Foi realmente uma grande festa, a última edição no espaço da Esplanada, a disputa pelo título de campeão foi acirrada, antes mesmo do início das apresentações, o Onça estava solta.
Conversando com o diretor da quadrilha junina Rosa divina, o produtor Roberto Matias dizia que iria colocar dentro do curral a antiga flor a que acontecia ao lado do Ginásio, segundo Roberto um arraial dentro do outro e isso foi feito com maestria.
Por outro lado o amo do Boi Corre Campo dizia que os outros iam ter que ralar, pois o Boi do areal já mugia de vitória, fez uma bela apresentação.
O Triângulo para mim foi a grande surpresa, pois há tempos não via-mos tanta alegria daqueles brincantes de um dos bairros com mais história nos festejos juninos, parabéns ao grande batalhador Alexandre.
Um ponto que ficou marcado neste ano foi à falta das Máscaras dos Mascarados do Boi Diamante Negro, acontece que dos mascarados (pai Francisco, cazumbá, catirina e mãe Maria), apenas um estava de máscara durante a apresentação do Boi, segundo o professor e diretor do Boi Aluísio Guedes, os componentes entraram de máscaras, acontece que durante a apresentação eles retiraram, descaracterizando assim os personagens, nós vimos e também estranhamos.
Em conversa ao vivo na Record News, o Aluísio nos informou que os jurados já teriam dado a nota aos personagens, acontece que o jurado pode dar a nota no ínicio ou no fim da apresentação, portanto se eles passaram um bom tempo sem as máscaras, o jurado poderia e deveria tirar pontos.
O quesito não foi vencedor na pontuação dos jurados, ganhando o Boi contrário, mas mesmo assim a polêmica foi levantada e ainda esta em discussão.
No frigir dos ovos, foi maravilhoso, pois pela primeira vez tivemos a oportunidade de mostrarmos nossa cultura para todo o país e para o mundo, através da Record News, durante dez dias mostramos a festa para a nossa região, desses dez dias, quatro foram mostrados para o mundo.
Precisamos nos preparar para o próximo ano a partir de já, deve-se rever alguns conceitos de espetáculos, Para que no próximo ano, tenhamos até mais emissoras querendo investir na festa, para isso precisamos rever todo o espetáculo, um todo, de luz, som, organização, espaço e fundamentalmente apresentação dos grupos, e, é lógico os recursos, repassados em tempo hábil e de forma a garantir o espetáculo.
E com relação transformação (para alguns) das apresentações das quadrilhas que se reclama de descaracterizadas, que se faça a mudança, cria-se a Mostra de Quadrilhas tradicionais, sem disputa regulamentada e faz-se a disputa de Quadrilhas chamadas de modernas, descaracterizadas para alguns.
Aí quem sabe essa preocupação toda termina, o que não se pode é ficar reclamando do que se considera errado e não propor nada para modificar o chamado erro e esperar a mostra e aí ser contra.
Respeito e muito a posição dos que brincaram Quadrilhas e Bois antigamente, mas não se pode podar o desenvolvimento, o que precisamos é manter o espetáculo e com novas propostas trazermos de volta a manifestação cultural em sua originalidade, repito, regulamento a forma de se apresentar, como antigamente, sem concurso, mas com apoio.
Carlinhos Maracanã
Agitador cultural.
Painelculturalmaraca.blogspot.com
maracapvh@gmail.com
9971-5084 / 8472-2366.
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