A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo este produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana.
Esse contato favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela imprevisibilidade.
Apesar do intercurso cultural descrito acima, esse contato desencadeou alguns desencontros, as diferenças se acentuaram, levando à formação de uma hierarquia de classes que deixava evidente à distância e o prestígio social entre colonizadores e colonos.
Os índios e, em especial, os negros permaneceram em situação de desigualdade situando-se na marginalidade e exclusão social, sendo esta última compreendida por uma relação assimétrica em dimensões Múltiplas – econômica, política e cultural.
Sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, os sujeitos tornam-se alheios ao exercício da cidadania.
O preconceito afeta não apenas o destino externo das vítimas, mas a sua própria consciência, já que o sujeito passa a se ver refletido na imagem preconceituosa apresentada, muitos negros são induzidos a acreditar que sua condição inferior é decorrente de suas características pessoais, deixando de perceber que fatores externos, isto é, assumem a discriminação exercida pelo grupo dominante.
Nesse momento, surge a idealização do mundo branco e a desvalorização do negro, construindo-se a seguinte associação: o que é branco pé bonito e certo, o que é negro é feio e errado.
A criação do Conselho Municipal do Negro, pode não resolver todos os problemas da comunidade negra em Porto Velho, mas abre uma enorme janela para as discussões embasadas em processos e experiências vividas por muitos dos negros brasileiros que vivem e militam em nossa cidade.
Carlinhos maracanã
Cine zumbi.
Fonte: Waléria Menezes.
(O preconceito racial e suas repercussões na Escola).
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