O Globo Repórter mostrou o xampu Esperança
Fabricado a partir de ervas nativas da floresta amazônica , Shampoo Esperança traz em sua essência o espírito da natureza .
Um pouco pela historia do seu criador o acreano Carlos pinto da silva e também pelos princípio ativo da formulação.
Ervas tais que são coletadas e transformadas em extrato pelo próprio criador.
Por anos o Sr Carlos , como é conhecido em Tarauacá , extraiu sustentavelmente da floresta o próprio sustento e de sua família ,
sendo recompensado pela floresta que ele tanto protege com a maior dádiva de sua vida.
Nove ervas que juntas poderiam sanar um dos maiores problemas estéticos da humanidade e que possibilitou a concretização do sonho do Sr Carlos ,
que é ajudar as pessoas com o seu conhecimento tradicional.
Hoje o Shampoo Esperança é fabricado de acordo com todas as normas sanitárias ,
com registro/notificação na ANVISA, gerando mais de 20 empregos diretos na região carente do Corcovado ,
localizada em Tarauacá/Acre , garantindo renda para toda uma comunidade.
Saiba mais sobre essa descoberta aqui http://mercadoacreano.com.br/
quinta-feira, 29 de julho de 2010
PRÊMIO
por. zekatraca
Prêmio Mário Pedrosa
Confira o Prêmio Mário Pedrosa - Museus, Memória e Mídia, oferecido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC). Em sua terceira edição, o prêmio será concedido aos autores de matérias que abordem o tema Museus para a harmonia social, veiculadas em mídia impressa, no território nacional, no período de 01/01/2010 a 30/09/2010.
As inscrições podem ser feitas até 30 de setembro.
A premiação será de R$10.000, R$ 7.000 e R$ 5.000 para o 1º, 2º e 3º colocado, respectivamente. Os veículos de comunicação impressa que publicarem as matérias vencedoras receberão um diploma de menção honrosa por sua contribuição à memória nacional.
A Comissão Especial de Seleção vai considerar os seguintes critérios para premiar as matérias:
a. Redação e Estruturação;
b. Pesquisa e Documentação;
c. Profundidade da abordagem, Multiplicidade de fontes;
d. Enfoque e fidelidade ao tema;
e. Caráter inovador ao tratar sobre o tema “Museus para a harmonia
Social”;
f. Construção da narrativa jornalística, produção das reportagens,
ritmo, entre outros aspectos julgados relevantes para a execução de uma boa reportagem.
Informações: (61) 2024-6207 e 2024-6234 ou fomento@ibram.gov.br
Prêmio Mário Pedrosa
Confira o Prêmio Mário Pedrosa - Museus, Memória e Mídia, oferecido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC). Em sua terceira edição, o prêmio será concedido aos autores de matérias que abordem o tema Museus para a harmonia social, veiculadas em mídia impressa, no território nacional, no período de 01/01/2010 a 30/09/2010.
As inscrições podem ser feitas até 30 de setembro.
A premiação será de R$10.000, R$ 7.000 e R$ 5.000 para o 1º, 2º e 3º colocado, respectivamente. Os veículos de comunicação impressa que publicarem as matérias vencedoras receberão um diploma de menção honrosa por sua contribuição à memória nacional.
A Comissão Especial de Seleção vai considerar os seguintes critérios para premiar as matérias:
a. Redação e Estruturação;
b. Pesquisa e Documentação;
c. Profundidade da abordagem, Multiplicidade de fontes;
d. Enfoque e fidelidade ao tema;
e. Caráter inovador ao tratar sobre o tema “Museus para a harmonia
Social”;
f. Construção da narrativa jornalística, produção das reportagens,
ritmo, entre outros aspectos julgados relevantes para a execução de uma boa reportagem.
Informações: (61) 2024-6207 e 2024-6234 ou fomento@ibram.gov.br
quarta-feira, 28 de julho de 2010
UM NOBRE BRASILEIRO
Postado por : Sérgio Ramos
A LEI AMBIENTAL, a hipocrisia da Lei brasileira, por Arthur Quintela
Por lei ambiental, entenda-se toda a legislação que contempla a defesa do meio ambiente.
Este artigo pretende colocar em discussão a questão ambiental, como um todo, perante nossa legislação.
Acredito que o maior problema na legislação ambiental é a grande descentralização do poder. Em nome da lei, alguns agentes cometem crimes escabrosos e não são julgados por isso.
Colhem-se depoimentos vários de ribeirinhos e pequenos agricultores que vivem com temor da polícia ambiental e dos agentes do IBAMA.
Mas não é este o caso a tratar aqui.
Vamos por parte.
Voltemos à Carta Magna, anunciada em todos os artigos desta série e reportemo-nos ao seu Título I, artigo 3º:
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. Garantir o desenvolvimento nacional;
III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (CF, 1988).
Em seu Título II, Capítulo I, o art. 5º preconiza que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se [...] a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” [...].
Na aplicabilidade da lei, nota-se, contudo, um disparate a começar pela famosa “Lei do Silêncio”. No tocante à criação de animais silvestres, a própria legislação que prevê a irretroatividade da lei não pune os que se arvoram em nome do cumprimento legal do dever e atacam impiedosamente os que criam pequenos animais há anos em suas residências.
Temos casos de pessoas que criavam um exemplar apenas de papagaio, solto, portanto livre de gaiolas ou correntes, há anos, e viram sua ave ser violentamente apreendida com puçás, ou outras armadilhas, penas voando em todas as direções, sendo conduzida fatalmente ao óbito – ou desviada para outros criadouros.
Será que tais autoridades representativas do poder legal sabem que um animal cria laços de afeição com o ser humano? Será que realmente eles entendem que inexiste diferença entre os laços afetivos que unem um papagaio, ou um cão, ou gato, a um ser humano?
Vez por outra o noticiário divulga casos assim. Estranhamente, são seres humanos preocupados apenas em punir e não “Promover o bem de todos” como reza a Carta Magna.
No caso dos desmatamentos, vê-se hoje uma reviravolta no legislativo federal, anulando uma legislação que previa ao pequeno proprietário da Amazônia a manutenção de 80 por cento de suas terras como reserva natural. Se o Projeto de Lei for aprovado, isso deixa de existir. Mas, não apagará, decerto, as marcas das perseguições, invasões de propriedades pelos agentes, as prisões de pequenos agricultores que sofreram com a legislação atual.
Conhecido o caso de uma personalidade, atualmente candidata à Presidência, que se imbuia da missão de impedir todo e qualquer desmatamento em terras brasileiras, desde que excetuasse seu estado de origem. Pois, lá, as máquinas romperam as matas, criando um cinturão de asfalto negro, onde antes só havia chácaras e o verde predominava. Em nome do desenvolvimento. Lá pode! Fora de lá, não pode!
Voltando à questão da Lei do Silêncio, agora amplamente invocada para punir os poluidores ambientais com a sonoridade noturna.
Ora... embora seja um vivente de hábitos diurnos, me debruço assaz para entender uma lei tão discrepante assim.
Acredito que num país democrático, onde a própria Carta Magna determina igualdade de poder para todos, essa lei só privilegia alguns. Parta-se da premissa que Porto Velho dista muito, não apenas geodesicamente, mas em desenvolvimento, cultura e tradições das grandes capitais do sul-sudeste do país.
Se tomarmos o exemplo da maior metrópole – São Paulo – onde a faina e o labor não são interrompidos em nenhum período, o barulho ensurdecedor diurno deve atrapalhar – e muito – o sono daqueles que passaram a noite trabalhando.
Vejo, inclusive, o caso dos policiais que invadem as casas noturnas onde a sonoridade invade as horas noturnas. Quando vão pra casa dormir, a barulheira infernal que vem das ruas invade seu descanso morféico. Talvez aí resida a base de seu stress e desequilíbrio emocional para tratar com serenidade as denúncias daqueles que acreditam ser o período noturno dedicado exclusivamente ao descanso. Esses esquecem que quando ligam seus equipamentos sonoros em período diurno estão “poluindo” o silêncio dos que guarneceram seu descanso noturno.
Mas, duvido... duvido, mesmo, e muito, que alguma autoridade tente (e se tentar, consiga) reprimir os movimentos de jovens baladeiros que invadem as madrugadas, com seus “carros de som” altamente equipados e param nas esquinas, postos de gasolina ou qualquer outro local, seja área residencial ou não. Essa “galera” entende que tem direito de sair de casa após as 23 horas e “curtir” seu som “agitando as esquinas” das cidades onde vivem. E por que não são molestados? Simples: ali estão os filhos de famílias abastadas, filhos de ricos e detentores do poder. A maioria – sim, a grande maioria – de nível acadêmico.
A LEI AMBIENTAL, a hipocrisia da Lei brasileira, por Arthur Quintela
Por lei ambiental, entenda-se toda a legislação que contempla a defesa do meio ambiente.
Este artigo pretende colocar em discussão a questão ambiental, como um todo, perante nossa legislação.
Acredito que o maior problema na legislação ambiental é a grande descentralização do poder. Em nome da lei, alguns agentes cometem crimes escabrosos e não são julgados por isso.
Colhem-se depoimentos vários de ribeirinhos e pequenos agricultores que vivem com temor da polícia ambiental e dos agentes do IBAMA.
Mas não é este o caso a tratar aqui.
Vamos por parte.
Voltemos à Carta Magna, anunciada em todos os artigos desta série e reportemo-nos ao seu Título I, artigo 3º:
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. Garantir o desenvolvimento nacional;
III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (CF, 1988).
Em seu Título II, Capítulo I, o art. 5º preconiza que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se [...] a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” [...].
Na aplicabilidade da lei, nota-se, contudo, um disparate a começar pela famosa “Lei do Silêncio”. No tocante à criação de animais silvestres, a própria legislação que prevê a irretroatividade da lei não pune os que se arvoram em nome do cumprimento legal do dever e atacam impiedosamente os que criam pequenos animais há anos em suas residências.
Temos casos de pessoas que criavam um exemplar apenas de papagaio, solto, portanto livre de gaiolas ou correntes, há anos, e viram sua ave ser violentamente apreendida com puçás, ou outras armadilhas, penas voando em todas as direções, sendo conduzida fatalmente ao óbito – ou desviada para outros criadouros.
Será que tais autoridades representativas do poder legal sabem que um animal cria laços de afeição com o ser humano? Será que realmente eles entendem que inexiste diferença entre os laços afetivos que unem um papagaio, ou um cão, ou gato, a um ser humano?
Vez por outra o noticiário divulga casos assim. Estranhamente, são seres humanos preocupados apenas em punir e não “Promover o bem de todos” como reza a Carta Magna.
No caso dos desmatamentos, vê-se hoje uma reviravolta no legislativo federal, anulando uma legislação que previa ao pequeno proprietário da Amazônia a manutenção de 80 por cento de suas terras como reserva natural. Se o Projeto de Lei for aprovado, isso deixa de existir. Mas, não apagará, decerto, as marcas das perseguições, invasões de propriedades pelos agentes, as prisões de pequenos agricultores que sofreram com a legislação atual.
Conhecido o caso de uma personalidade, atualmente candidata à Presidência, que se imbuia da missão de impedir todo e qualquer desmatamento em terras brasileiras, desde que excetuasse seu estado de origem. Pois, lá, as máquinas romperam as matas, criando um cinturão de asfalto negro, onde antes só havia chácaras e o verde predominava. Em nome do desenvolvimento. Lá pode! Fora de lá, não pode!
Voltando à questão da Lei do Silêncio, agora amplamente invocada para punir os poluidores ambientais com a sonoridade noturna.
Ora... embora seja um vivente de hábitos diurnos, me debruço assaz para entender uma lei tão discrepante assim.
Acredito que num país democrático, onde a própria Carta Magna determina igualdade de poder para todos, essa lei só privilegia alguns. Parta-se da premissa que Porto Velho dista muito, não apenas geodesicamente, mas em desenvolvimento, cultura e tradições das grandes capitais do sul-sudeste do país.
Se tomarmos o exemplo da maior metrópole – São Paulo – onde a faina e o labor não são interrompidos em nenhum período, o barulho ensurdecedor diurno deve atrapalhar – e muito – o sono daqueles que passaram a noite trabalhando.
Vejo, inclusive, o caso dos policiais que invadem as casas noturnas onde a sonoridade invade as horas noturnas. Quando vão pra casa dormir, a barulheira infernal que vem das ruas invade seu descanso morféico. Talvez aí resida a base de seu stress e desequilíbrio emocional para tratar com serenidade as denúncias daqueles que acreditam ser o período noturno dedicado exclusivamente ao descanso. Esses esquecem que quando ligam seus equipamentos sonoros em período diurno estão “poluindo” o silêncio dos que guarneceram seu descanso noturno.
Mas, duvido... duvido, mesmo, e muito, que alguma autoridade tente (e se tentar, consiga) reprimir os movimentos de jovens baladeiros que invadem as madrugadas, com seus “carros de som” altamente equipados e param nas esquinas, postos de gasolina ou qualquer outro local, seja área residencial ou não. Essa “galera” entende que tem direito de sair de casa após as 23 horas e “curtir” seu som “agitando as esquinas” das cidades onde vivem. E por que não são molestados? Simples: ali estão os filhos de famílias abastadas, filhos de ricos e detentores do poder. A maioria – sim, a grande maioria – de nível acadêmico.
Motivo de Orgulho
Bailarino de RO escolhido para o musical O Rei Leão, na Alemanha
Balé I
Rondônia foi destaque durante audição realizada em São Paulo para escolha dos bailarinos que participarão do musical O Rei Leão, a ser encenada na Alemanha. O bailarino Emerson Cunha,de 25 anos, professor da Opus Balé, foi selecionado entre 200 concorrentes de várias partes do Brasil. Emerson é professor da Opus há sete anos. Os ensaios do musical começam em outubro, em Hamburgo, na Alemanha, e deve ser exibido em dezembro.
Balé II
De origem humilde, Emerson começou sua carreira no street dance, sendo seduzido posteriormente pelo balé clássico ao entrar para a Opus, onde fez grandes performances nos festivais apresentados pela Escola nos finais de ano. O bailarino tinha ainda um trabalho voltado para o contemporâneo, estilo pelo qual também era e continua sendo apaixonado. Atualmente, ele se encontra em Joinville, Santa Catarina, aproveitando para fazer cursos durante o Festival de Dança daquela cidade, enquanto aguarda a determinação para embarcar para a Alemanha.
Balé I
Rondônia foi destaque durante audição realizada em São Paulo para escolha dos bailarinos que participarão do musical O Rei Leão, a ser encenada na Alemanha. O bailarino Emerson Cunha,de 25 anos, professor da Opus Balé, foi selecionado entre 200 concorrentes de várias partes do Brasil. Emerson é professor da Opus há sete anos. Os ensaios do musical começam em outubro, em Hamburgo, na Alemanha, e deve ser exibido em dezembro.
Balé II
De origem humilde, Emerson começou sua carreira no street dance, sendo seduzido posteriormente pelo balé clássico ao entrar para a Opus, onde fez grandes performances nos festivais apresentados pela Escola nos finais de ano. O bailarino tinha ainda um trabalho voltado para o contemporâneo, estilo pelo qual também era e continua sendo apaixonado. Atualmente, ele se encontra em Joinville, Santa Catarina, aproveitando para fazer cursos durante o Festival de Dança daquela cidade, enquanto aguarda a determinação para embarcar para a Alemanha.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
CANDOMBLÉ/SAUDAÇÕES
SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E ENTIDADES.
OXALÁ.
- Epa epa Babá! (yorubá)
Epa epa(exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai)
Omulu/Obaluaie
- Atoto! (yorubá)
Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós!
Oxóssi
- Okê arô! (yorubá)
Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador!
Oxum
- Ora iê iê ô ! (yorubá)
Salve a Senhora da bondade!
Ogum
- Patakori Ogun! (yorubá) ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça!
Yemanjá
- Odô-fe-iaba! (yorubá) ou ainda, Odô iá!
Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) !
Xangô
- Kawô Kabiecile! (yorubá)
Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real!
Iansã
- Eparrê Oiá! (yorubá)
Eparrê (saudação a um dos raios do Orixá da decisão); Oyá (nome por que é conhecida Iansã) – Saudação aos majestosos ventos de Oyá!
Ibêji
- Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada!
Ele é dois!
Nanã
- Saluba Nanã! (yorubá)
Salve a Senhora Mãe de todas as Mães
Ossaim
- Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá)
Ewe (folhas); O (sufixo para cumprimentos (salve) – “Salve as folhas!” ,ou melhor “Salve o Senhor das folhas!”
Preto Velho
- Adorei as Almas!
Caboclo
- Okê, Caboclo!
“Salve o Grande Caboclo”
Boiadeiro
- Xetro marrumbaxetro! Xetruá!
Significação desconhecida. Figuração onomatopéica.
Exú
- Laroyê exú! (yorubá) ou ainda, Exú é mojubá!
“Saudação amiga à Exú” ; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) - “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”.
Crianças
- Oni, beijada!
“Ele é dois!” , saudação igual a dos orixás Ibeji.
Ciganos
- Arriba!
Malandros
- Salve a Malandragem ! ou ainda, Acosta! Malandro!
OXALÁ.
- Epa epa Babá! (yorubá)
Epa epa(exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai)
Omulu/Obaluaie
- Atoto! (yorubá)
Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós!
Oxóssi
- Okê arô! (yorubá)
Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador!
Oxum
- Ora iê iê ô ! (yorubá)
Salve a Senhora da bondade!
Ogum
- Patakori Ogun! (yorubá) ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça!
Yemanjá
- Odô-fe-iaba! (yorubá) ou ainda, Odô iá!
Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) !
Xangô
- Kawô Kabiecile! (yorubá)
Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real!
Iansã
- Eparrê Oiá! (yorubá)
Eparrê (saudação a um dos raios do Orixá da decisão); Oyá (nome por que é conhecida Iansã) – Saudação aos majestosos ventos de Oyá!
Ibêji
- Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada!
Ele é dois!
Nanã
- Saluba Nanã! (yorubá)
Salve a Senhora Mãe de todas as Mães
Ossaim
- Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá)
Ewe (folhas); O (sufixo para cumprimentos (salve) – “Salve as folhas!” ,ou melhor “Salve o Senhor das folhas!”
Preto Velho
- Adorei as Almas!
Caboclo
- Okê, Caboclo!
“Salve o Grande Caboclo”
Boiadeiro
- Xetro marrumbaxetro! Xetruá!
Significação desconhecida. Figuração onomatopéica.
Exú
- Laroyê exú! (yorubá) ou ainda, Exú é mojubá!
“Saudação amiga à Exú” ; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) - “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”.
Crianças
- Oni, beijada!
“Ele é dois!” , saudação igual a dos orixás Ibeji.
Ciganos
- Arriba!
Malandros
- Salve a Malandragem ! ou ainda, Acosta! Malandro!
domingo, 25 de julho de 2010
MUDANÇAS
Artistas querem mudar Lei : fim do jabá e controle do ECAD
POLÍTICA CULTURAL
Frejat e Luiz Caldas são dois dos diversos artistas que tem demonstrado apoio ao Ministério da Cultura (MinC) durante as diversas discussões do MinC com autores nesta fase de consulta pública da modernização da Lei de Direito Autoral. Nas últimas semanas, representantes do MinC têm se reunido com vários artistas e seus representantes para discutir e aprimorar as propostas apresentadas no último dia 14 de junho. Os temas mais discutidos e apoiados têm sido a supervisão das entidades que arrecadam e distribuem direitos autorais e a criminalização do jabá.
De acordo com o diretor de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Souza, ao Estado, caberá exigir das associações e do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos de Execução Musical (Ecad) que mantenham atualizados e disponíveis relatório anual de atividades; o balanço anual completo; e o relatório anual de auditoria externa de suas contas. Em eventuais casos de abuso, os autores terão informações para contestar práticas na Justiça, destituir coordenações e exigir seus direitos.
O que acontece hoje, segundo o músico Tim Rescala, é que não há meios para se fiscalizar o Ecad. Roberto Frejat, cantor, compositor e vocalista do Barão Vermelho, concorda e afirma que essa supervisão é mesmo necessária. “Espero que a gente consiga chegar num consenso interessante e evolutivo. Acho que se a gente conseguir algum tipo de regulação do Ecad, é bom”, declara. “O Ecad é uma iniciativa privada e acho que tem que continuar assim, mas tem que existir algum tipo de poder acima do dele que tenha capacidade de supervisionar e de pedir satisfação, pedir prestação de contas”, destaca.
Sobre a possibilidade de isso ser feito apenas pelos artistas, Tibério Gaspar, do Fórum de Música do Rio de Janeiro, lembra que as entidades arrecadadoras são dirigidas por artistas. Se não houver, outro ente para mediar isso, é como “colocar a raposa para vigiar o galinheiro?”.
O Brasil é caso único na América Latina e no grupo de países com os 20 maiores mercados de música do mundo que não possui estruturas administrativas estatais para supervisionar as associações de gestão coletiva. No Brasil, essa função era desempenhada pelo Conselho Nacional de Direitos Autorais, criado em 1973 pela mesma lei que deu o monopólio da arrecadação de direitos autorais ao Ecad. O órgão foi desativado em 1990.
Jabá criminalizado
A possibilidade do fim do “jabá” – prática de pagamento a emissoras de rádios e TV para que aumentem a execução de determinadas músicas – também tem recebido muito apoio dos artistas. De acordo com Luiz Caldas, foi a estrutura montada em torno da relação entre gravadoras e meios de comunicação que o fez optar pela internet como a principal forma de divulgação de sua obra. “Nós, artistas, não temos como lutar contra o jabá das gravadoras.”, disse.
O “jabá” acarreta dois problemas importantes. Um deles é que a “compra” dos espaços nos meios de comunicação dificulta o acesso de outros artistas às rádios e televisões, impedindo que a população tenha acesso à diversidade de produções realizadas no país. Outro ponto importante é que, como a arrecadação dos direitos autorais se dá pelo número de vezes que a obra é executada, o aumento desse número de forma artificial faz ganhar mais quem paga “jabá”.
Toda a sociedade está convidada a opinar sobre o anteprojeto de lei que altera a Lei de Direitos Autorais (9.610/98). A proposta de mudança apresentada pelo governo federal se baseia na necessidade de harmonizar a proteção dos direitos dos autores e artistas, com o acesso do cidadão ao conhecimento e à cultura e a segurança jurídica dos investidores da área cultural. As contribuições devem ser postadas na página www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral
Ascom/MinC
POLÍTICA CULTURAL
Frejat e Luiz Caldas são dois dos diversos artistas que tem demonstrado apoio ao Ministério da Cultura (MinC) durante as diversas discussões do MinC com autores nesta fase de consulta pública da modernização da Lei de Direito Autoral. Nas últimas semanas, representantes do MinC têm se reunido com vários artistas e seus representantes para discutir e aprimorar as propostas apresentadas no último dia 14 de junho. Os temas mais discutidos e apoiados têm sido a supervisão das entidades que arrecadam e distribuem direitos autorais e a criminalização do jabá.
De acordo com o diretor de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Souza, ao Estado, caberá exigir das associações e do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos de Execução Musical (Ecad) que mantenham atualizados e disponíveis relatório anual de atividades; o balanço anual completo; e o relatório anual de auditoria externa de suas contas. Em eventuais casos de abuso, os autores terão informações para contestar práticas na Justiça, destituir coordenações e exigir seus direitos.
O que acontece hoje, segundo o músico Tim Rescala, é que não há meios para se fiscalizar o Ecad. Roberto Frejat, cantor, compositor e vocalista do Barão Vermelho, concorda e afirma que essa supervisão é mesmo necessária. “Espero que a gente consiga chegar num consenso interessante e evolutivo. Acho que se a gente conseguir algum tipo de regulação do Ecad, é bom”, declara. “O Ecad é uma iniciativa privada e acho que tem que continuar assim, mas tem que existir algum tipo de poder acima do dele que tenha capacidade de supervisionar e de pedir satisfação, pedir prestação de contas”, destaca.
Sobre a possibilidade de isso ser feito apenas pelos artistas, Tibério Gaspar, do Fórum de Música do Rio de Janeiro, lembra que as entidades arrecadadoras são dirigidas por artistas. Se não houver, outro ente para mediar isso, é como “colocar a raposa para vigiar o galinheiro?”.
O Brasil é caso único na América Latina e no grupo de países com os 20 maiores mercados de música do mundo que não possui estruturas administrativas estatais para supervisionar as associações de gestão coletiva. No Brasil, essa função era desempenhada pelo Conselho Nacional de Direitos Autorais, criado em 1973 pela mesma lei que deu o monopólio da arrecadação de direitos autorais ao Ecad. O órgão foi desativado em 1990.
Jabá criminalizado
A possibilidade do fim do “jabá” – prática de pagamento a emissoras de rádios e TV para que aumentem a execução de determinadas músicas – também tem recebido muito apoio dos artistas. De acordo com Luiz Caldas, foi a estrutura montada em torno da relação entre gravadoras e meios de comunicação que o fez optar pela internet como a principal forma de divulgação de sua obra. “Nós, artistas, não temos como lutar contra o jabá das gravadoras.”, disse.
O “jabá” acarreta dois problemas importantes. Um deles é que a “compra” dos espaços nos meios de comunicação dificulta o acesso de outros artistas às rádios e televisões, impedindo que a população tenha acesso à diversidade de produções realizadas no país. Outro ponto importante é que, como a arrecadação dos direitos autorais se dá pelo número de vezes que a obra é executada, o aumento desse número de forma artificial faz ganhar mais quem paga “jabá”.
Toda a sociedade está convidada a opinar sobre o anteprojeto de lei que altera a Lei de Direitos Autorais (9.610/98). A proposta de mudança apresentada pelo governo federal se baseia na necessidade de harmonizar a proteção dos direitos dos autores e artistas, com o acesso do cidadão ao conhecimento e à cultura e a segurança jurídica dos investidores da área cultural. As contribuições devem ser postadas na página www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral
Ascom/MinC
quarta-feira, 21 de julho de 2010
GALO CARNAVAL 2011
SOCIEDADAE CULTURAL GALO DA MEIA NOITE
CONCURSO DE MARCHINHAS.
Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que esteve no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída, na preferência do público, pelo samba enredo.[]
A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Na origem foi, no entanto, um estilo musical importado para o Brasil. Descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917?]
A verdadeira marchinha de carnaval brasileira começou a surgir no Rio de Janeiro com as composições de Eduardo Souto, Freire Júnior e Sinhô?] e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmem Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.
O Bloco Carnavalesco Galo da Meia Noite está lançando seu Primeiro Concurso de Marchinhas de carnaval, o evento que acontecerá dias 22/23/24 de SETEMBRO, no Clube Kabanas, as inscrições podem ser feitas na SECEL, (Prédio do relógio), na Avenida sete de setembro, centro, com Carlos Castro.
O Tema será: Galo da Meia Noite, o Rei do Seu Terreiro Natal.
Os compositores podem fazer contatos também com o presidente Edson Caúla, para receberem o Regulamento, contato, 991-3953.
A premiação agraciará apenas o primeiro colocado com R$ 1.000,00 (mil reais) e R$ 200,00 (duzentos reais) para o melhor intérprete.
A comissão julgadora será composta de: jornalistas, acadêmicos de letras, poetas, compositores e carnavalescos.
Demais informações sobre data de entrega, ensaio, forma de apresentação, você terá no Regulamento.
Contatos Telefônicos: 9981-9672/ 9994-0141/ 9971-3953.
* As marchas deverão ser inéditas.
CONCURSO DE MARCHINHAS.
Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que esteve no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída, na preferência do público, pelo samba enredo.[]
A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Na origem foi, no entanto, um estilo musical importado para o Brasil. Descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917?]
A verdadeira marchinha de carnaval brasileira começou a surgir no Rio de Janeiro com as composições de Eduardo Souto, Freire Júnior e Sinhô?] e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmem Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.
O Bloco Carnavalesco Galo da Meia Noite está lançando seu Primeiro Concurso de Marchinhas de carnaval, o evento que acontecerá dias 22/23/24 de SETEMBRO, no Clube Kabanas, as inscrições podem ser feitas na SECEL, (Prédio do relógio), na Avenida sete de setembro, centro, com Carlos Castro.
O Tema será: Galo da Meia Noite, o Rei do Seu Terreiro Natal.
Os compositores podem fazer contatos também com o presidente Edson Caúla, para receberem o Regulamento, contato, 991-3953.
A premiação agraciará apenas o primeiro colocado com R$ 1.000,00 (mil reais) e R$ 200,00 (duzentos reais) para o melhor intérprete.
A comissão julgadora será composta de: jornalistas, acadêmicos de letras, poetas, compositores e carnavalescos.
Demais informações sobre data de entrega, ensaio, forma de apresentação, você terá no Regulamento.
Contatos Telefônicos: 9981-9672/ 9994-0141/ 9971-3953.
* As marchas deverão ser inéditas.
SOU BRASILEIRO COM ORGULHO!
O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL
LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam OS positivos, enquanto no Brasil se maximizam OS negativos. Aqui na Holanda, OS resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o
sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, OS atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
Enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom RI na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, OS garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e
Qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá Dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com OS seus usuários brasileiros através DA língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são DA Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: OS Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo..
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, OS internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre OS países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o DA Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham OS melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-Los bem?
Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada DA própria desgraça e que enfrenta OS desgostos sambando.
É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!
Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!!
Paulo Pires - Fone 9844 0101
LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam OS positivos, enquanto no Brasil se maximizam OS negativos. Aqui na Holanda, OS resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o
sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, OS atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
Enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom RI na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, OS garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e
Qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá Dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com OS seus usuários brasileiros através DA língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são DA Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: OS Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo..
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, OS internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre OS países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o DA Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham OS melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-Los bem?
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É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!
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Paulo Pires - Fone 9844 0101
sexta-feira, 16 de julho de 2010
O QUE É O SAMBA!
Escola dá samba?
O que têm a dizer os compositores do bairro de Oswaldo Cruz e da Portela
O samba é um dos ritmos mais populares da cidade do Rio de Janeiro e têm grande importância em sua identidade cultural. Durante o ano inteiro muita gente participa das produções ligadas ao “mundo do samba”. Mas o sambista compositor é que se projeta, tem a visibilidade e é símbolo deste mundo e referência cultural de significativo setor da população carioca. Saber o que ele pensa acerca da escola, como a vê e como ele se vê nela ou fora dela é uma forma de olhar a escola formal a partir de outro ângulo, permitindo que apareçam aspectos privilegiados por este olhar, possibilitando outra leitura da escola em sua relação com a clientela e sua cultura antropológica de origem.
Em nossa pesquisa, que resultou numa dissertação de mestrado, entrevistamos 10 compositores do bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio intimamente ligado à história do samba na cidade do Rio de Janeiro, e do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, criado no mesmo bairro, também uma instituição fundamental na história do gênero.
Conceitos que dão samba
Neste estudo, reconhecemos o caráter polissêmico do conceito de cultura e suas acepções, procurando definir o conceito com o qual trabalhamos. Partimos de uma síntese de Gilberto Velho (1994) quando diz que os homens em interação social, “participam sempre de um conjunto de crenças, valores, visões de mundo, rede de significados que definem a própria natureza humana” (p.63). A cultura, no sentido antropológico, entendida como um elemento dinâmico, em movimento, em transformação, um elemento vivo. Esta é a conceituação que orienta o presente trabalho.
Assim, o que fica além das inúmeras concepções do termo, é a compreensão de que não existe a cultura, mas culturas. Reconhece-se, ainda, que as culturas estão em relação, havendo trocas entre elas, não existindo cultura pura, “e que o outro não é nunca absolutamente o outro e que há sempre algo de nós nos outros” (Cuche, 1999:243).
Quando se fala em samba, remete-se à concepção de cultura popular. O uso sistemático do termo “cultura popular” na imprensa e na academia mostra a importância que tem, ainda que nesta última o conceito seja, às vezes, desconstruído, buscando negar uma “pureza” e uma “autenticidade” que lhe seria inerente e de apontar seu caráter dinâmico, de mistura e de entrecruzamento. De fato, se formos estudar qualquer fenômeno cultural que tenha como referência a população de baixa renda, de periferia das grandes cidades ou de áreas marginalizadas socialmente, o termo se impõe, mesmo que seja para uma análise crítica do seu uso.
Monique Augras, em seu livro O Brasil do samba-enredo (1998), logo na apresentação enfrenta a questão afirmando que não gosta do nome ‘cultura popular’ (p.9), pela sugestão que parece carregar de corte, diferenciação quase natural, com a cultura ‘erudita’. Mas admite o termo ‘popular’ através da “idéia que designa exclusivamente um lugar de produção cultural” (p.10).
Para Marilena Chaui (1996), a cultura popular não deve ser vista como uma totalidade em oposição antagônica à totalidade dominante, mas reconhecida num “conjunto disperso de práticas, representações e formas de consciência que possuem lógica própria” (p.25), onde estão presentes o conformismo, inconformismo e a resistência à cultura dominante, que é o que distingue cultura popular da cultura dominante.
Concordando com as relativizações acima e reconhecendo a existência de várias culturas populares, utilizamos um termo que dá especificidade ao nosso estudo: a cultura do samba.
Educação e cultura(s)
Pensar educação também no sentido mais amplo que escolarização, como forma de socialização de saberes, e cultura em seu sentido antropológico, é uma idéia que ganha corpo na pedagogia, inclusive em termos oficiais.
A uniformidade vigente no currículo, o conteúdo dos livros didáticos e a organização da escola – a cultura escolar [1] constituída – sempre estiveram presentes entre os fatores que pesaram no fracasso escolar. A cultura escolar, homogeneizada, desconsidera as diferenças. Assim, para Juarez Dayrell (1996:140):
Uma outra forma de compreender esses jovens que chegam à escola é apreendê-los como sujeitos sócio-culturais. [...] Trata-se de compreendê-lo [o aluno] na sua diferença, enquanto indivíduo que possui historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções, desejos, projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios.
Ou seja, são estudantes que têm uma cultura diferente. Os alunos, provenientes de bairros populares, têm a escola, muitas vezes, como um instrumento que o aliena de sua cultura, mesmo levando-se em consideração que esta não seja pura, estática, e esteja continuamente sendo cruzada por outras culturas, inclusive a cultura escolar. Gimeno Sacristán, criticando as acepções mais ou menos restritas de cultura, diz, baseado em Aronowitz e Giroux:
O desafio escolar, não fácil de ser realizado hoje em dia, está não em opor esta alta cultura à cultura antropológica de referência do aluno, mas em reconciliá-las, em fazer que cada uma delas encontre a relevância na outra. (Sacristán, 1996:41).
Dessa maneira, a distância entre a escola e os alunos tem contribuído para que o conflito – e não apenas a tensão – entre cultura escolar e cultura “antropológica de referência do aluno” se alargue, somando-se às outras razões que produzem a evasão e o fracasso escolar. É preciso levar em conta a comunidade e o público que a constitui para se entender esta distância e pensar caminhos para um diálogo.
Podemos falar de uma cultura do samba?
Menos do que criar um termo ou expressão, ao falarmos em cultura do samba, estamos falando sobre o samba como vários autores (Cabral, 1996; Cavalcanti, 1995; Goldwasser, 1975; Lopes, 1981; Tramonte, 1996) se referem a este gênero musical e toda a sua rede de significados, de produções, de espaços, de formas de se comportar, de hábitos, de tradições renovadas a cada ano – algo que lhe dá uma especificidade – que são interpretados pelo termo mundo do samba. Esse termo é o que entendemos por sinônimo de cultura do samba.
Para entendermos a cultura do samba é necessário conhecer um pouco da história do samba, sem o que só a perceberemos como expressão musical. Há uma construção de redes de significados, costumes, solidariedade, afirmação de valores, afirmação de um grupo social, de resistência cultural, política e étnica, ao mesmo tempo em que há um processo de trocas. As ambigüidades apresentadas neste processo acabam por revelar sua riqueza e complexidade.
Mas, o que é o samba? De onde se origina? São perguntas que recebem respostas aparentemente tão óbvias do tipo “é música negra brasileira”, “o samba veio da África”, “o samba é música afro”, e por aí vai. Esta compreensão, embora não deixando de ser baseada na realidade, é aquela do senso comum e simplifica um processo rico, dinâmico e que não deve ser separado de determinados processos sociais de nossa história. A cultura do samba é formada na tensão entre o social, o econômico, o político e a herança cultural, aqui ressaltando a religião e suas práticas sincréticas.
A mistura de ritmos e a designação geral de samba para toda e qualquer música afro-brasileira, foi superada pela organização das Escolas de Samba, que apresentavam, com singularidade, uma nova forma de tocar e cantar a música que se originara nos batuques, criando novos instrumentos e dançando de forma peculiar, ainda que resultasse de uma estrutura copiada dos Ranchos. O que interessa é que com as Escolas o samba obteve uma visibilidade e identidade, de modo a não confundir com nenhum outro ritmo: aquele era o samba. A divulgação do samba através do rádio e das gravadoras, juntamente com um processo de contribuições diversas, acabariam por ampliar as variações do samba, que continua até os dias de hoje.
O samba pode ser considerado um dos instrumentos de penetração do afro-brasileiro [2] na sociedade branca. E nesse processo a perseguição aos sambistas foi grande. Sérgio Cabral (1996) cita alguns depoimentos como o de Donga: ‘O fulano da polícia pegava o outro tocando violão, este sujeito estava perdido. Perdido! Pior que comunista, muito pior ...” (p.27); ou de João da Baiana: ‘A polícia perseguia a gente. Eu ia tocar pandeiro na festa da Penha e a polícia me tomava o instrumento’ (p.28).
Como diz Sodré (1988:134), para o negro, após a abolição, “a apropriação da cidade como estrutura de encontro interétnico, criação festiva e confrontação simbólica” se intensificou, porque antes o negro tinha seu lugar – fixo e desumano, é verdade – mas depois ele não tinha lugar algum. E são as Escolas de Samba, em nossa análise, um dos mais importantes instrumentos dessa penetração.
Para entendermos esse processo é preciso ter em conta os elementos que compõem a cultura do samba:
* Mediação cultural – A mediação cultural é aqui entendida como a ação dos indivíduos e grupos, ou o local de realização, que efetiva uma relação de troca entre indivíduos, grupos, espaços, de culturas diferentes.
* Identidade cultural – Uma contínua criação/recriação da identidade afro-brasileira.
* Afirmação social –A visibilidade positiva adquirida pelos desfiles possibilitou maior inserção dos afro-brasileiros em nossa sociedade historicamente preconceituosa.
* Memória coletiva – Assim como várias manifestações populares, o samba funciona como memória de um povo.
* Sociabilidade – Possibilita processos de integração social.
* Solidariedade – É um elemento próprio do mundo do samba, fruto histórico das relações estabelecidas para a sobrevivência entre as camadas pobres da população.
* Respeito aos direitos, contradições e conflitos – Há uma série de valores morais que preservam a família, a liberdade religiosa e política. No entanto, ao lado desses valores, aparecem o alto consumo de bebidas alcóolicas, as relações com a contravenção, as relações machistas, que refletem as condições materiais, históricas e culturais.
* Tradição e renovação – Tradição e renovação se afirmam dialeticamente.
* Socialização de saberes – Esse é o elemento crucial da cultura do samba, sem o qual não seria possível o desenvolvimento dos outros. Por que? Porque não se trata somente da socialização e transmissão de saberes com referência à composição, instrumentalização e dança do samba, bem como organização das Escolas de Samba e eventos como o desfile na avenida, que por si só já são importantes. Trata-se, ao mesmo tempo, de socializar ethos, códigos, estratégias de sobrevivência, de resistência cultural, de afirmação de grupos sociais [3] .
O samba enredando a vida
As histórias de vida dos compositores nos possibilitam entender como esses sujeitos ajudam a construir uma cultura musical e social que, particularmente na cidade do Rio de Janeiro, é constitutiva da sua identidade cultural e, de forma mais ampla, marca indelével da história de nosso país.
Wilson Moreira [4] , negro [5] , nos diz: “convivo com o samba desde criança.” É assim que fala de sua relação com o samba quando freqüentava as antigas agremiações que existiam em Realengo e Padre Miguel e conta que “a música me veio aos... 12, 13 anos de idade...”.
O compositor Monarco [6] , moreno, por sua vez, assim se expressa:
Meu envolvimento com a Portela é desde a infância. Eu morava em Nova Iguaçu ainda, tinha lá meus sete, oito anos de idade, eu já ouvia aqueles sambas... Noel Rosa... [cantarola] ‘salve Estácio/ Salgueiro, Mangueira/ Oswaldo Cruz e Matriz...’ [...] Aí de repente a minha mãe se separou do meu pai e viemos morar em Oswaldo Cruz. Ô destino!
Mauro Diniz [7] , negro, filho mais velho de Monarco, relata:
Minha mãe era dona de casa, ela era pastora da Escola, né, ela desfilava na Portela também. O papai costumava falar que eu já freqüentava a Portela dentro da barriga da minha mãe. Eu me lembro... ele falou que eu, com 1 ano de idade, ele me botou a fantasia da Portela.
Marcos Diniz [8] , negro, outro filho de Monarco, começou na União de Vaz Lobo, com 7, 8 anos, e a admiração pelo samba fazia o menino pobre prestar atenção, conta “...eu era garoto, eu ficava escutando, olhando para o nariz escorrendo...” Diz: “primeiro samba que eu fiz foi aos doze anos de idade, mas eu comecei a ter certeza das coisas foi com treze anos”, pois com essa idade ganhou um samba no Bloco Xodó de Oswaldo Cruz, onde participavam compositores respeitados.
Mas se existem exemplos de composição precoce, também temos outros que não começaram tão cedo assim. Jair do Cavaquinho [9] , pardo, nascido no bairro de Oswaldo Cruz, conta: “a minha infância toda foi no Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Eu, desde pequenininho, com 7 anos de idade, já fui mascote da Escola de Samba Portela.” Portanto, a viu nascer. Mas surpreende: “eu comecei a fazer samba era... foi em 1958”, ou seja, aos 36 anos de idade!
Seu Argemiro [10] , negro, outro membro da Velha Guarda da Portela, revela: “eu comecei essa vida de compositor aos 56 anos”! Mas o contato com o samba foi desde a infância, quando o pai brigava com a sua madrasta e levava os filhos para ficarem na casa da cunhada, perto da Portela, “...então aí eu... minha prima ia sempre pra assistir ensaio, aí me levava, aí eu ficava vendo” e se apaixonou pelos instrumentos de percussão.
Casquinha [11] , pardo, que retoma a composição de samba após um intervalo de quinze anos, quando parou de jogar futebol, aos trinta anos, sempre morou em área de samba: “... eu nasci em Anchieta, [...] sou radicado aqui em Oswaldo Cruz desde... dos dez anos.”
Teresa Cristina [12] , negra, que viveu até os 28 anos na Vila da Penha, também teve sua relação com o samba interrompida. Na adolescência, conta, “eu comecei a gostar de rock, porque eu via todo mundo cantando rock... jornal, televisão, era só rock...” Mas no seu caso, o território suburbano ficou marcando a presença como elemento da cultura do samba. Como ela explica, “... eu nem escolhi ser Portela, sabia? Quando eu nasci minha família já era portelense. Tinha Escola de Samba? Era a Portela. Não foi uma coisa que eu escolhi.” Aos 29 anos, casada com músico de um grupo de samba e morando no Leblon é que principiou a compor sambas.
Outro exemplo de uma ligação mais diversificada em termos musicais que, no entanto, não afastou a influência do samba que tinha desde a infância, é o compositor Edinho Oliveira [13] , negro. Nascido numa família grande, tendo vivido no bairro de Rocha Miranda e há quase vinte anos em Oswaldo Cruz, desde cedo teve contato com as batucadas. Seus contatos, no entanto, foram ampliados e, como ele diz, trabalha “há 23 anos com música”, não se restringindo somente ao samba.
David do Pandeiro [14] , pardo, nascido em Bento Ribeiro numa família onde vários membros eram músicos, acabou aprendendo samba em colégio interno na cidade mineira de Passa Quatro, para onde foi internado pela mãe, após separar-se do pai, como conta: “E lá em Passa Quatro, no meio da garotada lá de morro, pessoal pobre lá, aquela coisa toda, mas gente de samba, eu, que já tinha o samba no sangue, né, aí virei sambista, aprendi a tocar pandeiro, num pandeiro de lata de goiabada cascão...” Quando voltou para o Rio, acompanhava os blocos, que naquela época tinham samba de verso. Mas os contatos com outros espaços como o rádio, os shows, viagem internacional e outros tipos de música como a cubana, por exemplo, se o fizeram experimentar novos ritmos e danças, não o afastaram do samba, tanto que hoje faz parte do conjunto da Velha Guarda da Portela.
No imaginário social, a representação do sambista como negro, malandro, pobre e morador do morro é ainda forte e reforçada pelos próprios sambistas. Monarco, referindo-se aos moradores da favela do Jacarezinho, dizia “o povo do morro”, apesar da citada favela se situar numa área plana na região da Leopoldina.
Por que, então, essa reiteração? Porque, para os sambistas especificamente, e no imaginário social, o samba é produto dos setores mais pobres e marginalizados da população, que está no morro, na favela. Morro e favela têm a mesma identidade. Toda favela, então, é sinônimo de morro, pelas condições sócio-econômicas dos moradores, pelas privações, falta de colégio, dificuldades, discriminações e, o que parece ser uma contradição, pela alegria, solidariedade, sociabilidade e produção cultural, na qual se destaca o samba.
Uma confirmação que podemos encontrar na origem social e experiência da maioria dos sambistas [15] , como atesta a vida de nossos entrevistados. Como diz o compositor Edinho Oliveira, de família operária, “... eu tenho uma compreensão de samba: o samba é uma cumplicidade, é de uma raça, de um segmento racial, de um segmento de classe.”
Casquinha, criado em Oswaldo Cruz, é o único dos entrevistados que tem pai estrangeiro. “Era engenheiro elétrico, ele veio da Alemanha pra montar as torres de eletricidade aqui no tempo do bonde, [...] a minha mãe era preta, por isso que eu sou raça negra (rindo), eu sou meio claro mas eu tenho orgulho de pertencer à raça negra.”
Como se pode notar, apesar do discurso de que não há diferença, é o negro que é tomado, subrepticiamente, como parâmetro para se saber se alguém tem qualidades de sambista. Porém, é uma constante, na fala dos compositores a afirmação de igualdade, ou pelo menos da possibilidade, do branco, no samba, ser ou se tornar um grande sambista.
Como surgem os compositores de samba? De onde sai a capacidade para compor aquelas canções, muitas delas mais tarde se tornando clássicos do samba e da chamada Música Popular Brasileira? “O que é o mundo do samba? Mundo do samba é o Rio de Janeiro”, diz Jair do Cavaquinho. O “meio ambiente”, como dizem Candeia e Isnard (1978), torna-se um estímulo para a produção do sambista. Podemos mesmo dizer que é o “caldo de cultura” que ajuda formar grandes compositores. Mesmo aqueles que não nasceram neste “meio”, mas que amam e convivem num ambiente de samba, sofrem a influência do que chamamos cultura do samba, como definimos anteriormente.
Com efeito, assim nos revela Mauro Diniz, filho de compositor e de pastora da Portela:
Eu comecei a fazer samba quase sem perceber, na realidade, né. Quando eu era pequeno eu ouvia muito o papai e... [...] uma vez, sem querer – a gente tinha um bloco lá em Oswaldo Cruz, na rua Cananéia, o nome do bloco era Bloco da Alegria – eu tinha mais ou menos 8 anos... eu fiz uma paródia de um... samba enredo com a melodia de um samba que o papai tinha, coincidentemente, né, aquilo veio muito espontâneo, então eu comecei assim, eu fazia e tinha vergonha de mostrar, escrevia algumas coisas, depois eu comecei a ter coragem, as pessoas começaram a puxar por mim, principalmente o papai, né, eu comecei a mostrar e a coisa surgiu naturalmente.
Note-se que a interpretação do sambista é de que esse fenômeno acontece “sem querer”, “muito espontâneo”, e não como uma produção da cultura. Ressalte-se também, o incentivo de pessoas da família, de amigos, de vizinhos, que constitui-se parte do processo cultural que produz compositores de samba.
A história de Jair do Cavaquinho é intimamente ligada à Portela. Quando pequeno, conta, “a minha mãe sempre me levava pros ensaios, né. Foi quando fui me ambientando no negócio.” E vivendo naquele bairro, a vida do menino Jair encontrava o samba a todo momento, como narra:
...eu, pequenininho, ia comprar pão... ia comprar pão, passava ali, esquecia que ia comprar pão. Ficava olhando, apreciando... [...] Aí um dia eu fiz assim: peguei um pedaço de pau, uma tauba, botei quatro arames bem fininhos, representando as quatro corda, aí o que eu via ele fazer com as posição, aí eu fazia também no meu “cavaquinho”, porque eu não tinha dinheiro pra comprar um cavaquinho, né. [...] Eu sei que, não sei se foi a força de vontade, eu sei que eu... em pouco tempo eu peguei...
Quando perguntado sobre o que a Portela lhe deu, Argemiro Patrocínio de pronto respondeu: “trouxe o que eu sou hoje. Eu não sou um camarada marginalizado.” Nessa afirmação está uma das possibilidades que traz o samba para uma ampla camada da população carioca. De fato, o samba tem encarnado para muitos compositores do gênero, o sentido da vida, e retirando ou evitando que o caos social da maioria da população de baixa renda e das comunidades das periferias urbanas, econômicas ou sociais, se abata sobre os indivíduos, arrastando-os para a marginalidade ou contribuindo para a baixa estima. Outro aspecto, não menos importante, está na construção da identidade social e cultural que o samba ajuda a afirmar para parcela significativa da cidade do Rio de Janeiro.
Diante das falas, percebe-se a íntima ligação dos sambistas com a cultura do samba ao longo de suas vidas. Uma ligação que é um processo de afirmação não só de indivíduos, mas de grupos sociais, que vêem no samba uma identificação, uma forma de viver, um produto da sua cultura, de valorização do seu espaço geográfico e social, de elevação da auto-estima. Como se vê, a relação com o samba é a relação com a vida.
Escola dá samba?
Como vimos, o compositor se forma num meio ambiente que chamamos de cultura do samba. É aí que ele tem seu aprendizado como compositor. Reconhecendo a impossibilidade da educação formal, ou seja, o colégio [16] , educar para tudo e educar em todos os aspectos que a cultura alcança, colocam-se algumas questões: como os sambistas vêem o colégio em sua formação de compositor? Que papel teve o colégio em suas vidas? Que relações podemos estabelecer entre o colégio e a cultura do samba? A partir das falas dos sambistas, procuramos pensar as relações entre o colégio e cultura.
O samba é “uma dádiva de Deus”?
Essa é uma frase comum, usada na afirmativa entre os sambistas, quando falam do fato de terem se tornado compositores, apesar da relação estabelecida por eles com a cultura do samba desde tenra idade. Edinho Oliveira explica: “... eu continuo achando que o samba é uma dádiva de Deus.” No entanto, não defende a idéia de se valorizar a condição de não alfabetizado e entende que a leitura é importante.
Para Monarco, nem mesmo as Escolas de Samba ensinam a compor: “tem pra aprender sambar, tudo, mas compor, eu acho que é uma coisa que já vem... acho que é uma dádiva divina que Deus dá...”.
O que pudemos perceber através das falas dos compositores é que, apesar da importância do fator que chamam de “dom”, “hereditariedade” ou “dádiva divina”, a inserção na cultura do samba também é crucial. Ali eles obtêm os conhecimentos que se tornam fundamentais.
Ao mesmo tempo, pudemos perceber uma menção constante à “ajuda” do conhecimento obtido através da escolarização, e uma certa importância desses conhecimentos na elaboração dos sambas. Ou seja, se de um lado, o “dom”, a cultura do samba, são os ingrediente fundamentais para o sambista, não se apresentou uma visão de negação ou desprezo da formação escolar, mas se considerou como um elemento que pode ajudar a fazer samba.
O papel do colégio na vida dos sambistas sempre foi minimizado na análise dos próprios compositores e também na imprensa especializada, ajudando a formar uma representação, ou seja, uma imagem e uma idéia de como é a relação entre compositores e o colégio: nenhuma. Se esta está ancorada numa realidade, não se deve universalizá-la e o papel do colégio não é tão irrelevante assim, como procuraremos demonstrar.
Jair do Cavaquinho foi sintético ao falar de sua relação com o colégio e demonstrou um certo incômodo com a questão. Ao relatar que estudou pouco e que o pouco que sabia vinha do berço e da força de vontade, estava adiantando sua visão de que o colégio nenhuma influência tinha em sua formação de sambista.
Mas para “seu” Jair o samba “ensina muita coisa”. Além de ritmo, canto e dança, “o samba dá desenvolvimento [bota os dois dedos indicadores de cada lado da fronte]! Desenvolvimento!” E explica que não adianta só ler e escrever a letra, porque tem a música. Ou seja, tudo isso exige esforço de raciocínio e um processo autodidata.
Edinho Oliveira, criado em Rocha Miranda, sempre ligado ao samba, mesmo enfrentando as dificuldades da vida de família pobre, como ele diz, “cheguei a me engraçar, digo até assim, engraçar no nível superior pra fazer engenharia, depois eu vi que não era... compatível à minha realidade...”
Ele reafirma ainda a importância do estudo e coloca inclusive sua posição com respeito ao tipo de ensino que se tem em nossos colégios: “... quando estudamos, nós abrimos claros em nossa mente, em nossa visão, em nossa forma de pensar e perceber, porque no ensino básico hoje no Brasil, mesmo sendo com a cara... é a cara e o molde do ensino europeu, é ensino”. Para ele é importante ter um ponto de partida e daí desenvolver um autodidatismo. Contudo, não deixa de fazer a crítica ao que falta à nossa cultura escolar: “Cadê a cultura do índio? O que é que temos de informação da escola, no ensino básico sobre o índio? Tacape, pau pesado; índio de pele avermelhada, cabelos lisos, coisa e tal e acabou, que o índio come peixe. Não, o índio tem muito mais contribuição...”
De acordo com o depoimento de Argemiro do Patrocínio, ele é um caso sui generis de evasão escolar, pois saiu do colégio porque não queria usar calça curta, na época obrigatória para crianças e adolescentes. Mas entende que sua escolaridade foi suficiente, como relata:
...estudei mucado, primário, né, mas naquele tempo o primário era um primário, né! Também só fiz até... até o quinto ano só. Aí não quis mais porque... já... quinze anos, já tava com mais ou menos com quin... catorze, quinze anos, aí digo, ah, não vou andar mais de calça curta [...] Eu, um negão já grande, de calça curta... eu, hein!
Observemos que sua análise é de que foi uma boa escolaridade, porque o primário daquele tempo era o primário, num enaltecimento muito comum ao colégio de ontem e crítica ao colégio de hoje. Assinalamos ainda que ele estudou em colégio público. Embora começasse a fazer sambas somente aos 56 anos, acredita que tem algo a ver com os tempos colegiais: “Ah, veio aparecer... é conseqüência, né, rapaz, é como eu te falei... o início... eu sempre gostava de... no colégio, eu sempre gostava de fazer verso, poesia, então vem negócio de namorada, né, garoto... namorar...”
Casquinha é mais um daqueles sambistas que sua permanência no colégio foi obstaculizada pela desestruturação familiar e pelas condições materiais de sobrevivência. De qualquer maneira, acha que o colégio teve importância porque “... eu cheguei a fazer concurso e passar com aquele pouco que eu estudei [...] Também o concurso era uma dissertação, quatro operações, um ditado, tudo isso, eu passei...”. Mas é no samba que ele acaba mostrando a importância dos estudos: “... por exemplo, hoje o camarada que tenha pouca instrução ou quase nenhuma, é difícil ele fazer uma letra pro samba-enredo. Ele faz a letra pro samba-enredo, mas ele sempre ele... tem que recorrer a outro pra pedir, tá entendendo, a orientação mais assim...”
Ou seja, o conhecimento escolar está cada vez mais presente no samba. O que significa ampliar os conhecimentos já desenvolvidos pela cultura do samba pois, como diz Casquinha, “... o samba ilustra a pessoa, o samba ensina muita coisa, depois a gente aprende, aqui dentro [da Portela] mesmo a gente aprende, não é, no desenvolver da... do tempo e tal, e daí vai aprendendo alguma coisa, bastante coisa, né”.
De sua passagem pelo colégio interno em Passa Quatro, Minas Gerais, David do Pandeiro relata: “Lá no... o estudo de lá, os estudos de lá em Passa Quatro são muito avançados nesses estudos em Minas... Caxambu, Viçosa... Os estudos lá são muito avançados e você tem que aprender mesmo, né, porque se não aprender, já viu, né, é castigo, etc etc. Não tem como fugir de lá”. Mas do internato em Quintino, para onde foi transferido, ele conta:
Em Quintino eu me lembro, por exemplo, eu me perdi dentro da escola Quinze, no meio da garotada lá, juntei com aqueles moleques safados lá e fiquei um aluno terrível, um aluno terrível, revoltado com a situação e um dia eu encontrei um professor que ele me botou, não me bateu nem me botou de castigo nem nada, ele sentou comigo e começou conversar comigo baixinho, suavemente, daqui a pouco chorava eu, chorava ele. Aí ele... mudou a minha vida, passei a ser o primeiro aluno em caligrafia, fui o primeiro aluno do.. da 5ª série. José Vicente de Souza. Esse professor que mudou não só a mim como meus amigos também.
Viu-se, pelas palavras dos compositores, que o recurso a bibliotecas, à leitura, demonstra por um lado um conhecimento obtido através da cultura escolar e, por outro lado, o auxílio de livros – representação e concretização de escolarização – significa que não é somente a inspiração, a “dádiva divina” e o meio cultural que compõem os elementos da produção musical dos sambistas. Mais do que isso, os depoimentos colhidos apontam uma tendência de que os compositores mais jovens ou são todos escolarizados ou apresentam um grau de escolarização maior do que os primeiros sambistas. Quase todos eles tiveram sua experiência escolar abortada por razões econômicas e sociais, acrescentadas por tragédias familiares, mas todos os compositores que têm filhos, encaminharam sua prole para os estudos, alcançando um grau de escolaridade bem maior que o dos pais, o que comprova a importância por eles dada à escolarização.
À guisa de conclusão: qual o enredo para a escola [17] ?
O sentido desse trabalho é discutir as relações entre escola e cultura, no caso, a cultura do samba, que consideramos uma das culturas antropológicas de origem de parcela significativa dos estudantes cariocas, buscando verificar como ela se dá, ou mesmo se esta relação existe a partir das histórias de vida dos compositores. Em nosso estudo procuramos observar a relação dos compositores de samba com o mundo e que papel teve a escolarização em suas vidas.
Nesta relação entre a cultura escolar e sambistas, vamos encontrar no samba-enredo uma relação que nos revelou evidente. A composição de um samba-enredo não é tarefa fácil. Além da inspiração para compor uma bela melodia com bons versos, o compositor ou, o que é mais comum, os compositores, têm de dar conta dos aspectos do enredo em seus versos para que cumpra o papel de conseguir os pontos máximos em seu quesito. Dessa forma, para dar conta do recado, os sambistas são obrigados a pesquisar em jornais e livros, freqüentar bibliotecas e, quem não sabe ler, procurar alguém que o ajude, conforme ficou explícito nos depoimentos dos entrevistados.
A composição de alguns sambas de exaltação neste período inicial, que fazem parte de uma estratégia de legitimação e busca de reconhecimento dos sambistas, levavam ao uso de um conhecimento da história oficial. Um processo que tem uma exigência para além da memória oral e uma aproximação com a cultura escolar. Não é de se espantar, portanto, que o enfoque das letras dos sambas apresentados nos desfiles, mesmo antes do aparecimento do samba-enredo [18] , assim como os sambas que mais tarde passaram a se caracterizar como de enredo, apresentassem um Brasil oficial, com os heróis oficiais, com uma história que constava nos manuais escolares. Foram esses manuais [19] as fontes principais para a elaboração das letras que exaltavam figuras da elite brasileira e fatos históricos que expressavam realizações da mesma elite. Ao mesmo tempo omitia, ou apresentava como versão contrária aos interesses nacionais, outros fatos históricos em que os setores populares agiram na defesa de seus interesses e que hoje são vistos de maneira muito diversa.
Podemos apontar a marca da escolarização, mesmo que indireta, na produção daqueles sambas. Uma marca característica da escola tradicional que reproduz enfoques históricos não críticos. E com a ampliação da importância das Escolas de Samba e dos desfiles, surge a figura do carnavalesco, que vai aumentar essa necessidade da relação com a cultura escolar. É o carnavalesco, ou a comissão sob sua orientação, que elabora a sinopse do enredo entregue aos sambistas para orientar a composição do samba-enredo.
Mas existem vários sambas-enredo que fugiram da mera glorificação das elites, buscando mostrar os setores populares como sujeitos históricos e referindo-se a fatos, personagens e cultura ligados à sua própria história [20] , que por sua vez mostram-se também como fruto de um processo de escolarização. Porém o que queremos afirmar é que a escola formal foi o principal agente de reprodução da história oficial [21] , neste aspecto deixando de contribuir para uma visão mais crítica de nossa história e nossa sociedade na cultura do samba.
Contudo, a menção de alguns sambistas mais velhos sobre uma superioridade do colégio público “antigo” não é um fator desprezível para analisarmos a potencialização que os compositores de samba fizeram de seus poucos anos de estudos. Ainda que tenhamos uma visão crítica sobre os métodos e processos de ensino do colégio “antigo”, deve-se reconhecer que havia uma determinada apropriação de saber, que proporcionou aos compositores de samba um melhor aproveitamento de sua criatividade. Nesta compreensão podemos perceber que os sambistas fizeram bom uso dos conhecimentos adquiridos, não só para passar em concursos públicos, conseguir empregos com melhor status, mas também compor sambas de rimas mais ricas e contribuir para seu sucesso artístico.
A potencialização que a cultura do samba permite não é apenas de alguns indivíduos isolados, mas um fenômeno massivo, daí a sua importância para a escola formal. Queremos chamar atenção é para os aspectos simbólicos, que perpassam o mundo do samba para além da Escola de Samba, educando, formando, produzindo uma cultura fundamental para a potencialização do aluno, não observada pela escola formal, que aliena, num certo sentido, a criança e o jovem oriundo desta cultura. O que contribui, deste modo, para uma situação duplamente perversa e negativa para a criança/jovem, pois não trabalha sua auto-estima em relação ao seu pertencimento cultural e não lhe dá instrumentos para desenvolver o seu “capital cultural”, muitas vezes próprio da relação familiar e não só da comunidade ou vizinhança.
Portanto, se observarmos as possibilidades que a escola tem para potencializar o saber de seus estudantes, podemos esperar que a relação entre a cultura escolar e a cultura do samba seja profícua, produzindo outra coisa que não a evasão escolar, ainda que reconheçamos que este grave problema repouse em várias questões. É preciso dar mais atenção ao que diz Jair do Cavaquinho ao afirmar, categórico, botando os dois dedos indicadores na fronte: “o samba dá desenvolvimento! Desenvolvimento!”
Se os sambistas não aprenderam samba na escola, isto não significa que ela não contribuiu para o desenvolvimento das suas qualidades de compositor. Assim, os compositores têm aproveitado o pouco que a cultura escolar lhes deu. Podemos dizer que a cultura escolar tem mesmo uma contribuição, ainda que fora da intencionalidade de um projeto pedagógico. Mas certamente a escola pode contribuir muito mais para que as potencialidades de muitos futuros compositores sejam ampliadas. Se isso se der, o samba e a sociedade agradecem.
Referências bibliográficas:
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* SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-bras
O que têm a dizer os compositores do bairro de Oswaldo Cruz e da Portela
O samba é um dos ritmos mais populares da cidade do Rio de Janeiro e têm grande importância em sua identidade cultural. Durante o ano inteiro muita gente participa das produções ligadas ao “mundo do samba”. Mas o sambista compositor é que se projeta, tem a visibilidade e é símbolo deste mundo e referência cultural de significativo setor da população carioca. Saber o que ele pensa acerca da escola, como a vê e como ele se vê nela ou fora dela é uma forma de olhar a escola formal a partir de outro ângulo, permitindo que apareçam aspectos privilegiados por este olhar, possibilitando outra leitura da escola em sua relação com a clientela e sua cultura antropológica de origem.
Em nossa pesquisa, que resultou numa dissertação de mestrado, entrevistamos 10 compositores do bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio intimamente ligado à história do samba na cidade do Rio de Janeiro, e do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, criado no mesmo bairro, também uma instituição fundamental na história do gênero.
Conceitos que dão samba
Neste estudo, reconhecemos o caráter polissêmico do conceito de cultura e suas acepções, procurando definir o conceito com o qual trabalhamos. Partimos de uma síntese de Gilberto Velho (1994) quando diz que os homens em interação social, “participam sempre de um conjunto de crenças, valores, visões de mundo, rede de significados que definem a própria natureza humana” (p.63). A cultura, no sentido antropológico, entendida como um elemento dinâmico, em movimento, em transformação, um elemento vivo. Esta é a conceituação que orienta o presente trabalho.
Assim, o que fica além das inúmeras concepções do termo, é a compreensão de que não existe a cultura, mas culturas. Reconhece-se, ainda, que as culturas estão em relação, havendo trocas entre elas, não existindo cultura pura, “e que o outro não é nunca absolutamente o outro e que há sempre algo de nós nos outros” (Cuche, 1999:243).
Quando se fala em samba, remete-se à concepção de cultura popular. O uso sistemático do termo “cultura popular” na imprensa e na academia mostra a importância que tem, ainda que nesta última o conceito seja, às vezes, desconstruído, buscando negar uma “pureza” e uma “autenticidade” que lhe seria inerente e de apontar seu caráter dinâmico, de mistura e de entrecruzamento. De fato, se formos estudar qualquer fenômeno cultural que tenha como referência a população de baixa renda, de periferia das grandes cidades ou de áreas marginalizadas socialmente, o termo se impõe, mesmo que seja para uma análise crítica do seu uso.
Monique Augras, em seu livro O Brasil do samba-enredo (1998), logo na apresentação enfrenta a questão afirmando que não gosta do nome ‘cultura popular’ (p.9), pela sugestão que parece carregar de corte, diferenciação quase natural, com a cultura ‘erudita’. Mas admite o termo ‘popular’ através da “idéia que designa exclusivamente um lugar de produção cultural” (p.10).
Para Marilena Chaui (1996), a cultura popular não deve ser vista como uma totalidade em oposição antagônica à totalidade dominante, mas reconhecida num “conjunto disperso de práticas, representações e formas de consciência que possuem lógica própria” (p.25), onde estão presentes o conformismo, inconformismo e a resistência à cultura dominante, que é o que distingue cultura popular da cultura dominante.
Concordando com as relativizações acima e reconhecendo a existência de várias culturas populares, utilizamos um termo que dá especificidade ao nosso estudo: a cultura do samba.
Educação e cultura(s)
Pensar educação também no sentido mais amplo que escolarização, como forma de socialização de saberes, e cultura em seu sentido antropológico, é uma idéia que ganha corpo na pedagogia, inclusive em termos oficiais.
A uniformidade vigente no currículo, o conteúdo dos livros didáticos e a organização da escola – a cultura escolar [1] constituída – sempre estiveram presentes entre os fatores que pesaram no fracasso escolar. A cultura escolar, homogeneizada, desconsidera as diferenças. Assim, para Juarez Dayrell (1996:140):
Uma outra forma de compreender esses jovens que chegam à escola é apreendê-los como sujeitos sócio-culturais. [...] Trata-se de compreendê-lo [o aluno] na sua diferença, enquanto indivíduo que possui historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções, desejos, projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios.
Ou seja, são estudantes que têm uma cultura diferente. Os alunos, provenientes de bairros populares, têm a escola, muitas vezes, como um instrumento que o aliena de sua cultura, mesmo levando-se em consideração que esta não seja pura, estática, e esteja continuamente sendo cruzada por outras culturas, inclusive a cultura escolar. Gimeno Sacristán, criticando as acepções mais ou menos restritas de cultura, diz, baseado em Aronowitz e Giroux:
O desafio escolar, não fácil de ser realizado hoje em dia, está não em opor esta alta cultura à cultura antropológica de referência do aluno, mas em reconciliá-las, em fazer que cada uma delas encontre a relevância na outra. (Sacristán, 1996:41).
Dessa maneira, a distância entre a escola e os alunos tem contribuído para que o conflito – e não apenas a tensão – entre cultura escolar e cultura “antropológica de referência do aluno” se alargue, somando-se às outras razões que produzem a evasão e o fracasso escolar. É preciso levar em conta a comunidade e o público que a constitui para se entender esta distância e pensar caminhos para um diálogo.
Podemos falar de uma cultura do samba?
Menos do que criar um termo ou expressão, ao falarmos em cultura do samba, estamos falando sobre o samba como vários autores (Cabral, 1996; Cavalcanti, 1995; Goldwasser, 1975; Lopes, 1981; Tramonte, 1996) se referem a este gênero musical e toda a sua rede de significados, de produções, de espaços, de formas de se comportar, de hábitos, de tradições renovadas a cada ano – algo que lhe dá uma especificidade – que são interpretados pelo termo mundo do samba. Esse termo é o que entendemos por sinônimo de cultura do samba.
Para entendermos a cultura do samba é necessário conhecer um pouco da história do samba, sem o que só a perceberemos como expressão musical. Há uma construção de redes de significados, costumes, solidariedade, afirmação de valores, afirmação de um grupo social, de resistência cultural, política e étnica, ao mesmo tempo em que há um processo de trocas. As ambigüidades apresentadas neste processo acabam por revelar sua riqueza e complexidade.
Mas, o que é o samba? De onde se origina? São perguntas que recebem respostas aparentemente tão óbvias do tipo “é música negra brasileira”, “o samba veio da África”, “o samba é música afro”, e por aí vai. Esta compreensão, embora não deixando de ser baseada na realidade, é aquela do senso comum e simplifica um processo rico, dinâmico e que não deve ser separado de determinados processos sociais de nossa história. A cultura do samba é formada na tensão entre o social, o econômico, o político e a herança cultural, aqui ressaltando a religião e suas práticas sincréticas.
A mistura de ritmos e a designação geral de samba para toda e qualquer música afro-brasileira, foi superada pela organização das Escolas de Samba, que apresentavam, com singularidade, uma nova forma de tocar e cantar a música que se originara nos batuques, criando novos instrumentos e dançando de forma peculiar, ainda que resultasse de uma estrutura copiada dos Ranchos. O que interessa é que com as Escolas o samba obteve uma visibilidade e identidade, de modo a não confundir com nenhum outro ritmo: aquele era o samba. A divulgação do samba através do rádio e das gravadoras, juntamente com um processo de contribuições diversas, acabariam por ampliar as variações do samba, que continua até os dias de hoje.
O samba pode ser considerado um dos instrumentos de penetração do afro-brasileiro [2] na sociedade branca. E nesse processo a perseguição aos sambistas foi grande. Sérgio Cabral (1996) cita alguns depoimentos como o de Donga: ‘O fulano da polícia pegava o outro tocando violão, este sujeito estava perdido. Perdido! Pior que comunista, muito pior ...” (p.27); ou de João da Baiana: ‘A polícia perseguia a gente. Eu ia tocar pandeiro na festa da Penha e a polícia me tomava o instrumento’ (p.28).
Como diz Sodré (1988:134), para o negro, após a abolição, “a apropriação da cidade como estrutura de encontro interétnico, criação festiva e confrontação simbólica” se intensificou, porque antes o negro tinha seu lugar – fixo e desumano, é verdade – mas depois ele não tinha lugar algum. E são as Escolas de Samba, em nossa análise, um dos mais importantes instrumentos dessa penetração.
Para entendermos esse processo é preciso ter em conta os elementos que compõem a cultura do samba:
* Mediação cultural – A mediação cultural é aqui entendida como a ação dos indivíduos e grupos, ou o local de realização, que efetiva uma relação de troca entre indivíduos, grupos, espaços, de culturas diferentes.
* Identidade cultural – Uma contínua criação/recriação da identidade afro-brasileira.
* Afirmação social –A visibilidade positiva adquirida pelos desfiles possibilitou maior inserção dos afro-brasileiros em nossa sociedade historicamente preconceituosa.
* Memória coletiva – Assim como várias manifestações populares, o samba funciona como memória de um povo.
* Sociabilidade – Possibilita processos de integração social.
* Solidariedade – É um elemento próprio do mundo do samba, fruto histórico das relações estabelecidas para a sobrevivência entre as camadas pobres da população.
* Respeito aos direitos, contradições e conflitos – Há uma série de valores morais que preservam a família, a liberdade religiosa e política. No entanto, ao lado desses valores, aparecem o alto consumo de bebidas alcóolicas, as relações com a contravenção, as relações machistas, que refletem as condições materiais, históricas e culturais.
* Tradição e renovação – Tradição e renovação se afirmam dialeticamente.
* Socialização de saberes – Esse é o elemento crucial da cultura do samba, sem o qual não seria possível o desenvolvimento dos outros. Por que? Porque não se trata somente da socialização e transmissão de saberes com referência à composição, instrumentalização e dança do samba, bem como organização das Escolas de Samba e eventos como o desfile na avenida, que por si só já são importantes. Trata-se, ao mesmo tempo, de socializar ethos, códigos, estratégias de sobrevivência, de resistência cultural, de afirmação de grupos sociais [3] .
O samba enredando a vida
As histórias de vida dos compositores nos possibilitam entender como esses sujeitos ajudam a construir uma cultura musical e social que, particularmente na cidade do Rio de Janeiro, é constitutiva da sua identidade cultural e, de forma mais ampla, marca indelével da história de nosso país.
Wilson Moreira [4] , negro [5] , nos diz: “convivo com o samba desde criança.” É assim que fala de sua relação com o samba quando freqüentava as antigas agremiações que existiam em Realengo e Padre Miguel e conta que “a música me veio aos... 12, 13 anos de idade...”.
O compositor Monarco [6] , moreno, por sua vez, assim se expressa:
Meu envolvimento com a Portela é desde a infância. Eu morava em Nova Iguaçu ainda, tinha lá meus sete, oito anos de idade, eu já ouvia aqueles sambas... Noel Rosa... [cantarola] ‘salve Estácio/ Salgueiro, Mangueira/ Oswaldo Cruz e Matriz...’ [...] Aí de repente a minha mãe se separou do meu pai e viemos morar em Oswaldo Cruz. Ô destino!
Mauro Diniz [7] , negro, filho mais velho de Monarco, relata:
Minha mãe era dona de casa, ela era pastora da Escola, né, ela desfilava na Portela também. O papai costumava falar que eu já freqüentava a Portela dentro da barriga da minha mãe. Eu me lembro... ele falou que eu, com 1 ano de idade, ele me botou a fantasia da Portela.
Marcos Diniz [8] , negro, outro filho de Monarco, começou na União de Vaz Lobo, com 7, 8 anos, e a admiração pelo samba fazia o menino pobre prestar atenção, conta “...eu era garoto, eu ficava escutando, olhando para o nariz escorrendo...” Diz: “primeiro samba que eu fiz foi aos doze anos de idade, mas eu comecei a ter certeza das coisas foi com treze anos”, pois com essa idade ganhou um samba no Bloco Xodó de Oswaldo Cruz, onde participavam compositores respeitados.
Mas se existem exemplos de composição precoce, também temos outros que não começaram tão cedo assim. Jair do Cavaquinho [9] , pardo, nascido no bairro de Oswaldo Cruz, conta: “a minha infância toda foi no Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Eu, desde pequenininho, com 7 anos de idade, já fui mascote da Escola de Samba Portela.” Portanto, a viu nascer. Mas surpreende: “eu comecei a fazer samba era... foi em 1958”, ou seja, aos 36 anos de idade!
Seu Argemiro [10] , negro, outro membro da Velha Guarda da Portela, revela: “eu comecei essa vida de compositor aos 56 anos”! Mas o contato com o samba foi desde a infância, quando o pai brigava com a sua madrasta e levava os filhos para ficarem na casa da cunhada, perto da Portela, “...então aí eu... minha prima ia sempre pra assistir ensaio, aí me levava, aí eu ficava vendo” e se apaixonou pelos instrumentos de percussão.
Casquinha [11] , pardo, que retoma a composição de samba após um intervalo de quinze anos, quando parou de jogar futebol, aos trinta anos, sempre morou em área de samba: “... eu nasci em Anchieta, [...] sou radicado aqui em Oswaldo Cruz desde... dos dez anos.”
Teresa Cristina [12] , negra, que viveu até os 28 anos na Vila da Penha, também teve sua relação com o samba interrompida. Na adolescência, conta, “eu comecei a gostar de rock, porque eu via todo mundo cantando rock... jornal, televisão, era só rock...” Mas no seu caso, o território suburbano ficou marcando a presença como elemento da cultura do samba. Como ela explica, “... eu nem escolhi ser Portela, sabia? Quando eu nasci minha família já era portelense. Tinha Escola de Samba? Era a Portela. Não foi uma coisa que eu escolhi.” Aos 29 anos, casada com músico de um grupo de samba e morando no Leblon é que principiou a compor sambas.
Outro exemplo de uma ligação mais diversificada em termos musicais que, no entanto, não afastou a influência do samba que tinha desde a infância, é o compositor Edinho Oliveira [13] , negro. Nascido numa família grande, tendo vivido no bairro de Rocha Miranda e há quase vinte anos em Oswaldo Cruz, desde cedo teve contato com as batucadas. Seus contatos, no entanto, foram ampliados e, como ele diz, trabalha “há 23 anos com música”, não se restringindo somente ao samba.
David do Pandeiro [14] , pardo, nascido em Bento Ribeiro numa família onde vários membros eram músicos, acabou aprendendo samba em colégio interno na cidade mineira de Passa Quatro, para onde foi internado pela mãe, após separar-se do pai, como conta: “E lá em Passa Quatro, no meio da garotada lá de morro, pessoal pobre lá, aquela coisa toda, mas gente de samba, eu, que já tinha o samba no sangue, né, aí virei sambista, aprendi a tocar pandeiro, num pandeiro de lata de goiabada cascão...” Quando voltou para o Rio, acompanhava os blocos, que naquela época tinham samba de verso. Mas os contatos com outros espaços como o rádio, os shows, viagem internacional e outros tipos de música como a cubana, por exemplo, se o fizeram experimentar novos ritmos e danças, não o afastaram do samba, tanto que hoje faz parte do conjunto da Velha Guarda da Portela.
No imaginário social, a representação do sambista como negro, malandro, pobre e morador do morro é ainda forte e reforçada pelos próprios sambistas. Monarco, referindo-se aos moradores da favela do Jacarezinho, dizia “o povo do morro”, apesar da citada favela se situar numa área plana na região da Leopoldina.
Por que, então, essa reiteração? Porque, para os sambistas especificamente, e no imaginário social, o samba é produto dos setores mais pobres e marginalizados da população, que está no morro, na favela. Morro e favela têm a mesma identidade. Toda favela, então, é sinônimo de morro, pelas condições sócio-econômicas dos moradores, pelas privações, falta de colégio, dificuldades, discriminações e, o que parece ser uma contradição, pela alegria, solidariedade, sociabilidade e produção cultural, na qual se destaca o samba.
Uma confirmação que podemos encontrar na origem social e experiência da maioria dos sambistas [15] , como atesta a vida de nossos entrevistados. Como diz o compositor Edinho Oliveira, de família operária, “... eu tenho uma compreensão de samba: o samba é uma cumplicidade, é de uma raça, de um segmento racial, de um segmento de classe.”
Casquinha, criado em Oswaldo Cruz, é o único dos entrevistados que tem pai estrangeiro. “Era engenheiro elétrico, ele veio da Alemanha pra montar as torres de eletricidade aqui no tempo do bonde, [...] a minha mãe era preta, por isso que eu sou raça negra (rindo), eu sou meio claro mas eu tenho orgulho de pertencer à raça negra.”
Como se pode notar, apesar do discurso de que não há diferença, é o negro que é tomado, subrepticiamente, como parâmetro para se saber se alguém tem qualidades de sambista. Porém, é uma constante, na fala dos compositores a afirmação de igualdade, ou pelo menos da possibilidade, do branco, no samba, ser ou se tornar um grande sambista.
Como surgem os compositores de samba? De onde sai a capacidade para compor aquelas canções, muitas delas mais tarde se tornando clássicos do samba e da chamada Música Popular Brasileira? “O que é o mundo do samba? Mundo do samba é o Rio de Janeiro”, diz Jair do Cavaquinho. O “meio ambiente”, como dizem Candeia e Isnard (1978), torna-se um estímulo para a produção do sambista. Podemos mesmo dizer que é o “caldo de cultura” que ajuda formar grandes compositores. Mesmo aqueles que não nasceram neste “meio”, mas que amam e convivem num ambiente de samba, sofrem a influência do que chamamos cultura do samba, como definimos anteriormente.
Com efeito, assim nos revela Mauro Diniz, filho de compositor e de pastora da Portela:
Eu comecei a fazer samba quase sem perceber, na realidade, né. Quando eu era pequeno eu ouvia muito o papai e... [...] uma vez, sem querer – a gente tinha um bloco lá em Oswaldo Cruz, na rua Cananéia, o nome do bloco era Bloco da Alegria – eu tinha mais ou menos 8 anos... eu fiz uma paródia de um... samba enredo com a melodia de um samba que o papai tinha, coincidentemente, né, aquilo veio muito espontâneo, então eu comecei assim, eu fazia e tinha vergonha de mostrar, escrevia algumas coisas, depois eu comecei a ter coragem, as pessoas começaram a puxar por mim, principalmente o papai, né, eu comecei a mostrar e a coisa surgiu naturalmente.
Note-se que a interpretação do sambista é de que esse fenômeno acontece “sem querer”, “muito espontâneo”, e não como uma produção da cultura. Ressalte-se também, o incentivo de pessoas da família, de amigos, de vizinhos, que constitui-se parte do processo cultural que produz compositores de samba.
A história de Jair do Cavaquinho é intimamente ligada à Portela. Quando pequeno, conta, “a minha mãe sempre me levava pros ensaios, né. Foi quando fui me ambientando no negócio.” E vivendo naquele bairro, a vida do menino Jair encontrava o samba a todo momento, como narra:
...eu, pequenininho, ia comprar pão... ia comprar pão, passava ali, esquecia que ia comprar pão. Ficava olhando, apreciando... [...] Aí um dia eu fiz assim: peguei um pedaço de pau, uma tauba, botei quatro arames bem fininhos, representando as quatro corda, aí o que eu via ele fazer com as posição, aí eu fazia também no meu “cavaquinho”, porque eu não tinha dinheiro pra comprar um cavaquinho, né. [...] Eu sei que, não sei se foi a força de vontade, eu sei que eu... em pouco tempo eu peguei...
Quando perguntado sobre o que a Portela lhe deu, Argemiro Patrocínio de pronto respondeu: “trouxe o que eu sou hoje. Eu não sou um camarada marginalizado.” Nessa afirmação está uma das possibilidades que traz o samba para uma ampla camada da população carioca. De fato, o samba tem encarnado para muitos compositores do gênero, o sentido da vida, e retirando ou evitando que o caos social da maioria da população de baixa renda e das comunidades das periferias urbanas, econômicas ou sociais, se abata sobre os indivíduos, arrastando-os para a marginalidade ou contribuindo para a baixa estima. Outro aspecto, não menos importante, está na construção da identidade social e cultural que o samba ajuda a afirmar para parcela significativa da cidade do Rio de Janeiro.
Diante das falas, percebe-se a íntima ligação dos sambistas com a cultura do samba ao longo de suas vidas. Uma ligação que é um processo de afirmação não só de indivíduos, mas de grupos sociais, que vêem no samba uma identificação, uma forma de viver, um produto da sua cultura, de valorização do seu espaço geográfico e social, de elevação da auto-estima. Como se vê, a relação com o samba é a relação com a vida.
Escola dá samba?
Como vimos, o compositor se forma num meio ambiente que chamamos de cultura do samba. É aí que ele tem seu aprendizado como compositor. Reconhecendo a impossibilidade da educação formal, ou seja, o colégio [16] , educar para tudo e educar em todos os aspectos que a cultura alcança, colocam-se algumas questões: como os sambistas vêem o colégio em sua formação de compositor? Que papel teve o colégio em suas vidas? Que relações podemos estabelecer entre o colégio e a cultura do samba? A partir das falas dos sambistas, procuramos pensar as relações entre o colégio e cultura.
O samba é “uma dádiva de Deus”?
Essa é uma frase comum, usada na afirmativa entre os sambistas, quando falam do fato de terem se tornado compositores, apesar da relação estabelecida por eles com a cultura do samba desde tenra idade. Edinho Oliveira explica: “... eu continuo achando que o samba é uma dádiva de Deus.” No entanto, não defende a idéia de se valorizar a condição de não alfabetizado e entende que a leitura é importante.
Para Monarco, nem mesmo as Escolas de Samba ensinam a compor: “tem pra aprender sambar, tudo, mas compor, eu acho que é uma coisa que já vem... acho que é uma dádiva divina que Deus dá...”.
O que pudemos perceber através das falas dos compositores é que, apesar da importância do fator que chamam de “dom”, “hereditariedade” ou “dádiva divina”, a inserção na cultura do samba também é crucial. Ali eles obtêm os conhecimentos que se tornam fundamentais.
Ao mesmo tempo, pudemos perceber uma menção constante à “ajuda” do conhecimento obtido através da escolarização, e uma certa importância desses conhecimentos na elaboração dos sambas. Ou seja, se de um lado, o “dom”, a cultura do samba, são os ingrediente fundamentais para o sambista, não se apresentou uma visão de negação ou desprezo da formação escolar, mas se considerou como um elemento que pode ajudar a fazer samba.
O papel do colégio na vida dos sambistas sempre foi minimizado na análise dos próprios compositores e também na imprensa especializada, ajudando a formar uma representação, ou seja, uma imagem e uma idéia de como é a relação entre compositores e o colégio: nenhuma. Se esta está ancorada numa realidade, não se deve universalizá-la e o papel do colégio não é tão irrelevante assim, como procuraremos demonstrar.
Jair do Cavaquinho foi sintético ao falar de sua relação com o colégio e demonstrou um certo incômodo com a questão. Ao relatar que estudou pouco e que o pouco que sabia vinha do berço e da força de vontade, estava adiantando sua visão de que o colégio nenhuma influência tinha em sua formação de sambista.
Mas para “seu” Jair o samba “ensina muita coisa”. Além de ritmo, canto e dança, “o samba dá desenvolvimento [bota os dois dedos indicadores de cada lado da fronte]! Desenvolvimento!” E explica que não adianta só ler e escrever a letra, porque tem a música. Ou seja, tudo isso exige esforço de raciocínio e um processo autodidata.
Edinho Oliveira, criado em Rocha Miranda, sempre ligado ao samba, mesmo enfrentando as dificuldades da vida de família pobre, como ele diz, “cheguei a me engraçar, digo até assim, engraçar no nível superior pra fazer engenharia, depois eu vi que não era... compatível à minha realidade...”
Ele reafirma ainda a importância do estudo e coloca inclusive sua posição com respeito ao tipo de ensino que se tem em nossos colégios: “... quando estudamos, nós abrimos claros em nossa mente, em nossa visão, em nossa forma de pensar e perceber, porque no ensino básico hoje no Brasil, mesmo sendo com a cara... é a cara e o molde do ensino europeu, é ensino”. Para ele é importante ter um ponto de partida e daí desenvolver um autodidatismo. Contudo, não deixa de fazer a crítica ao que falta à nossa cultura escolar: “Cadê a cultura do índio? O que é que temos de informação da escola, no ensino básico sobre o índio? Tacape, pau pesado; índio de pele avermelhada, cabelos lisos, coisa e tal e acabou, que o índio come peixe. Não, o índio tem muito mais contribuição...”
De acordo com o depoimento de Argemiro do Patrocínio, ele é um caso sui generis de evasão escolar, pois saiu do colégio porque não queria usar calça curta, na época obrigatória para crianças e adolescentes. Mas entende que sua escolaridade foi suficiente, como relata:
...estudei mucado, primário, né, mas naquele tempo o primário era um primário, né! Também só fiz até... até o quinto ano só. Aí não quis mais porque... já... quinze anos, já tava com mais ou menos com quin... catorze, quinze anos, aí digo, ah, não vou andar mais de calça curta [...] Eu, um negão já grande, de calça curta... eu, hein!
Observemos que sua análise é de que foi uma boa escolaridade, porque o primário daquele tempo era o primário, num enaltecimento muito comum ao colégio de ontem e crítica ao colégio de hoje. Assinalamos ainda que ele estudou em colégio público. Embora começasse a fazer sambas somente aos 56 anos, acredita que tem algo a ver com os tempos colegiais: “Ah, veio aparecer... é conseqüência, né, rapaz, é como eu te falei... o início... eu sempre gostava de... no colégio, eu sempre gostava de fazer verso, poesia, então vem negócio de namorada, né, garoto... namorar...”
Casquinha é mais um daqueles sambistas que sua permanência no colégio foi obstaculizada pela desestruturação familiar e pelas condições materiais de sobrevivência. De qualquer maneira, acha que o colégio teve importância porque “... eu cheguei a fazer concurso e passar com aquele pouco que eu estudei [...] Também o concurso era uma dissertação, quatro operações, um ditado, tudo isso, eu passei...”. Mas é no samba que ele acaba mostrando a importância dos estudos: “... por exemplo, hoje o camarada que tenha pouca instrução ou quase nenhuma, é difícil ele fazer uma letra pro samba-enredo. Ele faz a letra pro samba-enredo, mas ele sempre ele... tem que recorrer a outro pra pedir, tá entendendo, a orientação mais assim...”
Ou seja, o conhecimento escolar está cada vez mais presente no samba. O que significa ampliar os conhecimentos já desenvolvidos pela cultura do samba pois, como diz Casquinha, “... o samba ilustra a pessoa, o samba ensina muita coisa, depois a gente aprende, aqui dentro [da Portela] mesmo a gente aprende, não é, no desenvolver da... do tempo e tal, e daí vai aprendendo alguma coisa, bastante coisa, né”.
De sua passagem pelo colégio interno em Passa Quatro, Minas Gerais, David do Pandeiro relata: “Lá no... o estudo de lá, os estudos de lá em Passa Quatro são muito avançados nesses estudos em Minas... Caxambu, Viçosa... Os estudos lá são muito avançados e você tem que aprender mesmo, né, porque se não aprender, já viu, né, é castigo, etc etc. Não tem como fugir de lá”. Mas do internato em Quintino, para onde foi transferido, ele conta:
Em Quintino eu me lembro, por exemplo, eu me perdi dentro da escola Quinze, no meio da garotada lá, juntei com aqueles moleques safados lá e fiquei um aluno terrível, um aluno terrível, revoltado com a situação e um dia eu encontrei um professor que ele me botou, não me bateu nem me botou de castigo nem nada, ele sentou comigo e começou conversar comigo baixinho, suavemente, daqui a pouco chorava eu, chorava ele. Aí ele... mudou a minha vida, passei a ser o primeiro aluno em caligrafia, fui o primeiro aluno do.. da 5ª série. José Vicente de Souza. Esse professor que mudou não só a mim como meus amigos também.
Viu-se, pelas palavras dos compositores, que o recurso a bibliotecas, à leitura, demonstra por um lado um conhecimento obtido através da cultura escolar e, por outro lado, o auxílio de livros – representação e concretização de escolarização – significa que não é somente a inspiração, a “dádiva divina” e o meio cultural que compõem os elementos da produção musical dos sambistas. Mais do que isso, os depoimentos colhidos apontam uma tendência de que os compositores mais jovens ou são todos escolarizados ou apresentam um grau de escolarização maior do que os primeiros sambistas. Quase todos eles tiveram sua experiência escolar abortada por razões econômicas e sociais, acrescentadas por tragédias familiares, mas todos os compositores que têm filhos, encaminharam sua prole para os estudos, alcançando um grau de escolaridade bem maior que o dos pais, o que comprova a importância por eles dada à escolarização.
À guisa de conclusão: qual o enredo para a escola [17] ?
O sentido desse trabalho é discutir as relações entre escola e cultura, no caso, a cultura do samba, que consideramos uma das culturas antropológicas de origem de parcela significativa dos estudantes cariocas, buscando verificar como ela se dá, ou mesmo se esta relação existe a partir das histórias de vida dos compositores. Em nosso estudo procuramos observar a relação dos compositores de samba com o mundo e que papel teve a escolarização em suas vidas.
Nesta relação entre a cultura escolar e sambistas, vamos encontrar no samba-enredo uma relação que nos revelou evidente. A composição de um samba-enredo não é tarefa fácil. Além da inspiração para compor uma bela melodia com bons versos, o compositor ou, o que é mais comum, os compositores, têm de dar conta dos aspectos do enredo em seus versos para que cumpra o papel de conseguir os pontos máximos em seu quesito. Dessa forma, para dar conta do recado, os sambistas são obrigados a pesquisar em jornais e livros, freqüentar bibliotecas e, quem não sabe ler, procurar alguém que o ajude, conforme ficou explícito nos depoimentos dos entrevistados.
A composição de alguns sambas de exaltação neste período inicial, que fazem parte de uma estratégia de legitimação e busca de reconhecimento dos sambistas, levavam ao uso de um conhecimento da história oficial. Um processo que tem uma exigência para além da memória oral e uma aproximação com a cultura escolar. Não é de se espantar, portanto, que o enfoque das letras dos sambas apresentados nos desfiles, mesmo antes do aparecimento do samba-enredo [18] , assim como os sambas que mais tarde passaram a se caracterizar como de enredo, apresentassem um Brasil oficial, com os heróis oficiais, com uma história que constava nos manuais escolares. Foram esses manuais [19] as fontes principais para a elaboração das letras que exaltavam figuras da elite brasileira e fatos históricos que expressavam realizações da mesma elite. Ao mesmo tempo omitia, ou apresentava como versão contrária aos interesses nacionais, outros fatos históricos em que os setores populares agiram na defesa de seus interesses e que hoje são vistos de maneira muito diversa.
Podemos apontar a marca da escolarização, mesmo que indireta, na produção daqueles sambas. Uma marca característica da escola tradicional que reproduz enfoques históricos não críticos. E com a ampliação da importância das Escolas de Samba e dos desfiles, surge a figura do carnavalesco, que vai aumentar essa necessidade da relação com a cultura escolar. É o carnavalesco, ou a comissão sob sua orientação, que elabora a sinopse do enredo entregue aos sambistas para orientar a composição do samba-enredo.
Mas existem vários sambas-enredo que fugiram da mera glorificação das elites, buscando mostrar os setores populares como sujeitos históricos e referindo-se a fatos, personagens e cultura ligados à sua própria história [20] , que por sua vez mostram-se também como fruto de um processo de escolarização. Porém o que queremos afirmar é que a escola formal foi o principal agente de reprodução da história oficial [21] , neste aspecto deixando de contribuir para uma visão mais crítica de nossa história e nossa sociedade na cultura do samba.
Contudo, a menção de alguns sambistas mais velhos sobre uma superioridade do colégio público “antigo” não é um fator desprezível para analisarmos a potencialização que os compositores de samba fizeram de seus poucos anos de estudos. Ainda que tenhamos uma visão crítica sobre os métodos e processos de ensino do colégio “antigo”, deve-se reconhecer que havia uma determinada apropriação de saber, que proporcionou aos compositores de samba um melhor aproveitamento de sua criatividade. Nesta compreensão podemos perceber que os sambistas fizeram bom uso dos conhecimentos adquiridos, não só para passar em concursos públicos, conseguir empregos com melhor status, mas também compor sambas de rimas mais ricas e contribuir para seu sucesso artístico.
A potencialização que a cultura do samba permite não é apenas de alguns indivíduos isolados, mas um fenômeno massivo, daí a sua importância para a escola formal. Queremos chamar atenção é para os aspectos simbólicos, que perpassam o mundo do samba para além da Escola de Samba, educando, formando, produzindo uma cultura fundamental para a potencialização do aluno, não observada pela escola formal, que aliena, num certo sentido, a criança e o jovem oriundo desta cultura. O que contribui, deste modo, para uma situação duplamente perversa e negativa para a criança/jovem, pois não trabalha sua auto-estima em relação ao seu pertencimento cultural e não lhe dá instrumentos para desenvolver o seu “capital cultural”, muitas vezes próprio da relação familiar e não só da comunidade ou vizinhança.
Portanto, se observarmos as possibilidades que a escola tem para potencializar o saber de seus estudantes, podemos esperar que a relação entre a cultura escolar e a cultura do samba seja profícua, produzindo outra coisa que não a evasão escolar, ainda que reconheçamos que este grave problema repouse em várias questões. É preciso dar mais atenção ao que diz Jair do Cavaquinho ao afirmar, categórico, botando os dois dedos indicadores na fronte: “o samba dá desenvolvimento! Desenvolvimento!”
Se os sambistas não aprenderam samba na escola, isto não significa que ela não contribuiu para o desenvolvimento das suas qualidades de compositor. Assim, os compositores têm aproveitado o pouco que a cultura escolar lhes deu. Podemos dizer que a cultura escolar tem mesmo uma contribuição, ainda que fora da intencionalidade de um projeto pedagógico. Mas certamente a escola pode contribuir muito mais para que as potencialidades de muitos futuros compositores sejam ampliadas. Se isso se der, o samba e a sociedade agradecem.
Referências bibliográficas:
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* CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Carnaval carioca: bastidores do desfile. 2ª ed. RJ: Funarte, 1995.
* CHAUI, Marilena. Conformismo e Resistência – aspectos da cultura popular no Brasil. 6a reimpressão. SP: Ed. Brasiliense, 1996.
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* DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. In: DAYRELL, Juarez (org.). Múltiplos Olhares sobre Educação e Cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996.
* FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura. As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
* FRANCISCO, Dalmir. Negro, etnia, cultura e democracia. Revista do Patrimônio. IPHAN, n. 25, p. 185-198, 1997.
* GOLDWASSER, Maria Julia. O palácio do samba – estudo antropológico da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. RJ: Zahar Ed., 1975.
* LOPES, Nei. O samba, na realidade... A utopia da ascensão social do sambista. RJ: Codecri, 1981.
* SACRISTÁN, J. Gimeno. Escolarização e Cultura: a dupla determinação. In: SILVA, Luiz Heron da et alli. Novos Mapas Culturais, Novas Perspectivas Educacionais. Porto Alegre: Sulina, 1996.
* SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-bras
quarta-feira, 14 de julho de 2010
DIREITO AUTORAL, POLÊMICA Á VISTA
Consulta pública. Debatedores em discussão durante evento no Itaú Cultural, na segunda; lei vai ao Congresso em 14 dias
Ontem, em Salvador, foi o dia de Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Margarete Menezes receberem emissários do Ministério da Cultura (MinC). Hoje, às 19 h, no Rio, os representantes de Chico Buarque, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Marisa Monte, Adriana Calcanhotto, Zeca Pagodinho, Vanessa da Matta, Paralamas, Ana Carolina e Lenine sabatinam representantes do governo. Na sexta, o MinC já tinha sido inquirido por Roberto Frejat, Jards Macalé e Fernanda Abreu, também no Rio.
Está circulando freneticamente pelo País a "Escolinha do Direito Autoral". O PIB artístico da MPB está convocando seus pares para reuniões com representantes do Ministério da Cultura com o intuito de conhecer detalhes da nova Lei do Direito Autoral, que está em fase de consulta pública, recebendo contribuições e sugestões.
A nova legislação tem angariado simpatias de grande parte do mundo artístico, mas também causa divisões curiosas. Por exemplo: o ex-ministro Gilberto Gil é amplamente favorável à reforma da Lei de Direitos Autorais. Já a mulher dele não está tão convencida. "Flora gostaria muito de contar com a sua participação no encontro que será realizado com Marcos Souza e José Herência, ambos do Ministério da Cultura, para esclarecimentos por parte do MinC sobre as alterações propostas na Lei Autoral", dizia o e-mail em que a empresária Flora Gil convocava na semana passada os representantes de Chico, Caetano, Roberto Carlos, Marisa Monte, Zeca e outros artistas para um debate na Gege Produções, na Estrada da Gávea, hoje, às 19 horas.
"Ninguém está fugindo ao debate. Afinal, vivemos numa democracia ou o quê?", dizia Ivan Lins em declaração escrita lida por um integrante do debate O Autor, o Artista e o Direito Autoral, no Itaú Cultural, em São Paulo, na segunda-feira. "As entidades devem proteger o autor, e não a elas", continuava Lins, a propósito da nova legislação. Mas, na plateia, Vitor Martins, maior parceiro de Ivan, mostrava-se cético em relação às propostas do governo.
Com posição francamente contrária à revisão da legislação (9.610/98), a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) e outras 23 entidades criaram o Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais (CNCDA) para alertar sobre "o risco de estatização dos direitos autorais e do sistema de arrecadação". A criação do comitê contou com o apoio dos cantores Paulo Ricardo, Danilo Caymmi, Walter Franco e Juca Chaves.
A criação do CNCDA foi considerada, em sua fundação, em abril, uma "ação política" para definir "futuras estratégias contra a estatização dos direitos autorais". O presidente da Abramus, Roberto Correa de Mello, busca mobilizar "criadores de todas as áreas para reivindicar seus desejos e buscar a manutenção de seus direitos", nem que seja na Justiça.
"O espírito da legislação é justamente tirar o direito autoral do território judicial. Hoje, tudo parece que tem de virar ação judicial, processo, litígio, e isso tem que mudar", disse José Luiz Herência, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. "Não há nada que signifique estatização nesse projeto. É uma bobagem sem tamanho, coisa de gente que não confia na capacidade de se debater democraticamente."
Herência diz que vê uma "falsa polarização" de alguns setores contra os músicos, e que a abrangência da nova lei é maior do que o debate atual tem mostrado. "A lei atual é omissa em relação a diversos setores, que não se reconhecem no texto vigente. Roteiristas, maestros, arranjadores: todos padecem de uma série de desequilíbrios que a legislação atual permite", considerou. Segundo o dirigente, o projeto "não quer acabar com o Ecad, até porque isso não é possível", e que essa leitura é "maniqueísta".
"Nós sabemos que nossos direitos não são respeitados (na atual legislação)", disse Eneida Soller, presidente do Conselho Brasileiro de Entidades Culturais. Eduardo Saron, do Instituto Itaú Cultural, vê o debate com bons olhos. Segundo Saron, o princípio é democrático. "Se fosse por Medida Provisória, seria uma catástrofe. Mas está sendo por meio de consulta pública, que é um ótimo instrumento."
A menos que haja uma protelação de prazo, a nova Lei do Direito Autoral termina sua fase de consulta pública no dia 28. Em seguida, vai ao Congresso Nacional - anteontem, o governo acenou com a possibilidade de que a discussão se estenda por mais 45 dias. O MinC diz que pretende obter "amplo consenso" antes de levar o texto ao Congresso.
Durante simpósio no Itaú Cultural, que começou na segunda-feira, o governo distribuiu uma cartilha respondendo às acusações mais frequentes que a lei tem sofrido desde sua apresentação, em maio. "O Brasil é caso único na América Latina e no grupo de países com os 20 maiores mercados de música do mundo que não possui estruturas administrativas estatais para supervisionar as associações de gestão coletiva", diz o texto, que defende a criação de um escritório estatal de fiscalização das entidades arrecadadoras (o Instituto Brasileiro do Direito Autoral, Ibda).
PARA ENTENDER
Entre as principais mudanças que trará a nova legislação de Direito Autoral, estão:
1. Cópia legal. A proposta recupera a cópia privada (a possibilidade de fazer uma reprodução legal de uma obra que tenha sido legitimamente adquirida, para uso privado); hoje, até quem baixa música no iPod está fora da lei;
2. Instituto. A lei cria uma instância estatal, o Instituto Brasileiro de Direito Autoral (IBDA), que vai supervisionar as entidades arrecadadoras e mediar e arbitrar conflitos;
3. Fair use. Pela lei, quando não houver interesse dos titulares de obras em reeditar seus trabalhos, o Estado poderá promover essas reedições (é uma versão do fair use americano, que permite o uso de material protegido por direitos autorais para uso educacional, por exemplo);
4. Arrecadação. As associações de arrecadação do direito autoral continuam funcionando da mesma forma que hoje, mas terão de prestar contas ao IBDA e seus dirigentes poderão ter os bens confiscados se houver inadimplência de suas obrigações.
Ontem, em Salvador, foi o dia de Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Margarete Menezes receberem emissários do Ministério da Cultura (MinC). Hoje, às 19 h, no Rio, os representantes de Chico Buarque, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Marisa Monte, Adriana Calcanhotto, Zeca Pagodinho, Vanessa da Matta, Paralamas, Ana Carolina e Lenine sabatinam representantes do governo. Na sexta, o MinC já tinha sido inquirido por Roberto Frejat, Jards Macalé e Fernanda Abreu, também no Rio.
Está circulando freneticamente pelo País a "Escolinha do Direito Autoral". O PIB artístico da MPB está convocando seus pares para reuniões com representantes do Ministério da Cultura com o intuito de conhecer detalhes da nova Lei do Direito Autoral, que está em fase de consulta pública, recebendo contribuições e sugestões.
A nova legislação tem angariado simpatias de grande parte do mundo artístico, mas também causa divisões curiosas. Por exemplo: o ex-ministro Gilberto Gil é amplamente favorável à reforma da Lei de Direitos Autorais. Já a mulher dele não está tão convencida. "Flora gostaria muito de contar com a sua participação no encontro que será realizado com Marcos Souza e José Herência, ambos do Ministério da Cultura, para esclarecimentos por parte do MinC sobre as alterações propostas na Lei Autoral", dizia o e-mail em que a empresária Flora Gil convocava na semana passada os representantes de Chico, Caetano, Roberto Carlos, Marisa Monte, Zeca e outros artistas para um debate na Gege Produções, na Estrada da Gávea, hoje, às 19 horas.
"Ninguém está fugindo ao debate. Afinal, vivemos numa democracia ou o quê?", dizia Ivan Lins em declaração escrita lida por um integrante do debate O Autor, o Artista e o Direito Autoral, no Itaú Cultural, em São Paulo, na segunda-feira. "As entidades devem proteger o autor, e não a elas", continuava Lins, a propósito da nova legislação. Mas, na plateia, Vitor Martins, maior parceiro de Ivan, mostrava-se cético em relação às propostas do governo.
Com posição francamente contrária à revisão da legislação (9.610/98), a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) e outras 23 entidades criaram o Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais (CNCDA) para alertar sobre "o risco de estatização dos direitos autorais e do sistema de arrecadação". A criação do comitê contou com o apoio dos cantores Paulo Ricardo, Danilo Caymmi, Walter Franco e Juca Chaves.
A criação do CNCDA foi considerada, em sua fundação, em abril, uma "ação política" para definir "futuras estratégias contra a estatização dos direitos autorais". O presidente da Abramus, Roberto Correa de Mello, busca mobilizar "criadores de todas as áreas para reivindicar seus desejos e buscar a manutenção de seus direitos", nem que seja na Justiça.
"O espírito da legislação é justamente tirar o direito autoral do território judicial. Hoje, tudo parece que tem de virar ação judicial, processo, litígio, e isso tem que mudar", disse José Luiz Herência, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. "Não há nada que signifique estatização nesse projeto. É uma bobagem sem tamanho, coisa de gente que não confia na capacidade de se debater democraticamente."
Herência diz que vê uma "falsa polarização" de alguns setores contra os músicos, e que a abrangência da nova lei é maior do que o debate atual tem mostrado. "A lei atual é omissa em relação a diversos setores, que não se reconhecem no texto vigente. Roteiristas, maestros, arranjadores: todos padecem de uma série de desequilíbrios que a legislação atual permite", considerou. Segundo o dirigente, o projeto "não quer acabar com o Ecad, até porque isso não é possível", e que essa leitura é "maniqueísta".
"Nós sabemos que nossos direitos não são respeitados (na atual legislação)", disse Eneida Soller, presidente do Conselho Brasileiro de Entidades Culturais. Eduardo Saron, do Instituto Itaú Cultural, vê o debate com bons olhos. Segundo Saron, o princípio é democrático. "Se fosse por Medida Provisória, seria uma catástrofe. Mas está sendo por meio de consulta pública, que é um ótimo instrumento."
A menos que haja uma protelação de prazo, a nova Lei do Direito Autoral termina sua fase de consulta pública no dia 28. Em seguida, vai ao Congresso Nacional - anteontem, o governo acenou com a possibilidade de que a discussão se estenda por mais 45 dias. O MinC diz que pretende obter "amplo consenso" antes de levar o texto ao Congresso.
Durante simpósio no Itaú Cultural, que começou na segunda-feira, o governo distribuiu uma cartilha respondendo às acusações mais frequentes que a lei tem sofrido desde sua apresentação, em maio. "O Brasil é caso único na América Latina e no grupo de países com os 20 maiores mercados de música do mundo que não possui estruturas administrativas estatais para supervisionar as associações de gestão coletiva", diz o texto, que defende a criação de um escritório estatal de fiscalização das entidades arrecadadoras (o Instituto Brasileiro do Direito Autoral, Ibda).
PARA ENTENDER
Entre as principais mudanças que trará a nova legislação de Direito Autoral, estão:
1. Cópia legal. A proposta recupera a cópia privada (a possibilidade de fazer uma reprodução legal de uma obra que tenha sido legitimamente adquirida, para uso privado); hoje, até quem baixa música no iPod está fora da lei;
2. Instituto. A lei cria uma instância estatal, o Instituto Brasileiro de Direito Autoral (IBDA), que vai supervisionar as entidades arrecadadoras e mediar e arbitrar conflitos;
3. Fair use. Pela lei, quando não houver interesse dos titulares de obras em reeditar seus trabalhos, o Estado poderá promover essas reedições (é uma versão do fair use americano, que permite o uso de material protegido por direitos autorais para uso educacional, por exemplo);
4. Arrecadação. As associações de arrecadação do direito autoral continuam funcionando da mesma forma que hoje, mas terão de prestar contas ao IBDA e seus dirigentes poderão ter os bens confiscados se houver inadimplência de suas obrigações.
terça-feira, 13 de julho de 2010
FINA FLOR DO SAMBA / AGENDA
AGENDA DE PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
HORÁRIO 22:30 às 23:30 hs.
SEXTA-FEIRA
DIA
A T R A Ç Ã O E S P E C I A L
28.05.2010
DUNGA, COMPOSITOR CARIOCA .............. OK
04.06.2010
JESUÁ JONHSON, O BUBÚ ............................. OK
11.06.2010
CHICO DE ASSIS .............................................. OK
18.06.2010
MESTRE BAINHA ........................................... NÃO
25.06.2010
BETO CEZAR ................................................... OK
02.07.2010
ORISMILDE KABEÇA ................................... NÃO
09.07.2010
TORRADO .......................................................... OK
16.07.2010
MESTRE BAINHA ..........................................
23.07.2010
GRUPO KIZOMBA .........................................
30.07.2010
SILVIO SANTOS .............................................
06.08.2010
ÊNIO MELO .....................................................
13.08.2010
GRUPO SEM MODERASOM ........................
20.08.2010
GRUPO GUAPORÉ .........................................
27.08.2010
CABO SENA e COIMBRA ..............................
03.09.2010
ALCIRÉIA (a confirmar)
10.09.2010
PRISCILA (a confirmar)
17.09.2010
JOÃO CARTEIRO (a confirmar)
24.10.2010
ORISMILDE KABEÇA (a confirmar)
29.10.2010
GRUPO CELEBRIDADE ..................................
05.11.2010
GRUPO SABOR DE SAMBA (a confirmar) ....
12.11.2010
CARLOS PERITO ..............................................
19.11.2010
26.11.2010
03.12.2010
10.12.2010
17.12.2010
24.12.2010
31.12.2010
HORÁRIO 22:30 às 23:30 hs.
SEXTA-FEIRA
DIA
A T R A Ç Ã O E S P E C I A L
28.05.2010
DUNGA, COMPOSITOR CARIOCA .............. OK
04.06.2010
JESUÁ JONHSON, O BUBÚ ............................. OK
11.06.2010
CHICO DE ASSIS .............................................. OK
18.06.2010
MESTRE BAINHA ........................................... NÃO
25.06.2010
BETO CEZAR ................................................... OK
02.07.2010
ORISMILDE KABEÇA ................................... NÃO
09.07.2010
TORRADO .......................................................... OK
16.07.2010
MESTRE BAINHA ..........................................
23.07.2010
GRUPO KIZOMBA .........................................
30.07.2010
SILVIO SANTOS .............................................
06.08.2010
ÊNIO MELO .....................................................
13.08.2010
GRUPO SEM MODERASOM ........................
20.08.2010
GRUPO GUAPORÉ .........................................
27.08.2010
CABO SENA e COIMBRA ..............................
03.09.2010
ALCIRÉIA (a confirmar)
10.09.2010
PRISCILA (a confirmar)
17.09.2010
JOÃO CARTEIRO (a confirmar)
24.10.2010
ORISMILDE KABEÇA (a confirmar)
29.10.2010
GRUPO CELEBRIDADE ..................................
05.11.2010
GRUPO SABOR DE SAMBA (a confirmar) ....
12.11.2010
CARLOS PERITO ..............................................
19.11.2010
26.11.2010
03.12.2010
10.12.2010
17.12.2010
24.12.2010
31.12.2010
SAMBA DE RAIZ
A FINA FLOR DO SAMBA
Por:Beto Ramos
Ernesto Melo e A Fina Flor do Samba é um projeto que busca o resgate da nossa história através da música. Tem o objetivo de levar ao público composições de nossos compositores, que sobem ao palco acompanhados de músicos experientes. Todos os músicos estão na estrada há muito tempo, trilhando este caminho árduo, porém encantador de fazer de nossa cultura a voz do nosso povo.
O projeto é coordenado por Ernesto Melo “ O POETA DA CIDADE “, e atualmente é levado ao público no Mercado Cultural, com apoio da Fundação Cultural Iaripuna, todas as sextas feira a partir das 20:00 h. Com um novo formato, o Projeto Cultural A Fina Flor do Samba privilegia toda sexta-feira, no horário nobre das 22:30 às 23:30hs, uma participação especial, prata da casa, onde o Projeto busca valorizar nossos artistas consagrados e entusiasmar novos Grupos Musicais, novos músicos e novos intérpretes; Nosso pontapé inicial deu-se com o consagrado Dunga, cantor e compositor carioca que abrilhantou a A Fina Flor do Samba na noite de sexta, 28 de maio passado, cantando seus sucessos como “Sabiá Laranjeira”, “Sem Pintura”, e tantos outros;
Os componentes:
Ernesto Melo,Oscar, Karatê, Sérgio Ramos, Ênio Antônio Serpa do Amaral (Basinho), Beto Ramos, Sílvio Santos, Cristovão, Walber, Coimbra, Bainha.
Nosso objetivo é manter viva a nossa história através da música e o resgate do nosso centro histórico. Com esta iniciativa, pretendemos abrir caminhos para novos talentos, contribuindo assim para a afirmação da força e da renovação do samba em Porto Velho. A poesia de Ernesto Melo “O POETA DA CIDADE “, é facilmente absorvida pelo grande público. Ainda que existam muitos sambas e bambas, o que se quer com o projeto, é mostrar que podemos fazer um trabalho excelente tanto na praça quanto no Mercado Cultural. O grande público absorveu e compreendeu a finalidade do projeto. Nosso público é fiel e sempre prestigia os eventos das sextas feira.
O samba tem história. Existe muita gente fazendo samba para que ele se perpetue. É importante perceber que existe um samba contemporâneo de qualidade, e que busca sempre ajudar o crescimento de nossa cultura e levar ao grande público, principalmente aos jovens, a história em músicas e versos de nossa querida Porto Velho.
“Quem faz samba presta homenagem, purifica o ser.
Força a coragem para enfrentar qualquer cruz.
No breu da noite, faz brotar a luz”.
Neste instante há certamente um sambista compondo um samba novo em algum lugar.
O talento precisa ser valorizado e prestigiado.
Precisamos ter o mínimo de condições para podermos oferecer ao público um som de qualidade, e desta forma satisfazer o desejo de nossa gente de ouvir a poesia de Ernesto, o surdo, tamborim, pandeiro, reco-reco, violão e cavaquinho.
Expor o artista e a sua obra, fazendo com que o espectador seja “tocado” pelas composições, é uma das motivações desse Projeto.
Voltamos a dizer, o talento precisa ser valorizado e prestigiado.
Cruzamos a rua e deixamos a Praça Getúlio Vargas, mas todas as sextas vamos sentindo saudade da simplicidade do nosso som, mas com uma qualidade que só quem é do ramo pode compreender. Há um ano estamos na calçada do Mercado Cultural. Começamos com uma mesa e oito pessoas. Talvez hoje, mais de uma centena de pessoas prestigiem Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba.
E por fazermos parte do calendário de cultura do Município de Porto Velho e fazermos parte da formação cultural da nossa gente, principalmente dos nossos jovens, é que gostaríamos de agradecer o incentivo do nosso público e dos gestores de nossa cultura. Mas também fica o nosso protesto pela falta de respeito em alguns momentos ao talento das pessoas que fazem acontecer. São os nossos impostos que precisam ser investidos também em cultura. Defendemos a nossa aldeia, e esta é a nossa bandeira: “ O SAMBA. ”
Diz a lenda.
Por:Beto Ramos
Ernesto Melo e A Fina Flor do Samba é um projeto que busca o resgate da nossa história através da música. Tem o objetivo de levar ao público composições de nossos compositores, que sobem ao palco acompanhados de músicos experientes. Todos os músicos estão na estrada há muito tempo, trilhando este caminho árduo, porém encantador de fazer de nossa cultura a voz do nosso povo.
O projeto é coordenado por Ernesto Melo “ O POETA DA CIDADE “, e atualmente é levado ao público no Mercado Cultural, com apoio da Fundação Cultural Iaripuna, todas as sextas feira a partir das 20:00 h. Com um novo formato, o Projeto Cultural A Fina Flor do Samba privilegia toda sexta-feira, no horário nobre das 22:30 às 23:30hs, uma participação especial, prata da casa, onde o Projeto busca valorizar nossos artistas consagrados e entusiasmar novos Grupos Musicais, novos músicos e novos intérpretes; Nosso pontapé inicial deu-se com o consagrado Dunga, cantor e compositor carioca que abrilhantou a A Fina Flor do Samba na noite de sexta, 28 de maio passado, cantando seus sucessos como “Sabiá Laranjeira”, “Sem Pintura”, e tantos outros;
Os componentes:
Ernesto Melo,Oscar, Karatê, Sérgio Ramos, Ênio Antônio Serpa do Amaral (Basinho), Beto Ramos, Sílvio Santos, Cristovão, Walber, Coimbra, Bainha.
Nosso objetivo é manter viva a nossa história através da música e o resgate do nosso centro histórico. Com esta iniciativa, pretendemos abrir caminhos para novos talentos, contribuindo assim para a afirmação da força e da renovação do samba em Porto Velho. A poesia de Ernesto Melo “O POETA DA CIDADE “, é facilmente absorvida pelo grande público. Ainda que existam muitos sambas e bambas, o que se quer com o projeto, é mostrar que podemos fazer um trabalho excelente tanto na praça quanto no Mercado Cultural. O grande público absorveu e compreendeu a finalidade do projeto. Nosso público é fiel e sempre prestigia os eventos das sextas feira.
O samba tem história. Existe muita gente fazendo samba para que ele se perpetue. É importante perceber que existe um samba contemporâneo de qualidade, e que busca sempre ajudar o crescimento de nossa cultura e levar ao grande público, principalmente aos jovens, a história em músicas e versos de nossa querida Porto Velho.
“Quem faz samba presta homenagem, purifica o ser.
Força a coragem para enfrentar qualquer cruz.
No breu da noite, faz brotar a luz”.
Neste instante há certamente um sambista compondo um samba novo em algum lugar.
O talento precisa ser valorizado e prestigiado.
Precisamos ter o mínimo de condições para podermos oferecer ao público um som de qualidade, e desta forma satisfazer o desejo de nossa gente de ouvir a poesia de Ernesto, o surdo, tamborim, pandeiro, reco-reco, violão e cavaquinho.
Expor o artista e a sua obra, fazendo com que o espectador seja “tocado” pelas composições, é uma das motivações desse Projeto.
Voltamos a dizer, o talento precisa ser valorizado e prestigiado.
Cruzamos a rua e deixamos a Praça Getúlio Vargas, mas todas as sextas vamos sentindo saudade da simplicidade do nosso som, mas com uma qualidade que só quem é do ramo pode compreender. Há um ano estamos na calçada do Mercado Cultural. Começamos com uma mesa e oito pessoas. Talvez hoje, mais de uma centena de pessoas prestigiem Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba.
E por fazermos parte do calendário de cultura do Município de Porto Velho e fazermos parte da formação cultural da nossa gente, principalmente dos nossos jovens, é que gostaríamos de agradecer o incentivo do nosso público e dos gestores de nossa cultura. Mas também fica o nosso protesto pela falta de respeito em alguns momentos ao talento das pessoas que fazem acontecer. São os nossos impostos que precisam ser investidos também em cultura. Defendemos a nossa aldeia, e esta é a nossa bandeira: “ O SAMBA. ”
Diz a lenda.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
TEATRO DE RUA
Grupos de teatro de todo
Brasil no Encena na Rua
Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances
O grupo de teatro O Imaginário dirigido pelo ator Chicão Santos, promove entre os dias 19 a 25, deste mês em Porto Velho , a 3ª edição do Festival de Teatro de Rua “Amazônia Encena na Rua”. O evento vai oferecer à população uma programação variada e gratuita de espetáculos, performances e oficinas de capacitação artística. Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances, que acontecerão na Praça das Caixas D’água.
As Oficinas de Teatro oferecidas gratuitamente durante o Festival acontecerão nos dias 21 a 24 de julho, no período das 9h00 às 12h00, na Casa da Cultura Ivan Marrocos. São cinco opções: “Produção cultural”, ministrada por Leo Carnevale (RJ); “Pedagogia do ator”, ministrada por Ana Carneiro (MG); “Performances urbanas”, com Mara Leal (MG); “Desenvolvimento do teatro cubano”, com Victor Pietro (Cuba) e “Viewpoints e espaço urbano”, com o Coletivo Teatro da Margem (MG). Para se inscrever basta enviar um e-mail para oimaginarioro@yahoo.com.brcom os dados (nome, telefone e oficina escolhida).
O Festival Amazônia Encena na Rua é patrocinado pela CAIXA e tem o apoio da FUNARTE, da Prefeitura de Porto Velho/Fundação Iaripuna, SESC-RO e SECEL/Casa da Cultura Ivan Marrocos.
Além do Festival Amazônia Encena na Rua, O Imaginário apresenta também, nos dias 16, 17 e 18 de julho, o Seminário Amazônico de Teatro de Rua, que vai discutir a relação do teatro, do público e da cidade, políticas públicas, o ensino e a estética do teatro de rua; e o Festival de Dança, que reunirá 20 grupos e companhias de dança de Rondônia, Acre e Amazonas, com os espetáculos acontecendo na Praça Aluízio Ferreira, de 21 a 25 de julho. Também serão oferecidas Oficinas de Dança gratuitas: “Corpo sem limite”, com Regina Cláudia (AC) e “Dança Vertical”, com Diego Batista (AM).
O Seminário Amazônico de Teatro de Rua foi selecionado pelo Prêmio Funarte Myrian Muniz de Fomento ao Teatro e o Festival de Dança foi selecionado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Fomento à Dança de 2009.
Para mais informações sobre a programação, acesse o site do O Imaginário: www.oimaginarioro.com.br ou através dos telefones 3043-1419 e 9979-0048.
Fonte: assessoria/O Imaginário.
Acesse o site www.oimaginarioro.com.br
Brasil no Encena na Rua
Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances
O grupo de teatro O Imaginário dirigido pelo ator Chicão Santos, promove entre os dias 19 a 25, deste mês em Porto Velho , a 3ª edição do Festival de Teatro de Rua “Amazônia Encena na Rua”. O evento vai oferecer à população uma programação variada e gratuita de espetáculos, performances e oficinas de capacitação artística. Porto Velho receberá 17 grupos de todo o Brasil, totalizando 23 espetáculos e performances, que acontecerão na Praça das Caixas D’água.
As Oficinas de Teatro oferecidas gratuitamente durante o Festival acontecerão nos dias 21 a 24 de julho, no período das 9h00 às 12h00, na Casa da Cultura Ivan Marrocos. São cinco opções: “Produção cultural”, ministrada por Leo Carnevale (RJ); “Pedagogia do ator”, ministrada por Ana Carneiro (MG); “Performances urbanas”, com Mara Leal (MG); “Desenvolvimento do teatro cubano”, com Victor Pietro (Cuba) e “Viewpoints e espaço urbano”, com o Coletivo Teatro da Margem (MG). Para se inscrever basta enviar um e-mail para oimaginarioro@yahoo.com.brcom os dados (nome, telefone e oficina escolhida).
O Festival Amazônia Encena na Rua é patrocinado pela CAIXA e tem o apoio da FUNARTE, da Prefeitura de Porto Velho/Fundação Iaripuna, SESC-RO e SECEL/Casa da Cultura Ivan Marrocos.
Além do Festival Amazônia Encena na Rua, O Imaginário apresenta também, nos dias 16, 17 e 18 de julho, o Seminário Amazônico de Teatro de Rua, que vai discutir a relação do teatro, do público e da cidade, políticas públicas, o ensino e a estética do teatro de rua; e o Festival de Dança, que reunirá 20 grupos e companhias de dança de Rondônia, Acre e Amazonas, com os espetáculos acontecendo na Praça Aluízio Ferreira, de 21 a 25 de julho. Também serão oferecidas Oficinas de Dança gratuitas: “Corpo sem limite”, com Regina Cláudia (AC) e “Dança Vertical”, com Diego Batista (AM).
O Seminário Amazônico de Teatro de Rua foi selecionado pelo Prêmio Funarte Myrian Muniz de Fomento ao Teatro e o Festival de Dança foi selecionado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Fomento à Dança de 2009.
Para mais informações sobre a programação, acesse o site do O Imaginário: www.oimaginarioro.com.br ou através dos telefones 3043-1419 e 9979-0048.
Fonte: assessoria/O Imaginário.
Acesse o site www.oimaginarioro.com.br
FIM DE FESTA
Flor do Maracujá é Arte para o Mundo
Ariel Argobe (*)
Encerrou neste último domingo, dia 04 julho, o maior e mais esperado espetáculo de cultura produzido em Rondônia, o popularíssimo Arraial Flor do Maracujá. No período de sua realização, paralelamente, também aconteceu a XXIX edição da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, vitrine reluzente por onde circulam as mais frondosas expressões culturais do plano imaterial, produzido por artistas anônimos das terras habitadas por karipunas, karitianas, caboclos, beiradeiros, guaporeanos e migrantes de todas as levas e das mais variadas regiões do país.
A Mostra do Flor do Maracujá abarca e expõe ao grande público, numa perfeita
compreensão de democracia cultural, a nossa mais refinada e popular produção cultural intangível, materializada na forma plástica de exuberantes agrupamentos de quadrilhas juninas e bois-bumbás.
O conceito de patrimônio cultural imaterial compreende um conjunto de bens intangíveis, contendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva, em respeito ao seu passado, garantindo assim, a posteridade de sua ancestralidade.
Os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, as lendas, as músicas, os costumes e tantas outras tradições são os exemplos mais comuns de patrimônio cultural imaterial (ou intangível).
Quem foi ao Arraial Flor do Maracujá não frequentou apenas mais um evento de cultura popular. O grande público circulou, na verdade, por salões imaginários de uma grande galeria de arte. Passeou por ambientes de um grande e importantíssimo museu de arte e cultura popular e contemporânea, onde foram expostas, para o deleite de todos, nossas mais relevantes obras primas, assinadas por desconhecidos artistas beradeiros, detentores de um talento nato e de uma imensurável criatividade, comparáveis ao valor e calibre de grandes mestres da arte universal, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Caravaggio, Van Gogh, Manuel da Costa Ataíde, Alfredo Volpi ou mesmo, o nosso expoente maior do academicismo caboclo, mestre Afonso Licório.
O Arraial Flor do Maracujá é o nosso Museu do Louvre, pois, assim como o Louvre, o Flor é o guardião de nossos grandiosos objetos artísticos imateriais, patrimônio cultural intangível da região, do Brasil e também da humanidade.
Os grêmios culturais de quadrilhas juninas e bois-bumbás que se apresentaram no espaço cênico da Mostra do Arraial Flor do Maracujá, realizada há 29 anos, se colocam em nosso imaginário coletivo de caboclos e beradeiros, em mesmo grau de importância, magnitude e plano, como está posto para humanidade o quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci. Nossos folguedos, no viés estético de produção popular, e o quadro da Monalisa, na moldura da produção erudita, são exemplos da genial ancestralidade artística do homem, daí a necessidade de institucionalização das políticas continuadas para preservação e perpetuação do bem cultural.
(*) O autor é artista plástico
Ariel Argobe (*)
Encerrou neste último domingo, dia 04 julho, o maior e mais esperado espetáculo de cultura produzido em Rondônia, o popularíssimo Arraial Flor do Maracujá. No período de sua realização, paralelamente, também aconteceu a XXIX edição da Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, vitrine reluzente por onde circulam as mais frondosas expressões culturais do plano imaterial, produzido por artistas anônimos das terras habitadas por karipunas, karitianas, caboclos, beiradeiros, guaporeanos e migrantes de todas as levas e das mais variadas regiões do país.
A Mostra do Flor do Maracujá abarca e expõe ao grande público, numa perfeita
compreensão de democracia cultural, a nossa mais refinada e popular produção cultural intangível, materializada na forma plástica de exuberantes agrupamentos de quadrilhas juninas e bois-bumbás.
O conceito de patrimônio cultural imaterial compreende um conjunto de bens intangíveis, contendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva, em respeito ao seu passado, garantindo assim, a posteridade de sua ancestralidade.
Os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, as lendas, as músicas, os costumes e tantas outras tradições são os exemplos mais comuns de patrimônio cultural imaterial (ou intangível).
Quem foi ao Arraial Flor do Maracujá não frequentou apenas mais um evento de cultura popular. O grande público circulou, na verdade, por salões imaginários de uma grande galeria de arte. Passeou por ambientes de um grande e importantíssimo museu de arte e cultura popular e contemporânea, onde foram expostas, para o deleite de todos, nossas mais relevantes obras primas, assinadas por desconhecidos artistas beradeiros, detentores de um talento nato e de uma imensurável criatividade, comparáveis ao valor e calibre de grandes mestres da arte universal, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Caravaggio, Van Gogh, Manuel da Costa Ataíde, Alfredo Volpi ou mesmo, o nosso expoente maior do academicismo caboclo, mestre Afonso Licório.
O Arraial Flor do Maracujá é o nosso Museu do Louvre, pois, assim como o Louvre, o Flor é o guardião de nossos grandiosos objetos artísticos imateriais, patrimônio cultural intangível da região, do Brasil e também da humanidade.
Os grêmios culturais de quadrilhas juninas e bois-bumbás que se apresentaram no espaço cênico da Mostra do Arraial Flor do Maracujá, realizada há 29 anos, se colocam em nosso imaginário coletivo de caboclos e beradeiros, em mesmo grau de importância, magnitude e plano, como está posto para humanidade o quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci. Nossos folguedos, no viés estético de produção popular, e o quadro da Monalisa, na moldura da produção erudita, são exemplos da genial ancestralidade artística do homem, daí a necessidade de institucionalização das políticas continuadas para preservação e perpetuação do bem cultural.
(*) O autor é artista plástico
terça-feira, 6 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
FLOR DO MARACUJÁ FINAL
FLOR DO MARACUJÁ 2010.
Terminou o Grande Arraial da nossa capital, confira a classificação dos Grupos.
QUADRILHA MIRIM.
Campeã. Rádio Farol. 415,9.
Vice. Matutinhos do Triângulo. 415,6.
Terceiro. Rodopio do Nacional. 412,8.
Quarto. Rosas de Ouro. 412,7.
Quinto. A Roça é Nossa. 411,8.
Sexto. Matutinos da Nova Estação. 410,9
Sétimo. Matutinhos da Princesa. 409,7
Oitavo. Rosa Divina. 409,3
Nono. Arrasta Pé de Candeias. 402,5.
QUADRILHA ADULTA
Campeã. Rádio Farol. 418,5
Vice. A Roça é Nossa. 418,0.
Terceiro. J.U.A.B.P. 417,8.
Quarto. Matutos do Triângulo. 417,4.
Quinto. Girassol das Três Marias. 417,3.
Sexto. Rosa Divina. 417,1.
Sétimo. Cabuletê. 416,5.
Oitavo. Rosas de Ouro. 415,9.
Décimo. Arrasta Pé do Candeias. 413,7.
Décimo Primeiro. Arrasta Pé de Matutos. 413,0.
Décimo Segundo. Flor da Primavera. 413,0
Décimo Terceiro. Matutos da Nova Estação. 412,6
Décimo Quarto. Flor do Palheiral. 410,5.
BOI BUMBÁ MIRIM.
Campeão. Estrelinha. 651,4.
Segundo. Brilhantinho. 629,2.
Veludinho. 586,8.
BOI BUMBÁ ADULTO.
Campeão. Diamante Negro. 655,8
Segundo. Corre Campo. 645,4.
Terceiro. Marronzinho. 642,6
Quarto. Az de Ouro. 641,8.
Quinto. Vencedor. 619,7.
Sexto. Tira Teima. 616,2
Terminou o Grande Arraial da nossa capital, confira a classificação dos Grupos.
QUADRILHA MIRIM.
Campeã. Rádio Farol. 415,9.
Vice. Matutinhos do Triângulo. 415,6.
Terceiro. Rodopio do Nacional. 412,8.
Quarto. Rosas de Ouro. 412,7.
Quinto. A Roça é Nossa. 411,8.
Sexto. Matutinos da Nova Estação. 410,9
Sétimo. Matutinhos da Princesa. 409,7
Oitavo. Rosa Divina. 409,3
Nono. Arrasta Pé de Candeias. 402,5.
QUADRILHA ADULTA
Campeã. Rádio Farol. 418,5
Vice. A Roça é Nossa. 418,0.
Terceiro. J.U.A.B.P. 417,8.
Quarto. Matutos do Triângulo. 417,4.
Quinto. Girassol das Três Marias. 417,3.
Sexto. Rosa Divina. 417,1.
Sétimo. Cabuletê. 416,5.
Oitavo. Rosas de Ouro. 415,9.
Décimo. Arrasta Pé do Candeias. 413,7.
Décimo Primeiro. Arrasta Pé de Matutos. 413,0.
Décimo Segundo. Flor da Primavera. 413,0
Décimo Terceiro. Matutos da Nova Estação. 412,6
Décimo Quarto. Flor do Palheiral. 410,5.
BOI BUMBÁ MIRIM.
Campeão. Estrelinha. 651,4.
Segundo. Brilhantinho. 629,2.
Veludinho. 586,8.
BOI BUMBÁ ADULTO.
Campeão. Diamante Negro. 655,8
Segundo. Corre Campo. 645,4.
Terceiro. Marronzinho. 642,6
Quarto. Az de Ouro. 641,8.
Quinto. Vencedor. 619,7.
Sexto. Tira Teima. 616,2
sábado, 3 de julho de 2010
Fraude nas Copas do Mundo!
COPA 1998 - O ESCÂNDALO DE QUE TODO MUNDO SUSPEITAVA!
Talvez, isso explique a razão do jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: '"Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo de 1.998, ficariam enojadas!". Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.
Fato comprovado:
O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13h00min do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.
A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o pentacampeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. (A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$ 70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$ 400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.
Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil. Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13h30min no centro de imprensa) e, logo depois, às 14h15min, alterando o prognóstico para problemas estomacais.
A sua situação só foi resolvida após o representante de a Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US $90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o 'Golden Goal' (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.
O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (MCE). Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o pentacampeonato de 2002.
Passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!
Desde, já agradeço, Um abraço. Gunther Schweitzer - Central Globo de Jornalismo.
E tem Mais, nesse acordo ficou definido que em 98 a França seria campeã, (como foi), em 2002 seria o Brasil (como foi), em 2006 a Itália, em 2010 a Argentina e 2014 será a Alemanha, todos esses países estavam envolvidos na negociação. Agora é só aguardar para ver o resultado. Por que será que o Maradona está com toda essa euforia?
Talvez, isso explique a razão do jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: '"Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo de 1.998, ficariam enojadas!". Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.
Fato comprovado:
O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13h00min do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.
A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o pentacampeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. (A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$ 70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$ 400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.
Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil. Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13h30min no centro de imprensa) e, logo depois, às 14h15min, alterando o prognóstico para problemas estomacais.
A sua situação só foi resolvida após o representante de a Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US $90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o 'Golden Goal' (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.
O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (MCE). Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o pentacampeonato de 2002.
Passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!
Desde, já agradeço, Um abraço. Gunther Schweitzer - Central Globo de Jornalismo.
E tem Mais, nesse acordo ficou definido que em 98 a França seria campeã, (como foi), em 2002 seria o Brasil (como foi), em 2006 a Itália, em 2010 a Argentina e 2014 será a Alemanha, todos esses países estavam envolvidos na negociação. Agora é só aguardar para ver o resultado. Por que será que o Maradona está com toda essa euforia?
quinta-feira, 1 de julho de 2010
FOCLORE, continua
ARRAIAL
Amanhã tem Rádio Farol e Diamante
As apresentações da XXIX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá terminam na noite deste sábado 3 de julho, com as participações dos grupos que foram campões no ano passado. A festa vai começar com a apresentação da Quadrilha mirim “Rádio Farol”; seguida do Boi mirim “Estrelinha”; Quadrilha adulta Rádio Farol, terminando com a apresentação do Boi Bumbá Diamante Negro. Com certeza as arquibancadas e camarotes vão estar super lotadas, principalmente pelos fãs da Quadrilha Rádio Farol.
O grupo liderado pelo professor Severino Castro vai apresentar o tema: “Rádio Farol – Lendas Indígena”. “ O objetivo é mostrar a diversidade cultural existente em Rondônia onde registramos lendas como a do Guaraná, Vitória Régia, Rainha da Macaxeira entre outras”. Dentro do tema cabe homenagem aos grupos de bois bumbas e é claro a dança da quadrilha.
O bumbá Diamante Negro dirigido pelo pedagogo Aluizio Guedes vai brindar os apreciadores da brincadeira de Boi, com o tema “Olhos da Amazônia”. “Vamos mostrar o que a Amazônia tem de mistérios em suas lendas e mitos”. Quatro artesãos que vieram do estado do Amazonas montaram os cenários e alegorias que serão utilizadas na noite deste sábado pelo bumbá da Zona Sul.
A apuração dos votos dos jurados acontece domingo no palco do Flor do Maracujá a partir das 10h00.
Amanhã tem Rádio Farol e Diamante
As apresentações da XXIX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá terminam na noite deste sábado 3 de julho, com as participações dos grupos que foram campões no ano passado. A festa vai começar com a apresentação da Quadrilha mirim “Rádio Farol”; seguida do Boi mirim “Estrelinha”; Quadrilha adulta Rádio Farol, terminando com a apresentação do Boi Bumbá Diamante Negro. Com certeza as arquibancadas e camarotes vão estar super lotadas, principalmente pelos fãs da Quadrilha Rádio Farol.
O grupo liderado pelo professor Severino Castro vai apresentar o tema: “Rádio Farol – Lendas Indígena”. “ O objetivo é mostrar a diversidade cultural existente em Rondônia onde registramos lendas como a do Guaraná, Vitória Régia, Rainha da Macaxeira entre outras”. Dentro do tema cabe homenagem aos grupos de bois bumbas e é claro a dança da quadrilha.
O bumbá Diamante Negro dirigido pelo pedagogo Aluizio Guedes vai brindar os apreciadores da brincadeira de Boi, com o tema “Olhos da Amazônia”. “Vamos mostrar o que a Amazônia tem de mistérios em suas lendas e mitos”. Quatro artesãos que vieram do estado do Amazonas montaram os cenários e alegorias que serão utilizadas na noite deste sábado pelo bumbá da Zona Sul.
A apuração dos votos dos jurados acontece domingo no palco do Flor do Maracujá a partir das 10h00.
FOCLORE
FLOR DO MARACUJÁ
Corre Campo e Juabp
os shows de hoje
Os grupos de hoje são sérios candidatos ao título de campeão do Flor do Maracujá
Os grupos folclóricos, Quadrilha mirim “Rosa de Ouro”; Quadrilha adulta Juabp e Boi Bumbá Nação Corre Campo, são as atrações da noite desta sexta feira da XXIX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás que acontece até domingo no arraial Flor do Maracujá. O outro grupo programado para se apresentar na noite de hoje, o bumbá mirim “Mimozinho”, informou no inicio da semana, que em virtude da falta de recursos, não vai se apresentar. “A não apresentação do Mimozinho não altera o horário das apresentações dos demais grupos, marcados para a noite de hoje”, disse a coordenadora Nazaré Silva.
A Quadrilha adulta Juabp presidida pelo João Big vai mostrar o tema: “Dez anos de história e tradição, brincando São João” o coreografo é o Calielton Sharlisson e a Franciclei.
O Corre Campo vai apresentar o tema: “Rio Madeira – O Banzeiro que preserva a natureza com energia”. A presidente Maria José Alves dona Branca, garante um super espetáculo na noite de hoje durante a apresentação do Boi Bumbá mais antigo de Porto Velho. “Vamos mostrar, porque somos o grupo que mais título de campeão ganhou no Flor do Maracujá”.
A Juabp se apresenta por volta das 22h00 e o Corre Campo 23h00.
Az de Ouro foi show
Apesar de começar sua apresentação com atraso considerável, em virtude da quebra do ônibus que transportava seus brincantes para o Flor do Maracujá, o Boi Bumbá Az de Ouro entrou com garra e animação no “curral” de dança na noite de quarta feira 30. O Amo e levantador de toadas Jair Monteiro fez a diferença ao interpretar as composições do Lissinho Guedes, as personagens Rainha da Batuca, Porta Estandarte, Rainha do Folclore, Diretor de Barreira de índios, Cunhã Poranga e Sinhazinha da Fazenda se destacaram e devem garantir ao bumbá dirigido pela família do Raimundo Nonato Guedes, melhor pontuação que a dos contrários que se apresentaram nas noites anteriores. “O Az de Ouro brincou de Boi Bumbá na arena do Maracujá”, disse o folclorista Antônio Roque super emocionado. Na realidade, o Az de Ouro é o único bumbá considerado grande em Porto Velho, que apresenta coreografia tradicional.
A decepção da noite, foi à falta de respeito da diretoria do boi mirim Veludinho para com o público. Na realidade, o Veludinho que tem como cores originais, o azul e branco, se apresentou de vermelho e branco. Ficou bem claro, que utilizaram as indumentárias que o boi Mimozinho usou ano passado. Menos de quarenta brincantes entraram na arena pelo Veludinho.
Para compensar a péssima apresentação do boi mirim, a Quadrilha adulta “Cabuletê” entrou com garra e proporcionou um belo espetáculo de dança de quadrilha aos presentes.
Corre Campo e Juabp
os shows de hoje
Os grupos de hoje são sérios candidatos ao título de campeão do Flor do Maracujá
Os grupos folclóricos, Quadrilha mirim “Rosa de Ouro”; Quadrilha adulta Juabp e Boi Bumbá Nação Corre Campo, são as atrações da noite desta sexta feira da XXIX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás que acontece até domingo no arraial Flor do Maracujá. O outro grupo programado para se apresentar na noite de hoje, o bumbá mirim “Mimozinho”, informou no inicio da semana, que em virtude da falta de recursos, não vai se apresentar. “A não apresentação do Mimozinho não altera o horário das apresentações dos demais grupos, marcados para a noite de hoje”, disse a coordenadora Nazaré Silva.
A Quadrilha adulta Juabp presidida pelo João Big vai mostrar o tema: “Dez anos de história e tradição, brincando São João” o coreografo é o Calielton Sharlisson e a Franciclei.
O Corre Campo vai apresentar o tema: “Rio Madeira – O Banzeiro que preserva a natureza com energia”. A presidente Maria José Alves dona Branca, garante um super espetáculo na noite de hoje durante a apresentação do Boi Bumbá mais antigo de Porto Velho. “Vamos mostrar, porque somos o grupo que mais título de campeão ganhou no Flor do Maracujá”.
A Juabp se apresenta por volta das 22h00 e o Corre Campo 23h00.
Az de Ouro foi show
Apesar de começar sua apresentação com atraso considerável, em virtude da quebra do ônibus que transportava seus brincantes para o Flor do Maracujá, o Boi Bumbá Az de Ouro entrou com garra e animação no “curral” de dança na noite de quarta feira 30. O Amo e levantador de toadas Jair Monteiro fez a diferença ao interpretar as composições do Lissinho Guedes, as personagens Rainha da Batuca, Porta Estandarte, Rainha do Folclore, Diretor de Barreira de índios, Cunhã Poranga e Sinhazinha da Fazenda se destacaram e devem garantir ao bumbá dirigido pela família do Raimundo Nonato Guedes, melhor pontuação que a dos contrários que se apresentaram nas noites anteriores. “O Az de Ouro brincou de Boi Bumbá na arena do Maracujá”, disse o folclorista Antônio Roque super emocionado. Na realidade, o Az de Ouro é o único bumbá considerado grande em Porto Velho, que apresenta coreografia tradicional.
A decepção da noite, foi à falta de respeito da diretoria do boi mirim Veludinho para com o público. Na realidade, o Veludinho que tem como cores originais, o azul e branco, se apresentou de vermelho e branco. Ficou bem claro, que utilizaram as indumentárias que o boi Mimozinho usou ano passado. Menos de quarenta brincantes entraram na arena pelo Veludinho.
Para compensar a péssima apresentação do boi mirim, a Quadrilha adulta “Cabuletê” entrou com garra e proporcionou um belo espetáculo de dança de quadrilha aos presentes.
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