam. A comunidade do Mocambo não se desinteressa ou abre mão da defesa pública. Porém exige ser tratada como comunidade que precisa da sua integridade moral para seguir adiante, criando seus filhos, realizando suas ações, somando para o contexto histórico da cidade, interagindo com os poderes e outros segmentos, sem a pedra que lhe fora atirada contra o quengo. Há anos, no Mocambo, se ouve falar de comemorações festivas, sociais e culturais como dia das mães, dia dos pais, festa de são José (padroeiro do bairro), festa da padroeira do município, dia das crianças, natal, ano novo e carnaval. Lá também os segmentos organizados da comunidade, ou seja, o bloco, os religiosos e os jovens fazem ação solidária, se preocupam com o próximo em busca de vida digna e harmônica. Ei Mourão, Márcio, Ernesto, Maracanã, Sílvio e Bainha, Misteira e Mávilo, vamos fazer um Canta Mocambo! Vamos entoar o mais fervoroso refrão dali: “amanhacer no mocambo.”

(*) o autor é músico e cidadão portovelhense.

tatadeportovelho@gmail.com

segunda-feira, 10 de maio de 2010

BAR DO ALÍPIO

OS ÓRFÃOS DO VILLAS BAR |(II)

Por: Altair Santos (Tatá)*

Vocês não sabem o sururu que deu a veiculação do artigo Os Órfãos do Villas Bar (o primeiro de uma trilogia que pretendemos escrever) sobre o fechamento do afamado ponto da bebericagem e da conversa solta. A coisa é mais séria do que imaginamos. Nosso telefone não parou de tocar nos últimos dias e a caixa de e-mail está repleta de recados daqueles que não foram citados e agora postulam seus créditos afinal, eles, os reclamantes, ali tomaram assento, molharam a palavra, beberam umas e outras, encheram a cara, fofocaram até secar a língua e, por tal, justo se faz serem parte desta espécie de inventário imaterial ou testemunho do aqui jaz do saudoso boteco, cuja riqueza deixada é mesmo a lembrança dos momentos ali vividos em acaloradas rodas de conversa e tilintar de copos, em sucessivos brindes. O fotógrafo Luiz Brito, morador da Rua da Divisória (hoje Presidente Dutra) – Bairro Caiari, nos enviou uma foto na qual se exibe ocupando a cabeceira da mesa de sinuca do Villas, numa pose de expert das tacadas que não combina com ele. Porém a prova é inconteste e lhe confere ser legítimo herdeiro da memória em questão. Valeu Luiz! Que o seu coração seja confortado! Outro insatisfeito é o engenheiro Orlando (diretor do Bloco Galo da Meia Noite). O moreno reivindica a sua citação em nome do grande sacrifício feito nas sagradas horas de desopilação, quando aturava o aluguel de alguns malas que por ali já chegavam etilicamente alterados vindo dos rotineiros tours pelos bares daquelas cercanias. Veredicto: o Orlando merece, também é herdeiro. Outro ressentido - que inclusive anda a passos lentos e olhar triste - é o Jorginho Bola Sete. Dele se sabe que, pelo fato de morar próximo ao ex-bar, de vez em quando vai na esquina e lança um olhar comprido e tristonho em direção ao número 1307 da Carlos Gomes, como a querer saber se algo mudou, ou melhor, se voltou a ser o que era: o bar. Vemos estar sendo difícil pro Jorginho e pros irmãos Johnson (bubu e júnior), que moram ali na biqueira do Villas e terem que, a cada anoitecer, afogar seus desassossegos e saudades noutros lambedores (bares) do centro histórico. Pronto Jorginho Bola, o seu quinhão tá garantido na farta herança da orfandade botequista da Cidade porto. Edson Andrade (o popular neném) assíduo no pedaço, não mais botou os pés naquelas proximidades e parece ter ficado fora de órbita. Procura-se o Neném! Quem o encontrar avise que ele tem fatia boa e assegurada na herança. Dizem que o rapaz, agora, se confina sabe-se lá aonde e somente aparecer tarde da noite lá na Estação Bolero, pra curtir os Anjos da Madrugada. Lúcio Albuquerque, jornalista escritor e presidente da Academia de Letras de Rondônia, leu sobre o fechamento do bar, lamentou o infausto acontecimento e disse não saber do fato por andar meio afastado nos últimos tempos. Ok, o amigo Lúcio leva também o seu merecido punhado. Tomara que nessa de fazer o inventário daquele imaterial e sua partilha, não nos apareça, em sonho, é claro, o Orlando do Estácio apresentando a fatura a esse amigo de vocês e, com suas costumeiras tiradas, mandando enfiar a mão no buraco do pano (o bolso) e, como era seu modo, dizer: “Tatá, bote um sorriso no meu rosto!” E olhe que o neguinho já andou tirando o sono de alguns por aí. No último sábado estávamos a andar no centro e achamos de parar no Bar do Ceará (Duque com Tenreiro Aranha) pro almoço. Sem que esperássemos a turma dos abandonados pelo Alípio nos encontrou e desceu aquela saraivada de reivindicações, choros, lamentos, pedidos e sugestões. Após haverem desabafado e ter os ais de sofreguidão amenizados em seus corações, se puseram numa grande roda para debaterem o primeiro artigo, seus efeitos, o futuro da confraria e outras temas mais. O principal, no entanto, era o porquê, do Alípio ter abandonado a todos, justo neste início de verão onde a coisa prometia e muito. A forte chuva daquela tarde lavou as lágrimas de alguns dos inconsoláveis que, ainda tomados de profunda tristeza, rumaram pra brandas da Taba do Cacique, Bar do Calixto e outros endereços.

(*) O autor é Presidente de Fundação Cultural Iaripuna

tatadeportovelho@gmail.com

PORTO VELHO EM FOTOS

O fotógrafo e vídeomaker Luiz Brito conseguiu através do patrocínio da Energia Sustentável/Jirau a reimpressão do livro de fotografia “Revelando Porto Velho”, publicado pela primeira vez em 2004, com patrocínio da Brasil Telecom. Luiz é um dos mais respeitados profissionais na área audiovisual e um dos mestres na arte da fotografia, já tendo participado de exposições internacionais em países como Áustria e Espanha.

Pesquisador nato, defensor do meio ambiente e do regaste histórico dos patrimônios, o livro “Revelando Porto Velho” é um compêndio de fotos históricas que retratam a capital de Rondônia em momentos de gênese além de pontos de referência histórica no aspecto social da cidade.

Fruto de uma árdua pesquisa, as fotos da obra foram adquiridas durante ao longo dos anos em contatos com a própria comunidade local que forneceu material de acervo familiar. Outra fonte importante do fotógrafo foi do acervo pessoal do historiador e jornalista Manoel Rodrigues Ferreiras – autor do livro “A Ferrovia do Diabo” – que cedeu algumas reproduções, outra fonte foi a família do sanitarista Oswaldo Cruz (1872 – 1917), que também cedeu reproduções na época em que esteve em Rondônia.

De acordo com Luiz Brito a nova edição terá algumas novidades, como o acréscimo de textos nas legendas de algumas fotos. Mas, um detalhe que deve enriquecer ainda mais a obra é a inclusão de duas orelhas (capa e contra-capa), onde cada uma apresentará uma foto histórica inédita e dois textos da época. Um deles descreve o dia da inauguração do Teatro Fênix em Porto Velho, o outro texto, de 1918, apresenta aspecto histórico do bairro Da Favela, próximo de Santa Bárbara.

A nova reimpressão seguirá o mesmo modelo da primeira edição, com os acréscimos destacados por Luiz e será impresso fora do Estado pela Gráfica Coan no final de maio, com um padrão gráfico de primeira linha e todo custeado pela Energia Sustentável, que deu aval ao projeto cultural proposto pelo fotógrafo. Luiz acredita que até o final de junho fará o lançamento da nova edição.

Luiz Brito já tem outros trabalhos fotográficos do mesmo estilo engatilhados, entre eles três temáticos, diferentes e que já serviram de mote para exposições: “As Queimadas”, “Festejo do Divino Guaporé” e “Ferrovia da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”.

Fonte: Rondoniaovivo.com - Texto: Marcos Souza -

AS MAMÃES

DIA DAS MÃES
-Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.
-Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.
-Em princípio, não há nada que as mães desejem mais para os filhos do que vê-los casados, mas nunca aprovam as mulheres que eles escolhem.
-Mães judiciosas sempre têm consciência de que são o primeiro livro lido e o último posto de lado, na biblioteca dos filhos.
-As tias, as mães e as irmãs têm uma jurisprudência particular com os seus sobrinhos, os seus filhos e os seus irmãos.
-Mãe é o amigo mais verdadeiro que temos quando a dificuldade dura e repentinamente cai sobre nós; quando a adversidade toma o lugar da prosperidade; quando os amigos que se alegram conosco nos bons momentos nos abandonam; quando os problemas complicam-se ao nosso redor, ela ainda estará junto de nós, e se esforçará através de seus doces preceitos e conselhos para dissipar as nuvens de escuridão, e fazer com que a paz volte aos nossos corações.
-O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece à lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.
-Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado por termos você.
-Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra.
-Mãe. Teus braços sempre se abrem quando preciso um abraço. Teu coração sabe compreender quando preciso uma amiga. Teus olhos sensíveis se endurecem quando preciso uma lição. Tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar.
-Mãe. Que a beleza das flores, a doçura do mel, o brilho das estrelas, envolvam você hoje e que você continue irradiando este amor e esta alegria que você sempre nos ofereceu!

Mãe, amor sincero sem exagero.
Maior que o teu amor, só o amor de Deus...
És uma árvore fecunda, que germina um novo ser.
Teus filhos, mais que frutos, são parte de você...
MAMÃE

És capaz de doar a própria vida para salva-los.
E muito não te valorizam...
Quando crescem, de te esquecem.
São poucos, os que reconhecem...

Mas, Deus nunca lhe esquecerá.
E abençoará tudo que fizerdes aos seus...
Peço ao Pai Criador que abençoe você.
Um filho precisa ver o risco que é ser mãe...
Tudo é cirurgia, mas ela aceita com alegria.
O filho que vai nascer...

Obrigado é muito pouco, presente não é tudo.
Mas, o reconhecimento, isso! Sim, é pra valer...
Meus sinceros agradecimentos por este momento.
Maio, mês referente às mães, embora é bom lembrar...
Dia das mães, que alegria é todo dia.

QUERIDA MAMÃE

Tu que nos guardaste em teu ventre aquecido e do mundo fomos protegidos...
Tu que nos trouxeste para a vida, o que mais poderiamos querer?
Nos deste um cantinho dentro de ti e já crescidinhos nascemos para te conhecer...
Em teus braços fomos acalentados com teu amor e dedicação.
Nosso coração por ti, todos os dias acariciado...
Te conhecer por fora é só uma forma de nos fortalecer para o mundo, mas o que há de mais profundo vem do teu íntimo Ser...
Oh!maravalhosa Criatura...Nascida do Amor Divino
que nos ampara a todos os momentos de nosso Viver!
O que mais poderiamos querer?
Rogar com todas as forças que Deus abençoe a todas as mães e se nem sempre ao nosso lado podemos te ter até tua lembrança nos faz reviver...que maravilha ...
você nunca estará sozinha Querida Mamãe!

Presente a mamãe


“Deus não podia estar em todas partes ao mesmo tempo, e por isso criou às mães.”

“Uma mãe não é uma pessoa na que possa se apoiar, senão uma pessoa que faz que não precise se apoiar em ninguém.”

“Quando se é mãe, nunca se está sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre dever pensar por dupla – uma vez por ela e outra por seu filho.”

“De todos os direitos de uma mulher, o maior é ser mãe.”

“Minha mãe foi a mulher mais bela que jamais conheci. Todo o que sou, lho devo a minha mãe. Atribuo todos meus sucessos nesta vida ao ensino moral, intelectual e física que recebi dela.”.




Ser Mãe

Deixei a natureza transformar-me
Com todas suas leis
Tive o prazer de sentir um bebê no meu ventre
Chorei na maternidade,
Troquei fralda,
Passei noites acordada,
Desfrutei a sensação de amamentar,
Ensinei a comer,
Ensinei a andar,
Chorei no primeiro dia de escolinha
Talvez tenha deixado algumas pessoas de lado,
Talvez não tivesse tempo para dar atenção para as amigas
Pode ser que me relaxei um pouco com minha aparência
Ou quem sabe não tive nem tempo para pensar nisso
Pode ser que deixei alguns projetos pela metade
Ou talvez porque não conciliava com meu horário familiar
Momento algum joguei nada para o alto
Na verdade segurei com as duas mãos
Tudo o que vi cair do céu
Porém permiti
A mão de Deus me tocar
Para ser uma verdadeira mãe

HOMENAGEM A TODAS AS MÃES, QUE DEUS AS ABENCÔE!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PORTO DO VELHO

O SOBRADO E O TREM.







Por: Beto Ramos







Diz à lenda que ressurgirá dos escombros da antiga Prefeitura de Porto Velho, um espaço para a cultura e história política da nossa capital beradeira. Diz à lenda que nascerá um novo capítulo da nossa história na Ladeira Comendador Centeno. Muito bom saber que projetos de tamanha grandeza estão sendo elaborados e pensados por pessoas que conhecem a nossa história. Ao passarmos pela ladeira da antiga Prefeitura, o que vemos hoje é um espetáculo de abandono e desrespeito com a nossa população. Ao revitalizarmos os nossos prédios históricos, a valorização da memória do nosso povo passa a ser bem mais respeitada. Com certeza o português Pedro Renda, o mestre de obras que construiu o sobrado, hoje se vivo fosse estaria a aplaudir tão grandioso projeto. Diz à lenda que o prédio da antiga Prefeitura foi tombado pela lei municipal nº 1099 de 26 de maio de 1993. Tombado pela lei e não pelo abandono.

Diz à lenda que no centro da nossa capital beradeira, a população na sexta feira 30/04 durante o período da tarde emocionou-se com os apitos do trem na Madeira Mamoré. Como em uma viagem no tempo sentimos o orgulho de sermos portovelhenses. Diz à lenda que a voz do Bubu ecoou nos galpões da estrada de ferro, mexendo com o nosso orgulho beradeiro. “Você precisa ver, para saber como é que andava o trem na Madeira Mamoré.” E a máquina 18 apitando e os nossos corações pulsando em cada dormente, e a nossa história sendo socorrida após um longo período na UTI do esquecimento. Diz à lenda que o poeta Mado, fez uma narrativa com suas expressões corporais, de algo que deveria ser visto por um público bem maior. Diz à lenda: silêncio! Silêncio! Silêncio! Que o Mado chegou com suas pantominias. Então aplausos para o trem, aplausos para o Bubu, aplausos para o Mado e muitos e muitos aplausos para o projeto revitalização do prédio da antiga Prefeitura. Aplausos para o Tatá quando ele está, e nessa história ele está.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PORTO DO VELHO

OS ÓRFÃOS DO VILLAS BAR (I)

Por: Altair Santos (Tatá) *

Rua Carlos Gomes (centro), nº 1307. Este é o endereço de um dos raros estabelecimentos de portas fechadas no movimentado centro da capital. A cidade de Porto Velho há poucos dias, entre o fim das chuvas e o início do verão amazônico, acordou com a notícia de um dos mais sentidos cerrar portas de sua história. Fechou o tradicional Villas Bar, reduto de boêmios, sambistas, chorões, seresteiros, poetas, atores, acadêmicos, jornalistas, professores e outras levas mais de intelectuais. O Villas, nos fins de tarde e noite adentro, acolhia e embalava uma heterogênea seleção de convivas que ali se reunia para demoradas sessões de prosas regadas a generosas rodadas de cerveja, muita cerveja! Estes encontros aconteciam - inevitavelmente - sempre motivados por boa música e papo sobre cultura, futebol, política e, às vezes, mulher, dentre outros temas da preferência nacional. Há quem diga que ali, funcionava também uma eficiente célula da fofocagem local, com afiadas sucursais linguarudas espalhadas pelas mesas. Será? Sabe-se que ninguém queria ser manchete naquela confraria. A repentina ida do atencioso Alípio, rumo aos cerrados de Goiás, foi uma pedrada no quengo da freguesia fazendo com que alguns desavisados, fiquem a todo instante dando com a cara na porta e perder o tino. Parece inclusive que as belas moças - indo e vindo pros cursinhos e colégios da região central - também se foram. Pior, sem elas a calçada amiga da Carlos Gomes ofuscou, entre as luzes e letreiros, aquele apreciável e estonteante vai e vem ornado com categóricos requebros noturnos. Agora o que se vê, é um grande elenco de órfãos do Villas Bar, feitos nômades ao entardecer, desfilando perdidos à tardinha, entrecortando as ruas do centro, alternando uns goles aqui e outros ali, buscando assento (acolhida) de boteco em boteco. Feito aquelas andorinhas do início de verão, é fácil avistá-los uns poucos aqui, outros acolá, como bem podemos discorrer sobre. Por exemplo: numa certa sexta-feira, o professor e violonista Júnior Johnson e o psicólogo Alexandre Ronald, atônitos e sem ter aonde ir, acabaram levados pelo vento e, tipo que num acaso cabralístico, tiveram que aportar suas naus na Fina Flor do Samba, no Mercado Cultural. O jornalista Antonio Alves fora visto na companhia do Vásquez encostado no balcão do bar do Bolívia (Joaquim Nabuco – entre Duque de Caxias e Carlos Gomes). O bar do Ceará na Joaquim Nabuco com a Duque de Caxias, também recebe, vez por outra, alguns desses deserdados cervejeiros. Um certo bar rodeado de árvores, no bairro São João Bosco, já fora avaliado para ser o novo point dos sem rumo. Falta sair o veredicto da ação mas parece que não deu certo. Há relatos de que o arquiteto Glauco, sempre com o seu tabuleiro de xadrez ao alcance da mão, foi surpreendido aos gritos, assim como quem joga truco, dando xeque-mate em si mesmo na sua própria varanda, já em noite alta, madrugada talvez! De nossos informantes, chegam furos de que o botafoguense Bubu Johnson ainda circula ali pela região da Carlos Gomes e, sempre que vê a porta entreaberta, age como visse um oásis. Ele corre, desafia os perigos do trânsito, atravessa a rua e, a peso de muita lábia, consegue persuadir a dona Nadir a lhe vender ao menos uma cerveja do saldo de estoque que ficou. É a raspa do tacho. Mais tarde o cantor do Show Prisma Luminoso é visto lá pelo seu Carmênio e noutros butiquins. Surpreso mesmo ficou o nosso amigo Beto Bertagña que, numa solenidade na EFMM, fez cara de tristeza ao saber que não mais suavizaria o calor e a sede, a bordo das geladas que o Alípio caprichosamente servia. Cabo Sena, que não bebe mais, porém assinava ponto toda noite no Villas Bar, agora se consola ao som e acordes do seu cavaco. Paulinho Medeiros, Donizeti, Emerson, Dudu, e outros tantos ex-habituês do espaço, por ora, chutam latas nas esquinas e calçadas da cidade porto até que um novo sopro de orientação, ou seja, um novo bar, afague os corações sofridos desses rapazes. Dizem que o poeta Mado, por lá chegava todo conversador, alegre, falante, agora se fez mudo e, como diz ele, de si mesmo, “ficou sem texto.” Quando se topam nas esquinas – o que não é difícil – os órfãos se cumprimentam com acenos ligeiros e se espantam com suas próprias presenças, parecendo visagens uns para os outros, ou almas tristes a vagar. Esta é mais uma cena do cotidiano. É a cidade em sua efervescência, levando e trazendo coisas e pessoas, fazendo girar a máquina social. Por ora, a parte deste molar da engrenagem, formada pelos freqüentadores do Villas Bar, encontra-se avariada, triste e ressentida, pelo menos até o próximo gole. Saúde Senhores!

* O autor é Presidente da Fundação Cultural Iaripuna.

tatadeportovelho@gmail.com

terça-feira, 4 de maio de 2010

NOEL ROSA

CENTENÁRIO DE NOEL ROSA.

BUTIQUIM DO SAMBA

* 11 DE DEZEMBRO DE 1910.
+ 04 DE MAIO DE 1937

de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.[1] Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.[2][3]
Noel nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida..
Noel teve ao mesmo tempo algumas namoradas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a dama do cabaré. Passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro. Mudou-se para Belo Horizonte,[nota 1] trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado. Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.
] Bibliografia
Dentre os livros a respeito do artista, duas obras são de grande importância para se estudar Noel Rosa: "No Tempo de Noel Rosa", escrita pelo amigo Almirante, e a essencial "Noel Rosa: Uma Biografia" de João Máximo e Carlos Didier.
Outros livros
• Noel Rosa: Língua e Estilo (Castellar de Carvalho e Antonio Martins de Araujo)
• Songbook Noel Rosa 1, 2 e 3 (Almir Chediak)
• Noel Rosa: Para Ler e Ouvir (Eduardo Alcantara de Vasconcellos
• O Jovem Noel Rosa (Guca Domenico)
• O Estudante do Coração (Luis Carlos de Morais Junior)
Cinema
Filmes sobre Noel, Noel Rosa já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Chico Buarque no filme "O Mandarim" (1995) e Rafael Raposo no filme "Noel - Poeta da Vila" (2006).
O primeiro longa-metragem sobre o compositor, "Noel - Poeta da Vila", foi baseado na biografia de Máximo e Didier e dirigido por Ricardo van Steen. Teve sua estréia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2006 e na 30ª Mostra de Cinema de São Paulo. Entrou em circuito em agosto de 2007, ano que marcou os 70 anos da morte do poeta do samba.
Antes deste filme , outros filmes, de curta e média-metragem, foram realizados sobre Noel Rosa. O próprio Ricardo Van Steen, realizador de "Noel, Poeta da Vila", dirigiu um curta-metragem, "Com Que Roupa?" (1997), com Cacá Carvalho no papel de Noel Rosa.
Rogério Sganzerla (1946-2004), um dos principais nomes do chamado Cinema Marginal, era fascinado pela vida e obra de Noel Rosa, e planejava fazer o seu próprio longa-metragem. O projeto acabou não vingando, mas durante esta espera, realizou dois documentários, um de curta-metragem, "Noel Por Noel" (1978), e um de média-metragem, "Isto É Noel Rosa" (1991).
Em "O mandarim" (1995) - uma representação experimental da vida do cantor Mário Reis - Júlio Bressane (outro representante do Cinema Marginal) chama Chico Buarque para interpretar Noel Rosa.
Em 1994, Alexandre Dias da Silva descobre um filme raríssimo - o curta-metragem "Vamo Falá do Norte" (1929), de Paulo Benedetti, com a única imagem filmada de Noel Rosa, junto com o Bando de Tangarás - e, com texto de José Roberto Torero e cenas de cinejornais e filmes de 1929, realiza o curta-metragem "O Cantor de Samba".
No mesmo ano, Noel Rosa se torna personagem do curta-metragem de ficção "Bar Babel", realizado no Paraná por Antônio Augusto Freitas.
Em 1998, Antonio Paiva Filho escreve e dirige, em vídeo, uma ficção inspirada no célebre samba de Noel Rosa "Coração", presente mesmo no título: "A Paixão Faz Dor no Crânio Mas Não Ataca o Coração"
E em 1999, André Sampaio realiza uma ficção experimental, "Polêmica", a partir da famosa polêmica musical entre Noel Rosa e Wilson Batista.
Trilhas musicais para o cinema
Antes de ser tema de filmes, a música de Noel Rosa esteve presente em um sem-número de filmes brasileiros.
Mesmo enquanto o Poeta da Vila ainda era vivo: na comédia musical "Alô, Alô, Carnaval", de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia - 1936), duas marchas de carnaval de Noel Rosa estavam em sua trilha sonora: "Pierrot Apaixonado" (parceria com Heitor dos Prazeres) e "Não Resta a Menor Dúvida" (parceria com Hervé Cordovil).
No mesmo ano, compôs seis músicas, em parceria com Vadico, para o filme "Cidade-Mulher", de Humberto Mauro (produção Brasil-Vita): a música-título do filme (interpretada por Orlando Silva), "Dama do Cabaré", "Tarzan, O Filho do Alfaiate", "Morena Sereia", "Numa Noite À Beira-Mar" e "Na Bahia".
Outros filmes de destaque com músicas de Noel Rosa em sua trilha sonora foram os realizados por Carlos Alberto Prates Correia, outro grande admirador de sua música: em "Perdida" (1975), a gravação original de "Quem Dá Mais?" (1932), na voz do próprio Noel Rosa, serve de fundo para uma cena… digamos… didática, passada num bordel.
Em "Cabaret Mineiro" (1980) - grande premiado no Festival de Gramado de 1981 - "Pra Esquecer" - com Tavinho Moura e regional - e "Nunca… Jamais!" - com Tavinho Moura, Silvia Beraldo e regional - tem a mesma função de reforço da ironia em duas sequências do filme.
Teatro
Sua vida foi objeto de um excelente drama de Plínio Marcos - O Poeta da vila e seus amores - encenado no Teatro Popular do Sesi. Foram mais de dois anos ininterruptos em cartaz.
Homenagens
Em 2010, cem anos depois do seu nascimento, o GRES Unidos de Vila Isabel, escola de samba sediada na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, levou Noel Rosa como seu enredo do carnaval de 2010. Fez-se um desfile em sua homenagem, com o samba intitulado Noel: A Presença do "Poeta da Vila, de autoria do compositor Martinho da Vila.[4]
O desfile realizado pela Unidos de Vila Isabel se deu na segunda-feira de carnaval, dia 15 de Fevereiro de 2010. A escola foi a quinta escola a desfilar e o resultado oficial rendeu à escola a quarta colocação na ordem oficial de apuração dos pontos pela LIESA.[5]
Canções

Foram mais de trezentas composições criadas por Noel:
• Ingênua (com Glauco Viana), 1928/1930
• Com que roupa? 1929
• Festa no céu 1929
• Minha viola 1929
• A.B. Surdo, (com Lamartine Babo) 1930
• Bom elemento, (com Euclides Silveira, o Quidinho) 1930
• Devo esquecer (com Gilberto Martins), 1930
• Dona Aracy 1930
• Dona Emília, (com Glauco Vianna) 1930
• Eu vou pra vila 1930
• Gago apaixonado, 1930
• Lataria (com João de Barro e Almirante), 1930
• Malando medroso 1930
• Meu sofrer (com Henrique Britto), 1930
• Quem dá mais (Leilão do Brasil) 1930
• Sorriso de criança 1930
• Vou te ripar 1930
• Adeus (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
• A.E.I.O.U. (com Lamartine Babo), 1931
• Agora 1931
• Coração 1931
• Cordiais saudações 1931
• É preciso discutir 1931
• Espera mais um ano 1931
• Esquecer e perdoar (com Canuto), 1931
• Estátua da paciência (com Jerônimo Cabral), 1931
• Eu agora fiquei mal (com Antenor Gargalhada), 1931
• Fiquei sozinha (com Adauto Costa), 1931
• Gosto, mas não é muito (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
• Já não posso mais (com Pururuca, Canuto e Almirante), 1931
• Julieta (com Eratóstenes Frazão), 1931
• Mão no remo (com Ary Barroso), 1931
• Mardade de cabocla 1931
• Mentiras de mulher 1931
• Mulata fuzarqueira, 1931
• Mulato bamba (Mulato forte) 1931
• Nega, (com Lamartine Babo) 1931
• Nunca... Jamais 1931
• Palpite (com Eduardo Souto), 1931
• Pesado 13 (paródia do tango El penado, de Agustin Magaldi, Pedro Noda e Carlos Pesce), 1931
• Picilone 1931
• Por causa da hora 1931
• Por esta vez passa 1931
• O pulo da hora 1931
• Que se dane (com Jota Machado), 1931
• Rumba da meia-noite (com Henrique Vogeler), 1931
• O samba da boa vontade (com João de Barro), 1931
• Sinhá Ritinha, (com Moacir Pinto Ferreira) 1931
• Só pra contrariar (com Manoel Ferreira), 1931
• Você foi o meu azar (com Arthur Costa), 1931
• Ando cismado (com Ismael Silva), 1932
• Araruta (com Orestes Barbosa), 1932
• Assim sim (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Até amanhã 1932
• Dona do lugar (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• E não brinca não (Não brinca não) 1932
• É peso (com Ismael Silva), 1932
• Escola de malandro (com Orlando Luiz Machado e Ismael Silva), 1932
• Estamos esperando 1932
• Felicidade (com René Bittencourt), 1932
• Fita amarela 1932
• Fui louco (com Alcebíades Barcelos, o Bide), 1932
• Mas como... Outra vez? (com Francisco Alves), 1932
• Mentir (Mentira necessária) 1932
• Mulher indigesta 1932
• Não faz, amor (com Cartola), 1932
• Não há castigo (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1932
• Não me deixam comer 1932
• Nuvem que passou 1932
• Para me livrar do mal (com Ismael Silva), 1932
• Prazer em conhecê-lo (com Custódio Mesquita), 1932
• Primeiro amor (com Ernani Silva), 1932
• Qual foi o mal que eu te fiz? (com Cartola), 1932
• Quem não dança 1932
• Quero falar com você (com Lauro dos Santos, o Gradim), 1932
• A razão dá-se a quem tem (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Rir (com Cartola), 1932
• São coisas nossas (Coisas nossas) 1932
• Sem tostão 1932
• Seu Jacinto 1932
• Tenentes do diabo (com Visconde de Bicohyba e Henrique Vogeler), 1932
• Tenho um novo amor (com Cartola), 1932
• Tudo o que você diz 1932
• Uma jura que fiz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
• Vitória (com Romualdo Peixoto, o Nonô), 1932
• Amor de parceria 1933
• Arranjei um fraseado 1933
• Capricho de rapaz solteiro 1933
• Contraste 1933
• Cor de cinza 1933
• De qualquer maneira (com Ary Barroso), 1933
• Deus sabe o que faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Dono do meu nariz (paródia de Dona da minha vontade, de Francisco Alves e Orestes Barbosa), 1933
• Estrela da manhã (com Ary Barroso), 1933
• Esquina da vida (com Francisco de Queirós), 1933
• Eu queria um retratinho de você (com Lamartine Babo), 1933
• Feitio de oração (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1933
• Filosofia (com André Filho), 1933
• Habeas-corpus (com Orestes Barbosa), 1933
• Isso não se faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Já sei que tens um novo amor (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Meu barracão 1933
• Não digas (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Não tem tradução (Cinema falado) 1933
• Nem com uma flor (com Francisco Alves), 1933
• Nunca dei a perceber (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Onde está a honestidade? (com Francisco Alves), 1933
• O orvalho vem caindo (com Kid Pepe), 1933
• Positivismo (com Orestes Barbosa), 1933
• Pra esquecer 1933
• Prato fundo (com João de Barro, o Braguinha), 1933
• Quando o samba acabou 1933
• Quem não quer sou eu (com Ismael Silva), 1933
• Rapaz folgado 1933
• Sei que vou perder (com Romualdo Peixoto, o Nonô e Alfredo Lopes Quintas), 1933
• Seja breve 1933
• O sol nasceu pra todos (com Lamartine Babo), 1933
• Sorrindo sempre (com Lauro dos Santos, o Gradim, Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
• Três apitos 1933
• Vai haver barulho no chatô (com Walfrido Silva), 1933
• Vai para a casa depressa (cara ou coroa) (com Francisco Mattoso),1933
• Vejo amanhecer (com Francisco Alves), 1933
• Você, por exemplo (com Francisco Alves), 1933
• Você só... mente (com Hélio Rosa), 1933
• Boa viagem (com Ismael Silva), 1934
• Dama do cabaré 1934
• Feitiço da Vila (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
• Fiquei rachando lenha (com Hervê Cordovil), 1934
• Linda pequena (com João de Barro), 1934
• O maior castigo que te dou 1934
• Mais um samba popular (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
• Marcha da prima... Vera 1934
• A melhor do planeta (com Henrique Foreis Domingues, o Almirante), 1934
• Paga-me esta noite (paródia de Tell me tonight, de Mischa Spoliansky)1934
• As pastorinhas (com João de Barro), 1934
• Remorso 1934
• Retiro da saudade (com Antonio Nássara), 1934
• Se a sorte me ajudar (com Germano Augusto Coelho), 1934
• O século do progresso 1934
• Tenho raiva de quem sabe (com Zé Pretinho e Kid Pepe), 1934
• Tipo zero 1934
• Triste cuíca (com Hervê Cordovil), 1934
• Você é um colosso 1934
• Voltaste pro subúrbio 1934
• Vou te ripar 2 1934
• Ao meu amigo Edgard (carta de Noel) (com João Nogueira), 1935-1978
• Belo Horizonte (paródia de I'm looking over a four leaf clover, de Mort Dixon e Harry Woods), 1935
• Boas tenções (com Arnold Glückmann), 1935
• Canção do galo capão (paródia de Canção do grande galo, de Lamartine Babo e Paulo Barbosa), 1935
• Cansei de pedir 1935
• Cansei de implorar 1935
• Condeno o teu nervoso (paródia de Teus ciúmes, de Lacy Martins e Aldo Cabral), 1935
• Conversa de botequim (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Cor de leite com café (com Hamilton Sbarra), 1935-1969
• Deixa de ser convencida (com Wilson Baptista), 1935
• Disse-me disse 1935
• Envio essas mal traçadas linhas (paródia de Cordiais saudações), 1935
• Finaleto (com Arnold Glückmann), 1935
• Foi ele (paródia de Foi ela, de Ary Barroso), 1935
• Genoveva não sabe o que diz (paródia de Palpite infeliz), 1935
• João Ninguém 1935
• O Joaquim é condutor (com Arnold Glückmann), 1935
• Não foi por amor (com Zé Pretinho e Germano Augusto Coelho), 1935
• Não resta a menor dúvida (com Hervê Cordovil), 1935
• Palpite infeliz 1935
• Para o bem de todos nós (com Arnold Glückmann), 1935
• Pela décima vez 1935
• Perdoa este pecador (com Arnold Glückmann), 1935
• Pierrô apaixonado (com Heitor dos Prazeres), 1935
• Precaução inútil (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
• Quantos beijos (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Que baixo! (com Antônio Nássara), 1935
• O que é que você fazia? (com Hervê Cordovil), 1935
• Roubou, mas não leva (paródia de Pagou, mas não leva, de Benedito Lacerda e Milton Amaral), 1935
• Seu Zé (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
• Silêncio de um minuto 1935
• Só pode ser você (ilustre visita) (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
• Tudo nos une (com Arnold Glückmann), 1935
• Tudo pelo teu amor (com Arnold Glückmann), 1935
• Cem mil réis (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Cidade mulher 1936
• Dama do cabaré 1936
• De babado (com João Mina), 1936
• É bom parar (com Rubens Soares), 1936
• Este meio não serve (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1936
• Maria-fumaça 1936
• Menina dos meus olhos (com Lamartine Babo), 1936
• Morena-sereia (com José Maria de Abreu), 1936
• Na Bahia (com José Maria de Abreu), 1936
• Pela primeira vez (com Critóvão de Alencar), 1936
• Provei (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Quem ri melhor 1936
• São coisas nossas 1936
• Sobe balão (com Marília Baptista), 1936-1961
• Tarzan, o filho do alfaiate (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
• Você vai se quiser 1936
• O x do problema 1936
• Chuva de vento 1937
• Eu sei sofrer 1937
• Pra que mentir (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1937
• Último desejo 1937
• Você por exemplo 1937
• Amar com sinceridade (com Sylvio Pinto), 193?
• Baianinha 193?
• Cabrocha do Rocha (com Sílvio Caldas), 193?
• Com mulher não quero mais nada (com Sylvio Pinto), 193?
• Faz de conta que eu morri (com Henrique Gonçales), 193?
• Faz três semana (paródia de Suçuarana, de Heckel Tavares e Luís Peixoto), 193?
• João-teimoso (com Marília Baptista), 193?
• Não morre tão cedo 193?
• No baile da flor-de-lis 193?
• Para atender a pedido 193?
• Queimei teu retrato (com Henrique Britto), 193?
• Saí da tua alcova 193?
• Suspiro (com Orestes Barbosa), 193?
• Vagolino de cassino (Virgulino do cassino) (paródia de Cheek to cheek, de Irving Berlin), 193?
• Verdade duvidosa 193?

Notas
1. ↑ Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo:
Já apresento melhoras,
Pois levanto muito cedo
E deitar às nove horas
Para mim é um brinquedo.
A injeção me tortura
E muito medo me mete,
Mas minha temperatura
Não passa de trinta e sete!
Creio que fiz muito mal
Em desprezar o cigarro
Pois não há material
Para o exame de escarro!

CENTENÁRIO DE NOEL ROSA.
BUTIQUIM DO SAMBA.
TODOS OS SÁBADOS, 14 HORAS, CANAL 38, RBR-TV..

domingo, 2 de maio de 2010

programa butiquim do samba

Butiquim do Samba.

NOTA

O Programa Butiquim do Samba do último sábado dia 01 de maio foi reprisado, por motivos técnicos da emissora.

O entrevistado da semana foi o sambista e Mestre mais antigo do nosso carnaval, Cabeleira.

Problemas técnicos fizeram com que o nosso público assistisse de novo a entrevista com o compositor Beto César.

O fato será reparado e uma nova gravação está sendo agendada com o sambista mais antigo do nosso carnaval.

Toda terça, no Mercado Cultural acontece à gravação do programa e você é nosso convidado á partir das 19 horas.

Nesta terça o convidado será o grupo Kizomba, mas, no próximo sábado, dia 08 de maio a entrevista que irá para o ar é com a radialista Sônia Maria e o grupo Sem Moderasom, já gravado.


Grato a todos.




Carlinhos Maracanã
apresentador