Uma liderança negra e camponesa foi assassinada no povoado Charco, em
São Vicente de Férrer no último sábado (dia 30) por pistoleiros. O
camponês identificado por Fabiano foi executado pelos jagunços.
A Anistia Internacional contatou hoje o advogado Diogo Cabral,
presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-MA) para colher informações sobre a execução
de Fabiano.
Anistia Internacional encaminhará um comunicado ao governo brasileiro
e ao do Maranhão exigindo providências sobre o conflito na área e a
apuração do assassinato da liderança rural.
Área de remanescentes de quilombos, a comunidade do Charco passa por
um dos conflitos mais violentos no campo no Maranhão.
Depois da morte de Fabiano, o alvo dos pistoleiros é Manoel Santana
Costa. Ameaçado de morte, ele integra a lista da Comissão Pastoral da
Terra (CPT) que estão ameaçadas de serem assassinadas no campo.
Existem 96 famílias na área do povoado Charco. Desde 2008, o
fazendeiro identificado por Gentil Gomes ameaça os lavradores de
expulsão e morte.
O Incra fez uma vistoria na área de 2.000 hectares, quando foi
solicitada a demarcação e titulação como área quilombola. Os
relatórios do órgão são conflitantes.
Atualmente no Maranhão existem 27 conflitos pela posse da terra em
áreas quilombolas. Será preciso mais quantos assassinatos para
solucionar esses conflitos?
Fonte:http://www.itevaldo.com/
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